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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A Cerebral Máquina


Perspectiva Geral de Neurocomputadores na Vida Quotidiana

Estaremos próximos de fabricar uma «Cerebral Máquina» que não só reproduza o que se lhes ordena para fazer mas, em autonomia e determinação própria, se inculque na acção e prática de movimentos ou decisões suas? Haverá nas próximas décadas algo que se nos transcenda - e mesmo ultrapasse - na irreverência tecnológica hoje já tão avançada em que se instiga os protótipos operacionais a raciocinar e mesmo decidir por si? Suplantar-nos-ão (um dia) em reconquistado planeta, da Máquina pelo Homem...ou isso será uma mera preocupação sem fundamento???

Computadores com Sentidos Humanos
A Corrida para fabricar Máquinas que possam ver, ouvir e...compreender!
A «Construção de um Cérebro Artificial» seria antes de mais, uma designação também algo imperfeita se tivermos em conta toda a conceptualização do mesmo. Ou seja, por muito que os computadores possam efectuar, em poucos segundos, Cálculos Matemáticos de uma complexidade inacreditável, são por outro lado...frustrantemente estúpidos!
Quando se trata de reconhecer um rosto humano, tomar parte numa conversa, ler uma letra ou apanhar o sentido de humor de uma piada - o que os seres humanos fazem sem pensar - os computadores tradicionais são ( ou eram até às últimas duas décadas), muito lentos.

Resposta Flexível
É muito fácil confundir um Computador dando-lhe informações incorrectas - ou incompletas - porque a Máquina pode apenas responder inflexivelmente - de acordo com as regras para que está programada. Por outro lado, o Cérebro Humano é capaz de aprender a partir da experiência. Em vez de responder de forma rígida - de acordo com um conjunto de regras - interpreta tudo aquilo que vê ou ouve, à luz de um conjunto de conhecimentos adquiridos que construiu ao longo dos anos.
Pode elaborar um raciocínio ou um movimento, mesmo quando confrontado com uma situação estranha ou...inesperada!
Muitos cientistas acreditam que, o Progresso Tecnológico do Futuro, assenta principalmente nos Computadores e, em Programas que funcionem de uma forma semelhante à do Cérebro.
Em vez de desempenharem uma sequência de operações conduzidas por um Programa estrito, estes «Neurocomputadores» podem ser treinados. Cada vez que desempenham uma tarefa, a experiência é armazenada num «Sistema Nervoso».

Fazendo Associações
As dificuldades práticas na construção de Computadores como estes, são efectivamente assustadoras!
O Cérebro Humano é o mais complexo sistema conhecido, com mais de 10 mil milhões de Neurónios (células nervosas), cada um deles ligado a 100 000 outros.
Os Filamentos necessários para uma réplica electrónica deste sistema seria impreterivelmente (e inexequivelmente) complexa!
Os Neurocomputadores já não pertencem ao mundo da Ficção Científica - havia já em execução Protótipos Operacionais nos anos oitenta. Foram então testados em aeroportos californianos, para descobrir explosivos escondidos na bagagem.
São também «ensinados» por um processo de tentativas - a distinguir uma bomba de um objecto inofensivo - com formato ou sinais semelhantes. Foram assim melhorando em recrudescente evolução e resultados francamente positivos em cada novo teste mas, os Cientistas que se dedicam à investigação destes Computadores, têm a certeza indubitável do tanto que ainda se tem a alcançar nestes domínios, em longo caminho a percorrer, até que as suas criações atinjam todas as capacidades de um...Cérebro Humano!

