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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A Perene Leveza do Espaço


Astronauta Norte-Americano em Missão Espacial - Em confronto com a Força da Gravidade

Poderá o Homem algum dia - em futuro próximo - «livrar-se» dos equipamentos e, indumentária espacial que assim o protegem ou melhor ainda, adaptar-se à força da Gravidade, a essa Perene Leveza no Espaço? A incómoda ausência da Gravidade afectará assim eventuais viajantes no Espaço ou descobriremos nós - um dia também - a solução eficaz para esse desbloqueio, sem mais consequências para o ser humano que aí se desloque? Poderemos sonhar com essa hipótese, mesmo que, a longo prazo? Ou será uma mera utopia dos cientistas de hoje e sempre???

O Peso da Ausência de Peso
(A Ausência da Gravidade pode efectivamente incomodar os Viajantes no Espaço!)
Cientistas e Engenheiros prevêem voos tripulados para Marte, demorando cada viagem 18 meses, e voos para planetas mais afastados, levando anos.
Todavia, antes que estes sonhos se tornem realidade, os Cientistas devem começar por resolver os problemas fisiológicos causados por prolongadas ausências de peso.

Tirar o Peso dos Ombros
Antes da época dos voos espaciais, escritores de ficção científica e, Cientistas Visionários, pensavam que a ausência de peso seria uma experiência agradável, pois libertaria o homem da Força da Gravidade. Os Astronautas descobriram que isto é verdade, mas apenas por breves instantes. Também descobriram desconfortos e perigos, que ameaçam continuadamente limitar as perspectivas de, longas Viagens no Espaço.
Um dos efeitos imediatos da falta de peso é um súbito afluxo de sangue à cabeça. As principais artérias do corpo estão equipadas com órgãos chamados «Barorreceptores» que asseguram que o coração bombeie para a cabeça a quantidade correcta de sangue.
Sob condições de Ausência de Peso, os Barorreceptores julgam que não existe sangue suficiente na parte superior do corpo, e fazem com que sangue extra suba...a partir das pernas. Isto provoca então um certo inchaço na face e também obstrução nasal.
Além disso, o cérebro pensa que o sangue extra na cabeça significa que existe demasiado fluído no corpo. Consequentemente, liberta hormonas que dizem aos rins que descarreguem mais urina, causando desidratação e reduzindo o número de Glóbulos Vermelhos no sangue - o que provoca anemia!

Os Ossos Ressentem-se!
Ao mesmo tempo, os Músculos, libertos da necessidade de combater a Gravidade, tornam-se assim muito fracos. Nos voos longos, o Músculo mais importante de todos - o Coração - pode contrair-se cerca de 10%.
Também os Ossos reagem à libertação da Gravidade, pois na Terra, regulam a sua tomada de cálcio ao sangue de acordo com o esforço exigido para suportar o peso.
Na ausência destas habituais exigências, os Ossos perdem cálcio, levado na urina e, a não ser que se tomem medidas, ficam então perigosamente frágeis, podendo eventualmente aparecer nos rins - com efeitos muito dolorosos - pedras provenientes do cálcio rejeitado pelos Ossos!
Os Cosmonautas Russos - alguns dos quais permaneceram em órbita mais de um ano - fazem habitualmente exercícios que estimulam os efeitos normais da Gravidade sobre o corpo, os quais porém, ocupam grande parte do seu tempo, não resolvendo na sua totalidade todos os problemas da Ausência de Peso. Por esse facto, terão já experimentado um aparelho que estimula os Músculos do corpo com impulsos eléctricos, e um vestuário especial que exige de quem o usa, um portentoso e constante esforço muscular, obrigando mesmo a permanecer de pé!

A Mais Bizarra (ou Absurda?) Ideia
A mias bizarra ideia (talvez) que foi concebida na exploração comercial do Espaço, foi proposta pelos Space Services of America, dirigidos pelo antigo Astronauta Deke Slayton, associado então a um consórcio funerário da Florida.
Como último serviço fúnebre, as cinzas de um cadáver seriam colocadas em cápsulas a bordo de um satélite previamente coberto com material reflector, de modo que, à noite, se mostrasse tão brilhante tal como uma Estrela a orbitar a Terra.
Esta ideia não teve muitos seguidores nem defensores, obviamente...pelo que, o interesse por esta nova forma de imortalidade, não foi assim suficiente para que vingasse ou sequer fosse aplicada nos nossos dias. Fértil a imaginação sim, mas inexequível no seu todo.

