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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O Ano do Cavalo



                                                                     O Cavalo

Sou o caleidoscópio do espírito.
Acciono luz, cor e movimento perpétuos
Penso, vejo e movo-me de forma instável.
Constante somente na minha inconstância,
Imperturbável perante as amarras mundanas,
Alheio a objectivos inflexíveis e compulsivos.
Desenvencilho-me através de virgens veredas.
O espírito inconquistável;
A alma para sempre livre!
                                                       - Eu sou o Cavalo -

Nome Chinês para Cavalo: MA
Número de Ordem: Sétimo
Horas regidas pelo Cavalo: 11.00 h - 13.00 h.
Direcção do Signo: Directamente Sul
Estação do Ano e Mês Principal: Verão - Junho
Signo Ocidental correspondente: Gémeos
Elemento Fixo: Fogo
Pólo: Positivo

                                                     - O Ano do Cavalo -

Um ano animado para todos. A vida decorrerá errante e, assinalada com aventuras. As pessoas sentir-se-ão à toa, românticas e descuidadas. É a altura definitiva para avançar. Será agradável acertar o passo com o do gracioso Cavalo.
Será um período em que as decisões e projectos se concretizarão a alta velocidade e, com eficiência. A palavra-chave será: acção! Tudo tomará o seu rumo e devemos acautelar-nos para não nos conduzirmos demasiado rigidamente. Será um ano compensador mas, fatigante também. Risonho, mas frustrante por vezes...pois o ritmo deste ano cobrará as reservas de energia e deixar-nos-à esgotados.
É uma boa altura para desabafar e dar largas à fantasia fazendo todas as coisas com que sempre sonhámos e, para dar ouvidos aos sentidos. O vento poderá estar constantemente a mudar, mas desde que se lhe apanhe o sopro, uma pessoa pode deixar levar-se pela intuição.

As planificações serão postas de parte. A influência impulsiva do Cavalo - aliada à autoconfiança, ditará as nossas acções e, emoções. A Indústria, Produção e Economias Mundiais estarão em alta. Também os ânimos estarão um pouco desgastados, nas áreas da Diplomacia e da Política, mas o bom humor prevalecerá! Fortaleçam-se, pois o caprichoso Cavalo apressará a cadência e trará tensão e stress ao nosso dia-a-dia. O compasso do Cavalo é rápido, e a disposição sanguínea extravagante. Apesar de tudo, retenhamos a sua atitude sensata para com as questões de dinheiro. Será um ano excelente para arrancar por si, pois haverá liberdade de movimentos.
Sejamos corajosos, ousados e chocantes!

Para as Crianças Nascidas em 2014              -   Cavalo-Madeira  -

Amistosos, cooperantes e menos impacientes - este tipo de Cavalo poderá ser o mais razoável de todos. Mas resistirá, contudo, a ser dominado. O Elemento-Madeira proporcionar-lhe-à disciplina mental, o que lhe possibilitará um pensamento claro e sistemático.
O Cavalo-Madeira terá uma disposição feliz e será muito activo em questões sociais. Divertido e bom conversador, não é exageradamente egoísta. Mas, como é progressista, moderno e sem sentimentalismos, despojar-se-à de tudo o que for velho e, acolherá bem o que for novo.
Mudanças e novas invenções captam-lhe a imaginação e, não hesita tentar, aquilo que é inconvencional.
Gostará de explorar muitos outros campos mas, deter-se-à no cumprimento das suas responsabilidades.
O Cavalo-Madeira, forte, animado e sanguíneo não é preguiçoso, mas deveria aprender a ser mais cautelosos e, mais racional.
 - Nascido durante as Horas do Cavalo - 11.00 h - 13.00 h
Um Cavalo de raça pura que sabe realmente o que faz. Poderá ter uma natureza muito irrequieta e, impaciente, mas move-se com graça espantosa. É também um convencido e, um caprichoso insuportável.

O Ano do Cavalo - para a pessoa do Signo Chinês: o Cavalo
Um ano bom e próspero para o Cavalo. Felicidade e satisfação devidas ao reconhecimento pessoal.
Os planos realizar-se-ão sem muito esforço. É um ano em que o Cavalo poderá ser susceptível a doenças contagiosas e, por isso, não deverá visitar pessoas doentes nem expor-se demasiado. Não deverá quebrar amizades ou sociedades durante este ano.

Só me resta então acrescentar a todos os que irão viver este ano pleno de expectativas, surpresas e demais ansiedades futuras, o seguinte: sejam felizes! Sejam muito felizes e façam os outros felizes! A todos os do signo chinês do Cavalo e todos os outros restantes. Façam alguém feliz e seremos todos em galopante corrente incessante, uma global e coesa enchente de felicidade, por toda a Humanidade!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Profecia Hopi


 

Como puderam os antigos Hopis - num tempo e num mundo tão diferentes dos actuais - ter sabido de grandes catástrofes naturais que se abateram sobre a Humanidade ao longo dos séculos em profecias suas?
Será possível vislumbrar alguma possibilidade de escapar a essa hecatombe profética dos Hopis?

As Profecias Seculares
Os Hopis vivem há séculos no Norte do Arizona, nos Estados Unidos da América. A sua tribo possui antiquíssimas profecias que predizem o fim do nosso mundo e, a «subida» de um novo.
Os seus mitos falam de grandes catástrofes naturais que se irão abater sobre a Humanidade, caso não se recuperem os valores divinos e espirituais. O mais surpreendente acerca das suas profecias seculares é que, nas últimas décadas, se têm cumprido em parte. Daí as muitas questões levantadas: Como puderam os antigos Hopis - num tempo e num mundo tão diferentes dos actuais - saber tudo isto, especialmente visto que na altura se encontravam quase na Idade da Pedra? Ante essa ancestral profecia, o que dizem ou o que revelam exactamente as suas tradições sobre o futuro? É possível vislumbrar alguma possibilidade de escapar a esta hecatombe profética dos Hopis?

Povo de Paz
As tradições Hopis falam do começo do mundo e dizem que os Índios, foram os primeiros seres humanos a pisar o Continente Americano. Anteriormente, teriam vivido noutro mudo que teria sido tragicamente devastado - ou mesmo destruído completamente - por uma gigantesca onda porque, os seus habitantes tinham degenerado moralmente.
Quando os Hopis mencionam o Grande Espírito Massau`u, que confiou o mundo aos Hopis por estes conservarem o coração puro - lembramos-nos de passagens bíblicas. Massau`u também entregou aos homens leis divinas para conseguir a paz, tal como lhes mostrou o seu futuro.

Profecias de uma Guerra Mundial
O chefe Urso Branco (1905-1997) relatou em 1990 o seguinte sobre estas profecias: "Em 1911, a minha avó disse-me que eu devia sair e ajudar a realizar a dança de guerra que os Hopis chamam «wúwuchim» (destruição dos nossos inimigos). Disse também que, dentro de quatro anos aconteceria algo de terrível.
Em 1914 começou a Primeira Guerra Mundial. Aconteceu o mesmo com a Segunda Guerra Mundial e, com a da Coreia."
Agora, os Hopis prevêem uma Terceira Guerra Mundial e que, será iniciada pelos povos que «foram os primeiros a receber a luz, a inspiração divina». Esta referência ao Próximo Oriente parece ter razão de ser à luz da actual situação na região.
Os Índios pensam que o seu próprio país será destruído por uma arma que, segundo a sua descrição, deverá ser uma bomba atómica. Finalmente, os mensageiros do Criador (Kachina) destruiriam a arma «para fundar um mundo e um povo sob um único comando, o do Criador».

Visão Apocalíptica
Os Hopis acreditam que, antes disso, afundar-se-ão continentes inteiros e apenas se salvará o que estiver a mais de 1800 metros de altitude.
"Despertai! Escutai o que acontece!", avisa Urso Branco. Em Setembro de 1981, o representante dos Hopis, Thomas Banyacya, participou numa conferência da ONU em Genebra para informar o público mundial do «dia da purificação», o Apocalipse: "A mensagem dos Hopis serve para advertir os humanos. O facto de estas profecias se cumprirem - assim como o modo como se podem cumprir - depende exclusivamente do comportamento dos humanos. Mas...já não temos muito tempo!"

Mensagem para o Mundo
O guia espiritual dos Hopis, David Monongye, escreveu em 1882 o seguinte: "Quando lançaram a conhecida «cabaça cheia de cinza» sobre o Japão (bombas de Hiroshima e Nagasaki), os Hopis deitaram mãos à obra para levar a sua mensagem de aviso a todo o mundo. Sabíamos que todas as tentativas para controlar o mundo não servem para mais nada do que destruí-lo. Oxalá aproveitemos esta advertência para o nosso bem, evitando a nossa destruição."
A profecia Hopi sobre a Segunda Guerra Mundial dizia que, esta teria lugar sob o signo da cruz gamada (Alemanha) e, do Sol (Japão) e que depois da contenda, roubariam as terras aos Hopis. E assim aconteceu, apesar de a partir de 1949 os Hopis terem enviado várias cartas de protesto para o presidente dos Estados Unidos da América.

Há muito tempo, este povo movia-se naturalmente por todo o seu território até que, em conformidade com as suas previsões, chegaram os conquistadores europeus. Depois da Segunda Guerra Mundial os brancos colocaram-nos em reservas, como facilmente se poderia deduzir, mesmo sem as suas profecias ancestrais.
Não sei se algum dia lhes farão justiça - por tudo o que sempre comungaram, professaram e viveram com a Natureza - para além obviamente, de toda a explanação de profecias já registadas ao longo destes tumultuosos séculos. Assim sendo e, como mensageiros bem-vindos e não malditos (dos que se mata o mensageiro, se a notícia nos não é benéfica) só teremos a aplaudir a boa ventura do aviso, da comenda e claro está, da profecia anunciada de termos de mudar hábitos maus e ser mais dignos do solo que pisamos e, do ar que respiramos em terra-mãe materna e céus abertos como braços eternos. Oxalá, ainda tenhamos tempo...se o Grande Espírito, o Criador do Universo assim quiser, assim deixar e todos nós o mereçamos!

A Misteriosa Extinção


Kiva dos Anasazis - Cliff Palace - Colorado (USA)

Será que houve um êxodo em massa na sequência de sequestros ou permanentes raptos dos Anasazis, perpetrados por extraterrestres ou civilizações estelares? Ou, à semelhança de Maias e Aztecas, essa igual extinção dos quais não há vestígios de ossadas e esqueletos humanos, terem sido simplesmente trasladados para outro planeta, outra galáxia ou mesmo, num outro sistema solar por mão desses visitantes estelares?

Anasazis - Uma Amizade com o Mundo dos Espíritos
Os adeptos do esoterismo são da opinião que os Anasazis terão em determinada altura da sua história, sentido «energias negativas» e que por isso, terão decidido mudar-se para outras paragens.
Efectivamente à medida que estas comunidades de aldeia se iam tornando maiores, ia-se desenhando no povo que nelas habitava, uma maior propensão para a espiritualidade e para encontros e reuniões de carácter religioso. No centro da aldeia estavam as Kivas, espaços comunitários subterrâneos e, redondos, cobertos com um telhado de madeira. O acesso era feito por um buraco no centro do telhado que servia também para libertar o fumo que se formava no interior, como consequência da fogueira que ardia na kiva. Junto à fogueira havia um «sipapu», uma pequena cova no chão. Acreditava-se ser daí que surgiam os espíritos dos antepassados. O «sipapu» era também uma espécie de canal de comunicação com esses espíritos. Frente ao sipapu havia um género de poço de ventilação, a que era dado o nome de «túnel dos espíritos» e que muito possivelmente deveria servir também para contactos com o outro mundo.

O Ser Humano e a Religião
Uma boa relação com os espíritos e, os deuses, era de grande importância para os habitantes destas comunidades nas escarpas dos rochedos, uma vez que tanto na vida como na morte, estes dependiam do que a Natureza tinha para lhes oferecer. Os investigadores presumem que, na fase final da existência dos Anasazis, foram construídas muitas Kivas porque estava a tentar-se apaziguar e conquistar o favor da divindade responsável pelas chuvas.
No decurso de investigações sobre o clima nesta região descobriu-se que, por volta de 1100 d. C. se instalou uma seca de proporções catastróficas. Na concepção religiosa dos habitantes primitivos da América do Norte, o Grande Espírito, foi quem presidiu à criação. A manutenção e conservação dos resultados desta criação está entregue a deuses e, a espíritos elementares, que respondem perante o comandante supremo, o Grande Espírito. Sob o domínio dos deuses, os índios reconheciam (e ainda hoje reconhecem) elementos como a Terra, o Sol, o Verão, o Inverno, o Raio, o Relâmpago e também a Chuva, possivelmente a razão para a decadência dos Anasazis.

