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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Maldição II

A «Mulher de Branco», a condessa Agnes von Orlamunda, após ter morto os seus dois filhos, terá feito aparições, assombrando sob a forma de espírito algumas pessoas numa vinculada maldição sua para a posteridade. Em pleno século XIX; até aos nossos dias...

Aparições

São poucas as pessoas que têm a percepção das aparições de «espíritos» nos casos de assombração ligados a locais. É possível que estas disponham de uma capacidade rara de tratamento dos estímulos sensoriais no cérebro - especialmente nos chamados «lóbulos temporais» - que integra, filtra e armazena estímulos sensoriais e os coloca em ressonância com informações guardadas no local. Investigações mais recentes demonstraram que, por intermédio de raros fenómenos eléctricos internos ou externos nos lóbulos temporais, podem ser desencadeadas espontaneamente alucinações, aparições, visões e impressões de acontecimentos de natureza paranormal. Há uma teoria que admite que, tanto nos objectos como nos locais, existe um tipo de «memória das coisas», especialmente para acontecimentos emocionalmente marcantes.
 

Castelos Assombrados

Nas histórias assombrosas nunca faltam castelos, alguns dos quais são de facto, singulares. Fyvie Castle, um castelo escocês a quarenta quilómetros, a noroeste de Aberdeen, está triplamente assombrado: há manchas de sangue que não se consegue remover, há um espírito - segundo reza a lenda, o espírito da esposa de Sir Alexander Seton (século XVI), cujo marido a deixou morrer à fome por esta só lhe ter dado duas raparigas - e ainda, duas pragas lançadas pelo lendário profeta Thomas the Rymer (c. 1210-1294), que amaldiçoou o castelo por terem sido utilizadas pedras de uma antiga igreja na sua construção.
A maldição só terminará quando forem reunidas três dessas pedras. Até à data só foi encontrada uma pedra, que é guardada numa sala dentro de uma tigela de barro, por debaixo de uma redoma de vidro. Contudo, com o tempo esta foi-se desfazendo misteriosamente em areia, por isso chamam-lhe a pedra carpideira e dizem que está a desfazer-se por nunca ter sido possível encontrar as outras duas.

Os Lordes de Mar

Alloa Tower, uma casa-torre pertencente à família Erskine, os lordes de Mar, fica situada em Alloa na Escócia. Datada do século XIV, é uma das mais altas casas-torres da Idade Média ainda conservadas na Escócia. No século XVI, o abade de Cambuskenneth lançou uma singular praga sobre a linhagem dos Erskine. Entre outras coisas, previu que um Rei seria criado numa sala de Alloa Tower, mas que essa sala iria arder. Nesse incêndio pereceria uma mãe, cujos três filhos nunca veriam a luz do dia. Só quando no telhado brotasse um rebento de freixo, a maldição terminaria com um beijo de conciliação. Após a batalha de Sheriffmuir, em 1715, foi retirado o título aos Erskine e as suas terras confiscadas. Um incêndio deflagrou numa sala da torre, na qual vivera em criança Jaime VI. A senhora Erskine morreu queimada, deixando três filhos cegos. Por volta de 1820, um rebento de freixo brotou no telhado, o que levaria Jorge IV a devolver ao neto dos Erskine a dignidade nobiliárquica e a rainha Vitória beijaria a esposa deste nessa sequência de devolução e entrega da propriedade. Após 300 anos, a maldição de Mar chegou assim ao fim - tal como fora profetizado- mas enquanto existir o mito dos espíritos, as histórias assombrosas deste mundo irão continuar em cadeia, tal a dimensão contínua também, ao longo da nossa História.

Os Rostos de Bélmez

No Verão de 1971, surgiram rostos no chão da cozinha de uma quinta na pequena aldeia espanhola de Bélmez. As imagens transformavam-se, desapareciam e davam lugar a novas imagens. Na opinião do pároco da aldeia, tal era um sinal inquestionável da acção do Mal; para outros tratava-se apenas de «rostos do outro mundo». Várias testemunhas disseram ter observado a formação dos retratos sem qualquer influência exterior. Durante um ritual festivo e, na presença de centenas de curiosos, o alcaide mandou recortar um dos rostos do chão e emoldurou-o com um vidro pela frente. O misterioso retrato tornou-se uma obra de arte evocativa, criada por um artista invisível, tendo sido muito visitada. O professor de arte Ramón Aznar, escreveria então com determinado entusiasmo sobre a delicadeza dos trabalhos, os quais fariam lembrar criações bizantinas. Estes rostos eram provavelmente fruto de assombrações ligadas àquele local. Contudo, não podemos ter a certeza, pois a dona da casa nunca concordou em abandoná-la e pô-la à disposição para se proceder a estudos mais aprofundados.

Como se observa - a quem o averiguou e estudou no local - estas ocorrências surgem como aparições, assombrações ou mesmo maldições póstumas sobra algo inusitado ou igualmente cruel e violento que tenha sucedido, ainda que há muitos séculos atrás. Novamente se poderá referir os movimentos de forças psicocinéticas numa aprofundada tese científica, ou não. Pode-se especular sobre tudo isto, mas que as situações referidas são uma «realidade», de facto, são. Existem e, perpetuam-se no tempo, até que se quebre a dita maldição pungente sobre os que as desafiam e por fim, enaltecem se acaso estas cessam por vias de profecias havidas ou finalidades assumidas aí repostas e concluídas. Muito há por considerar ainda do que não conhecemos na sua totalidade mas acreditamos de que estamos no bom caminho, e por vias de dúvidas existentes também, não potenciemos esses factos ou extrapolemos essa sua dimensão. Há que averiguar, estudar e reportar, só isso. No tanto que ainda temos por saber, descobrir e mesmo, ensinar. Assim seja, a bem de todos!

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