Translate

terça-feira, 25 de novembro de 2014

A Viagem Espacial


Nave Espacial da Virgin Galactic (Space Ship Two)

Estaremos aptos para enfrentar os riscos ou quiçá os destinos no Cosmos em Viagens Espaciais nos próximos anos? Haverá essa antevisão de acontecimentos há muito ansiados pelo ser humano, mesmo perante falhas evidentes ou insucessos pontuais dessa investida espacial? Que poderá o Homem alcançar neste ou no próximo século, ante toda a tecnologia agora conhecida?

Para Além do Azul Visível
(Desenhando o Projecto de um transporte simultaneamente Nave Espacial e, Aeroplano)
Até agora, os vulgares passageiros do ar pouco benefício têm tirado dos avanços tecnológicos conseguidos nas Viagens Espaciais. Isto, porém, vai mudar: os aviões que há muito estão a ser projectados (pelo menos há duas ou três décadas) levarão os turistas ou os homens de negócios da Europa ao Japão apenas em três horas em vez das doze dos jactos actuais.
O novo avanço dos voos no Espaço será provavelmente o avião espacial, accionado por um motor a jacto resfriado pelo ar - uma Nave capaz de descolar de uma auto-estrada, subir até à alta atmosfera e, a seguir, voar a velocidades supersónicas para qualquer parte da Terra.
Na Atmosfera mais baixa o «Avião Espacial» será accionado por um motor semelhante aos do Turbo-Jactos usados hoje na aviação comercial mas, nas grandes altitudes, «Ramjects» (abreviação do termo aerodinâmico) mais adiantados substituirão os outros. (Os Turbo-Jactos dispõem de turbinas mais rotativas que comprimem o ar que entra e, queimam bem o combustível. Os «Ramjects» não têm partes móveis - a sua alta velocidade acelera a entrada do ar no motor e comprime-o.
Ainda a maiores altitudes, quando o oxigénio é pouco para queimar o combustível, o Avião Espacial será accionado por motores-foguetes, que consomem oxigénio líquido transportado em depósitos.
Quando a resistência do ar se torna mínima, o Avião Espacial alcança velocidades que jamais atingiria a menores altitudes.
Dado que o Avião Espacial consumirá oxigénio do ar durante grande parte do seu voo, não lhe será necessário transportar tanto oxigénio como os foguetes convencionais. Por exemplo, precisará apenas de metade do oxigénio gasto pelos actuais motores de Naves Espaciais, e não teria portanto de transportar um grande depósito de oxigénio.
Estas poupanças reduziriam os custos do lançamento do satélite para uma órbita baixa da Terra - digamos, uma altitude de 300 km, aproximadamente tanto como as órbitas usuais - a um quinto do que são hoje.

Avião-Robô
Esta Tecnologia também poderá servir para aviões de linha capazes de voar a velocidades supersónicas no ar rarefeito das grandes altitudes. Diversas nações estão já a projectar Aviões Espaciais.
A principal proposta britânica chamou-se então Hotol (Horizontal Take-off and Landing. Este primeiro modelo terá sido um Avião-Robô sem tripulação e capaz de colocar em órbita um satélite de sete toneladas - podendo ter sido igualmente transformado em Avião de Linha Inter-Continental para 80 pessoas.

Três Motores
A NASA, por décadas de 80/90 levou a cabo a investigação de um transporte aéreo chamado Nasp (National Aerospace Plane) que terá disposto de três motores: dois tipos de Jactos - um Turbo-Jacto e um Scramject (Supersonic-Combustion Ramjet) - e mais um motor-foguete.
O Veículo alemão Sänger II terá sido então accionado por Turboramjects, que funcionam assim como Turbo-Jactos a velocidades duplas ou triplas da do som e, se convertem em Ramjets para alcançarem seis vezes a velocidade do som. Como meio de transporte, podem levar 250 passageiros a 15 000 km - a distância Londres-Hong Kong - em três horas.
Alternativamente, poderá aparecer outro meio de transporte - por exemplo, um Orbitador com asas, capaz de voar de retorno à Terra -  numa viagem até à altitude de 35 km, onde o Orbitador se separaria e o Avião prosseguiria como foguete no Espaço.

A Sugestão de Benoit Lebon
Benoit Lebon - um cientista francês - sugeriu que se montasse um sistema de transporte «mono-rail» à volta da Terra. Fora da Atmosfera, possivelmente a 100 km de altitude, seria construído um conjunto de anéis, a partir de secções trazidas do solo por um foguete.
Um vasto círculo rotativo - consistindo em arame ou numa corrente de grãos metálicos - circularia no interior dos anéis, propulsionado por motores electromagnéticos. A força centrífuga do movimento do círculo suportaria não só o próprio círculo, mas também os anéis estacionários onde ele se incluiria. Cabos pendentes do anel para a superfície da Terra levantariam cargueiros, que então seriam movidos à roda do anel, levando unidades de transporte, as quais aterrariam em qualquer parte do globo...

Menos teórica e mais exultantemente posta em prática, foi a investidura e implementação da Nave Espacial da Virgin Galactic (Space Ship Two) - Nave destinada ao Projecto de Turismo Espacial, levando assim civis para o Espaço, num projecto deveras ambicioso e ultra-dinâmico que se estabeleceria por meados do ano 2014.
O fundador da empresa, Sir Richard Branson terá afirmado que, a Space Ship Two, havia sido testada várias vezes mas sempre acoplada a outra nave, nunca sozinha! Sendo deste modo, a primeira Nave Espacial Comercial a quebrar a barreira do som!
A 3 de Novembro de 2014, este tão auspicioso projecto espacial ver-se-ia frustrado nos intentos e na demanda a que se propusera, por vias de se ter despenhado no deserto da Califórnia nos EUA.
Após este trágico desfecho - que vitimaria um piloto e deixaria outro gravemente ferido (tendo-se ejectado do veículo) - pensa-se que este Foguete Espacial Suborbital tenha caído devido às dificuldades imediatas que sentiu e terá enfrentado durante o voo de teste na Califórnia.
O Veículo terá assim sofrido uma anomalia muito séria que resultou na perda da infeliz Space Ship Two e seus tripulantes. O que se lamenta desde já, obviamente!

Perspectivando finais bem mais felizes - ainda que igualmente audazes e precursores de novos comportamentos espaciais no mundo da aerodinâmica e, de toda uma Nova Era Espacial - augura-se e deseja-se que, apesar destes pontuais mas inclementes insucessos últimos, se possa ultrapassar receios, barreiras e quiçá, as tão aguardadas fronteiras espaciais em viagens de civis no Espaço.
O Homem foi feito para se aventurar, para se embrenhar num maior conhecimento e maiores horizontes, mesmo que alguns possam não chegar ao seu término ou à sua finalidade, o certo é que fracassando nalgumas missões, se possa investir noutras, por certo também mais mais positivas e não cumulativas de danos físicos e, integrais, da pessoa humana - como sucedeu neste infeliz caso da Space Ship Two. Entre outras de projectos não-tripulados que, a bem da verdade, «apenas» se evidenciaram pelos custos materiais e não humanos. Assim sendo, que haja sempre empreendedores e imperativos homens da Ciência e do Conhecimento que, pelo bem da Humanidade, se entregam a causas nunca perdidas...pelo menos, para si próprios, o que é sempre uma virtude! A bem de todos nós em futuras (ou possíveis!) Viagens no Espaço, assim o consigamos, assim se determine um dia, em que Deus ou outra qualquer força superior do Universo nos faça alcançar! Assim seja então!

Sem comentários:

Enviar um comentário