Lançados em Órbita
Colocar um Satélite em órbita é uma tarefa muito dispendiosa: Quanto mais alta a órbita, maior é o seu custo! Torna-se porém, possível, conseguir substanciais poupanças explorando simplesmente os efeitos físicos de ligar duas naves por cabo.
Imagine-se um Satélite lançado de uma Nave Espacial em órbita e, um comprido cabo a ligar os dois. Se o Satélite for cuidadosamente impelido da nave na direcção do espaço exterior, o cabo acaba por, graças às Leis da Física, se distender numa linha recta - e tensa - esticada verticalmente da nave para a Terra.
Normalmente, um objecto em órbita livre move-se tanto mais devagar quanto mais afastada a órbita estiver da Terra. Todavia, um Satélite suspenso de uma nave será arrastado à velocidade desta!
Se o Satélite fosse libertado, caminharia demasiado depressa para a sua órbita e, a velocidade excessiva fá-lo-ia entrar numa órbita mais elevada.
Admita-se, por exemplo, uma Nave em órbita à altitude de 400 km que solta um cabo de 100 km atado a um Satélite. Uma vez este lançado, a sua velocidade fá-lo-ia subir 10 km. O Satélite recebeu um impulso de 110 km, livre de encargos.
A Energia que ele adquire será, na realidade, «paga» por uma correspondente perda na Nave, perda essa que a conduzirá para uma órbita mais baixa. Se, porém, a Nave necessitar de retornar à Terra, a troca terá beneficiado ambos!
Semelhante cabo poderá ser útil de outra maneira, desde que se trate de um condutor eléctrico: uma corrente eléctrica percorrê-lo-à, quando atravessar o Campo Magnético da Terra. O cabo terá gerado energia suficiente para carregar baterias ou, accionar computadores de bordo. Foi proposta e activada uma destas experiências - de origem italiana em 1991 - em que um Satélite terá sido ligado a uma Nave por um cabo de 20 km, não se sabendo em pormenor se terá sido eficaz ou não. Presume-se apenas que outras mais experiências terão ocorrido neste âmbito, em desenvolvimentos e avanços tecnológicos que, na época em que estamos, se vão reproduzindo por toda a parte do mundo.

Em relação à Gravidade muito há ainda por explorar, certamente. Esta misteriosa força do Universo, alada (ou composta) numa espécie de Perene Leveza no Espaço - criando a complexidade óbvia de movimentos e nocividade nos órgãos internos do ser humano - possuirá também em si, uma enigmática existência que no Cosmos se propaga. Seja nos Planetas, nas Estrelas, nos Buracos Negros ou mesmo nos Neutrinos do que ainda se não sabe desta escura matéria em toda a sua profundidade, tão escura e misteriosa como o próprio Universo. A Ausência da Gravidade, no seu existencial peso sobre o ser humano, poder-nos-à ser igualmente um fardo, um incómodo e uma barreira que nos trava assim um maior alcance mas por certo, o não menor e ambicioso desejo deste se cumprir no Espaço. O Homem será sempre um seu opositor ou...um seu aliado se um dia poder beneficiar desta mesma estranha Força do Universo! Perene - ou efémera (talvez...um dia) no que nos não deixaremos limitar em conhecimento e descoberta de novos mundos ao mundo - como certo dia alguém afirmou (em navegação quinhentista de bravura, conquista e revelação ao mundo de então) - e o Homem ascenderá ao verdadeiro poder do Cosmos ou de todo o Universo...ou em parte deste! Ou destes, pelo que se supõe já hoje de vários mundos, vários Universos! Seja um ou vários - na igualdade ou diversidade em que possam ser unos ou diferenciados - na certeza porém, de também deste ou destes fazermos parte como Humanidade que somos! A bem desta, que na continuidade dos tempos, o Universo nos possa ser então uma agradável e bela surpresa em estóica e frutuosa revelação! E que a geração futura de bravos e heróicos Astronautas nos possa isso consignar em toda a sua glória de conhecimentos e, acção imediata, nesse ou nessa miríade de Universos!

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