Na Medicina/Foro Clínico
Um Computador no...Ouvido!
Para pessoas que sofrem de surdez total, não havia (até há pouco tempo) qualquer esperança. Os Aparelhos Auditivos era insuficientes, pois a amplificação do som não tinha qualquer efeito.
No entanto, em anos recentes, a Tecnologia de Computadores trouxe finalmente uma hipótese de audição a alguns surdos profundos.
O Elemento Fundamental neste novo sistema é um «chip» de silicone, com um revestimento de Titânio, para o proteger da corrosão provocada pelos fluidos do corpo. O «chip» é implantado no osso mastóideu - por detrás da orelha - por meio de uma operação cirúrgica que, na actualidade, se reporta de trato fácil.
As Vibrações a que chamamos voz, são captadas por um Processador de Fala ligado a uma «bobina de transmissão», do tamanho de uma moeda - usada atrás da orelha.
O Processador transforma os sons num código digital que é transmitido pela bobina ao «chip» de silicone implantado. O «chip» descodifica, então, a mensagem digital, conduzindo-a a um ou mais eléctrodos colocados no caracol - a parte do ouvido interno que analisa as várias frequências que constituem um som complexo - transformando-a em impulsos nervosos enviados ao Cérebro.
Estes Eléctrodos estimulam os nervos do caracol, tal como um som o faria. Os sistemas mais simples não podem reconstituir a audição normal, mas podem auxiliar uma pessoa surda a melhorar a sua própria fala. Em particular na última década, este e outros métodos foram sendo aperfeiçoados e melhorados na medida em que a audição já se torna mais perfeita - ou correcta - comum ao que todos ouvimos, os que não sofrem de surdez. De início, mesmo nas versões mais complexas, aquilo que a pessoa ouvia era semelhante à voz dos computadores de alguns filmes de ficção científica, no que hoje, já se pode evidenciar com muito orgulho, esta sonoridade ser muito mais fiel e justa à natural e boa audição comum.

Ficção Científica ou...Realidade?
Toda a gente já viu filmes em que, os Viajantes do Espaço, conversam animadamente com os seus Computadores e estes lhes respondem.
Por enquanto, esta Tecnologia não é mais do que um sonho distante. Por muitos avanços que árdua e prestigiosamente os cientistas têm executado sobre os mesmos, registam de que os seus Computadores ainda têm uma enorme dificuldade em distinguir as sílabas e, as palavras que formam a fala, podendo compreender apenas o seu significado.
É relativamente fácil para um Computador falar, sintetizando sons que são reconhecíveis como palavras - um Computador que diz «por favor» e «obrigado» (nas devidas alturas em reconhecimento espontâneo), não é nenhum milagre da Ciência! Mas, reconhecer as palavras que constituem um discurso humano normal e contínuo...é outra questão. No entanto, alguns computadores são já razoavelmente eficientes ao emitir palavras que podem ser pronunciadas separadamente.
Alguns Computadores (da futura ou ultima geração de computadores) de resposta por voz, têm vindo a ser programados para reagir a uma série de comandos falados.
Muitas Empresas estão desde há aproximadamente duas a três décadas a fabricar máquinas de impressão (e outras) que não se julgaria possível até aí. Até há pouco, pensava-se que estas «secretárias cibernéticas» teriam de ser adaptadas à pronúncia particular de cada utilizador e, só responderiam à sua voz. No entanto, fazem-se hoje progressos no sentido de programar sistemas que se adaptem a qualquer nova voz.
O Sistema IBM-Tangora, em desenvolvimento nos finais dos anos 80, afirmou então reconhecer um vocabulário falado de 20 000 palavras com 95% de exactidão. O interveniente (ou falador) continuava assim a ter de fazer uma ligeira pausa entre cada palavra, mas o sistema incluía um processador que lhe permitia fazer tentativas de frases semelhantes.
O Sistema foi programado com regras submetidas a análises estatísticas. Actuando na base da sua informação, a Máquina podia calcular a probabilidade de uma dada palavra se seguir a outra.
Uma utilização semelhante da Probabilidade Estatística é (ou foi), necessária então para os Computadores que interpretavam dados visuais.
Sistemas de Segurança podem distinguir os rostos que foram ensinados a reconhecer, mas nenhum Computador poderá ainda (supõe-se) equiparar-se à capacidade humana de identificar rigorosamente uma imagem tridimensional. Pelo menos até à última década, uma vez que os avanços nesse sentido têm sido espectacularmente prodigiosos, equiparando essa capacidade exponencialmente!