Xamãs - Intermediários com o Mundo dos Espíritos
Os Xamãs funcionavam como intermediários entre os membros das tribos e, o mundo dos espíritos, assumindo o papel de autoridades mágicas e religiosas. Em oposição a um sacerdote ocidental, o seu conhecimento não é obtido a partir de uma teoria perfeitamente definida, mas sim de uma experiência e uma pesquisa dolorosas. A relação entre o Xamã e o mundo espiritual é uma manifestação religiosa de carácter individual. Através de uma aparição ou encontro visionário, o Xamã sente-se investido de poderes. O modo como decorre esse primeiro encontro do Xamã com os espíritos, ajuda-o a criar e a perpetuar o seu próprio mito, passando a ser respeitado e venerado pelo seu próprio povo.

O Fim de um Povo
Não se encontram vestígios da presença dos Anasazis em Mesa Verde e outros locais ao longo dos grandes canyons a partir de meados do século XIII. Se bem que muitos investigadores vejam na carência de chuva, a razão para o desaparecimento dos Anasazis e que, partam do princípio de que este povo se limitou a mudar para outras paragens, mantendo-se o mais próximo possível dos canyons.
O casal de bioarqueólogos Christy e Jacqueline Turner, da Arizona State University defendeu - após uma aprofundada investigação de diversos esqueletos dos Anasazis - que o desaparecimento deste povo das suas habitações nas escarpas dos rochedos era consequência de uma guerra em que haviam sido praticados actos de canibalismo - pois ao que parece, muitos dos ossos investigados indiciam vestígios desse tipo de práticas. Talvez esses ossos serrados - que os Turner encontraram - resultem apenas de sacrifícios humanos em honra da divindade responsável pelas chuvas.
Não é possível afirmar com toda a certeza, qual das duas suposições estará mais próxima da realidade, elaborando-se por conseguinte uma outra e ainda mais misteriosa tese de: rapto ou sequestro alienígenas. E, sermos-íamos especulativos ou mesmo caluniosos - ao aventarmos esta hipótese extraterrestre - sem qualquer base que se sustentasse por si, o que não é o caso. Existem razões - algures, ainda no desconhecimento geral - que apontam para essa igual hipótese, teoria ou tese mirabolante mas razoável de algum crédito na substantiva ou cumulativa em argumentação de civilizações extraestelares os terem transportado para outros planetas numa outra vivência extraplanetária.
O desaparecimento dos Anasazis constitui mais um dos mistérios da História Universal e, tal como todos os mistérios, também os Anasazis dividiram as opiniões dos especialistas.

Os Hopis - A Herança dos Anasazis
Os índios Hopis são considerados os descendentes dos Anasazis, uma vez que se encontram vários aspectos comuns a ambas as culturas. Do modo de vida e de pensar dos Hopis, podem hoje ser retiradas algumas conclusões acerca da cultura dos Anasazis. Durante vários séculos o cuidar das terras foi a base económica da vida dos Hopis, que se regulavam pelas diferentes estações do ano, orientavam-se pelas estrelas, mas sobretudo pelo Sol e, pela Lua.
Ainda hoje a vida dos Hopis, muito ligada às tradições, assenta num profundo respeito pela Natureza. Acreditam na existência de uma alma e assim numa mútua influenciabilidade de tudo o que existe. O centro da vida nas aldeias são as Kivas, as cãmaras cerimoniais subterrâneas, que também os Anasazis possuíam. Através de aberturas no telhado das Kivas, os Hopis observam as estrelas: este facto permite tirar algumas conclusões sobre um eventual significado astronómico das Kivas dos Anasazis, de resto usadas para rituais religiosos.

Pueblo Bonito, o nome atribuído a uma povoação dos Anasazis em Chaco Canyon, dá desde logo uma ideia acerca da cultura dominante que posteriormente se instalou.
Os índios dos pueblos (os Hopis e os Zunis) - legatários directos da herança cultural dos Anasazis - adoptaram muitas das suas tradições pré-históricas, como é o caso da construção com o recurso às açoteias, sendo que as divisões em parte apenas têm acesso através de escadas no tecto. Dos Hopis, ainda hoje vivem 50.000 em reservas no Arizona e no Novo México.
Por conclusão, por mais misteriosos que sejam os envolvimentos e sequenciais vivências e partidas em extinção deste povo, desta cultura ancestral, o certo é que jamais se deixarão apagar no tempo numa erosão humana o que agora lembramos, estudamos e rectificaremos de futuro, se a isso nos permitirem. Para a História Universal ficará sem dúvida, a misteriosa extinção mas igualmente, o deslumbramento de tamanha civilização em guerra ou em paz com os povos ditos extraterrestres, alienígenas ou quiçá seus iguais...
A bem da Humanidade, que a verdade prevaleça!

A Enigmática Civilização


 
Cliff Palace - Mesa Verde - Colorado (USA)

Onde obtiveram os Anasazis todo este conhecimento acerca da Energia Solar? Seria este povo assim tão desenvolvido - agido por instinto - ou, estaria simplesmente a esconder-se, a proteger-se da guerra instalada nos céus em batalhas alienígenas e, contra si?

A Cultura dos Anasazis
No Sudoeste dos EUA, onde os estados do Novo México, do Colorado, do Utah e do Arizona se encontram, viveu até ao século XIII d. C. um povo a que hoje damos o nome de Anasazis. Esta palavra é originária da língua dos índios Navajos e significa «os velhos», «os velhos antepassados», mas também «os velhos inimigos». O nome que os Anasazis atribuíam a si mesmos é no entanto desconhecido.
Entre 100 e 1300 d. C. espalharam-se pelo território dos quatro estados e construíram habitações em rochas escarpadas, que ainda hoje se mantêm de pé em Mesa Verde (no Colorado) e em Chaco Canyon (no Novo México). A razão pela qual as abandonaram é, porém, desconhecida.
É possível que, devido a períodos prolongados de seca, fossem ou tivessem sido obrigados a deslocar-se para outras paragens, não muito longe dali, como seria o caso do Sul do Arizona e, da zona central do Novo México. Os pacíficos índios Hopi são considerados - na actualidade - descendentes dos Anasazis.

Residências nas Escarpas
Nichos naturais nos rochedos foram aproveitados pelos Anasazis no período áureo desta civilização, como local de refúgio e, de armazenamento de água.
Ao longo de muitos séculos a chuva havia escavado os rochedos de Mesa Verde e, lavrado uma rede de pequenos canais de água na pedra. As ruínas dos povoados dos Anasazis são testemunho de que este povo levava uma vida em harmonia com a Natureza. Investigações revelaram também vestígios de que se procedia a uma observação do Sol com intuitos astronómicos. Prova disso é Pueblo Bonito, um aglomerado de casas em Chaco Canyon. Com a forma de um D - construído muito próximo da parede vertical de um canyon - o «pueblo» está inteiramente virado para sul. As «casas residenciais» estão dispostas como que em socalcos ao longo de quatro degraus.
No Verão, a luz do sol reflectia nos telhados planos das casas, fazendo com que o ambiente na aldeia não aquecesse demasiado; no Inverno, por sua vez, dada a mais baixa posição do Sol, os seus raios incidiam sobre as paredes das casas, aquecendo-as. Daí a questão de várias alíneas: onde terão havido esses conhecimentos acerca da energia solar, e sendo assim tão desenvolvidos, terão agido simplesmente por instinto ou, por algo que se desconhece ainda hoje, ter sido «empurrados» para esses nichos nos rochedos em sinal de refúgio e protecção em face a um inimigo exterior?

Períodos da Cultura dos Anasazis
No que diz respeito à cultura e aos conhecimentos de construção dos Anasazis, os arqueólogos distinguem quatro períodos de evolução diferentes. O primeiro deles é o chamado «período da cestaria», que durou mais ou menos desde o início da Era Cristã até 450 d. C. Esse nome advém dos extraordinários artigos de cestaria que os Anasazis produziram, tão firmemente entrelaçados que ainda hoje neles pode ser transportada água. Outrora, quando esses cestos foram produzidos, este povo vivia em grutas baixas nas encostas das «mesas» (formações rochosas típicas do Sudoeste dos EUA, cujos cumes são superfícies planas) ou na base dos grandes canyons, em casas de pedra subterrâneas.
Caçavam animais selvagens e outros de pequenas dimensões, para além de cultivarem milho e abóboras. A este, seguiu-se o «período da cestaria modificada», em que foi introduzida a olaria como complemento da cestaria e, em que as trocas comerciais dos Anasazis aumentaram.
No «período da formação de pueblos», que se situa entre 750 e 1100 d. C., os Anasazis reuniram-se em pueblos, pequenas aldeias, começando por construir casas situadas acima da superfície do chão, enquanto nas casas subterrâneas foram introduzidos melhoramentos.
Na quarta e última fase, o «período clássico dos pueblos», que decorreu entre 1100 e 1300 d. C., foram aperfeiçoadas não só as técnicas de construção das aldeias, como a própria concepção das mesmas.
Foram abandonadas as «mesas» e, os Anasazis, procuraram refúgio nos grandes nichos escondidos nos rochedos dos canyons, onde passaram a edificar conjuntos habitacionais de vários andares com pedra e barro. Não tiveram contudo, muito mais tempo para gozá-los...

Cliff Palace - Palácio nas Escarpas
Em 1888, os exploradores Richard Wetherhill e Charlie Mason percorreram a região de Mesa Verde, no Sudoeste do Colorado, e depararam com uma povoação edificada nas escarpas de um rochedo, um lugar tido como um dos mais impressionantes testemunhos deixados Anasazis: trata-se de Cliff Palace.
Este complexo habitacional dispunha de 23 salas comunitárias - as chamadas, Kivas - e, de 200 casinhas de pedra e barro. Foi entre 100 e 1300 d. C. que os Anasazis aperfeiçoaram as suas casas e aldeias.
Após as primeiras descobertas em Mesa Verde, continuaram a ser encontradas povoações indígenas até hoje desconhecidas. Em 1996 foram devolvidas 400 delas à luz do dia, na sequência de um incêndio no Parque Nacional de Mesa Verde.
Também em 2000 foi graças a incêndios que foram feitas mais descobertas. O fogo destruiu as camadas de vegetação que cobriam e, circundavam estas povoações.

Já no Paleolítico e no Mesolítico os seres humanos se socorriam dos nichos escavados pelo tempo nos rochedos, para aí residirem em segurança. Estas reentrâncias formam-se pela erosão sofrida por uma pedra mais porosa ou menos resistente. Os índios Anasazis, culturalmente avançados, tiraram proveito disso mesmo e já em 200 a. C. haviam logrado mudar as características desta paisagem, com pequenos aglomerados humanos - como já foi referido - instalados em nichos na rocha.
Ao «período da cestaria» dos Anasazis, que durou até cerca de 450 d. C., seguindo-se o «período da cestaria modificada», a olaria ter-se-à desenvolvido na fabricação dos tais recipientes de louça, cuja excelente forma e qualidade de concepção lhes permitiu assim passar a armazenar os produtos e, a comercializá-los. Toda esta actividade natural, ser-lhes-ia igualmente frutuosa - comum a qualquer outra civilização - se não fosse a idêntica interrogação também, comum a muitos outros povos (tais como, os Maias, os Aztecas, os Incas...) os quais, se extinguiram sem deixar rasto. Dúvidas que, nos ficam a pairar no ar, esfumados que estarão supostamente, as suas memórias em vivência atribulada e assustada, refugiados que estariam na rocha em camuflagem perfeita de uma vegetação cerrada. De quem fugiriam? De quem se refugiariam? A quem temeriam que tanto mal lhes causava em exílio forçado nesses nichos de caverna de pedra e barro? Teriam sido inimigos incognoscíveis e mesmo indestrutíveis, vindos do Céu? Teriam submetido ás suas exigências superiores estes povos da Terra em que nada mais lhes restasse do que fugir e, sobreviver? Que terá acontecido de facto nestes tempos dos Anasazis? Aqui ficam as perguntas para que, um dia, a História nos possa conceder em resposta e prontidão na veracidade e justiça desta enigmática civilização que viveu, trabalhou e soçobrou nos confins das rochas a sua verdadeira identidade e cultura até aos dias de hoje. Assim queira Deus, o Universo e, os homens de boa vontade!






terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A Unidade Cósmica



Das Huacas - construções de pedra semelhantes a templos - os Incas parece terem celebrado cultos místicos, das quais ainda hoje emanam forças misteriosas. Partilhavam uma visão do mundo na qual o Além e o Aquém, o Céu e a Terra, o Homem e a Natureza eram considerados como uma grande unidade.
Será assim tão difícil para nós, seres humanos do século XXI compreender ou, simplesmente reaprender, esta sabedoria antiga? E, esta verdade única em complemento ou unidade cósmica?

