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segunda-feira, 12 de maio de 2014

A Sabedoria Celta


Castelo de Tintagel - Costa da Cornualha                          Ilhas Britânicas

Terá havido esta sabedoria Celta, indícios e origens dos conhecimentos além-Espaço, numa espécie de reflorestação na Terra? Será esta, uma evidência de energia cósmica em transmissão e registo de uma sabedoria superior, estelar e universal? E que seres eram esses - os Druidas - deuses, mágicos ou simplesmente...elementos estelares do Universo na Terra?

Os Ensinamentos dos Celtas
Em busca das suas raízes espirituais, cada vez mais pessoas no Norte da Europa procuram refúgio nos velhos hábitos e costumes dos Celtas, que em tempos pré-cristãos povoaram o continente europeu.
Na Itália, algumas dessas tribos celtas foram vencidas pelos Germanos em 300 a. C., sendo obrigadas a recuar até à linha formada pelo rio Meno. A conquista da Gália por parte de César - entre 58 e 51 a. C. - marcou assim o fim do domínio celta em terras continentais.
Nos tempos que se seguiram, as tribos celtas dissolveram-se e foram-se convertendo ao Cristianismo. No entanto, estes habitantes primitivos da Europa, mantiveram vivo muito do seu carácter nas inúmeras gerações que se lhes seguiram, de tal modo que ainda hoje - sobretudo nas Ilhas Britânicas - a memória dos Celtas se mantém bem acesa. Os conquistadores Romanos não conseguiram aí destruir totalmente a «Grande Sabedoria» - a mensagem oculta de um povo que nunca se organizou num estado e que, transmitiu oralmente, as suas crenças de geração em geração.

Transmissão da Sabedoria Celta
Os Druidas-Celtas são frequentemente designados por feiticeiros, mas na verdade através dessa designação, a amplitude das suas capacidades acaba com efeito por ser reduzida, pois as suas atribuições abarcavam um universo bastante mais vasto: na qualidade de juízes supremos, mágicos, filósofos e professores, videntes, cantores e poetas - eram eles que, na época pré-cristã, formavam a classe culta da sociedade celta. Numerosas epopeias Irlandesas dão conta de que, perante uma assembleia, nem mesmo o rei ousava falar antes do Druida.
Hoje em dia existe em Inglaterra - mas também espalhado um pouco por todo o mundo - cerca de um milhão de pessoas que pertencem a Ordens, Lojas e Irmandades Druídicas. Muitas dessas pessoas afirmam ser druidas e assim descendentes daquela classe sacerdotal celta. Cada um destes grupos possui a sua própria noção a respeito da essência do druidismo. Transmitem os seus conhecimentos secretos, que abarcam, por exemplo, os aspectos práticos das fórmulas e rituais mágicos de convocação dos espíritos, mas fazem-no apenas a determinados eleitos.
Alguns destes agrupamentos tentam restabelecer os laços com o antigo paganismo - ao passo que outros há, que tentam promover a harmonia entre o velho druidismo pagão e, a nova religião que se lhe sobrepôs.
Na Irlanda, por exemplo, sabe-se que São Patrício recrutou sacerdotes e até mesmo bispos das fileiras do druidismo, tendo estes transmitido assim a sua dupla tradição à gerações que se seguiram.

Sabedoria do Outro Mundo
Hoje em dia, as cruzes celtas são bastante procuradas como amuleto; a música de inspiração celta está na moda e, a Sabedoria dos Druidas, é tida como uma espécie de conhecimento acerca de outros mundos - algo que se lhes revela em estados alterados de consciência.
Um portão através do qual se estabelecia a ligação entre a realidade da vida quotidiana e este outro mundo, eram então as cerimónias realizadas em cabanas, em que os Celtas, ao som de tambores e de chocalhos, de danças e de canções, acabavam por cair em transe.
Muitas pessoas no século XX e no século XXI, ao tentarem recuperar os antigos rituais, esperam conseguir que os seres do mundo espiritual - tão próximo da Terra - voltem a manifestar-se.

