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terça-feira, 30 de setembro de 2014

A Suma Sacerdotisa


Helena Petrovna Blavatsky  -  Médium Ucraniana

Terá descoberto Madame Blavatsky a verdadeira «chave» da Teosofia no que concerne e, integra em si, todas as Religiões do mundo? Que Ensinamentos eram então estes - da sua Doutrina Secreta à Chave da Teosofia (em obras suas) determinando uma fraternidade universal e supra-confessional da Humanidade, ao estudo da Cosmovisão Oriental e, ao Ocultismo? Que mulher extraordinária foi esta em processos mediúnicos, nos quais se dizia ouvir-se música vinda do nada, materialização de objectos e, misteriosas cartas que caíam do tecto? Tudo verdadeiro e inexplicável...ou trapaceiro e fraudulento?

Madame Blavatsky
Diz-se que apareciam espíritos e que as roupas rompiam em chamas na presença da Ucraniana Helena Petrovna Blavatsky. Pode-se especular então no que a Ucraniana Blavatsky (ou «Soviética», se tivesse deixado descendência e, do que nas décadas seguintes por ocasião da Revolução dos Bolcheviques em 1917 (em Primavera de 1918) a Ucrânia foi anexada em pertença de Estado integrante da União Soviética e, na actualidade por meados de 1991, de novo como Estado independente da Ucrânia) Helena Petrovna Blavatsky deixaria para a História num legado surpreendente.
Os seus poderes hipnóticos atemorizavam tanto empregados como visitas. Julgando-se inspirada por Mestres Tibetanos já desaparecidos, escreveu a obra «The Secret Doctrine» («A Doutrina Secreta»), influenciada pelo ideário Budista, Gnóstico e Hinduísta.
Em 1875, Madame Blavatsky e H. S. Olcott fundaram em Nova Iorque a Sociedade Teosófica, por eles considerada uma continuidade das antigas Tradições Ocultistas.

Nobreza Russa
Helena Petrovna, de solteira Hahn von Rottenstern, nasceu em casa dos avós, em Iekaterinoslav (Ucrânia), a 31 de Julho de 1831. Como a cólera grassava pelo país, a criança foi baptizada à pressa e todos os presentes ficaram horrorizados quando a sotaina do padre rompeu de súbito em chamas: não era um bom sinal para a vida de Helena Petrovna. Ainda muito nova, fazia os objectos deslocarem-se - ao que parecia com o pensamento - e foi várias vezes exorcizada por vontade dos pais, que acreditavam que estava possuída pelo Demónio.

Fuga para o Oriente
Aos 18 anos, Helena Petrovna casou-se com Nikofor Blavatsky, a quem garantiu que, «Nunca respeitaria nem nunca obedeceria».
De resto, recusou-se a entregar-se a ele na noite de núpcias. Passado pouco tempo, fugiu para Constantinopla, seguindo depois rumo ao Egipto. Foi aqui que, por entre o fumo do haxixe, teve as suas primeiras experiências místicas, durante as quais se sentiu uma Reencarnação de Ísis.
As suas inúmeras viagens permitiram-lhe conhecer o Canadá, os EUA, o Ceilão, a Índia e o Tibete - na altura quase inacessível aos estrangeiros.

Vida de Aventura
De volta à Rússia, regressou para o marido, mas tomou um amante - com quem teve um filho, Yuri - uma criança deficiente que morreu com 5 anos.
Depois deste golpe do destino, pôs-se ao lado de Giuseppe Garibaldi (1807-1882) na luta pela libertação de Itália. Aí foi ferida e, quando recuperou, mudou-se para o Egipto com o amante. Durante a travessia, o navio explodiu: dos 400 passageiros, só Helena e outras 17 pessoas sobreviveram.

A Suma Sacerdotisa
No Cairo, Madame Blavatsky foi o centro de um Círculo Espírita. Na sua presença, ouviam-se pancadas em todas as paredes. Os seus seguidores viam nela uma Suma Sacerdotisa Oriental que proclamava que as guerras religiosas eram «a única razão para o encobrimento da verdade». Portanto, cada um devia procurar o seu caminho religioso sem se deixar enredar pelos laços da tradição.

