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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A Corda Cósmica


Corda Cósmica (Teoria das Cordas do Cosmos)

Serão as Galáxias enormes telescópios naturais? Ou...uma espécie de «telescópios« cósmicos?
Será o Universo um imenso espaço vazio, um inócuo vácuo de nada ou...longe disso, como o afirmam vários e mui conceituados cientistas do nosso mundo, um tumulto de energias frenéticas? Serão de facto- estas hipotéticas Cordas Cósmicas - infinitas no Universo ou a aferição de curvas fechadas (uma ou várias) de anos-luz, dispostos em circunferência? Serão estas «simples» ideias dos Cosmólogos Teóricos ou existirão de facto, no que rádio telescópios têm detectado?

Um Olhar sobre o Universo Infinito
(Todas as Galáxias podem funcionar como enormes Telescópios Naturais!)
Em 1979, alguns Astrónomos no Hawai descobriram que estavam a ver em «duplicado». Na Constelação da Ursa Maior, observaram dois dos brilhantes objectos conhecidos como Quasars - situados a centenas de milhões de anos-luz da nossa Galáxia. Estavam afastados um do outro apenas 6% de um grau, e parecia improvável que tal proximidade fosse um puro acaso.
Quando analisaram a luz dos dois objectos, descobriram que eram espantosamente iguais. Os Astrónomos compreenderam que não estavam a lidar com dois gémeos celestiais, estavam a ver duas vezes um Quasar. A luz do Quasar estava a ser desviada quando passava através do campo gravitacional do objecto e, estava a ser separada, formando uma dupla imagem.
Exames com instrumentos mais sensíveis revelaram que estas «lentes» gravitacionais eram uma Galáxia, até então desconhecida. Outras lentes gravitacionais foram encontradas depois.
Por vezes, o corpo responsável pelo efeito está tão distante que se torna demasiado fraco para ser visto, mas frequentemente tem sido identificado como uma Galáxia ou um cacho de Galáxias!
Algumas destas lentes gravitacionais causam efeitos visuais qualitativamente diferentes, consoante a força da respectiva gravidade e, a sua posição, relativamente ao Quasar mais distante.
Um Quasar, na Constelação de Leo, aparece-nos sob a forma de um anel - enquanto outros aparecem como arcos de várias imagens - algumas das quais maiores ou mais brilhantes do que seriam noutras condições, actuando as lentes gravitacionais como um «Telescópio» Cósmico!

Cordas no Espaço
Entre as mais recentes ideias dos Cosmólogos Teóricos, estão as referenciadas «Cordas Cósmicas». Se existem, terão sido formadas na primeira fracção de segundo do «Big Bang», do qual, de acordo com numerosos cientistas, nasceu o Universo!
Físicos modernos consideram o «espaço vazio» longe de ser um mero vácuo. É antes, um tumulto de energia e partículas que nascem e vivem pouco tempo.
O Cosmos nos primeiros momentos do Big Bang seria um tumultuar de energias com enormes temperaturas e pressões. As hipotéticas cordas são amostras do espaço primevo, vivendo assim no não menos frenético Universo de hoje!
Uma Corda Cósmica seria então infinita - estendendo-se através do Universo observável e das regiões para além deste - ou, uma curva fechada de anos-luz, dispostos em circunferência.

Delgada mas Pesada
Esta corda seria tão delgada que não passaria de cinco vezes a largura do diâmetro de um átomo. A sua massa seria colossal - tipicamente 1 milhão de milhões de toneladas por milímetro. Assim, uma corda com um comprimento igual ao do diâmetro da Terra, teria então uma massa dupla da, da Terra.
Cientistas compararam as Cordas Cósmicas a fitas elásticas sob enorme tensão - a perderem energia à medida que oscilam e se dobram no Espaço.
As Cordas torcer-se-iam e, atravessar-se-iam umas sobre as outras de tempos a tempos. Fontes de rádio semelhantes a fios no centro da nossa Galáxia têm sido detectadas por rádio-telescópio. Estas fontes de rádio podem provir do gás quente que circunda as Cordas Cósmicas; se for o caso, seria este o primeiro sinal de que tais cordas existem...!
Existe uma concepção mais actual destas mesmas Cordas Cósmicas que, em abordagem científica as reverte como defeitos topológicos (sistemas de equações diferenciais parciais ou de uma Teoria Quântica de Campos) homotopicamente distintas da solução de vácuo, sendo provada a existência, porque as condições de limite implicam na existência de soluções homotopicamente distintas.
Destes defeitos topológicos, hipotéticos unidimensionais (Espacialmente), que se podem ter formado durante uma fase de transição de Quebra de Simetria ( descrevendo então um fenómeno onde infinitesimalmente pequenas flutuações actuando num sistema que está atravessando um ponto crítico que decide o destino do sistema através da determinação, de qual o ramo de uma bifurcação é tomado).

Thomas Walter Bannerman Kibble (n. 1932), foi um dos pioneiros cientistas na defesa da Teoria Quântica de Campos, particularmente na interface entre partículas físicas de alta energia e, Cosmologia. Kibble, na década de 70  assumiria esta sua teoria no que concerne (no início do Universo) na associação da Topologia da variedade de vácuo à Quebra de Simetria, no que por muitos anos se aprofundou como cientista britânico e sénior investigador de pesquisa no Laboratório Blackett em Londres. Esta divulgação é-nos dada pela Wikipédia no geral.

Extracto do Livro de John Gribbin, (1999) - "O Pequeno Livro da Ciência"
Se a Corda Cósmica existe, encontra-se sob a forma de Arcos, porque se tivesse extremidades a matéria congelada do Big Bang que se encontra no seu interior, vazaria.
A energia extrema da matéria no interior das Cordas, fá-las-ia ficar tensas, procurando expandir-se, tal como uma fita elástica distendida. Agitar-se-iam e vibrariam ressoando como as cordas de uma guitarra, ao percorrerem o seu caminho através do Universo. Esta vibração extrairia a energia dos Arcos, transformando a sua massa em pulsos de energia (radiação gravitacional), vazando-a para longe, eventualmente para o...nada.
Num cenário especulativo mas intrigante, estes Arcos super-maciços de Corda - com anos-luz de diâmetro - podiam ter sido deixados pelo Big Bang.
O intenso Impulso Gravitacional dos Arcos teria atraído enormes nuvens de gás que formou as Galáxias que hoje vemos. Mas, quando as Galáxias se formaram, a vibração dos Arcos tê-los-ia paralisado, nada deixando atrás.
As Galáxias que vemos hoje, podem comparar-se ao sorriso do gato de Cheshire - depois do corpo (a Corda Cósmica) se ter desvanecido!          

Assim sendo, estabelecendo que na orla científica sobre esta matéria da suposta Corda Cósmica ainda haverá muito por esclarecer e identificar - no que todos estão já de acordo da sua indubitável existência no Universo - se possa então repercutir em eventos próximos, todas as eventuais novidades (ou surpresas) que o Cosmos ainda nos instiga. A bem da Humanidade...assim seja!

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