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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A Verdade dos Planetas II


Planeta Júpiter - O «Gigante» do nosso Sistema Solar

Sendo o maior planeta do Sistema Solar - Júpiter - e, inexequível em sobrevivência humana, redimensionar-se-à então como pensam os astrónomos num determinado encolher em si?
Poderá ramificar-se vida em Júpiter, à sua superfície, um dia, à semelhança da Terra? E que mancha vermelha é esta, a de Júpiter, que ainda hoje confunde os cientistas entre a sua loquaz intermitência - desaparecendo mesmo por vezes - até à razoabilidade de ser «apenas» uma grande nuvem de gás? Ou matéria desconhecida...!? Poderá ser uma «cidade estelar»? Uma nave tele-transportada no que consideramos pura ficção ou simplesmente...algo indefinível por nós humanos, em maior clarividência científica? Que mistérios e segredos possuirá esta tão enigmática mancha sobre Júpiter?

A Energia do Gigante que Encolhe
 - O maior planeta do Sistema Solar é aquecido pelo movimento de gases -
Júpiter é o monstro dos planetas, com 1300 vezes o volume da Terra. É uma grande bola de hidrogénio, na maior parte gasoso mas possivelmente comprimido pelas enormes forças gravitacionais do seu centro, o que lhe confere um estranho estado metálico. O que da Terra se vê da superfície de Júpiter, com as suas faixas amarelas e castanhas, é o nível mais alto de nuvens profundas de amónia e de compostos sulfúricos.
Estas nuvens leves e altas consistem provavelmente em cristais de amónio, que existem em estado sólido porque as temperaturas são de -167ºC ou ainda inferiores.
Júpiter ferve de energia - vê-se isto pelos estampidos das ondas de rádio provenientes de tempestades que rebentam na sua atmosfera e, pelas vastas auroras. A nossa recepção destes estampidos é perturbada pelos movimentos de «Io» - a mais interior das quatro maiores luas, mede 3630 km de diâmetro e é ligeiramente maior do que a Lua.
As partículas que redemoinham no intenso campo magnético de Júpiter dão origem a outra e mais firme corrente de ondas de rádio. Este campo magnético opõe-se ao da Terra (em relação ao seu eixo de rotação) e é por isso que uma bússola terrestre apontaria, em Júpiter, para sul e não para norte.

Perigos na Sondagem do Espaço
Este poderoso campo é uma terrível armadilha, mesmo mortal, já que faz mover rapidamente partículas subatómicas - um perigo para os Astronautas!
Por pouco não inutilizaram os instrumentos do Pionner 1 da NASA quando voava para Júpiter nos finais de 1973. A sonda encontrou uma radiação 500 vezes mais intensa do que seria necessário para matar um ser humano. «Io» ( a tal lua interior de Júpiter) move-se no interior dessas cinturas de radiação, que destroem o material da sua superfície para formar um anel de gás ao longo de toda a sua órbita. Existe ainda um terceiro tipo de emissão de rádio por Júpiter: o que provém de alguma fonte interna de calor. Os astrónomos pensam que ele continuará a encolher, como sucedeu após ter sido criado a partir de uma nuvem primordial de gás, e que isso liberta energia. As moléculas de gás adquirem velocidade à medida que caem para dentro e, ao colidirem com a matéria densa existente nas proximidades do centro do planeta, a energia do seu movimento converte-se em calor, que o aquece.

Vida em Júpiter?
Pode afirmar-se que o Homem provavelmente nunca aterrará em Júpiter (pelo menos no século vigente), pois todos os factos conhecidos indicam nada existir neste planeta em que se aterre. Se Júpiter tem uma superfície - o que não é de modo algum garantido - esta não passará de um lamaçal sem consistência de hidrogénio comprimido. Sendo Júpiter o planeta de maiores dimensões e, parecido com o Sol, composto essencialmente de hidrogénio - matéria básica da formação do Universo - produz a própria energia que despende. Devido ao seu volume considerável - é maior que todos os outros planetas juntos -  e, consequentemente, à enorme força de gravidade que exerce, retém todo o seu hidrogénio original que o envolve completamente, tornando-se impossível a existência de vida. Vida humana.
Os outros planetas perderam o hidrogénio atmosférico quando este, aquecido pelos raios solares, escapou á acção da gravidade. Contudo, e embora o hidrogénio seja a mais leve substância conhecida, a força da gravidade exercida por Júpiter é tão poderosa e o planeta encontra-se tão distante do Sol (778 milhões de quilómetros) que nenhuma força exterior foi capaz de lhe arrancar este manto de gás. Quando o Sol - seguindo o padrão imutável das estrelas - se expandir e queimar os planetas interiores, o aspecto de Júpiter poderá sofrer uma alteração espectacular. De acordo com as últimas previsões, o Sol aumentado, dotado de uma maior força gravitacional, atrairá o hidrogénio de Júpiter, permitindo então ao planeta contrair-se num denso globo de elementos pesados.
A vida baseada no elemento-Carbono tornar-se-ia então possível à superfície, podendo eventualmente Júpiter vir a ser uma outra Terra.
Estas considerações não são, porém, senão previsões, cuja concretização se verificaria apenas num futuro longínquo - cerca de 7000 milhões de anos a partir do momento presente. Entretanto, o gigantesco planeta terá de ser explorado a partir de um dos seus satélites (em número actual de 16), num dos maiores, Calisto, que é mais volumoso do que o planeta Mercúrio. dele, Júpiter assumiria o aspecto de um disco maciço coberto de faixas de nuvens turbilhonantes e, coloridas.
No caso improvável de ser dado a um homem equipar-se de forma a poder penetrar na atmosfera de Júpiter, teria de considerar-se a travessia prévia das nuvens que rodeiam o planeta. Provavelmente constituídas de Amoníaco e Metano, condensar-se-iam em em chuva amoniacal e neve, à medida que o explorador nelas mergulhasse; antes de esta chuva poder atingir qualquer ponto próximo do misterioso núcleo do planeta, o Amoníaco evaporar-se-ia de novo em nuvens, soltando enormes descargas de electricidade, em comparação com as quais os relâmpagos terrestres poderiam considerar-se como faíscas de um isqueiro.

