Translate

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Observação Espacial


Satélite no Espaço (Além a Magnetosfera...)

Que alcançarão os nossos olhos, ávidos de conhecimento e sabedoria científica além a Magnetosfera? Que poderes magníficos são estes - em proeminente reportagem do exterior, no Espaço - na comunicação e mensagem de inúmeros satélites espalhados à volta do globo terrestre? Que nos dirão em futuro próximo, todos os Robôs, Naves e Projectos Espaciais a cumprir no nosso Sistema Solar ou mesmo além deste? Que nos «falarão» em transmissão de maiores conhecimentos do Cosmos? Poderemos recuar nesse avanço, quando já se fala de outros Mundos, outros Universos???

O Manto da Vida
O que Mantém a Atmosfera presa à Terra?
Sem Ar, este mundo não teria Vida! Além da luz do Sol, o mínimo de que as plantas e animais precisam para sobreviver - e sobretudo, para terem evoluído - é de oxigénio e de água. Ambos formam a Atmosfera e a existência contínua desta...deve-se à Gravidade!
O Ar consiste em moléculas de gás movendo-se a alta velocidade. A Gravidade da Terra é tão forte que nada que se mova a menos de 40 000 km/h - 17 vezes mais do que a velocidade máxima do Concorde - lhe pode escapar. Felizmente, as Moléculas de Ar não atingem essa velocidade, e portanto a Atmosfera permanece presa no abraço do campo gravitacional da Terra.
Alguns Astrónomos acreditam que, a Lua, também terá tido uma Atmosfera em tempos mas, como a sua Gravidade é apenas um sexto da de Terra, essa Atmosfera dispersou-se no Espaço!

Um Lugar ao Sol
A Terra tem uma situação privilegiada no Sistema Solar, ao favorecer o desenvolvimento da vida tal como a conhecemos.
As primeiras formas vivas complexas na Terra foram as plantas, que dependem de suficiente luz solar para viverem e se reproduzirem. As Plantas também fornecem oxigénio. Os Animais Terrestres - sobretudo os Mamíferos - só poderiam ter ganho as formas que conhecemos numa Atmosfera com...oxigénio. Se a Terra estivesse mais perto do Sol, o aumento de temperatura faria com que as moléculas de oxigénio se movessem mais depressa, soltando-se. Se estivesse mais longe, faria demasiado frio para a vida se desenvolver.

Camadas de Manto
Só recentemente os Cientistas compreenderam a natureza das várias camadas da Atmosfera. Nos finais do século XIX, começaram a enviar para a baixa-Atmosfera balões sem tripulação, equipados com barómetros e termómetros, e descobriram que enquanto a pressão desce gradualmente com a altitude, as variações de temperatura são mais complexas.
Os Cientistas dividiram a Atmosfera em camadas baseadas nestas variações de temperatura. Na Troposfera e Mesosfera a temperatura desce com a altura, enquanto, na Estratosfera e Termosfera, sobe! Desde o aparecimento da Tecnologia do Foguetão e do Satélite - nos anos 40 - os Cientistas conseguiram recolher detalhadas informações sobre a Alta Atmosfera. As Camadas são então: A Troposfera, Estratosfera, Mesosfera, Termosfera, Exosfera e Magnetosfera.
Na primeira, a Troposfera (até 18 km), as nuvens, chuva e tempestades que constituem o nosso tempo meteorológico, ocorrem na sua maior parte aqui.
Na segunda, a Estratosfera (18-50 km) - Aviões a jacto podem entrar nesta região.
Na terceira, a Mesosfera (50-80 km) - Aqui, os Balões testam as condições atmosféricas.
Na quarta, a Termosfera (80-450 km) - Exposições de luz (como as Auroras), formam-se aqui por partículas carregadas, libertadas pelo Sol.
Na Quinta, a Exosfera (450-900 km) - Chuvas de meteoritos e raios cósmicos da Magnetosfera penetram na Exosfera, por vezes chegando à Terra.
Na Sexta e última, a Magnetosfera (acima de 900 km) - Nela se encontram camadas de irradiação chamadas Cinturas de Van Allen. Os Satélites de comunicações orbitam assim para lá da... Magnetosfera!