Cuzco - A Unidade Cósmica dos Incas
"Em nenhuma outra parte do mundo, vi tanto ouro e prata como no templo de Inti." - Anotou o cronista Pedro de León. Quando os Espanhóis conquistaram o enorme Império Inca, que se estendia desde o Equador até ao Chile, a sua ânsia por ouro pôde finalmente ser saciada. Só do templo principal da cidade imperial de Cuzco, situada nos Andes Peruanos, os Espanhóis retiraram 700 placas de ouro, tão grossas «tábuas de caixotes». Não obstante, por detrás da fachada resplandecente de Cuzco, manteve-se oculto um pensamento invisível e, religiosamente nobre.
Nos seus templos, os indígenas veneravam Mamaquillia, a deusa da Lua, e Inti, o deus do Sol. Consagraram nos templos salas próprias a Vénus, às Plêiades e a todas as estrelas, assim como ao trovão, ao relâmpago e, ao arco-íris. Ao lado de uma imagem gigantesca do Sol, as múmias dos reis defuntos, enquanto «Filhos do Sol», guardavam o seu reino como se fossem santos.

O Jaguar Sagrado
Cuzco e os seus templos eram para ser entendidos como parte integrante da História Cosmológica, ligados à força criativa do Universo. Os Incas dispuseram as construções da sua capital à semelhança da forma do jaguar, símbolo de força e de poder. Em determinados pontos da cidade procedia-se à observação de fenómenos astronómicos através de clarabóias, razão pela qual até hoje alguns cumes de montanhas preservam nomes como «Eixo (do Sol)» (Intihuatana) ou «Retículo do Universo» (Pachatusan).
O vale de Vilcamayu, que se estende desde Cuzco até Machu Picchu, era considerado o espelho do Céu. Ao longo desta representação terrestre da Via Láctea, o soberano Inca celebrava as cerimónias mais sagradas em construções megalíticas antiquíssimas. Certo é que estes Índios Andinos partilhavam uma visão do mundo na qual o Além e o Aquém, o Céu e a Terra, o Homem e a Natureza eram considerados como uma grande unidade. Parece assim que nós, os seres humanos do século XXI, só a muito custo estamos a reaprender esta sabedoria antiga.

O «Umbigo do Mundo»
Segundo a tradição oral dos indígenas, quando os homens ainda viviam na barbárie, o pai divino dos Incas enviou o seu filho e a sua filha para os Andes, munidos de um bastão dourado. Deveriam estabelecer-se no local onde o bastão penetrasse na terra. O misterioso objecto afundou-se no solo, perto do local da fundação de Cuzco, na colina de Hanacauri, o «umbigo do mundo».
Escavações arqueológicas têm vindo a provar em todo o mundo que, este tipo de mitos, possui normalmente um fundo de verdade; porém, o objecto que em tempos foi tragado pela terra em Hanacauri - bem como o que se esconde por detrás desta história - permanecerá por enquanto motivo de especulação.

Locais Mágicos
Os Incas pensavam que estavam na Terra, na sua qualidade de «exílio da pátria no mundo superior». O rio Vilcamayu, no vale de Cuzco, era considerado uma alegoria para a corrente torrencial que separava os vivos dos mortos. A alma só podia atravessar o rio através de uma ponte que era tão fina como um fio de cabelo. Os conhecimentos secretos dos Incas, de como se processava com êxito essa passagem do mundo material para o transcendental, ter-se-ão perdido irremediavelmente com a conquista do império pelos Espanhóis no século XVI.

Como se referiu inicialmente, ainda hoje emanam das «huacas», os templos Incas, as tais forças misteriosas que, sejam locais ou visitantes, as sintam como preces dos deuses numa eloquência energética estranha, enigmática e possivelmente insinuante também. Cuzco, na unidade cósmica que se lhe conhece na actualidade - nessa dita convergência do Além e do Aquém, do Céu e da Terra, do Homem e, da Natureza - evocando potencialmente toda uma sabedoria antiga, retrata-nos para a posteridade e futuro a longo prazo, a epopeia distinta do seu povo Andino. E também como já anotámos, a sua exuberante e misteriosa força divina que parece refulgir no ar todo um segredo bem guardado em cumulativa unidade cósmica. E assim permaneça a bem da Humanidade!


A Morte Sacrificial



Porque razão foram as crianças sacrificadas? Terão os Incas querido prestar um serviço aos seus deuses através desse sacrifício? Seriam os seus deuses as próprias montanhas? Ou, algo mais tenebroso escondido nestas em temível e assustadora realidade na época?

Monte Llullaillaco - Argentina
Múmias no «tecto dos Andes» - Os cadáveres das três crianças pareciam indicar que a morte se dera havia pouco tempo, no entanto o passeio destas duas meninas e um rapaz que culminou na sua morte sacrificial, teve lugar há aproximadamente já 520 anos. Os seus corpos, porém, estavam tão bem conservados que até mesmo o arqueólogo americano John Reinhard (n. 1944) - especialista em investigações arqueológicas em alta montanha - estremeceu por momentos ao olhá-los, depois de encontrar a sepultura gelada das crianças Incas a 6175 metros de altitude no monte Llullaillaco, um dos mais altos vulcões da Argentina.
Esta descoberta chocante, realizada em 1999, deu origem a diversas perguntas interessantes e, indubitavelmente susceptíveis de uma super-sensibilidade face ao que nos rege hoje, na actualidade. São estas: porque razão terão sido as crianças sacrificadas? Terão os Incas querido prestar um serviço aos deuses através desse sacrifício? Seriam os deuses as próprias montanhas?

A Morte Sacrificial das Crianças Incas
Investigações levadas a cabo pela Universidade Católica de Salta (Argentina) revelaram que o rapaz de 7 anos, e uma das meninas, de 6 anos, eram de origem aristocrática, portanto já predestinados a uma morte sacrificial pelos sacerdotes Incas. Indícios que comprovam esta afirmação constituem os pescoços compridos que apresentam, já que logo após o nascimento começavam a ser artificialmente deformados com a colocação de uma espécie de estrutura em madeira, bem como os adornos e as roupas que envergam. A terceira criança - uma rapariga de 15 anos - a quem os cientistas se referem como a «doncella» (donzela), a «virgem», deverá ter consumido folhas de coca ao longo de vários anos, como ficou demonstrado pelas análises realizadas ao seu cabelo. Deste modo foi também preparada para o ritual de morte sacrificial de que foi vítima.
Neste sítio arqueológico - aquele que fica situado a maior altitude em todo o mundo - foram ainda encontradas estatuetas de ouro, prata, peças de cerâmica e pedaços de tecido.

Caminhada, rumo à Morte
Como os arqueólogos depreendem da leitura dos antigos relatos dos cronistas espanhóis e de outras investigações, as crianças deverão ter iniciado por volta de 1480 da nossa Era - portanto, antes da chegada dos conquistadores vindos de Espanha - a sua caminhada rumo à morte a partir da distante capital do Império Inca, em Cuzco, no Peru. Através das cordilheiras alcançaram o vulcão Llullaillaco, onde terão sido recebidas pelos habitantes locais.
A partir daí teriam sido dirigidas apenas por um sumo sacerdote e, pelos seus ajudantes para o cimo da montanha, onde terá decorrido uma cerimónia de consagração dos sacrificados.
As crianças deveriam ter tido noção da morte sacrificial que as esperava, pois, tendo chegado poucos metros abaixo do cume do vulcão com 6739 metros de altitude, o sacerdote ateou um fogo sagrado e procedeu à realização de danças rituais. Uma vez que nos cadáveres não foram encontrados quaisquer sinais do exercício de violência física, as crianças deverão ter morrido em consequência da escassez de oxigénio e do frio intenso, depois de lhes terem sido dadas folhas de coca para mascar e, uma bebida embriagante chamada «chicha».

Rituais Cruéis
A razão pela qual os Incas terão realizado rituais tão cruéis é incerta. Com efeito, estes encaravam as montanhas como seres vivos e, veneravam-nas, como se de deuses se tratassem.
Os poderosos Andes ter-lhes-ão infundido medo também a eles, razão pela qual as crianças que morreram congeladas terão funcionado como uma espécie de mediadores entre o Céu e a terra. Se elas terão conseguido efectivamente cumprir essa tarefa, é algo que ainda hoje desconhecemos. Em todo o caso, certo é que para os seres humanos do século XXI, elas serviram de verdadeiros mensageiros de um mundo desaparecido que era o seu - razão pela qual a UNESCO as declarou Património da Humanidade.

Sacrifícios Humanos para os Deuses
Quando em 1532 os Espanhóis conquistaram o Império dos Incas, destruíram sem qualquer consideração os locais sagrados dos povos indígenas. Aquilo de que não faziam ideia, é que muitos dos locais mais sagrados deste povo, ficavam situados nas altas montanhas. Mais de 120 locais de culto foram distribuídos pelos Incas ao longo da cordilheira dos Andes.
Em 1954, os caçadores de tesouros encontraram em El Polmo, perto de Santiago do Chile, o primeiro desses lugares sagrados. Um príncipe Inca jazia a 5000 metros de altitude na sua sepultura gelada. Os dedos delicados agarravam os joelhos flectidos, para assim poder manter-se quente. Ídolos em miniatura (um deus com uma coroa de penas vermelhas e figuras de lamas) - bem como os seus próprios dentes de leite - estavam depositados nas suas imediações. Desde então os arqueólogos têm vindo a achar centenas de cadáveres de crianças nos Andes, que terão sido sacrificadas para conquistar o favor dos deuses.

As crianças Incas eram desta forma utensílio, talismã ou somente o isco «perfeito» para as insígnias de culto e crenças destes povos dos Andes. Julgá-los à luz da nossa contemporânea lucidez é igualmente antagónico e não muito correcto - se considerarmos que mesmo na actualidade se cometem distúrbios idênticos e, sem ser em prol de algum culto ou talvez mais especificamente, seita...- contudo, continuará sempre a afligir-nos pensar e acreditar nestes rituais tão selvagens, primitivos e de uma dolorosa crueldade incutidos e implementados naquelas crianças de outrora. Isto é, se podermos ou conseguirmos ignorar como referi há pouco - nos tais distúrbios da actualidade em que se raptam crianças em África para lhes extraírem os órgãos e outras sevícias que tais - sentindo que, este mundo terá e deverá ser melhor no processo evolutivo e não animalesco em que se nos apresenta. Pelo menos, temos de tentar e viver com todas estas atrocidades cometidas tanto no passado distante como no tempo presente em alquimia superior que nos faça orgulhar e não ensandecer por tamanhas manobras irreais e tão indignas de nós, seres humanos.
A Bem da Humanidade, assim seja então!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Capital dos Mortos



No interior dos muros de Cuzco, no Peru, os missionários espanhóis encontraram os cadáveres mumificados dos governantes dos Andes já falecidos. Evidência demonstrada pelo clima seco do deserto do vale peruano de Nazca, onde milhares de cadáveres mumificados dos Kahuachi se mantiveram incólumes ao longo de 2000 anos.

