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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Ave Gigante

Nazca - A primeira de entre centenas de imagens esculpidas na paisagem foi encontrada em 1941 nas proximidades de Nazca. Ao sobrevoar o topo plano de uma montanha, o arqueólogo Paul Kosok reconheceu a imagem gigantesca de uma ave que se destacava do solo escuro pelos seus contornos claros.
 
 

Imagens Fascinantes do Deserto

Pelos montes despojados de vegetação, linhas com quilómetros de comprimento seguem a direito e aves enormes estendem as suas asas gigantescas; durante séculos, trapézios e quadrados de grandes dimensões foram conservados no clima agreste do deserto. Nesta região desértica no actual Peru, entre a costa do Pacífico e os Andes, um povo desconhecido criou mais de cem destes desenhos misteriosos, cujas proporções apenas se tornam perceptíveis quando vistos do ar. Muitas destas linhas enigmáticas formam enormes aranhas, colibris, entre outros motivos e objectos incompreensíveis. No solo parco em vegetação, próximo da cidade peruana de Nazca, foi «lavrada» uma das grandes maravilhas do mundo em fantástica espectacularidade, cuja dimensão total apenas se revelaria ao Homem no século XX.

 

Figuras Gigantes

Em 1941, durante trabalhos de pesquisa sobre antigos sistemas de irrigação dos Incas, o arqueólogo Paul Kosok deparou-se com motivos geométricos que surgiram quando se retirava a camada de pedra em cor castanho-escura assente sobre o solo mais claro. Só quando o cientista observou o terreno a partir de um avião, é que reparou na gigantesca figura desenhada na paisagem. As enormes imagens de aranhas, colibris, peixes, lagartos, de um macaco e de uma ave com a envergadura de 122 metros e que, provavelmente representava um condor, estendem-se ao longo de uma região desértica de aproximadamente 500 quilómetros quadrados.

Antigas Pistas de Aterragem?

Para além das imagens de animais, os arqueólogos descobriram também um número avassalador de motivos geométricos: o solo do deserto está coberto de linhas em ziguezague e de espirais, gráficos paisagísticos fascinantes e quadrados perfeitos que, observados do ar, parecem pistas de aterragem de um aeroporto.

 

Uma Grande Instalação Astronómica?

Quando Paul Kosok transferiu as linhas e figuras para papel numa escala menor, fez uma descoberta admirável: na noite do solstício de Verão - no Hemisfério Sul dá-se no dia 21 de Dezembro - o Sol desaparecia no horizonte, exactamente no fim de uma longa linha lavrada no solo. É possível que várias linhas e figuras de Nazca remetessem para os pontos onde os astros apareciam e desapareciam no horizonte. A matemática e arqueólogo alemã Maria Reiche (1903-1998), que durante décadas pesquisou estas linhas, defenderia esta mesma teoria, sendo a primeira a lutar para que estas linhas fossem reconhecidas como desenhos pré-históricos que, pelo seu valor, deviam ser preservados.
Actualmente, fazem-se cálculos computadorizados exactos que simulam o movimento pendular do eixo da Terra ao longo dos séculos. Através destes cálculos poder-se-à não só determinar e data exacta da produção das imagens esculpidas, como também responder à polémica questão acerca da função de Nazca como um grande observatório astronómico.

A Misteriosa Cultura Nazca

Embora até hoje não tenha sido possível determinar a idade exacta destes desenhos no deserto, avolumam-se os indícios de que a sua origem terá de remontar à época designada por cultura Nazca, entre 300 a. C. e 900 d. C. Contudo, caso se trate de um calendário astronómico pré-histórico, as marcações teriam de ter sido feitas com recurso a um esforço colossal e precedidas de observações do Céu nocturno ao longo de séculos.~
 

O Gigante de Atacama

 
No deserto chileno e peruano de Atacama, a 1370 quilómetros de distância de Nazca, uma figura com 120 metros - a maior imagem humana do mundo - olha para o céu do alto de uma montanha chamada «Sierra Única». O gigante usa uma coroa na cabeça, os seus pés envergam botas e, a sua mão, funde-se com a ponta de uma lança. Nas imediações do gigante encontram-se representações de aves e lamas, espirais e círculos, figuras de homens voadores e um desenho de um candelabro com três braços. Para os arqueólogos locais, estes pictogramas indicavam o caminho às caravanas Incas que passavam na região.
Ainda não foi possível esclarecer qual a cultura que lhe deu origem nem tão pouco, a idade desta imagem enorme.

As enormes dimensões deste gigante de Atacama só se reconhecem a uma distância considerável ou, quando observadas em registo aéreo, através de avião. Não obstante pesquisas apuradas, cientistas de diversas áreas de estudo só são capazes de avançar com suposições quanto ao significado desta imagem lavrada no solo. Daí que, ainda haja muito por descobrir sobre estas figuras gigantes em todo o seu esplendor pré-histórico ou (por hipótese) também, como anunciantes efectivos de uma outra civilização em passagem terrena e que, por vias de algo que tivessem desejado demarcar ou vincular, as desenhassem para futuro conhecimento de outras civilizações. Muito há por explorar então. Redimensionemos-nos nós também, à nossa própria insignificância de estudo e sapiência pelo que podemos de facto especular mas não possuir em certezas exímias na verdadeira dimensão e ocorrência demonstradas nos solos da América do Sul. Aguardemos assim, as novas descobertas que historiadores, matemáticos e restantes homens da ciência eventualmente nos revelarão no futuro imediato sobre estas imponentes figuras. A bem do conhecimento, assim seja então!  

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