Observação de Muito longe
Os Satélites de Observação podem fornecer imagens de qualquer lugar da Terra!
A Fotografia por Satélite costumava estar confinada à «espionagem militar no Espaço» mas, agora, é já possível comprar fotografias tiradas por satélites civis, pertencentes a vários países e nações ditas desenvolvidas; nesta e noutras áreas. Para além da evolução agora generalizada em tecnologia de comunicações espalhadas pelo mundo - havendo desta forma mais acesso a essas mesmas fotos do Espaço. A Internet e todas as diversas redes sociais do momento são um exemplo disso.
Os mais avançados Veículos do Espaço (até às últimas décadas) foram os Satélites franceses chamados «Spot» (Satélite pour l`Observation de la Terre) - Satélite para a Observação da Terra - os quais, davam a volta à Terra de pólo a pólo, à altitude de 830 km, fotografando assim faixas da superfície terrestre que chegariam a 80 km de largura. No decurso de 20 dias, os Telescópios e as câmaras de cada Satélite viam então todos os lugares da Terra.
Cada Satélite Spot observava o terreno através de dois telescópios. Estes estavam apontados para direcções diferentes de modo a que, quando o Satélite passasse - percorrendo sucessivamente órbitas também um pouco diferentes - as fotografias de determinada região pudessem assim ser efectuadas de dois ângulos. A seguir, um computador utilizava estas fotografias para construir um mapa em relevo ou, uma imagem tridimensional do terreno.
Os clientes das imagens do Spot incluíam (e ainda hoje o fazem supostamente) Companhias Mineiras em busca de minerais, Serviços Governamentais que pretendem elaborar Mapas dos Recursos Naturais do país ( em mapeamento específico), Construtores de Condutas, etc.
Certa vez, uma determinada Autoridade Europeia de Comunicação Social (TV) recorreu às imagens Spot para encontrar a melhor posição para novos transmissores.
Após 1992, foi lançado o SPOT 4 em projecto ainda mais avançado do que os seus predecessores, observando 4 comprimentos de onda específicos da luz reflectida da Terra - um verde, um vermelho e dois infravermelhos (calor). Distinguindo assim pequenos objectos até 10 metros de diâmetro (como a copa de uma árvore média, por exemplo), o Spot 4 em processo revolucionário revelaria então ao mundo, o tipo e o estado da vegetação, a humidade do solo ou, os tipos de rochas e a extensão das áreas construídas: por conseguinte e mera conclusão, o primeiro «olho global» ou espécie de «Big Brother» espacial em termos de visualização e, observação terrestres!

O Futuro, que é uma realidade...Hoje!
A Sonda Espacial da NASA (New Horizons) chegará a Plutão, o mais longínquo e enigmático planeta do nosso Sistema Solar, por volta do mês de Julho de 2015 - após uma viagem de cerca de 8 anos e meio pelo Espaço. Como tal, a prospecção do Cosmos torna-se imparável, no que o Homem sempre se investe e percute em novas tomas de posição em tecnologia e conhecimentos superiores.
Será então a primeira vez que esta Sonda Espacial visitará o Planeta-Anão, mas entretanto, vai explorando outros objectos celestes da Cintura de Kuiper - a região mais distante do Sistema Solar, como foi referido. Foi lançada a 19 de Janeiro de 2006, a partir do Cabo Canaveral nos EUA, passando a órbita do planeta Marte em 7 de Abril desse mesmo ano. A 13 de Junho do então respectivo ano, passou a cerca  de 102.000 km do Asteróide 2002 JF 56, denominado actualmente de, 132524 APL, sendo este um Asteróide  com um diâmetro médio de 2,3 km.
Em 28 de Fevereiro de 2007 a NH (New Horizons) fez a maior aproximação ao planeta Júpiter. Na sua visita a este Planeta Gigante a sonda estudou durante alguns meses o planeta visado, assim como vários dos seus satélites. Esta aproximação a Júpiter permitiu então acelerar a sonda New Horizons, rumo a Plutão!
A 8 de Junho de 2008 cruzou a órbita de Saturno; a 18 de Março de 2011 a de Urano e, a 25 de Agosto de 2014 cruzou finalmente a órbita de Neptuno. Se tudo correr bem...a sonda NH alcançará a sua aproximação máxima, onde passará a cerca de 10.000 km do Planeta-Anão. Há a perspectiva de que passará também a cerca de 27.000 km de Caronte - o maior satélite de Plutão! Infelizmente (para Cientistas e todos os interessados nestas matérias) a NH não irá entrar na órbita de Plutão, devido ao dispêndio de combustível (devido à grande velocidade da sonda) e, à pouca Gravidade existente em Plutão. Lamenta-se tal, por muito compreensível e admissível que seja esta decisão. O futuro nos dirá se houve efectivamente razão para esse procedimento, no que concerne à sensatez e bom nome dos cientistas intervenientes em que se acredita desde já. E se agradece em primeira mão, todas as informações dadas e a todos nós prestadas sobre estes eventos espaciais. Desde já também se enaltece o bom trabalho de todos os componentes humanos (Cientistas e em geral todos os homens da Ciência e Astrofísica) que colaboram e corroboram destes avanços, à NASA, ESA e outros tantos não menos significativos deste impressionante mundo cósmico à nossa volta.