Necrópoles no Deserto Peruano
A cena produzia um efeito macabro. Na praça central de Cuzco, a capital do Império Inca, estavam dispostos os cadáveres dos soberanos dos povos dos Andes. "Os mortos brindaram uns com os outros com «chicha»", relata o padre Cobo, um missionário espanhol, no século XVI.
O brinde foi pronunciado simbolicamente pelos criados dos soberanos mumificados, pois os Incas tratavam dos seus reis na morte como o haviam feito em vida, serviam-lhes refeições e bebidas e, transportavam-nos em liteiras pelas ruas da cidade. A cidade dos vivos era assim também, a cidade dos mortos.
Ao verem como os corpos de todos os soberanos Incas se mantinham impecavelmente conservados, os conquistadores ficaram boquiabertos. O cronista Polo de Ondegardo escreve assim: "Nem um único cabelo, uma sobrancelha ou mesmo uma pestana lhes faltava."
Os invasores espanhóis não conseguiram descortinar o segredo da mumificação e, muito menos, a permanência para a posteridade da maioria das múmias reais e, dos seus tesouros em ouro. Trata-se de questões que os cientistas - ainda hoje - continuam a investigar nos mais modernos laboratórios e, nas enormes necrópoles do Peru.

Mumificação para a Vida no Além
Em 1999 foi encontrado um dos maiores cemitérios Incas em Tupac Amaru, perto de Lima, no Peru, que se julga datar do século XV. Sob a direcção do arqueólogo Guillermo A. Cock foram postos a descoberto mais de dois mil e duzentos fardos de múmias, correspondentes a indivíduos de todas as classes sociais..
Todos os cadáveres estavam embrulhados em panos e haviam-lhes sido colocados alguns objectos pessoais na sepultura. Este é um costume que remonta já aos tempos das culturas que antecederam os Incas nestas regiões. No Sul do Peru, o vale de Nazca, apresenta-se repleto de buracos, semelhantes a sinais de bexigas - pois muitos milhares de câmaras sepulcrais foram aí abertas por saqueadores de túmulos e, arqueólogos.
Nos terrenos arenosos e secos, os mortos dos Kahuachi mantiveram-se impecavelmente conservados ao longo de dois mil anos. Os seus esqueletos ainda se apresentam cobertos de pele, os dentes e os cabelos estão como novos e, em algumas cabeças, chegam mesmo a existir ainda os globos oculares.
Os mortos foram colocados sentados, com os joelhos encostados ao pescoço, como um feto no ventre materno em câmaras subterrâneas. As oferendas funerárias indicam que, os membros da cultura Nazca, acreditavam firmemente numa continuação da vida após a morte.

Templo da Morte
Os povos pré-Incaicos - como é o caso da cultura Colla no lago Titiaca - sepultavam os seus mortos em cidades funerárias subterrâneas, dotadas de uma concepção fantástica.
Construíam imponentes torres circulares a partir de grandes blocos de basalto - as chamadas, «chullpas», os templos da morte de Sillustani - nos quais emparedavam os seus nobres mumificados, juntamente com o seu séquito, as suas mulheres e os lendários tesouros.
Em 1971, os arqueólogos descobriram debaixo de uma dessas torres funerárias não apenas numerosos cadáveres mas também, um tesouro com quatro quilos de ouro.
Hoje em dia sabemos que a mumificação por meio da secagem do cadáver pelo ar do deserto ou sobre uma fogueira, já era praticada desde 4000 a. C. Deste modo, os mortos poderiam iniciar a sua viagem para o Além. Ninguém poderia então prever que, as oferendas em ouro, pudessem vir a despertar mais tarde a cobiça das gerações vindouras do modo como despertaram, a ponto de se chegar a perturbar o seu descanso eterno.

A Capital dos Mortos
Chanchán, a antiga capital dos Chimú, é de certo modo, uma necrópole especial. Este povo indígena agressivo era governado por Reis-Deuses que dominavam um império estendendo-se ao longo de mil quilómetros da costa Norte do Peru.
Bairros residenciais de aspecto palaciano (as ciudadelas) eram protegidos com muros de 10 metros de altura e 600 metros de comprimento, feitos com tijolos de adobe. As residências e os armazéns, os espaços destinados à administração, os palácios e os túmulos dos antepassados estavam ligados entre si por um labirinto de corredores. Quando um rei morria, era sepultado com grande sumptuosidade no seu palácio, juntamente com centenas de mulheres jovens que, o deveriam acompanhar na morte.
Por tudo isso, Chimú era já nos seus tempos áureos (de 900 a 1476 d. C.) uma cidade onde vivos e mortos conviviam.

Finalizando então, impomos a seguinte pergunta: que Reis-Deuses eram por conseguinte esses que, legitimados por um poder supremo, haveriam de fazer sacrificar todo um povo - ou parte dele - em sequência e subserviência máximas de os seguirem até na morte? E, o porquê ou razão da mumificação geral num todo - ainda não desmistificado por nós ou, pelos investigadores e arqueólogos que o estudam - na conclusão devida do que estes povos e seus Reis-Deuses soberanos aí vivenciaram; até, para além da morte propriamente dita. Lamenta-se que, pela extrema cobiça do ouro e sua busca, estes povos não tenham descansado em paz mas, com o iluminar da História em correcção e preservação, acreditamos que não mais estes sejam acordados do seu sono eterno. A bem da História, da Ciência e, das Humanidades por que nos regemos todos em códigos e regras universais, assim converteremos estes conhecimentos em registo, datação e perpetuação incólumes do que nos foi deixado pelos nossos antepassados. Assim seja então!

sábado, 25 de janeiro de 2014

A Aventura Cósmica


 
"As portas da História não se abrem sobre um Universo morto!"               - Robert Charroux -

O Homem na Lua
O homem chega à Lua no dia 20/21 de Julho; a nave norte-americana Apollo 11, com o peso de 3100 toneladas é lançada a 16 de Julho; a 19 torna-se satélite da Lua; a 20 - enquanto Michael Collins fica aos comandos da nave - Neil Armstrong e Edwin Aldrin - a bordo do módulo Eagle - pousam na Lua.
Às 3 horas e 56 minutos do dia 21, Neil Armstrong é o primeiro homem a pisar solo lunar; após vinte e duas horas de permanência na Lua (duas, fora do módulo) os astronautas iniciam o regresso à Terra, tendo amarado no Pacífico no dia 24 de Julho.
A nave espacial Apollo 12, coloca os norte-americanos na Lua pela segunda vez de 14 a 24 de Novembro desse mesmo ano. Como reiteração espacial soviética, a Mariner 7, sonda soviética transmite excelentes imagens da superfície de Marte. E isto, a 5 de Agosto de 69.

15 de Setembro de 1961, Michel Gordey escrevia: "Numa pequena cidade do Estado de Vermont, no nordeste dos Estados Unidos, desenrola-se actualmente um diálogo secreto entre sábios e peritos de desarmamento, soviéticos e norte-americanos. Neste diálogo de surdos, em que de ambos os lados se enumeraram as armas de destruição maciça falando na negociação sempre possível, a melhoria sobre o desarmamento verificada na conferência secreta russo-americana de Vermont, prova pelo menos que os dois super-grandes não estão dispostos a destruírem-se mutuamente nem a precipitar o mundo no apocalipse atómico."

Robert Charroux põe a descoberto a verdade nunca anunciada e jamais revelada num dos seus livros em solitária autoria do que se propõe dizer-nos então: "Ali se via o conselheiro dos Estados Unidos, Henry Kissinger, e V. F. Emelianov, chefe de fila dos atomistas russos, assim como o sábio britânico sir Solly Zuckerman, conselheiro científico do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha...quase se pode dizer que a sua conferência foi clandestina. E, todavia, essa conferência pesará sem dúvida muito mais no próximo futuro da Humanidade do que as múltiplas conferências diplomáticas destas últimas semanas. Eis então, alguns pontos principais desta iniciativa que se quer selectiva nos meios científicos internacionais:
 - Manter secretas as as descobertas científicas susceptíveis de servirem para fins militares ou de serem desviadas dos seus objectivos pacíficos, informar a opinião pública do perigo mortal das radiações; confiar aos sábios a responsabilidade das conferências de desarmamento, proibir as experiências com armas nucleares e encontrar um meio eficaz de neutralizar os isótopos já libertados.
 - Introduzir na ONU uma comissão científica internacional permanente, tendo como missão codificar tudo o que se relaciona com a saúde pública em todos os domínios.
 - Pôr ao serviço da comunidade uma central militar, cujo armamento seria concebido e mantido secreto pela conjura; estabelecer relações com os povos que possam existir sobre os planetas do sistema solar.
 - Estudar e e controlar a fabricação artificial de super-homens e, de mutantes.
Tentou-se assim - antes de se atingir o ano 2000 - a substituição da ONU e dos Governos nacionais por um «Praesidium» no qual as nações - cada vez mais reduzidas à função de regiões administrativas - apenas seriam representadas em razão directa da qualidade do seu potencial científico e, intelectual.

Controlar a Aventura Cósmica
Robert Charroux vai ainda mais longe ao afirmar peremptoriamente: "Esses sábios querem portanto controlar a aventura extraplanetária, preparar a Terra para uma penetração pacífica do cosmos e uma defesa contra qualquer invasão! Daí a necessidade de realizar a unidade terrestre."
E acrescenta ainda: " É incontestável que a política de expansão intersideral é de momento incoerente e que não se pode arranjar uma solução positiva a não ser por meio da associação de todas as forças: a aventura cósmica implica a nação Terra!"

Eterno recomeço de um Universo Inteligente?
Tudo o que foi relatado até aqui, passou-se na década de sessenta em que muitos destes episódios na distância em que agora os observamos, nos parecem de uma actualidade atroz, se é que se pode usar este termo. Foi ingénuo, visionário ou simplesmente uma espécie de concordata a longo prazo que já se saberia de antemão a sua ineficácia e mesmo inexequibilidade? No entanto, e apesar de estarmos em franco século XXI e no belo ano de 2014, essas mesmas prerrogativas se façam de igual e comum acordo, apesar de nem sempre serem efectivamente cumpridas no seu todo. Para além de não existir um Governo único, ainda...contudo, há uma certa semelhança e correlação com o que foi instituído nessa data na década de sessenta. Acreditava-se de que, por meados do ano 2000, se recreariam seres semideuses de um mundo do Apocalipse que também teria conhecido a procriação química do super-homem e, a desintegração atómica da espécie. A raça nova do ano 2000 (ou a partir daí) constituiria uma casta e, a nossa Humanidade atrasada estaria reduzida aos papéis subalternos: os robots, andróides, anfíbios, híbridos e por aí fora...sem esquecer evidentemente, a escravatura geral que todos num só se veriam compactuar na Terra.
Robert Charroux enalteceria esta tese, dizendo: "Todos estes elos entre o animal e o super-homem ou, entre o Homo sapiens ultrapassado e o homem-deus." - Referindo-se aos mutantes, aos terra-formados, aos supracitados já, de uma origem em mutação constante. R. Charroux finaliza esta epopeia galopante da aventura cósmica do Homem com umas diletantes frases em tom sublime mas lapidar: "Dentro de um milhão de anos, os nossos descendentes recomeçarão a nossa aventura e, procurarão por sua vez, os seus antepassados superiores do Quaternário que teriam podido - como eles - conhecer o segredo do fogo infernal (guerra atómica). Queira o Céu que, sobre um sílex branco e liso, algum pastor paciente e aplicado tenha gravado, para passar o tempo, o esboço de um foguetão sideral e, a silhueta de uma bela contemporânea. Então, os homens do Quinternário, com um pouco de sorte, poderão ter a prova de que antigamente...na Primi-História dos tempos desconhecidos, antepassados superiores conheceram muito antes deles a viagem pelo cosmos, as ondas que transportam o som e a imagem e, por conseguinte, a ruptura atómica que fecha as portas do tempo."

