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terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Teoria Quântica

A teoria quântica foi desenvolvida para explicar os processos do microcosmos. Mas também será valida para as colossais dimensões do macrocosmos?

O Fascinante Mundo dos Quanta

A teoria quântica é a descrição matemática do Universo e, embora pareça absolutamente correcta, ninguém é capaz de nos explicar com exactidão, o que nos diz sobre este mundo. Daí que haja um certo mistério à volta dos «quanta» num interesse a cada dia mais recrudescente no mundo filosófico. Segundo a teoria quântica, a Natureza é apenas regida pelo acaso e não, como se supunha até agora, pelo princípio da causa e do efeito. Recorde-se de que a física quântica é a chave para a compreensão dos processos no mundo dos átomos e o fundamento teórico de todas as tecnologias modernas, do transístor ao microchip, do laser de um leitor de CD ao mecanismo de um relógio atómico, da tomografia computadorizada da medicina nuclear ao scanner do código de barras do supermercado.
A teoria quântica, apresentada a 14 de Dezembro de 1900 pelo físico Max Planck (1858-1947), que mais tarde viria ser Prémio Nobel, mudou a vida do ser humano como nenhum outro conhecimento científico. O conceito, confirmado nos anos seguintes, permitiu que cientistas como Albert Einstein (1879-1955), Werner Heinsenberg (1901-1976) e Max Born (1882-1970) reformulassem completamente as leis do microcosmos com a mecânica quântica que diz: em determinadas situações, não é - em princípio - possível atribuir uma localização clara a uma partícula elementar, como por exemplo, um electrão, dado que esta parece encontrar-se potencialmente em muitos locais ao mesmo tempo. Mas, não é possível prever onde, pois isso depende do acaso. Na mecânica quântica, podem indicar-se apenas probabilidades.

A Luz Ilumina o Mundo

O mundo dos «quanta» é misterioso e bizarro e contradiz todas as experiências do quotidiano, pois há pequenas partículas que podem atravessar paredes e comunicar (não se sabe como), com outras que se encontram para lá dos oceanos. Embora estejam a milhares de quilómetros de distância e não exista nenhuma relação aparente entre elas, o facto é que interagem umas com as outras.

Tecnologia e Quanta

O desenvolvimento da teoria quântica, uma das realizações da mente humana, estabeleceu as bases para uma gigantesca maquinaria económica: cerca de 50% do produto interno bruto dos países industrializados do Ocidente, é actualmente gerado a partir da teoria quântica. As tecnologias da informação e a nanotecnologia do futuro, são impensáveis sem a teoria quântica e a sua explicação do microcosmos.
Não restam dúvidas de que a teoria quântica, com a sua série de equações, é a descrição matematicamente correcta do Universo. No entanto, muitos físicos não conseguiam visualizar o mundo que estas equações implicam. Einstein, por exemplo, teve sempre a impressão de que a teoria com que trabalhava tinha algum senão, mas viu-a sempre confirmada. A situação é curiosa: há mais de cem anos que temos uma teoria que se aplica na perfeição à tecnologia e que todos os físicos consideram correcta, mas cujo significado para o mundo, ninguém sabe explicar.

Viagens no Espaço e no Tempo

O físico britânico Hugh Everett, sugeriu pela primeira vez em 1957, que o nosso Universo - aquele que vemos - é apenas um, de uma infinidade de universos paralelos. À sua hipótese, Everett chamaria de explicação «multicósmica» da mecânica quântica. Se seguirmos esta linha de pensamento, chegaremos ao modelo actualmente consolidado na astrofísica: o dos universos paralelos, que são bolsas que se podem ter formado no espaço-tempo, independentemente umas das outras.
Estes universos podem estar ligados uns aos outros por wormholes: túneis através do tempo e do espaço. Segundo esta noção, a abertura de um «wormhole» na nossa região do Universo, corresponderia a outra abertura noutra zona. Os autores de ficção científica sonham com viagens nestes universos paralelos, onde o tempo decorre de modo diferente. Isto é, alguns dos universos poderiam ter existido anteriormente. Uma viagem no tempo à Idade Média não seria, portanto, uma viagem ao passado da nossa Terra, mas sim à realidade de um mundo existindo paralelamente ao nosso.
Os astrofísicos que conseguem imaginar a existência de womholes cósmicos , supõem que, a abertura destes túneis é tão microscópica que nenhum objecto material poderia passar por ela, nem sequer uma partícula subatómica como um protão.
 
 
Assim sendo, nada a opor. Mas, questionando-nos sobre essa veracidade de túneis mais largos e não microscópicos - deixando-nos passar por estes - qual seria a nossa expectativa e surpresa possivelmente, se acaso os pudéssemos transpor para um confronto com uma outra realidade? Conheceríamos outros universos, outros mundos em paralelo com o nosso e por certo, reescreveríamos mais uma vez, a nossa própria História científica e humana também. A existência de outros universos, consequentemente, outros seres universais ou mesmo - e de novo - outros mundos em paralelismo ao nosso, com identidade própria e sem semelhança ao nosso no que já imaginaríamos em reciprocidade e «colagem» ao nosso planeta Terra. Os cientistas negam-no. Poderá haver um outro planeta similar à Terra sim, mas de ambiência, criação e formação diferentes, supostamente. Ou então, a ser idêntica nesse contexto, em História e evolução contínuas, também nada semelhantes à nossa Terra. De um ponto de vista ou de outro, especulo eu assim, poder haver uma outra pessoa igual a mim - que nem a melhor ficção me poderia cingir, acredito - mas sei acintosamente, (além de ser muito estranho, reconheço) ser igualmente muito difícil, se não impossível, alguém «do outro lado» impor-se nos mesmos defeitos, virtudes ou simples manias idiossincráticas minhas. Finalizando, apenas me resta consolidar em bonomia e alguma ironia, assim sendo (ou não) vamos desde já estabelecer regras nessa eventual e futura passagem pelos ditos wormholes: nada de nos copiarem em plágios pessoais doentios que só nos traria ainda mais dores de cabeça e idas ao psiquiatra. Acoplagem sim, imitação não. Mas penso que ainda levará muito tempo também, para que haja essa nova realidade de viagens no espaço-tempo. Ainda não o merecemos. Ainda andamos de fraldas e chupeta nesse campo, no entanto, abriremos o nosso próprio espaço e consideração universal para que tal venha a suceder. A bem da Humanidade, assim seja!

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