Outros Mundos/Universos
Há que fazer referência acima de tudo à enorme pesquisa e implementação de outras tantas Sondas Espaciais que vagueiam pelo espaço cósmico e que, em total autonomia (ainda que vigiadas da Terra) nos vão dando a conhecer esses outros mundos, vulgo novos planetas ou quiçá outros novos (ou ainda desconhecidos por nós) sistemas solares - iguais ou diferentes do nosso.
Ao longo destas últimas décadas - em particular nesta última - têm-se evidenciado as inúmeras opções e crenças potenciadoras de registo sobre a existência de vários planetas, várias estrelas e mesmo asteróides, cometas e toda a «sopa cósmica» em que se está inserido.
Relâmpagos, Radiação Cósmica e Meteoritos podem ter desempenhado assim um papel fundamental na criação das moléculas orgânicas que se reuniram para formar os primeiros seres vivos na Terra. Na teoria da Panspermia já muito foi dito, na origem da vida provocada pelo impacte de meteoritos nos oceanos, criando assim a formação de complexas moléculas orgânicas, Quanto à Paspermia Cósmica, esta se evidenciar pela teoria dos primeiros seres vivos da Terra, os «Cosmozoários» na sua origem em microrganismos flutuantes no espaço cósmico ou Espaço C.
Por tudo isto, se alude a que outras esferas planetárias possam ser povoadas na existência de vida, onde já há o conhecimento de vários como o Kepler 62 e, Kepler 22 b, Kepler 62 f ou o Gliese 581 g, Gliese 667 c e Gliese 63 d. Ou ainda o HD 40307 g, entre outros que se vão registando e acumulando na dimensão sempre a actualizar de um conhecimento imparável.
Em perspectiva e ressonância destes novos tempos de tudo ser posto em questão, surge agora a hipótese de se estar mais perto de um conhecimento astronómico em toda acepção da palavra: a Teoria dos Novos Mundos/Novos Universos!

Teoria do Multiverso/Universos Paralelos
A Mecânica Quântica é o ramo da Física que descreve as regras que governam o Universo na escala microscópica. Este ramo, por assim dizer, tenta explicar como as Partículas Subatómicas se podem comportar como Partículas e...como Ondas!
Este aglomerado difuso de posições é descrito por uma «Função de Onda» - uma equação que prevê os muitos pontos possíveis que uma partícula pode ocupar. Mas, a Função da Onda colapsa, medindo a posição real da partícula - sendo este o lugar da Teoria do Multiverso!
Hugh Everett foi o primeiro Físico a propor a possibilidade de um Multiverso - um número infinito de Universos Paralelos que existem ao lado do nosso!
Everett publicou a teoria em livro, chamado «Muitos Mundos» na década de 50, mas a idéia na época não teve muita receptividade, não sendo de todo muito bem recebida, no que só agora Bill Poirier, professor da Universidade Texas Tech (TTU), em Lubbock, no Texas (EUA) aferiu e corroborou no seu MIW (Muitos Mundos de Interacção) dessa mesma teoria na existência de vários Universos!
Na Teoria MIW, Partículas Quânticas não agem como ondas em tudo. Cada Mundo Paralelo tem partículas de normal comportamento e de Objectos Físicos. A Equação da Função de Onda não tem de existir! - Afere Poirier. Acrescenta então que, há de facto interacção entre Mundos, explicando assim a Mecânica Quântica na sua estranheza ou...complexidade no Universo observável! Mundos vizinhos ou Universos vizinhos repelem-se um ao outro, explicando então os bizarros efeitos quânticos (como partículas) que podem criar um túnel através de barreiras.
Em 23 de Outubro de 2014 foi publicado na revista Physical Review, uma reportagem escrita sobre esta revolucionária teoria do MIW (Muitos Mundos de Interacção), no que todos registamos em alegria e certo confronto ( e muitos debates sobre a mesma) no que se vai orquestrando sobre a hipótese e mesmo racionalidade na existência destes Mundos, destes múltiplos Universos infinitos!

Nada mais a acrescentar, a não ser a boa aventurança, inteligência e empenho de todos estes célebres - por certo - intervenientes no Mundo da Ciência, tendo nós a salutar e auspiciosa perspectiva futura de novas teorias ou novas matérias, se edificarem em maior esclarecimento e ocorrência. E que a Observação Espacial, seja deste ou de outros Mundos, que seja feita sempre mas sempre...pelo bem da Humanidade! Que assim seja!

Sem comentários:

Enviar um comentário