A Cabeça enquanto Sede da Alma
Nos mitos celtas é frequente haver referências a cabeças cortadas, que colocadas sobre bandejas continuam vivas e, permanecem a «Sede da Alma». A cabeça de um decapitado seria assim capaz de transmitir mensagens de um outro mundo. Em rituais de bênção, os Celtas, invocavam a ajuda da Natureza - ao bosque, ao vento, ao Sol. Veneravam os seus antepassados e acreditavam na imortalidade da alma, que, de acordo com a sua concepção, se havia desenvolvido desde o reino mineral e através do vegetal - até surgir no reino animal, no ser humano. Estavam convencidos de que a alma podia estar presente em diversos lugares ao mesmo tempo: não só renascida e integrada na matéria, como também sob a forma de uma projecção espiritual no outro mundo.

Merlim - O Mestre de Todos os Magos
A Merlim, o feiticeiro da lenda de Artur, são atribuídos extraordinários poderes mágicos: ele era capaz de provocar a formação de névoas, terá erigido Stonehenge sem a intervenção de qualquer outra ajuda e, com as suas próprias mãos, terá feito a enorme mesa que servia de Távola Redonda ao Rei Artur.
O bardo dos bosques galeses pronunciou então numerosas profecias de recontros sangrentos e, de atentados contra os potentados de então. Para além disso, via também como o mundo seria no futuro - ameaçado por grandes desgraças.
Merlim descreve o caos que virá um dia a assolar a Terra - como os planetas e as estrelas abandonarão as suas órbitas, alterando para toda a eternidade a configuração das Constelações: "Os mares engrossarão num instante e o pó dos antepassados, voltará a ser moldado!" - É assim esta a visão de Merlim, uma visão assaz assustadora, sem dúvida, face às muitas catástrofes climáticas que actualmente vivemos.

As lendas em redor do mágico Merlim surgem desde muito cedo, desenvolvidas assim em romances e narrativas épicas, por exemplo, no ciclo Arturiano. Na Idade média, apenas as classes abastadas e instruídas tinham acesso a estes dispendiosos livros manuscritos.
A Sacerdotisa - a grande Mãe-Natureza - ou a eterna sábia e ícone feminina do grande ventre materno da Terra, exulta nos Celtas a sapiência e a divindade conjuntas em forma e género de mulher, símbolo máximo das colheitas e da fertilidade que, ainda hoje, se subleva nos tempos e nos redimensiona o verdadeiro papel da mulher no seu todo. Há quem a associe a Maria - Mãe de Deus e de todas as coisas - no que, ao longo da nossa História Universal de credos, religiões e sabedorias populares, se enaltece e venera igualmente.
Em Portugal - mais em particular no Norte do país - também se deteve a influência celta no que pouco restará a não ser umas quantas lendas e histórias de rituais pagãos, de geração em geração contadas. A figura da «Senhora» está sempre presente; a Natureza no seu esplendor também...ainda que ao longo dos séculos se fossem apagando as suas verdadeiras raízes em origem, estatuto e dinâmica sagrada em culto e seguimento. A Sabedoria Celta terá muito mais a consolidar do que druidas - mágicos, feiticeiros, sábios ou deuses estelares na Terra - se pronunciaram, dos primórdios à actualidade. Ainda temos muito a aprender ou...a reaprender do que um dia soubemos e precocemente esquecemos nas tragédias e cataclismos climáticos de que somos assolados de facto, em iminência nestas últimas décadas. Há que retomar consciências e tratos - tanto na Natureza como em nós próprios - e poder recuperar todo o perdido de há séculos até agora em idade contemporânea destes novos tempos. Devemos-lhes isso. Aos Druidas! Aos chefes máximos de um poder superior de anteriormente e do momento...em espaços nunca perdidos mas antes revivificados neste maravilhoso planeta que todos desejamos em vivência e, continuidade. Pois que assim seja, a bem da Humanidade que somos todos nós!

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