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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A Verdade das Estrelas III


Universo - Céu Estelar

Texto - 3
Deslindando a Verdade das Estrelas

O Quadro Alarga-se
O Observatório Real de Greewich foi fundado em 1675 por ordem de Carlos II, interessado na elaboração de um novo catálogo de estrelas para uso dos seus navegantes.
Embora o edifício, projectado por Sir Christopher Wren constituísse um verdadeiro êxito, lamentavelmente o homem escolhido como astrónomo oficial, o Reverendo John Flamsteed, embora um observador experiente e um perfeccionista pertinaz, era extremamente lento na elaboração dos cálculos. Tinha apenas um assistente - totalmente incompetente - e, ao fim de quase 29 anos de trabalho, os dois não haviam completado ainda o catálogo.
Não obstante, e contra a vontade de Flamsteed, foram publicadas 400 cópias, na sua forma incompleta. Como sinal de protesto, o astrónomo conseguiu apoderar-se de 300 e queimá-las publicamente.
Quando morreu em 1719, o trabalho não estava ainda completo - nessa altura, porém, todo o esquema estava ultrapassado, pois haviam sido desenvolvidas técnicas de navegação mais avançadas.
Em 1781, um astrónomo amador, o jovem William herschel, de naturalidade alemã, realizou uma descoberta notável quando, na sua casa em Inglaterra - observando o Firmamento com o seu telescópio - detectou um pequeno disco vermelho; comunicou o facto à real Sociedade, num relatório intitulado: «Comunicação Sobre um Cometa».
Após terem estudado a órbita do corpo celeste, os especialistas concluíram que Herschel descobrira, na realidade, algo mais invulgar ainda que um Cometa!
O astrónomo, que pelo facto recebeu o grau de Cavaleiro, foi o primeiro - desde os tempos dos Gregos - a descobrir um novo planeta - um astro gigantesco que foi denominado Úrano, o qual levava 84 anos a descrever a sua órbita em torno do Sol.

O Dia Sideral
Quando em 1931, um jovem engenheiro radiotécnico de nome Karl Jansky terminou a montagem das peças do instrumento a que chamou o seu carrossel - uma estranha série de antenas ligadas a velhas rodas de automóveis - estava construído o primeiro radiotelescópio do Mundo!
Jansky chegara à conclusão de que, por mais potente que fosse um Telescópio Óptico, as imagens das estrelas captadas pelas lentes seriam distorcidas pela camada atmosférica que rodeia a Terra.
Construiu o seu telescópio com o objectivo de estudar a electricidade atmosférica e, investigar os ruídos radiofónicos causados pelas perturbações eléctricas que afectam as comunicações radiofónicas a longa distância.
Entre muitos destes ruídos que captou, detectou um silvo que atingia o seu nível mais elevado - exactamente quatro minutos mais cedo em cada dia, o que correspondia ao tempo de rotação da Terra em relação às estrelas, em oposição ao Sol - 23 horas e e 56 minutos. Os Astrónomos chamaram a este período de tempo: O Dia Sideral.
Jansky concluiu, correctamente, que estava a receber sinais da Via Láctea!
Um astrónomo amador, o americano Grote Reber, construiu no jardim da sua casa em Ilinóis, uma antena orientável em forma de prato e de 9 metros de diâmetro. Amplificando e registando os sinais estrelares, elaborou o primeiro «Mapa de Rádio» do Céu.
Reber captava os sinais de rádio alterando o ângulo do seu prato receptor. Interpretando estas transmissões recebidas de ângulos diversos, calculava com precisão a forma e as dimensões de uma estrela. Os estudos de Reber revelaram que a forma de algumas estrelas diferia bastante daquela que as mesmas assumiam, quando observadas através de Telescópios Ópticos.

O Disco de 3000 Toneladas
Entre os cientistas interessados pelos estudos de Reber, contava-se um inglês de nome Bernard Lovell, que equipou dois atrelados com aparelhagem de radar num campo perto de Lower Withington, no Cheshire, a fim de seguir a trajectória de Meteoros.
O dispositivo de Lovell desenvolveu-se gradualmente, até se transformar no grande Observatório Radioastronómico de Jodrell Bank, que contém um gigantesco radiotelescópio orientável, de 3000 toneladas, com a forma de disco, e que gira sobre um trilho, numa plataforma circular.

Muito se avançou desde então, no que Astrónomos, Astrofísicos e demais cientistas nos comprovam hoje, de toda a sua complementaridade, empenho e estudo sequenciais dessa persistente investigação e aprumo. Kepler sentir-se ia hoje plenamente feliz, por se saber designado em honra e homenagem  - de seu nome e glória - a muitas missões da sonda com este mesmo nome. Galileu também. E tantos outros. Há que fazer justiça e honras a quem as merece por nunca se ter arrogado a admitir que estava errado, persistindo nos estudos e nas conclusões a que se determinaram. Poderosíssimos telescópios existentes pelo mundo inteiro corroboram disso mesmo, sobre os avanços desta nossa Era Espacial que ainda muitas glórias e honras nos mostrará, certamente, ainda que, com alguns recuos ou mesmo mal sucedidas missões mas sempre com a intenta e intensa percussão que os assiste. Assim sendo e, a bem da Humanidade em futuro a cumprir, novas tecnologias se imponham, se executam e se estabeleçam no desenvolvimento e ascensão desta mesma Humanidade! Que assim seja!

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