Para nosso bem e, de toda a Humanidade, que tal não suceda de novo. Temos muito a aprender ainda, a retomar, recuar e a recrudescer nos sentidos opostos de uns e outros em oprimir o que nos prejudica e engrandecer o que nos faz sentir bem e ser felizes. As energias atómicas poderão ser úteis no tempo e no espaço que nos reparte nos anos que vivemos na Terra em maior potencial diferenciador do homem primitivo, o que não será de todo uma certeza é que, estas possam também, igualmente, ser a nossa mortalha no planeta pela perigosidade que exibem. Quanto à aventura cósmica na qual já demos uns passos sob vigília e argúcia dos seres inteligentes (supõe-se), desejando que se caminhe em frente - a sonda Opportunity vai fazendo por isso, tendo percorrido já 40 quilómetros em Marte, onde está desde o ano 2003 - em desenvolvimento científico de uma NASA sempre atenta mas nem sempre perfeita, aliás, como todos nós. Não se busca a perfeição, busca-se o conhecimento e esperemos que não o secretismo, sempre tão habitual nestas circunstâncias da não divulgação às populações mundiais. Endémico, sem dúvida! Mas que o seja pelo bem, só pelo bem da Humanidade, e esse, é um desejo de todos nós!


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Iluminação Vishnu


Buda ou a nona encarnação de Vishnu em que, em profunda meditação, se eleva como ser superior e, iluminado.

Vishnu enquanto Buda
A flexibilidade do hinduísmo está patente no facto de Siddharta Gautama, o fundador do budismo, ter sido rapidamente convertido numa encarnação de Vishnu. Mas, ao mesmo tempo, desenvolveu-se a rivalidade entre os budistas e os seguidores de Vishnu, para quem Buda é a nona encarnação do deus, descido à Terra no início da Era actual (Kali-yuga).

Aqueles que buscam a Deus
A partir do século VI a. C. cresceu na população uma certa revolta contra o poder e o controlo, exercida pela casta dominante dos Brâmanes e, sancionados pela religião. Muita gente aspirava a uma nova orientação espiritual. Aqueles que buscavam a Deus, vagueavam pela terra pregando as suas doutrinas. Alguns destes ensinamentos sobreviveram até ao presente. Os mais importantes foram os do príncipe Siddharta Gautama, do reino dos Shakya, que após muitos anos de busca alcançou a iluminação, meditando profundamente debaixo de uma figueira. Quando se levantou do seu lugar, era Buda, o «desperto», e proclamou a doutrina do budismo.

Budistas contra Brâmanes
Depois da entrada de Buda no Nirvana (extinção), os seus ensinamentos expandiram-se rapidamente, pois encerravam um poderoso rastilho sociológico, já que no sistema budista não havia lugar para a classificação das pessoas em castas. No entanto, o hinduísmo - ao princípio enfraquecido pelo budismo - em breve voltou a florescer no subcontinente indiano e, na luta secular entre a casta dos sacerdotes, os brâmanes, e os monges budistas - foram os primeiros a levar a melhor.

O mais nobre desenvolvimento do Espírito
A partir do século XI começaram a entrar na Índia, exércitos islâmicos vindos do oeste: foi o fim dos ensinamentos do iluminado no seu próprio país. O budismo foi obrigado a recuar para os recantos mais recônditos do reino, encontrando finalmente solo fértil no Tibete, na China e no Sudoeste Asiático. Mas, por esta altura, já o hinduísmo se apoderara de Buda, pois não seria nada fácil apagar as marcas profundas que deixara. Assim, os brâmanes transformaram o rival em defensor da sua religião e, elevaram Buda à condição de Avatar, uma encarnação de Vishnu. Simbolizando esta encarnação, Vishnu aparece junto a um lótus  ou a uma cabeça, a do príncipe iluminado. O lótus simboliza o mais elevado e nobre desenvolvimento do espírito humano, representado por Buda.

A Ascensão dos Brâmanes
O Hinduísmo é uma religião com uma espantosa capacidade de assimilação. Muitas correntes novas encontraram um abrigo natural no reino multifacetado dos seus textos, mitos, lendas, cultos e rituais.
O pensamento religioso indiano esteve sempre marcado por uma mitologia rica e, um Céu densamente povoado de divindades. No século VI a. C., as comunidades tribais desintegraram-se e foram substituídas por pequenos principados. Surgiram cidades, cujos habitantes alcançaram um grau de bem-estar até então desconhecido. O lugar da antiga devoção pelas árvores, montanhas e rios, da fé na alma da Natureza e, no ciclo infinito do nascimento e da morte, foi ocupado pelo culto dos brâmanes, que afirmavam de que não havia salvação fora dos seus rituais.
A casta sacerdotal dos brâmanes - que pretendia assim conservar os seus cargos e, o seu estatuto - acabou finalmente por se impor, face aos budistas.

Por conclusão: tal como o budismo influenciou a religião indiana, também o hinduísmo agiu sobre o budismo; algumas divindades indianas como Brama e Indra, passaram para o panteão budista. Uns e outros - agora em maior interacção na actualidade - tentam reproduzir a verdadeira essência doutrinal de cada uma.
Todas as vertentes religiosas e de credos espirituais ou de deuses celestes serão bem vindas certamente, e seguidas por muitos fervorosos crentes que a isso se devotam, pedindo auxílio nas dores da vida e ajuda consensual que os seus espíritos conturbados assumem. Só me resta acrescentar de que, para além de toda uma filosofia existente nestes budas encarnados e reencarnados, que todos eles nos amortizem a ansiedade, a sujeição, a pobreza, a tristeza e toda uma panóplia de tormentas terrenas ou terrestres que nos afligem. Que nos protejam, que nos velem e, que nos augurem algo de melhor para o nosso futuro sempre tão ociosamente esperado e por vezes, atormentado. O que desejo, é que assim seja de facto. A bem de todos nós! E, da salvação da Humanidade!

A Consciência Krishna


Krishna - o deus pastor

"Depois de assim ter falado, oh Rei, o Deus do Ioga apareceu então a Arjuna na sua suprema forma divina. E Arjuna viu todo o Universo na sua multiplicidade unido num todo, no corpo do Deus dos deuses."
                                                                                                 - Bhagavad-Gita -

Krishna - O Deus Pastor
No fim da terceira idade (Dvapara-yuga), Vixnu encarna pela oitava vez, agora em Krishna, para matar impiedosamente os demónios - sobretudo o cruel Kamsa. Os adoradores do deus Vixnu consideram Krishna uma manifestação do redentor.

O Cruel Kamsa
Pouco antes do início da nossa Era, Vixnu encarnou em Krishna, belo e encantador filho de rei, que pode considerar-se o oposto da corrupção que se apoderou da honorável estirpe dos yadava, cujo cruel soberano, Kamsa, é fruto de um deslize da sua mãe com um demónio (Asura).
Kamsa destrói sistematicamente a ordem moral tradicional: profana o papel da mulher, nomeando como Anjo da Morte a sua irmã, uma bruxa que por Kamsa unta os seios com veneno e oferece às mães os seus serviços de ama-de-leite. Kamsa classifica assim a mulher de infanticida. Além disso, também manda matar vacas sagradas para consumir a sua carne e, sobretudo, persegue os religiosos, pois quer apagar a lembrança na trindade dos deuses indianos: Brama, Shiva e, sobretudo, Vixnu.

Símbolo do Amor Eterno
Quando nasce Krishna, filho de Vasudeva e da sua esposa Devaki - da estirpe dos Yadava - estes escondem-no numa tribo de pastores, porque Kamsa, perturbado com as profecias dos demónios seus conselheiros, manda assassinar todas as crianças especialmente robustas, na esperança de assim poder eliminar Krishna que no entanto, graças à intervenção divina, se salva sempre dos seus assaltos.
Krishna partilha uma vida ditosa, cheia de amor e felicidade, com a bela pastora Radha e muitas outras guardadoras de vacas (gopis). A música da sua flauta converte-se num símbolo. Os animais selvagens deitam-se mansamente aos seus pés para ouvir o músico divino. O som da flauta é a harmonia de toda a criação, o amor entre todos os seres.
O casal formado por Krishna e Radha, simboliza o amor eterno entre o ser humano e Deus. Por fim, Krishna mata Kamsa, sobe ao trono e faz florescer de novo o culto de Vixnu.
A sua morte, marca o início da tenebrosa quarta e última idade (Kali-yuga).

O Mestre Divino
A Krishna, muito adorado no hinduísmo, é dedicado o famoso Bhagavad-Gita (cântico da nobreza), um dos textos mais importantes do hinduísmo, no qual o deus, na figura do Auriga, ensina ao seu amigo - o herói de guerra Arjuna - os caminhos do ioga como meio de união com a «realidade suprema».
Os ensinamentos do Bhagavad-Gita fazem parte da educação religiosa diária de qualquer família tradicional indiana. Algo já referido no início do texto e que refere Arjuna na sua suprema forma divina, observando todo o Universo na sua multiplicidade unido num todo, no corpo do Deus dos deuses. É por isso que Krishna está relacionado com o conceito de «satcitananda»: o seu corpo é eterno (sat), o seu espírito cheio de sabedoria (cit) e, o seu ser, pleno de felicidade (ananda).

O Movimento Krishna
No Ocidente, os seguidores do chamado movimento Krishna desfilam cantando pelas ruas. São jovens envergando túnicas cor de laranja, com a cabeça toda rapada em sinal de humildade, salvo uma pequena trança. O movimento Krishna foi fundado em 1966 por Abhay Charan De (1895-1977).
Os seus ensinamentos e a sua prática baseiam-se no Bhagavad-Gita. Na sua opinião, a consciência de Krishna tem uma importância fundamental para a Humanidade: é o único caminho que conduz à perfeição.
Para se unirem com Krishna, os seguidores do movimento cantam a mantra "Hare Krishna", celebrizada pelo musical "Hair".

Sobretudo nas grandes cidades, encontramos frequentemente os seguidores do movimento Krishna nos seus desfiles pelas ruas. Distribuindo panfletos e, interpelando os transeuntes, tentam assim conquistar mais alguns adeptos para o seu movimento. Esta actividade missionária é constantemente interrompida por cânticos, durante os quais recitam mantras em voz alta, ao som dos tambores.
Há várias similaridades nesta história de Krishna com a de Jesus Cristo, ao que nos foi dado perceber pela perseguição e fuga de ambos por tenebrosa intenção de Kamsa e Rei Herodes, respectivamente. Ambos estes também (Kamsa e Herodes) clamaram pelas vidas de Krishna e Cristo em perturbação com o que lhes asseverariam conselheiros, profetas e demónios na perca dos seus poderes instituídos, mandando executar inocentes crianças de tenra idade. Ambos refugiados, Krishna e Cristo em total sintonia, apartados que estavam de épocas e doutrinas diferentes, haveriam de ficar para a História universal e religiosa como símbolos da verdadeira ascensão do Homem em sua salvação. De Cristo já tudo se sabe ou quase tudo, de Krishna o conceito sacrossanto também de: corpo eterno, espírito sábio (ou cheio de sabedoria) e o ser, pleno de felicidade. Aqui também, ambos iluminados e seres superiores a tudo o que é conhecido etérea e, terrígenamente para o comum dos mortais. Apenas se poderá então acrescentar de que Krishna em corrente religiosa e de ensinamentos do Bhagavad-Gita, na consciência de Krishna, o único caminho que conduz efectivamente à perfeição.

 Será de facto o único caminho? Não o sabemos mas acredita-se que será apenas e tão só mais um caminho a seguir, a respeitar e, a considerar no nosso longo caminho humano se não para a perfeição, para as bordas de tal, ou seja, que tenhamos consciência de, se não alcançarmos essa mesma perfeição, a continuemos a buscar em harmonia e coerência com o que nos rege na vida como seres humanos que somos. E isso, independentemente dos credos ou religiões que professamos na Terra. Pelo bem de todos, assim seja então!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

A Libertação Cósmica


 
Asana de Templo de Kandarya-Mahadeva em khajuraho - Índia

As representações de casais ilustram o caminho da libertação com a ajuda de práticas mágicas e orgíacas.
Será que, a reunião sexual do homem e da mulher conduzirá efectivamente à «libertação» num todo, originariamente indiviso, como rezam os tantras na sua influência sobre o budismo e, o hinduísmo?

O Poder do Universo
O símbolo da deusa é o «Yoni», o seio maternal da génese humana. Shakti, o poder do Universo, tem muitos nomes e formas. Uma das que mais frequentemente adopta é Kali (a negra), a mãe irada que empunha colericamente a espada com a qual aniquila os demónios. Na união sexual, Shiva permanece imóvel como um cadáver debaixo da sua selvagem companheira kali.

