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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Bela Via Láctea


Via Láctea - Galáxia-Mater da Terra (A nossa Galáxia-Mãe)

Que berço triunfal é este, que ventre materno estelar é esta bela Galáxia - na Bela Via Láctea -  em espécie de cidade de estrelas magnificentes, na qual o nosso planeta Terra se integra e faz parte num todo? Haverá iguais, paralelos ou diversos outros sistemas solares no Universo? Outras iguais Galáxias tão maravilhosas quanto a nossa, para além da óptica, visão, alcance e mesmo conhecimento através dos poderosos telescópios da actualidade? Atingirá o Homem, algum dia, esse lato conhecimento do Cosmos???

Uma Cidade de Estrelas - A Via Láctea
A nossa Galáxia assemelha-se a um sorvedouro de estrelas no que se compõe como uma espécie de «cidade de estrelas». A pálida faixa de luz que rodeia o Céu e se chama de Via Láctea, não é mais do que um vislumbre da amálgama de estrelas, gás e poeira que representa.
A Galáxia tem a forma de um grande disco e, a Via Láctea, é o efeito que resulta de se olhar através do diâmetro do disco, no qual multidões de estrelas parecem fundir-se numa massa de fraca luminosidade.
Vista de fora, a Galáxia pareceria uma espiral - como é o caso de 30% das Galáxias! Os ramos da espiral, assinalados por carreiras de estrelas, gás e poeira, são na realidade, ondulações que percorrem o disco. A sua cor azulada mostra que são quentes - tal como a cor azulada de uma lâmpada em arco é mais quente, do que uma lâmpada vulgar. Onde quer que as nuvens sejam forçadas a reunir-se pela passagem de uma ondulação, o nascimento de estrelas é activado. Como resultado, cada ramo fica dotado de estrelas novas.
O coração da Galáxia é mais espesso do que o resto do disco; está livre de gás e poeira e, é formado pelas estrelas mais antigas - avermelhadas - porque estão mais frias do que as estrelas no auge da vida, tal como um ferro ao rubro é mais frio do que outro aquecido até ficar branco.
O centro da Galáxia é uma fonte forte de ondas de rádio, o que sugere que algo se está a processar. Todavia, há nuvens negras de gás e poeira na Constelação de Sagitário que obscurecem a fonte, a qual pode aparecer como um Buraco Negro a engolir milhões de toneladas de Matéria por segundo! Recorde-se que, um Buraco Negro, é o remanescente muito denso de uma Supernova: uma grande estrela que explodiu!

Um Ciclo de 200 Milhões de Anos
A Galáxia está a 100 000 anos-luz de nós e o nosso Sistema Solar a dois terços do caminho de saída do centro. O Sistema Solar, movendo-se à roda da Galáxia à velocidade de 250 km/s, gasta mais de 200 milhões de anos para a orbitar. À medida que o faz, balança para cima e para baixo ao longo do plano central do disco, passando através deste de 30 em 30 milhões de anos.
Acreditava-se outrora que este imenso alfinete de cabeça celeste compreendia todo o Universo...hoje sabemos da existência de milhões e milhões de outras Galáxias, para além do alcance dos maiores telescópios mundiais.

O Berço da Vida
(Um telescópio no Espaço (dos múltiplos que o percorrem hoje) pode ter visto nascer outros Sistemas Planetários...)
Se a vida tal como é na Terra existe algures na Galáxia, carece de planetas para nele viver. Há Astrónomos que pensam ter visto nascer, nas profundezas do Espaço (ou do Cosmos), estrelas e sistemas planetários, semelhantes ao Solar, mas nenhum telescópio vulgar é capaz disso.
O nascimento das estrelas ocorre no coração das nuvens interestelares de gás e poeira. Os raios infravermelhos (calor), porém, podem fazê-lo.
O satélite não-tripulado «IRAS» (Infrared Astronomy Satellite) foi colocado em órbita em Janeiro de 1983 para descobrir essas regiões e muitas outras fontes de infravermelhos que nunca se vêem sob a atmosfera, quando a Terra escurece. O telescópio a bordo do IRAS teve de ser resfriado com hélio líquido até 2,4ºC abaixo do zero absoluto para evitar ser ofuscado pela própria radiação de calor.
As estrelas podem começar a formar-se quando uma nuvem de gás interestelar é perturbada pelo impulso gravitacional das estrelas que passam, ou por uma onda de choque provocada pela explosão de outra estrela.
A nuvem fracciona-se em glóbulos, cada um talvez centenas de vezes maior que o Sol, que se transformam depois em densos nós de Matéria. No seu coração, forma-se uma «Proto-Estrela» (não é ainda verdadeira, pois não brilha ao libertar energia nuclear), aquecida pela energia liberta pela Matéria em queda.
Quando o coração da «Proto-Estrela» atinge a temperatura de 10 milhões de graus C, começam as reacções nucleares e uma nova estrela aparece a brilhar. Pode ser vista pelos Astrónomos da Terra como estrela «variável», flutuando num brilho aparente quando os últimos raios da Nuvem-Mãe giram à sua volta.
Os Astrónomos estão menos seguros sobre o que acontece a seguir - a Matéria sólida, sob a forma de partículas de pó e de pedras - pode ficar em órbita da nova estrela, pois o IRAS encontrou provas de partículas do tamanho de grãos de cascalho em torno de duas jovens estrelas!

