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terça-feira, 19 de agosto de 2014

A Premonição


Imagem de alusão ao Sonho e à Premonição nas Impressões Precognitivas durante o Sono

Que sensação é esta que se resume por pressentimentos - ou premonições - nas pessoas, colocando-as num estado deveras nervoso e, alterado, em todo um seu comportamento? Serão os sonhos fabricados durante o sono, a estrada principal de uma precognição que se revela posteriormente verdadeira em premonição efectiva do que virá a suceder? E como pode a Ciência tal explicar?

"Venho deste modo comunicar-lhe que hoje serei, juntamente com a minha esposa, vítima de um assassínio político..."                                       Assinado: «Arquiduque Francisco.»

As Profecias no Banco de Ensaios - (ou Premonição)
A 17 de Junho de 1914, o bispo Lanyi, de Grosswardein (actualmente na Roménia), teve um sonho inquietante. dentro de um envelope com as bordas negras e o escudo do Arquiduque Francisco Fernando do Império Austro-Húngaro, estava um quadro no qual dois jovens disparavam com um revólver contra o Arquiduque e a sua esposa, que se encontravam sentados no banco traseiro de um automóvel.
Por baixo estava escrito o seguinte: "Venho deste modo comunicar-lhe que hoje serei, juntamente com a minha esposa, vítima de um assassínio político..." - Assinado: «Arquiduque Francisco.»
No dia seguinte, o bispo soube através de um telegrama, do atentado contra o herdeiro ao trono. A única diferença com o seu sonho, é que somente houve um actor...não dois.

Sonhos Precognitivos
As impressões espontâneas de acontecimentos futuros são muito mais frequentes do que se costuma pensar. O «salto no tempo» - a Precognição - é um dos fenómenos mais habituais que se regista nos Institutos de Parapsicologia. Muitas Impressões Cognitivas dão-se durante o sono.
O parapsicólogo Hans Bender (1907-1991), de Friburgo (Alemanha), levou a cabo um notável estudo com a actriz Christine Mylius, que o informou dos frequentes sonhos premonitórios que tinha, oferecendo-se então como voluntária para uma análise de longa duração.
Desde o início dos anos 50 até à sua morte em 1982, Mylius escreveu os seus sonhos para o Instituto de Bender. Graças a isso, no momento de verificar os conteúdos precognitivos foi possível eliminar os enganos da memória e os adornos gratuitos. Ao longo de 25 anos compilaram-se 2800 sonhos - um material único nesta área - com os quais Bender e os seus colaboradores puderam reconstituir uma série de acontecimentos que Christine Mylius sonhara, sem qualquer dúvida, antecipadamente.

O Exemplo de Gotenhafen
Numa altura em que o filme "Caiu a Noite sobre Gotenhafen" nem sequer estava planeado, a actriz Christine Mylius sonhou com o seu futuro papel nele. Sonhou com uma expedição a África, onde viveu uma tempestade de neve numa região que, tanto podia ser uma paisagem gelada, como um deserto de areia. Para esta cena do filme, criou-se então no recinto do estúdio - posteriormente - uma tempestade artificial, enquanto apenas a 50 metros de distância estava a ser preparada, para outra filmagem, uma paisagem desértica. No mesmo sonho, Mylius viu duas bailarinas com pouca roupa e, no filme de Gotenhafen, actuaram efectivamente duas bailarinas - mas não estavam seminuas. Por outro lado - no outro filme - filmou-se uma dançarina do ventre escassamente vestida.

Premonições
Por vezes os acontecimentos futuros não se apercebem em concreto, mas sim com uma «vaga sensação», e neste caso pode mesmo falar-se de Pressentimento ou Premonição.
O mecanismo dos pressentimentos inconscientes também foi objecto de estudos experimentais. Quando se mostra uma imagem a pessoas nervosas e estas sabem que, a próxima imagem irá ser emocionalmente comovedora, o seu ritmo cardíaco acelera consideravelmente - mesmo antes de a verem. Mas o que acontecerá, visto que não sabem que imagem irá aparecer de seguida?

O Reflexo Premonitório
Uma experiência do parapsicólogo norte-americano Dean I. Radin - levada a cabo em 1997 - forneceu a resposta a esta pergunta. Os sujeitos experimentais estavam sentados em frente ao monitor de um computador. Ao carregar no botão do rato, aparecia uma fotografia a cores seleccionada aleatoriamente. Os sujeitos experimentais não sabiam nunca se, em seguida, apareceria uma imagem neutra ou outra com um tema erótico ou violento.
Os instrumentos fisiológicos registaram um aumento significativo da excitação, mesmo antes de aparecerem no ecrã as fotografias excitantes. A conclusão dos investigadores foi a seguinte: «O organismo humano regista inconscientemente premonições e, faz com que as informações assim obtidas, intervenham nas nossas decisões sem o nosso conhecimento consciente!»

Experiências de Localização
Os professores W. H. C. Tenhaeff (1894-1981) e Hans Bender analisaram as aptidões precognitivas do holandês Gerard Croiset (1910-1981).
Croiset descreveu uma pessoa que estaria numa data posterior sentada num local específico dentro de um auditório. Em muitas dessas chamadas «Experiências de Localização», Croiset conseguiu descortinar pequenas vivências emocionais da vida da pessoas localizada. Por muito secundárias que pudessem por vezes parecer, as suas indicações tornaram-se cada vez mais convincentes, à medida que foram sendo comprovadas com as pessoas referidas.

O Aparelho da Prova
O físico Helmut Schmidt criou, em finais de década de 1960, um aparelho experimental para a Precognição, baseado na desintegração radioactiva.
Quando um sujeito experimental carrega num dos quatro botões do dispositivo, activa um contador Geiger que regista os electrões emitidos aleatoriamente. O contador detém-se num dos quatro estados  e, nesse momento, acende-se uma lâmpada. Os sujeitos experimentais devem tentar prever qual será a lâmpada seguinte a acender-se. Um número de respostas correctas superior à média, é a prova da capacidade de prever estados microfísicos aleatórios.

Haverá sem dúvida alguma, muitos de nós que também se repercutirão em sonhos proféticos - à semelhança da já falecida actriz Christine Mylius - que era capaz de «pré-sonhar» determinados acontecimentos da sua vida futura, assim como ocorrências políticas. Mas, nem todos de nós poderemos então reconhecer essas mesmas virtudes em análise ou maior pormenor de mais-valia futura. Seja como for, realçada que está esta questão das Impressões Precognitivas que se nos revelam durante o sono - e nas quais algumas vezes até as retemos em nós na lembrança ou fugaz registo de memória - apreendemos depois, a efectiva realização sobre as mesmas. Algo no nosso inconsciente nos dita durante o sono, a repercussão futura do que sonhámos. Nem sempre. Mas muitas vezes acabamos inevitavelmente por nos socorrer dessa informação-base do sonho, para tal compreender na situação vivida. Lentamente vamos aprendendo e, adquirindo novos conhecimentos, que até há pouco nos eram completamente ignotos e sem explicação possível. Como sempre afirmo, em desejo e incisiva determinação, que a bem da cultura e de toda a Humanidade assim continue a ser! A Humanidade agradece!

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