Kali - A Shakti Negra
Na figura de Kali, Shakti é o símbolo do tempo em permanente renovação. Destrói, porque o núcleo da vida provém da desagregação e da decomposição. Encarna a criação, a conservação e, a aniquilação.
Destruidora das estruturas e ordens existentes, kali é negra. diz dela o tantra Mahanirvana: "Tal como todas as cores desaparecem no negro, assim se esfumam nela todos os nomes e formas."
A sua nudez indica que, se libertou de todas as ilusões. O cabelo solto simboliza o mistério da morte encerrado na vida. Enquanto energia primitiva e infinita, desperta Shiva, o observador impassível, no drama cósmico.

Conceitos Filosóficos
Shiva e Shakti são a representação dos princípios cosmológicos do masculino (purusha) e do feminino (prakriti). Prakriti (matéria, natureza), a matéria-prima do Universo, possui três propriedades fundamentais (gunas): «sattva», a pureza e a subtileza; «rajas», a força e a actividade, e «tamas», inércia e peso.
Se as «gunas» estiverem em equilíbrio perfeito, não existe criação. Só a desordem desta estrutura harmoniosa da matéria-prima traz consigo a manifestação do mundo exterior. E, a desordem, dá-se através da união de Prakriti com Purusha (ser humano), na qual Purusha - a consciência cósmica - observa imóvel a transformação eterna de Prakriti. Purusha representa o aspecto inactivo e masculino da dualidade, que só se manifesta através do seu oposto activo e, feminino.

Tantra - O Caminho da União
A tradição tântrica do ioga, aspira à libertação através da da dissolução destas duas energias no ascetismo, práticas espirituais e união sexual ritual. O objectivo do «tantra» é alcançar a unidade e, vivenciar a igualdade das polaridades. A realização desta unidade é descrita em termos de êxtase e bem aventurança (ananda). O Tantra (tecido) é, na verdade, um grupo de textos de instruções religiosas que giram à volta dos deuses e, das suas Shaktis femininas.
Em sentido mais restrito, a palavra «tantra» é aplicada a obras e a doutrinas de seitas que veneram em Shakti, a força que possibilita a vida e conserva o Universo. Estas seitas, chamadas Shakta, desenvolvem o simbolismo sexual e, as práticas com ele relacionadas.
Mas existem diferentes formas de shaktismo. Algumas delas interpretam a representação sexual, apenas como símbolo dos processos interiores de meditação. Para estas doutrinas, tratar-se apenas de união espiritual e não física.

Os Seguidores de Shakti
O shaktismo, oriundo de Bengala, no Nordeste da Índia- consequência do culto da mãe divina em torno da esposa de Shiva - resultou na glorificação do princípio feminino, com acentuados aspectos eróticos.
Para esta forma de tantra, que inclui o exercício de práticas sexuais - as posições de ioga (asanas) - realizadas na união a dois, despertam a Kundalini-Shakti (a energia cósmica do corpo, simbolizada pela serpente), transformando-a na energia espiritual da libertação.
O caminho do Tantra baseia-se na noção de que, a sexualidade física, pode ser um veículo para a libertação da roda das reencarnações. Os rituais da união sexual - enquanto práticas da meditação psicofísicas - desempenham portanto um papel essencial!

Prazer e Libertação
O Ioga Tântrico põe em acção subtis processos energéticos que, têm como objectivo, uma transformação do corpo. O que se procura é, a síntese dos valores opostos do prazer (bhoga) e, da libertação (kaivalya).
O princípio do desejo físico é posto ao serviço do desenvolvimento espiritual. O papel dinâmico pertence à mulher, que no ritual tântrico representa Shakti. Em rituais especiais como o Kumari-puja (oferenda de uma virgem) ou o Shakti-upasana (imersão em Shakti), efectua-se a identificação simbólica com a deusa.

O Jogo Cósmico do Amor
Nos templos de Khajuraho, no Centro da Índia, encontram-se os exemplos artísticos mais expressivos da interacção criadora do princípio masculino e do feminino - simbolicamente representados nos jogos amorosos. As figuras unidas em posições sexuais (mithuna), pouco convencionais e complicadas, mostram que o caminho tântrico da libertação é difícil e, não representa apenas o simples prazer dos sentidos.
A fachada do templo de Kandariya-Mahadeva (950-1050 d. C.) é dedicada a Xiva e, à união cósmica de Purusha e Prakriti. As numerosas figuras que adornam o seu exterior, reflectem assim o mundo dos fenómenos. O interior do templo é, pelo contrário, o regaço (garbhagriha) escuro e vazio de adornos de onde provêm todas as ilusões.

Shiva e Shakti/Purusha e Prakriti nas duas versões terrestres e cósmicas, ambas envoltas num mistério endeusado de origem, proveniência e, ramificação por entre as crenças e divindades assentes nos humanos de uma Índia surpreendente. Venerados em sublimação corrente, acredita-se (ou suspeita-se) de que terão sido algo mais na Terra do que meros símbolos do hinduísmo. Vivenciando a origem, a concepção, a reprodução e todos os fenómenos daí subsequentes na continuação do ser humano, o que se apraz dizer neste caso é que, além das divindades já referidas, possivelmente terão na sua génese ensinado o Homem em ter e dar prazer numa certa e determinada libertação de si mesmos. Não será então o simples prazer dos sentidos mas antes, um complemento e computo geral do que o Homem deve seguir e sentir em realidade e união cósmica que, efectivamente, assim o libertará de todas as esconsas e más energias. Deve-se aprender com eles, estes maravilhoso deuses não só da Índia como do mundo global em que nos encontramos, respeitando e seguindo também essas homilias do Universo em poder Uno e sólido do que nunca deveremos esquecer ou olvidar em nós, humanos. A pureza dos sentidos é única; poderosa e universal também. Sejamos merecedores desta e seremos eternos na libertação cósmica de onde viemos e, para onde iremos um dia...pois que, assim seja!


A União do Absoluto



Shiva e Shakti: deus e deusa enquanto auto-revelação do absoluto. Símbolos da vida universal e individual, da acção permanente dos opostos criadores. Terão sido  um só, em força, divindade e poder do Universo num imenso ventre materno da génese humana?

Shiva e Shakti
A divindade mais importante, luminosa e controversa do panteão hinduísta é, sem dúvida, Shiva (o bondoso). Os textos religiosos mais antigos, os «Vedas» - anteriores ao primeiro milénio antes de Cristo - que não mencionam ainda este nome, chamam-lhe Rudra (o uivante), o terrível Deus das Tempestades.

O Grande Iogue
Segundo o Shiva-purana, uma colectânea de textos religiosos do hinduísmo, Shiva possui cinco caras, que correspondem ás suas cinco missões (panchakriya): criação, conservação, destruição, moderação e compaixão. Vive na montanha kailash, nos Himalaias, e monta o touro branco Nandi. O terceiro olho que Shiva tem na testa está fechado. Só o abre quando está encolerizado, pois é o olho do fogo, do qual procede o poder da destruição.
Shiva aparece frequentemente como um deus encolerizado, que extirpa todo o mal. Representa as trevas e aniquila o mundo, para depois o criar de novo, pois é o grande iogue, o Deus da Meditação Profunda e do Ascetismo, dos quais retira as forças espirituais necessárias para uma nova criação.
Na mitologia, Shiva combate o demónio da cegueira espiritual, Andhaka. Shiva, destruidor da temporalidade e encarnação da renúncia, defende assim a sabedoria.

Os Seguidores Ascéticos de Shiva
Xiva é muitas vezes representado na figura de um asceta de pele escura, sentado na posição de ioga na pele de um veado ou de um tigre. Tem o cabelo comprido e emaranhado preso por serpentes e, usa ao pescoço um colar de caveiras humanas ou cobras. O seu emblema principal é o tridente (trishula).
Os Sadhus - um grupo de seguidores de Shiva que renunciaram ao mundo - andam com um tridente que levantam quando fazem as suas orações (pujas). Às vezes, quando louvam o seu deus e se entregam a práticas espirituais, esfregam o corpo todo, excepto as mãos e os pés, com estrume de vaca.

Parvati - A Força de Xiva
Shiva é normalmente adorado nos seus templos com a configuração da coluna fálica (linga), símbolo de todas as forças de regeneração. Embora a sua forma seja um falo, na verdade representa o espaço invisível, mas omnipresente e que tudo atravessa. É um símbolo visível da realidade última na qual assenta o Universo, mas que também está presente em cada ser humano.
Shiva é a calma do espírito lúcido. A energia primitiva da criação, relacionada com a imagem do linga, provém da sua companheira Parvati - que portanto é denominada Shakti (força). Aparecem separados mas, na verdade, são sempre um só. Não existe Shiva sem Shakti nem Shakti sem Shiva. A sua união é o estado natural. Juntamente com Shakti, Shiva é o absoluto transcendente. Na realidade, Shakti é o aspecto feminino da sua totalidade divina, razão por que, às vezes, é representado meio-homem e meio-mulher (ardhanarisvara).

A Interacção dos Opostos
A realidade é um todo indivisível, é Shiva-Shakti. O mistério da interacção das forças criadoras e sua consubstancialidade encontrou a sua expressão na vitalidade da sociedade indiana em obras de carácter sensual e erótico. São símbolos da vida universal e individual, da acção permanente dos opostos criadores.
As imagens de união sexual em posições de ioga, representam a diferenciação do absoluto no par antagónico - mas actuando em conjunto - formado por Shiva e Shakti: deus e deusa enquanto auto-revelação do absoluto. A aparência dos opostos num ser único.

Linga e Yoni
Já se referiu de que Shiva é normalmente representado com a forma de um falo (linga), penetrando o órgão sexual feminino (yoni) da sua companheira divina, fonte de todas as ilusões.
O linga de Shiva assente no pedestal yoni, simboliza a união do princípio masculino e feminino na sua totalidade cósmica. Shiva, que tem 1008 nomes, é também chamado Mahadeva (o Grande Deus) ou Mahayogui (o Grande Yogui).
No Templo de Ekambaranthar, em Kanchipuram (no Sul da Índia), existem 1008 lingas assentes em yonis, tantos como os nomes do deus. As práticas rituais relativas ao «linga» e ao «yoni» contam-se entre as formas de adoração mais importantes.

Princípio criador do Universo ou simplesmente, a reiteração terrestre de uma origem e concepção humanas que, por intermédio e primórdios nestas duas (ou unas) divindades de Shiva e Shakti, se tenha prolongado no tempo em mito ou verdade transmissível ao Homem no seu todo. Lingas e Yonis no fundo, a correlação exacta no espaço físico e orgânico do ser humano na sua acoplagem perfeita de interacção, envolvimento e assaz criação ou concepção. Poderá ser um princípio filosófico ou não. Ou igualmente, a demonstração dos deuses de um dia, que por cá tenham imposto benevolente e placidamente, as suas raízes em continuada imitação pelos humanos...até aos dias de hoje! E assim possa continuar a ser, digo eu!...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

A Gruta de Shiva



Estará guardado nesta gruta dos Himalaias, o verdadeiro segredo que conduz à imortalidade? E que se passará de facto em fenómeno estranho e de assimetria com as fases da Lua, no que os peregrinos consideram a presença «viva» de Shiva no linga de gelo aí existente?

Amarnath - A Gruta de Shiiva nos Himalaias
Os mitos indianos contam como o deus Shiva se revelou: perante os olhos assombrados dos deuses supremos Brama e Vishnu, o gigantesco Shiva subiu misteriosamente das profundezas, mostrando-lhes o que já existia antes deles. A forma fálica do «linga» (em sânscrito, «sinal», «falo»), sob a qual Shiva é adorado em todos os templos, lembra este poderoso aspecto do deus.

O Segredo da Imortalidade
Um dia, Parvati - esposa divina de Shiva - pediu ao marido que lhe revelasse o segredo da sua imortalidade. Depois de algumas hesitações, Shiva acabou por ceder e procurou um local solitário onde nenhum ser vivo pudesse ouvi-lo. A sua escolha recaiu na gruta de Amarnath, nos Himalaias.
Para ter a certeza de que nenhuma criatura escutava realmente as suas palavras, criou um «rudra» - uma divindade terrível que rodeou a gruta com um círculo de fogo. Instalado na sua pele de veado, meditou, uniu-se com Parvati e, revelou-lhe o segredo da sua imortalidade. De um ovo que por acaso se encontrava debaixo da pele, saíram duas pombas, que se tornaram imortais por terem ouvido a explicação de Shiva.
Muitos peregrinos asseveram ver o casal de pombas no caminho para a gruta.