Candidatos à Vida no Espaço
(Quando as Estrelas se movem devagar, revelam os seus ainda não vistos companheiros...)
Observado por potentes telescópios, qualquer planeta para além do nosso Sistema Solar perder-se-ia no resplendor da sua Estrela-Mãe. Existem, porém, maneiras indirectas de o encontrar, se ele existir.
Quando um planeta está na órbita da Estrela-Mãe, o seu campo gravitacional é atraído pela estrela a «mover-se devagar». O efeito de um planeta como a Terra é imperceptível, mas se tiver a dimensão de Júpiter, cuja massa lhe é 315 vezes superior, é substancial!
Tal redução de velocidade tem sido referida a propósito de diversas estrelas ma, algumas dessas observações não merecem crédito: devem-se a erros do telescópio. outros casos requerem confirmação independente.
Contudo, as observações parecem mostrar que dois corpos - um com 70% da massa de Júpiter e outro com metade desta - estão em órbita relativamente a uma próxima estrela fraca chamada Barnard.
Analisando outra Estrela com infravermelhos, julgou-se ver um objecto cuja massa seria 60 vezes a de Júpiter. É mais provável que se trate de uma pequena estrela que...de um grande planeta. Ou não.
Outra maneira de detectar companheiros ainda não vistos de estrelas consiste em analisar o comprimento da onda da luz vinda da Estrela. Se ela estiver vacilante, o comprimento de onda muda: reduz-se quando a Estrela se afasta. Este método revelou, por exemplo, um aparente companheiro 1,6 vezes maior que Júpiter, orbitando a estrela Gamma Cephei.
Um planeta suficientemente grande para o podermos detectar hoje seria uma bola gigantesca de gás, tão longe da estrela correspondente que estaria gelado, sem poder albergar vida como a que conhecemos. Todavia, onde houver planetas semelhantes a Júpiter, também poderá haver outros semelhantes à Terra!
O Telescópio Espacial Hubble, lançado em Abril de 1990 pelos Norte-Americanos,  proporcionou uma visão sem precedentes dos céus: órbita a 600 km, muito acima da nossa atmosfera enublada e variável. Pela luz de uma estrela, pode ser possível detectar os sinais característicos de uma atmosfera planetária rica em oxigénio - indicação quase certa da existência das condições necessárias para manter a vida.

Mais se concretizará a breve trecho ou em futuro próximo com as muitas investidas deste Telescópio Espacial Hubble (entre outros) que têm vindo a surpreender-nos ante toda a dimensão cósmica de Estrelas, Planetas, Galáxias e um sem número de evidências dessa sua existência. Desejar-se-à que, muito em breve, se possa concretizar o que há muito o Homem tem vindo a suscitar de encontro com o Espaço em reconhecimento de vida planetária, mesmo que consubstanciado pela anuência da existência de outras civilizações estelares. Até lá, só nos resta esperar que o Cosmos se nos abra como verdadeira caixa de surpresas ou de simples musicalidade a nossos ouvidos humanos no que compõe de tantos e, maravilhosos corpos celestes! Assim sendo, que haja progressos, avanços e muitos êxitos por vias de telescópios e sondas espaciais no Universo. E que, a bem da Humanidade, esse êxito nos seja uma virtude e nunca uma maldição em pertença e merecimento, pelo conhecimento lato deste mesmo Universo em que todos estamos inseridos. Que assim seja então!

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