A Mancha Vermelha
O Astronauta a 8000 km de distância seria submetido a uma pressão intensa, e à sua superfície teria 2,5 vezes o seu peso normal. Em nenhum ponto da sua viagem encontraria oxigénio para respirar. As nuvens teriam uma temperatura de -140ºC (-220ºF) - inferior à de qualquer matéria conhecida na Terra - excepto oxigénio líquido produzido artificialmente.
O Sol, de uma luminosidade pálida, tão distante que pareceria apenas uma estrela tremulante, nasceria e pôr-se-ia com o intervalo de 9 horas e 45 minutos.
A velocidade de rotação deste planeta tão maciço é, proporcionalmente à sua massa, espantosamente rápida. A força centrífuga gerada provoca a acumulação de matéria no equador, pelo que Júpiter é mais notoriamente achatado nos pólos do que a Terra. Júpiter necessita de 11 anos e 8 meses para descrever a sua órbita em torno do Sol, facto pouco relevante para um hipotético visitante, uma vez que, devido à distância que o separa dessa estrela, nele não existem estações diferenciadas.
O primeiro Astronauta a visitar Júpiter receberia certamente instruções no sentido de dedicar um estudo especial à chamada «Mancha Vermelha», que começou a ser registada nos desenhos dos Astrónomos em 1631.
A mancha Vermelha - assim denominada devido ao seu brilho avermelhado - varia de intensidade com o tempo, desaparecendo por vezes completamente. Há muito que a sua natureza confunde os observadores e cientistas. Uma das hipóteses ventiladas presume que se trata de uma grande nuvem de gás que se ergue da «superfície» de Júpiter. Outra, considera-a matéria sólida, de natureza desconhecida - flutuando assim na atmosfera do planeta.
Sabe-se indubitavelmente - pois foi cuidadosamente estudada e medida por telescópios - que a Mancha Vermelha é, na realidade, uma mancha enorme, cujas dimensões se calcula serem de 48 000XX11 200 km.

Júpiter comanda os Asteróides
A velocidade com a qual um objecto orbita o Sol determina-se pela distância a que está deste: quanto mais afastada se achar uma órbita, mais devagar o objecto a percorrerá. Um Asteróide, portanto, situa-se numa órbita mais perto da do Sol do que daquela que Júpiter percorre regularmente. Cada vez que o Asteróide se aproxima, o seu movimento é perturbado pela poderosa força gravitacional de Júpiter. Nalgumas órbitas, estas perturbações são cumulativas e podem forçar o Asteróide a mudar de órbita. Suponhamos então que, forçado por qualquer perturbação, um Asteróide se desvia para uma órbita que leva quatro anos (4)a circular à volta do Sol. A órbita de Júpiter leva 12 anos, de modo que o Asteróide se aproximará de Júpiter de 6 em 6 anos, tempo que completará meia órbita.
Os dois corpos passarão num ponto 180º distante do seu anterior encontro. Após outros 6 anos, o Asteróide volta a aproximar-se de Júpiter, na mesma parte da sua órbita em que se situava originalmente.
O campo gravitacional de Júpiter atrairá repetidamente este Asteróide para os mesmos dois pontos da sua órbita, repeli-lo-à para nova órbita, ora mais afastada ora mais próxima da do Sol. Na realidade, na órbita dos 4 anos não se encontrarão Asteróides, como em nenhuma outra de um grande número de órbitas «proibidas». Estas zonas são chamadas os intervalos de Kirkwood, nome do astrónomo americano Daniel Kirkwood que, em 1857, predisse a sua existência.
Existe um exemplo ainda mais impressionante da influência da órbita de Júpiter: efectivamente, dúzias de Asteróides têm sido «captados» por Júpiter e estão compelidos a partilhar a órbita do planeta gigante. Estes Asteróides prisioneiros dividem-se em dois grupos. Um deles centra-se num ponto 60º à frente de Júpiter, o outro 60º atrás, mas alguns isolados, afastam-se muito destas posições.

Toda uma série de Sondas Espaciais inovadoras, construída pela Agência Espacial Europeia (ESA) e lançada pelos EUA, aumentará o nosso conhecimento do Sol e destes planetas do nosso Sistema Solar. Entre outros, ao que se congemina já nos dias de hoje.
A sonda Ulisses, lançada pelos EUA em 1990, seria a primeira sonda a voar sobre os pólos do Sol. A princípio, «Ulisses» avançou afastada do Sol a caminho de Júpiter - o maior planeta do Sistema Solar como já foi tão insistentemente referido - e, atraída pela poderosa gravidade do planeta gigante, foi forçada a guiar-se como uma pedra atirada por uma funda, sendo levada para fora da eclíptica - o imaginário plano onde assentam as órbitas dos planetas.
Muitas outras sondas se perspectivaram ao longo destas últimas décadas e muitas outras se reportarão porventura, no que nos vai consolidar ainda mais a certeza do pouco que se conhece sobre toda esta esfera dinâmica de planetas, estrelas, nebulosas e todo o potencial cósmico do Universo. Júpiter, por sua vez, terá muito ainda por desvendar no que se percepciona deste imenso gigante planetário!

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