A História da Humanidade
Depois de ter fundado a Sociedade Teosófica com o seu novo amante, o advogado Nova-Iorquino, Henry Steel Olcott, dedicou-se a escrever.
Ao seu livro «Isis Unveiled» («Ísis Desvendada»), seguiu-se a obra «The Secret Doctrine» («A Doutrina Secreta»), na qual descreveu a História da Humanidade do ponto de vista Teosófico e, cujo conteúdo místico, pretendia ter retirado por caminhos espirituais do Livro de Dyzan.
Provavelmente, nunca ninguém viu esta obra agoirenta a não ser Helena Blavatsky - que citou algumas passagens na sua The Secret Doctrine.
A verdadeira fonte deve ter sido um texto do século XVII (Compêndio da Filosofia Cabalística), que pode atribuir-se à Cabala Hebraica.

Morte em Londres
Ainda antes da publicação de «The Secret Doctrine», Madame Blavatsky foi acusada de manipulação nas suas sessões. Doente, regressou então a Nápoles (Itália), onde escreveu cartas - defendendo-se a si e aos seus Ensinamentos.
Os amigos convenceram depois Helena Petrovna a sair da sua solidão e ir para Londres, onde morreu com 60 anos, vítima de uma gripe.

Fraternidade Universal
O nome Sociedade Teosófica abarca várias Associações Esotéricas. na sua obra «A Chave da Teosofia» (1889), Madame Blavatsky enumera três missões fundamentais:
 - A Formação de uma Fraternidade Universal e Supra-Confessional da Humanidade.
 - O Estudo da Cosmovisão Oriental.
 - O Ocultismo.
Segundo Madame Blavatsky, todas as religiões são igualmente verdadeiras e têm a sua «síntese» na Teosofia - que integra as Tradições Pitagóricas, Platónicas, Gnósticas, Místicas e, sobretudo, das Religiões Indianas e do Sufismo.

Cartas do Tecto
Foi o jornalista Henry Steel Olcott que descobriu as capacidades de Médium de Helena Petrovna Blavatsky. Conheceu-a em 1874 numa Sociedade Espírita e fez muito pela sua popularidade. Deu-lhe o título de Condessa e fundou com ela o «Miracle Club» e, pouco depois, a Sociedade Teosófica, que chegou à Alemanha em 1884.
Diz-se que, se deram então acontecimentos extraordinários nestas reuniões: Música vinda do ar, Materializações de objectos e, misteriosas Cartas que caíam do tecto.
O jurista Richard Hodgson - temido perseguidor de Médiuns fraudulentos - acusou Madame Blavatsky de usar truques pelo menos numa parte das suas manifestações.

Madame Blavatsky foi assim a precursora de toda uma ideologia abrangente em multiplicidade religiosa e de crença na Fraternidade Universal dos povos que, ainda hoje, se não regem por tal. Nem mesmo com os imperativos esforços de um Papa Francisco em união dessas mesmas religiões, o Homem se consegue unir ou pelo menos reiterar em associação e diálogo, sem que com isso instaure em si - como sempre - os desvios inoportunos e extremistas de crenças contrárias.
Numa coisa pelo menos, Madame Blavatsky estava certa: o Homem tem mesmo de se deixar conduzir, seguir e fazer imperar nesta Formação Universal e, como ela mesmo sugeriu...numa supra-confessional indução, na qual toda a Humanidade deve assumir-se em maior consciência e trato. Para além obviamente, de todo um continuado Estudo, Investigação, Análise e «dissecação» até às últimas consequência de todo um poder cósmico que nos rege e envolve também. Com o acrescento do Ocultismo que, nestas coisas dos fenómenos inexplicáveis  - ou Paranormais - do que agora conhecemos, se possa saber mais, ir mais longe ou caminhar sobre outros planos de conhecimentos actuais que na época nem sequer eram permitidos quanto mais, admitidos. À luz desta nossa Nova Era - ou Era contemporânea - sabemos que podemos estudar todas estas matérias sem termos a «Inquisição» em força de bloqueio - venha esta de onde vier. Daí que, o desejo de Madame Blavatsky não seja de todo uma incoerência inepta (ou nula de consideração) do que a fez viver em seguimentos seus e, Ensinamentos noutros. Há que unir, consolidar, reiterar, reportar e, no fundo, dar as mãos em concílio unificado por todas as crenças, por todas as ideologias, por todas as religiões...ainda que isso nos soe a pura demagogia nestes novos tempos tão conturbados - como sempre o foram na Terra! Que algo possa mudar (será o desejo de todos...assim acredito), e todos trabalhemos para uma causa única, ainda que em divergência de opiniões e credulidades, pois que é assim que o Homem evolui! A bem da Humanidade então...assim possa ser! Além os tempos...!

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