O Deus no Gelo
Todos os anos, no mês de Sharvan (Julho-Agosto), forma-se na gruta de Amarnath uma enorme estalagmite de gelo. A água pinga de cima, forma um pedestal de gelo no solo e, em cima dele, uma colossal coluna. A sua forma lembra um poderoso «linga» na parede da gruta.
A formação de gelo cresce e decresce com o ciclo da Lua, o que é considerado um sinal de vitalidade. Com a Lua Cheia, o linga atinge a sua maior dimensão. Foi supostamente neste dia que Shiva iniciou a esposa no segredo da sua imortalidade. Ao lado da impressionante coluna de gelo encontram-se outras duas formações mais pequenas, também de gelo, consideradas representações de Parvati e do seu filho Ganexa, o deus com cabeça de elefante.

Sadhus: os Vigilantes
Os sadhus - os homens santos que renunciaram ao mundo - instalaram-se em frente da entrada da gruta, a uma altitude de 3882 metros. Vivem na pobreza e entregam-se inteiramente às suas práticas espirituais. Com roupas ligeiras, desafiam o frio - absortos na meditação - e defendem o linga sagrado dos romeiros que lhe querem tocar. Os peregrinos atiram às formações de gelo oferendas de flores, moedas, contas e tecidos.

A Peregrinação
A romaria à gruta de Amarnath é um dos actos espirituais mais sagrados dos Hindus. O importante santo indiano Swami Vivekananda (1863-1902) afirmou que nunca viveu um êxtase como o que sentiu na peregrinação a Amarnath. Durante dias, não foi capaz de falar de mais nada senão da presença de Shiva, o deus de todos os iogues.
Milhares de Hindus põem-se a caminho da gruta três dias antes da Lua Cheia do mês de Agosto e acampam em Pahalgam, onde a estrada acaba. Seguindo o caminho que Shiva outrora percorreu, vão depois a pé até Chandanwari, rodeiam o lago Sheshnag na direcção de Panjtarni e podem finalmente admirar o «milagre» do linga de gelo na gruta de Amarnath.

Uma questão de fé, de oração, meditação e completa devoção a Shiva, é o que estes sadhus e demais peregrinos elaboram na sua inspecção e romaria, uns e outros, debaixo de um frio glacial onde chegam a passar dias e até semanas, orando e jejuando. A adoração a Shiva e a busca de uma certa tranquilidade pessoal - onde a quimera da imortalidade não estará de todo posta de lado - exulta-se nestes povos numa adoração infinita. Uns como guardiães do linga sagrado e outros como devotos de passagem em total entrega e créditos do que um dia o seu deus Shiva profetizou ao lado da sua esposa Parvati.
Lenda, mistério sacrossanto ou simplesmente a verdadeira ocorrência de algum deus perdido na Terra, o certo é que não se pode nem deve desmentir a igual corrente energética de uma espiritualidade ímpar naquela gruta dos Himalaias. Será provavelmente mais um registo anunciado no nosso planeta Terra do que deuses, reis do Universo ou divindades assumidas aqui perpetuaram em eloquência divina também ou quiçá, abençoada. E que de futuro nos seja da mesma forma demonstrada...pois então, assim seja!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Divindade na Terra



Dalai-Lama: "A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância!"

Tibete Mágico
Havia na Europa da Idade Média rumores de uma terra estranha, aninhada no meio dos Himalais, onde se conheciam práticas cristãs. No início do século XVII, os padres jesuítas António de Andrade e Manuel Marques, disfarçaram-se de peregrinos Hindus e partiram da Índia rumo ao lendário Tibete, do qual se falava havia já alguns séculos. Atravessando perigosos desfiladeiros, foram os primeiros europeus a chegar a esta terra, ofuscados pela neve e esgotados. A oeste de Lassa, fundaram uma missão cristã e que, em 1635 foi saqueada por um exército de lamas budistas.

Na Cidade Proibida
Em 1661, outros dois jesuítas, o austríaco Johann Grueber e o belga Albert d`Orville, puseram-se a caminho do país do Dalai-Lama. Chegaram à cidade de Lassa - proibida aos estrangeiros - ao cabo de três meses de uma penosa viagem.
Profundamente impressionados com a grandiosidade do palácio de Potala, sentiram-se porém chocados com a veneração de que era objecto o Dalai-Lama, pois acreditavam que tais manifestações eram devidas apenas ao Papa. Nesse tempo, o Tibete era governado por um impressionante rei divino, o Quinto Dalai-Lama que, tal como os seus antecessores, era considerado a encarnação voluntária de um deus.
Os jesuítas verificaram também que os Tibetanos, em lugar de constituírem uma comunidade cristã, praticavam uma mistura de religião natural e, de budismo. A história desta confissão encontra-se radicada num passado muito remoto.
No século V, um guerreiro de nome Song tsen Gampo unificou as tribos nómadas e constituiu um reino. Até a imponente China capitulou perante este homem. Foi então proposto um casamento dinástico ao autoproclamado senhor do Tibete, que desposou a princesa Wen Cheng. Profundamente religiosa, a princesa levou mestres budistas com ela. A partir de então, a religião xamânica nativa desenvolveu uma curiosa ligação com o budismo, chamada «Lamaísmo ou Nangpatscho».

O Mundo enquanto Projecção
Ao contrário de Buda (cerca de 550-478 a. C.) - que pregava a libertação do sofrimento humano através do ascetismo e da meditação - o missionário budista Padmasambhava introduziu no Tibete em 746, uma doutrina que professava a iluminação e a libertação pela auto-realização, plena vivência dos instintos e, satisfação dos desejos mais íntimos. O que a civilização ocidental perdeu - o contacto vivo com os mistérios da Natureza - tornou-se um pilar do Lamaísmo, que considera tudo o que é material apenas uma manifestação do espiritual, estando estes dois aspectos metafisicamente unidos em profunda harmonia.
Todos os pensamentos e actos, podem levar à iluminação e, à libertação do ciclo perpétuo da reencarnação.

Uma Divindade na Terra
Para os Tibetanos, muitos lamas são monges reencarnados que venceram o sofrimento da vida e que, regressam de livre vontade, pelo bem dos outros.
O Dalai-Lama é considerado a encarnação do Deus protector do Tibete, Changchub Sempa. O primeiro Dalai-lama reconhecido como reencarnação, viveu no século XVI e chamava-se Bsod-Nams-Rgyamtsho.
Quando um Dalai-lama morre, o seguinte é localizado por meio de oráculos e visões. A criança eleita pelos monges é submetida a variadas provas (por exemplo, o reconhecimento de objectos específicos do falecido rei divino). O décimo-quarto Dalai-lama, Tenzin Gyatso (n. 1935), foi escolhido desta maneira em 1939. Os seus esforços em prol da liberdade no Tibete foram reconhecidos em 1989 com o Prémio Nobel da Paz.

O actual Dalai-Lama, simplesmente Tenzin Gyatso de seu nome de monge, é considerado - tal como os seus antecessores - a encarnação de Avalokitesvara e, Bodhisattva da compaixão.
A sua linhagem de reencarnação foi iniciada por Songtsen Gampo, considerado a emanação humana de Avalokitesvara.

Por conclusão de partes: existem ainda no nosso solo terreno e planeta Terra, os chamados deuses supremos ou sequer, em carne e osso, as ditas almas divinas que apelam à busca da interiorização, iluminação e finalmente libertação do tal ciclo perpétuo da reencarnação. Até sermos perfeitos ou atingirmos essa espécie de Nirvana pessoal e, individual, teremos muito ainda a penar também. É cíclico e determinante que assim seja. Evocando de novo este nosso último Dalai-Lama, «a arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância», como tal, apenas posso acrescentar de que assim é de facto pelo muito que ainda não sabemos nem reconhecemos na totalidade como verdade e, também, pela concordância efectiva de, ao sermos bons ouvintes, seremos igualmente bons seguidores, acredito!
Uma divindade na terra ou, «A Divindade na Terra» (supostamente...) este grande senhor do Tibete é e será sempre para nós comuns seres humanos, um exemplo divino a seguir na confluência do que nos rege em maior intuição, iluminação e libertação como já se referiu. Para mim, a certeza de querer acreditar de que as almas boas existem e se distinguem de entre nós. Dalai-Lama é um deles, sem dúvida, e seja assim então abençoado com longa e provecta vida, é o que todos lhe desejamos, os que acreditam que há seres de luz ainda que habitam, convivem e, se anunciam de entre nós. Por ele, por nós, por todos, assim seja!

A Cidade Proibida


Lhasa - Tibet  (Lassa - Tibete)

O que há de tão cativante nesta terra e seus ensinamentos? Que forças espirituais atraem as pessoas? E que energias serão essas que se confundem entre a paz, a harmonia  e o beneplácito das suas gentes?

Lassa - num País de Outros Tempos
Nem as pessoas muito racionais conseguem fugir ao fascínio exercido pelos valores espirituais e símbolos religiosos do Tibete. Daí as perguntas iniciais: que ensinamentos, que forças espirituais ou ainda, que energias serão essas que atraem pessoas do mundo inteiros - para além das suas gentes - nesta maravilhosa cidade de Lassa? A resposta está tanto na História como no presente deste Tibete mágico e feiticeiro.

O Tecto do Mundo
As colossais montanhas dos Himalaias, rasgando majestosamente as nuvens prateadas, e o Sol lançando os seus raios do azul profundo do Céu, iluminando as neves eternas, constituem uma visão de cortar a respiração. Rodeado por inóspitos planaltos e, imponentes cadeias montanhosas, o Tibete - com uma altitude média de 4000 metros - é a região mais alta do mundo. Isolado do resto da civilização, desenvolveu uma vida religiosa povoada por espíritos e demónios ameaçadores, deuses benévolos, práticas ocultas e, rituais ligados à Natureza.
Os símbolos mais significativos deste mundo que ameaça desaparecer são: um Reino Divino e, uma Cidade Santa. Ou seja: O Dalai-Lama e, Lassa!
À primeira vista, Lassa, a «morada dos deuses», não se distingue de qualquer outra pequena cidade chinesa. Estradas largas atravessam os subúrbios descaracterizados até ao centro. Mas Lassa não é como as outras cidades. No alto da impressionante Marpori ( a Montanha Vermelha), ergue-se o palácio de Potala, que, com os seus resplandecentes brancos e vermelhos, é emblema e símbolo da liberdade do Tibete.
Chega-se à antiga residência do Dalai-Lama - o chefe espiritual do budismo tibetano - apenas por uma escadaria aparentemente infinita. Com uma altura de treze andares, contém 100 ermitas e alberga 10.000 santuários, inúmeros túmulos e, 20.000 estátuas de Buda.

A Montanha de Buda
Quando o alpinista austríaco Heinrich Harrer (n. 1912) chegou à cidade proibida de Lassa em 1946, os Tibetanos contaram-lhe que o Potala só podia ser obra dos deuses, pois nunca mãos humanas conseguiriam construí-lo. Teriam sido seres sobrenaturais a criar este prodígio. Harrer viu neste lugar sagrado pinturas fantásticas e, um tesouro em ouro, prata e pérolas. Mas em 1950, as tropas chinesas marcharam sobre o Tibete, arrasando templos e tesouros culturais insubstituíveis. Mais tarde, o governo chinês decretou que Lassa e o Potala (Montanha de Buda) - o maior mosteiro budista do mundo - fossem considerados atracções turísticas. Os templos da cidade foram portanto restaurados a partir de 1980. Apesar da perseguição movida pelos novos ocupantes comunistas, a vida religiosa no sopé de Potala nunca se extinguiu. Nos dias festivos do budismo, inúmeros peregrinos acorrem a Lassa, levando oferendas de flores e acendendo pequenas lamparinas de azeite, que simbolizam a sabedoria e a iluminação, com a esperança que um dia os seus deuses regressarão.

