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sábado, 20 de julho de 2013

A Diáspora



Hoje é um dia especial para mim. Vi o sol nascer,espreguiçando-se sobre o vasto manto azul que o sustém e,no maior milagre de todos,encher-nos de calor e boa disposição como convém. E este,é o meu milagre também. O de acordar todas as manhãs com a graça de Deus e poder respirar para mais um dia de labuta. Hoje em particular,estou um pouco nostálgica,pois acabo sempre por duvidar da minha missão na Terra,declinando perspectivas de maior que possa ter ou,ver surgir na minha vida.

Na saga quinhentista em solo luso,os nossos homens furaram mundos,esventrando mares e terras desconhecidas por desbravar. Hoje,nem tanto. E há ainda,quem morra na terra onde nasceu sem que desta tenham partido para outras paragens. Outros há,que só desta se lembram em pormenores vagos de recordações saudosas e muitas vezes,chorosas. É triste. Emigra-se com o corpo mas fica-se sem a alma que se indigna e se fixa de pedra e cal no que lhe deu origem. Posso sentir isso. E compreendê-lo,apesar de nunca me ter feito à vida de mala de cartão ou,de mochila às costas.

As viagens que faço,são as que recordo de vidas passadas que tive. Podem chamar-me de louca mas acredito piamente de que possuímos várias missões e funções nessas vidas. Acho que nunca fui rainha,princesa ou baronesa. Talvez mais,cortesã,meretriz ou camponesa...mas lembro,que por todas estas,a minha grande missão,é a de ser feliz e fazer alguém feliz.Já passei por muitas cidades,muitos países que na época o não seriam na estrutura e fronteiras definidas da actualidade mas,sei também,de que apesar de importantes pelo conhecimento e variedade dos mesmos,a fonte principal,ser a ascensão da nossa alma.

Está tudo interligado,conectado. Posso não ter sido muito explícita mas lembrem-se do milagre do sol em Fátima. Penso que a igreja ainda hoje,o não reconhece,afirmando ter sido uma histeria de massas que insistiam no momento,em verem a Senhora. Da enxurrada,ficaram secos. Estranhamente. De um circulo dourado que se agitava como o sol,mandando-lhes de seguida umas flores virtuais que por sobre estes caíam em levadas harmoniosas,criando um púlpito de êxtase e entrega,devoção e rendição.

Mais uma vez,não julgo ninguém. E muito menos a igreja católica que me é superior mas acredito efectivamente,de que algo de maravilhoso se terá passado naquele dia em Fátima. Assim como acredito na diáspora desses seres extraordinários que nos velam dia e noite e protegem de nós mesmos. Assim não fosse,e já teríamos destruído o nosso fantástico planeta na década de sessenta,mais exactamente,em 61.

Mas isso,é outra história com um H muito grande,certamente! Falarei disso mais tarde,uma vez que é do conhecimento geral do público que estivemos prestes a cerrar fileiras com o inimigo e mandámos ás hortas a sensatez e,a consciência maior de o não fazermos. Somos uns idiotas de facto. Somos uma civilização excepcional mas simultaneamente abrutalhada que se mata uns aos outros,seja de seixo na mão ou...de dedo em riste,no tal botão vermelho. A era atómica é surreal. todos o sabem mas insistem. Até quando,Santo Deus...por uma Terra que não ficaria para ninguém. E isso,eles sabem. Os terrenos e os outros. Os que,tal como nós,também têm alma e não nos vão deixar eliminar da face do Universo,a nossa. Bem Hajam por isso! Glória aos céus!

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