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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

A Lenda dos Anjos de Mons


Cavaleiro-Anjo de Mons                                       Bélgica - Europa

Terá sido um exército fantasma que salvou os Ingleses de uma morte inevitável? Teriam os soldados regressados da guerra recorrido a uma história que lhes agradava e que apoiavam determinadamente? Ou teria acontecido algo - uma miragem, por exemplo - que induzira os Ingleses e os Alemães a acreditarem que haviam visto um exército espectral de Anjos? Ou nada disto. E antes, uma brava Companhia Estelar ou Exército Cósmico que terão vindo em nome do bem e, do fim das hostilidades entre estes dois exércitos antagónicos?

Os Anjos de Mons
Um mês após a dura Batalha de Mons, na Primeira Guerra Mundial, foi publicada no «Evening News», de Londres, uma notícia que causou sensação na época e provocou uma controvérsia que ainda dura.
A notícia assinada por um jornalista e escritor galês, Arthur Machen, referia como uma pequena força expedicionária britânica - numa desproporção numérica de 3 para 1, relativamente ao inimigo - fora aparentemente salva por reforços celestiais.
O Anjo ou os Anjos de Mons (os relatos variam entre um, e um pelotão) surgiram repentinamente entre entre os Ingleses e os Alemães, que se defrontavam numa batalha. Compreensivelmente, estes últimos recuaram em grande confusão.
A batalha travou-se no dia 26 de Agosto de 1914, e quando a notícia foi publicada, em Setembro seguinte, a maioria dos sobreviventes encontrava-se em França. No mês de Maio do ano seguinte, a filha de um pastor de Clifton, na cidade de Bristol, publicou anonimamente - na revista da Paróquia - o que afirmou ser a declaração, prestada sob juramento, de um oficial britânico.
Nela o oficial declarava que, quando a sua Companhia se retirava de Mons, fora perseguida por uma unidade de Cavalaria Alemã. O oficial tentara alcançar um local onde a Companhia pudesse abrigar-se e combater, mas os Alemães haviam-nos precedido.
Esperando uma morte quase certa, os Ingleses voltaram-se e viram então, para seu espanto, uma Companhia de Anjos entre eles e o inimigo. Os cavalos alemães, aterrorizados, fugiram desordenadamente em todas as direcções.
Um capelão do Exército, o o Reverendo C. M. Chavasse, irmão de Noel Chavasse, condecorado com a Victoria Cross e mais tarde bispo de Rochester, declarou ter ouvido relatos semelhantes a um brigadeiro e a dois dos seus oficiais.
Um Tenente-Coronel descreveu como, aquando da retirada, o seu batalhão fora escoltado - durante 20 minutos - por um esquadrão da Cavalaria-fantasma!
Do lado alemão, surgiu a notícia de que os combatentes germânicos se haviam recusado a atacar em determinado ponto onde as linhas inglesas tinham sido cortadas, devido à presença de grande quantidade de tropas. Segundo os registos dos Aliados, não havia nessa altura um único soldado inglês na área.

Um Escritor com Imaginação
Um pormenor notável no que respeita a todos os relatos sobre Mons é que nenhum deles foi divulgado em primeira mão. Em todos os casos, os oficiais que transmitiram a notícia quiseram permanecer no anonimato, temendo que o seu relato não fosse considerado digno de crédito e, que tal facto constituísse um possível obstáculo que dificultasse a promoção.
Anos depois, Machen, autor de Histórias de Terror e do Sobrenatural, que fora membro da Sociedade Mística conhecida pelo nome de Ordem Hermética da Aurora Dourada, reconheceu que a primeira notícia que divulgara não passara de imaginação.
O mistério tornou-se assim mais intrigante ainda. Apesar do desmentido, muitos soldados de regresso à Pátria, entregaram-se então a reminiscências sobre os estranhos acontecimentos de Mons, e os investigadores chegaram a acreditar que, de facto, algo de sobrenatural ocorrera.
Daí as questões: Teriam os soldados regressados da guerra recorrido a uma história que lhes agradava e que apoiavam determinadamente? Ou teria acontecido algo - uma miragem, por exemplo - que induzira os Ingleses e os Alemães a acreditarem que haviam visto um exército espectral de Anjos? Ou nada disto. No que na época não se poderia imaginar ou sequer supor em total crédito e obstinação visual do que efectivamente terão visto e, assistido: uma Companhia Estelar, um Exército Cósmico ou algo assim tão eficaz e determinante que terá objectiva e assertivamente sido parcial - ou tomado partido por uma facção (a do bem) - apartando desse modo os dois exércitos. Algo sucedeu de facto! E que foi prontamente dissipado, pondo um ponto final naquela dura e cruel batalha, admite-se. Os testemunhos focam isso mesmo.
Qualquer que seja a explicação, os Ingleses conseguiram algo semelhante a um milagre! Apesar de uma desvantagem esmagadora e de pesadas perdas, a retirada foi realizada com êxito, e a Força Expedicionária Britânica manteve-se uma efectiva força de combate.
Apenas nos resta consolidar que, Anjos ou seres estelares que tal tenham interferido, o fizeram efectiva e irrefutavelmente pelo bem e não pela mortandade aí iminente. Que assim possa eventualmente também continuar a ser, desejamos todos nós Humanidade, pelas tantas e tamanhas guerras internas que na Terra e, no momento, ecoam sem fim à vista. Seria de facto muito bom que este imponente e omnipotente exército divino ou estelar descesse de novo à Terra, mais que não fosse para ensinar aos homens (de novo!) os errados caminhos que estes seguem em desvio tenebroso. Evocando a sua boa vontade, assim o clamamos. A bem da Humanidade, assim seja!

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