Revolução no Tibete
Em Outubro de 1950, as tropas da República Popular da China atravessaram as fronteiras do Tibete, cumprindo as antigas profecias dos monges tibetanos, que tinham previsto o difícil destino deste povo piedoso. A Revolução Cultural Maoísta - que considerava a religião «o ópio do povo» - expulsou quase todos os 600.000 monges e monjas dos seus mosteiros budistas. Cerca de 11.000 foram enterrados vivos ou torturados até à morte. o Dalai-Lama, seu chefe religioso e político, teve de fugir em 1959 para o exílio na Índia, abandonando o palácio de Potala. Em 1987, deu-se uma insurreição dos monges de Lassa contra a opressão, a qual foi brutalmente reprimida pelos ocupantes chineses.

Que se poderá acrescentar ante tamanha destruição de valores, princípios e ensinamentos obstruídos? Enquanto o Homem não souber e sentir que é uma simples gota oceânica ou grão de areia do deserto em toda esta magnificente corrente filosófica e de pensamento, nunca se libertará do caos da soberba e da ignorância, acredito. Não poderá haver territórios ou nações que o limitem ou estaremos para sempre perdidos nas imediações do razoável e, do crescimento humano. Deseja-se que haja mais consciência e maior libertação também, de movimentos e acções sobre esta poderosa cidade proibida mas que foi de deuses e ainda será, supostamente. Assim acredito e assim possa ser. A bem dos Tibetanos, a bem da Humanidade!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A Infantaria Chinesa


 
Terá sido o imperador Qin Shi Huangdi um explorador brutal que obrigou centenas de artesãos a trabalhar num projecto inútil e sem objectivos concretos? Terá sido um déspota megalómano que acreditava que o seu exército de soldados de terracota lhe permitiria continuar a triunfar e, vencer os espíritos malignos no Além? Ou - vamos supor - ter outra origem e finalidade, ante deuses ou visitas das estrelas?

O Exército de Terracota
Foi o homem mais poderoso que alguma vez viveu na China. Há mais de 2000 anos, os seus guerreiros subjugaram os reinos de Han, Zhao, Chu e Qan.
Quando «toda a terra sob o Céu» estava conquistada, o antigo rei de Qin, designou-se a si próprio «primeiro soberano divino»: Qin Shi Huangdi. Dedicou então o resto do seu reinado (221-210 a. C.) à edificação da Grande Muralha, ao traçado de estradas e canais, ao estabelecimento de uma escrita unificada e, à construção de um exército de barro, cujos 8000 soldados tinham por missão guardar no Além, o primeiro imperador chinês.

Os Soldados do Imperador Morto
Em 1974, ao fazerem perfurações de poços, os camponeses de Xi`an descobriram uma parte do exército de terracota. Poucos metros abaixo da superfície, escondiam-se três galerias planas de 14.000 metros quadrados, contendo um exército de milhares de soldados de barro. Dispostas na formação de batalha de um regimento de infantaria chinês, as estátuas dos soldados marcham em tamanho real: na primeira linha, os arqueiros e os besteiros apontam as armas reais a uma ameaça fictícia e, atrás da infantaria, os cavaleiros couraçados conduzem as suas montadas, obedecendo às ordens de comandantes de dimensões acima do tamanho real. São impressionantes as feições personalizadas dos guerreiros que guardam o túmulo do primeiro soberano divino, que os arqueólogos já consideram a «Oitava Maravilha do Mundo».
O exército de barro, cuja maior parte ainda se encontra enterrada, levanta mais perguntas do que aquelas que podem ser respondidas do que inicialmente aqui dispusemos: com que objectivo prático ou finalidade então, terá este imperador chinês explorado de forma brutal - supõe-se - centenas de artesãos? Terá acreditado poder vencer assim, dessa forma, os espíritos malignos do Além ou outros celestiais que lhe cruzassem no caminho do seu total autoritarismo e despotismo?

Palácio no Campo
Nos arredores de Xi`an, província de Shannxi, geofísicos alemães - em colaboração com os seus colegas chineses - conseguiram encontrar no Verão de 2000 a residência do imperador Qin Shi Huang, até então desconhecida. Com a ajuda de detectores, descobriram debaixo da terra a estrutura arquitectónica de um gigantesco palácio. Os restos de pilares, muros e galerias ocupam uma superfície de cerca de 50 hectares, ou seja, quase 70 campos de futebol.
Os magnetogramas, que registam as variações do campo magnético terrestre, confirmam que os antigos relatos sobre o luxo e magnificência da corte do primeiro imperador chinês correspondem à verdade.

Declaração de Guerra do Além
Com o seu temor ao poder dos espíritos, o poderoso imperador Qin Shi Huangdi estava em perfeita sintonia com o seu tempo, mostrando-se assim e por um lado, muito realista nas medidas políticas para o fortalecimento do reino e, por outro, entregando-se receosamente às forças invisíveis.
As suas viagens de inspecção às províncias tinham uma função prática, mas também mágica: tratava-se de assegurar as boas graças dos espíritos bons e, de combater os maus. O imperador considerava por isso que, as tempestades eram declarações de guerra do Além. Quando, no seu barco, sobreviveu a uma tempestade, mandou arrasar um bosque próximo onde os Magos lhe disseram que estava o túmulo de um soberano tão poderoso como ele e, que queria matá-lo.

Fosse como fosse, este imperador chinês era alvo de muitas tormentas, não se importando com celebrações sentimentais no seu povo na edificada estrutura humana de que dispôs pela construção desta infantaria gigantesca de barro. Cada uma das 8000 figuras de barro tem feições personalizadas, o que pressupõe talvez, serem as as cópias dos soldados imperiais verdadeiros. Por receios do Além ou de outro qualquer evento celestial ou provindo do Céu, o certo é que Qin Shi Huangdi nos deixaria para a História e, para um todo de maravilhas mundiais, esta enorme «jóia» de terracota em solo chinês. E para a História ficará a sua grandiosidade se não humana, pelo menos de aguerrida e megalómana avenças suas na eloquente Infantaria Chinesa aqui mostrada. Preserve-se, erga-se as que estão ainda soterradas e, anuncie-se então ao mundo esta de facto, Oitava Maravilha do Mundo. Assim seja!

domingo, 19 de janeiro de 2014

A Verdade Escondida



Serão Anjos, Deuses ou Extraterrestres que nos profetizam o destino, nos fazem crescer, evoluir e naturalizar na verdadeira essência da génese humana?

Os Anjos de J. Weber:
 - "Os filhos do Céu (os Anjos) puderam fazer crianças viáveis às filhas dos homens, porque os códigos genéticos e sanguíneos eram idênticos. Donde se deduz que a origem da espécie é a mesma. Aliás a Bíblia diz: «E Deus precipitou sobre a Terra os anjos maus, acrescentando, dirigindo-se ao chefe: e aqui será o teu reino.» Nós somos, por isso, os descendentes destes anjos extraterrestres!"
                                                                                                    - Físico do Aunis, J. Weber -

A Bíblia (Génesis, I, 2-4) refere que «Anjos» sexuados virão do Céu para casar com as filhas dos homens. O livro de Enoch apoia esta descrição em cento e cinco capítulos. Ezequiel, na Bíblia, descreve uma máquina voadora que inspirou o modelo dos actuais discos voadores.
O escritor fenício Sanchoniathon (1000 a. C.) assegura que a deusa Astarte, veio do planeta Vénus numa «serpente voadora com hélices».
Os manuscritos mexicanos reproduzem engenhos voadores e, o que se crê serem viagens Terra-Vénus.
Os textos sagrados Hindus, revelam que os nossos antepassados arianos vinham de uma estrela «pelo Caminho de Aryaman». Quanto ao Corão, situa o paraíso terrestre fora da Terra.
Todos estes insólitos registos terrestres e, as suas descrições de viagens interplanetárias, constituem para qualquer espírito honesto, os indícios, vestígios e segmentos que convém ter em conta.

Códigos genéticos alterados?
O que nos faz pensar que tal suceda na vertente pré-histórica em que, há aproximadamente 40.000 anos atrás, o ADN do ser humano poderia não corresponder ao que é hoje na actualidade; será todo o processo evolutivo que ao longo dos tempos o Homem foi apresentando em maior desenvolvimento. Mas isso terá acontecido por esse mesmo processo dito «normal» ou, mais exactamente, ter sido manipulado ou alterado por vias externas de civilizações extraterrestres? Houve certamente um processo muito longo mas, de Homo sapiens para o Homem actual, muitas diferenças existem e das quais se foi contemporizando certas arestas tanto físicas como mentais no seu todo. A ter havido a tal manipulação genética por parte dos greys (cinzentos) numa espécie de fundição reprodutiva entre estes e, o ser humano primitivo, que terão percepcionado então nessa contínua experiência? Terão atingido os fins a que se propuseram numa raça supostamente híbrida ou geneticamente dualizada numa e noutra espécie conjuntas?
Na Antiguidade existiu provavelmente essa mesma linhagem híbrida de dois seres conjuntos - nas tantas gravuras rupestres que nos mostram a evidência de tal ou nas figuras egípcias de corpos humanos e cabeças de pássaros - e tantos outros vestígios desenhados e documentados na pedra dignos desse igual registo. Há os répteis, viscosos de pele e olhos exíguos. Outros há, que se distinguem por cabeças de chacal e outros ainda - de poderes imensos - como os bois Ápis, criaturas híbridas pertencentes ao reino mítico dos faraós.
Terão sido, todos eles, meras figuras de apresentação imaginária nos povos da Antiguidade ou consideravelmente a confirmação da sua existência? Seja como for, algo sucedeu. Impõe-se então a pergunta: com que finalidade esta manipulação genética se fez? A favor e, a bem deles, os cinzentos (greys)? Dos humanos? Ou por razão de algum cataclismo universal que nos tornasse mais receptivos ou, mais susceptíveis na sobrevivência de tal superar?

A Teoria do Astronauta Ancestral
Esta teoria revela-nos o que há muito sabemos: os deuses da Antiguidade eram seres Extraterrestres. E mesmo que se duvide, se questione e se especule no muito que ainda há por desvendar, ocorrer-nos-à a fiel certeza de toda a evolução tecnológica desde os primórdios e que, tal como se suspeita, ter-nos sido dada e arremessada por mãos de civilizações superiores, efectivamente mais inteligentes e mais avançadas no seu todo em relação ao ser humano, até mesmo à actualidade. Sondas, naves e demais projécteis espaciais que o Homem tem lançado no Espaço ao longo das últimas décadas - como é o caso das Missões Espaciais STS - 48 e STS - 80 em que ambas terão detectado e registado no Espaço, objectos voadores não identificados. O Kepler 22 tomou em registo planetas iguais à Terra. O astrobiólogo  e director do SETI David Morrison corrobora e aceita essa hipótese de vida no cosmos. Acrescida a esta hipótese, está também a certeza do que, em Agosto de 2012, a sonda em Marte revelou: detecção de estruturas piramidais e mesmo uma imagem da face humana no solo, à superfície. Que se concluiu então? Terá havido vida em Marte? E, a ter havido, que terá ocorrido de tão significativo assim para a sua aridez desértica no momento? Terá havido evacuação? Terão imergido para as profundezas do planeta em «cidades» subterrâneas? Ou terão simplesmente abandonado o planeta por vias de uma sobrevivência sua em litigante afronta, com uma qualquer catástrofe surgida e não comutada ou estanque na sua civilização marciana?
Muitas perguntas sem dúvida mas que, um dia, terão certamente uma resposta concisa e pronta no que eventualmente sucedeu em Marte e que, igualmente, nos fará pensar como povo vizinho extraplanetário.

Diz-se que a NASA, reverendíssima instituição espacial - inaugurada em 1958 - é, na actualidade, o sistema de programa espacial mais bem guardado do mundo. Dizem que possui um Programa Espacial Secreto com a existência de naves anti-gravidade que tentam explorar Marte e, outras dimensões planetárias.
Termino assim: que diria então Albert Einstein ante tamanha projecção e, implemento espacial, nesta dinâmica de um secretismo e omissão total da verdade escondida? Talvez isto: " É mais difícil destruir um preconceito do que um átomo!"
Sem dúvida! Por isso só posso acrescentar: a bem de todos nós, que os átomos nos sejam leves e os preconceitos ainda que pesados nos sejam nulos um dia, para que a verdade ecoe nos homens de boa vontade. Assim seja!