Até há duas ou três décadas (aproximadamente), a maior quantidade de informação que poderia ser armazenada num «chip» de silicone era de um milhão de «bits» (um megabit), equivalente a cerca de 20 000 palavras. Mas, uma Empresa Japonesa iniciou então a produção de um «chip» com a capacidade de 4 megabits - capaz de conter 160 páginas de informação em autêntica revolução nesta matéria. Foi só o começo...
Em jeito de curiosidade e, de registo benevolente de todos os apreciadores e saudosistas que andem pela meia idade (por ocasião da invasão no mercado pela Sinclair do computador ZX Spectrum nos anos 80) e, este ter sido agora reposto em revigorada - ou regenerada investida em Dezembro de 2014 (Natal à porta...) - do ZX Spectrum Vega (em anúncios esfuziantes dos media ao comum dos mortais no conforto dos lares) - em que se observa ainda hoje, a loucura das massas (muitos de nós incluídos) sobre esta maravilha (agora jurássica) que emitia um som roufenho mas fazia as delícias de todos em passatempo futurista. Pode ser apenas um mero exemplo mas que, especifica bem toda a atenção, empenho e avanço dos tempos em que se vive, pelo que se sabe deste computador lúdico, agora reabilitado, possuir em si a capacidade de cerca de 14 000 jogos! Uma loucura!

Estamos no ano 2014. Em início do século XXI. Há muitos Computadores que quase fazem as funções do Homem...quase. Por vias de uma imaginação fértil e muito trabalho científico e astrofísico de todos os seus intervenientes, o filme «Interstellar» (Interestelar), realizado pelo cineasta norte-americano Christopher Nolan é um filme de culto. Acima de tudo, arroga-se na ideia já consumada de podermos aspirar a novos mundos, novos planetas em similaridade à Terra, caso esta venha a definhar ou a extinguir-se de vida humana como a que conhecemos até aqui.
Evidenciou-se um elemento na tripulação: o Computador-Comando, ou Computador-Executante de todas as tarefas inacessíveis aos restantes. Era superior. Insinuou-se isso (na minha opinião) em que até o humor não faltava - ainda que reduzido por imposição do seu «tripulante-Comandante» da dita nave espacial em que estes faziam parte. Um belo filme, anuí com muito prazer. Mas, registando também que, a ser verdade nos próximos séculos este elemento-andante, pensante e tecnologicamente perfeito (ou quase perfeito) em prossecução espacial e estelar - como o próprio filme o designa em título máximo (Interestelar) - haverá, certamente, a fiabilidade futura do que este nos reserva, a nós seres humanos. Vamos conviver, ajudar e ser ajudados, alongar e redimensionar conhecimentos com tudo o que com estes (Computadores humanoides, hominídeos ou quiçá em espécie de armário vertical como o aqui verificado...) viveremos então em recíproca harmonia e, aprendizagem.
A Informação é constante, felizmente. Na actualidade dispomos da revolucionária Internet que engloba os vários gigantes destas redes sociais tais como o Facebook, o Twitter, Google +, Podcast, Youtube, DailyMotion, Apple, Microsoft, Yahoo e mais que por aí virão em consolidação internáutica no que todos hoje já consideramos insubstituíveis.
O armazenamento de dados e a sua contínua ascensão tem levado à ampliação de território físico para manter estes mesmos dados em segurança, não sem antes gerar alguma polémica sobre a inviolabilidade destes. É imparável a quantidade de pessoas que aflui a estas redes sociais para trabalhar, negociar, desenvolver conhecimentos ou simplesmente conviver, atenuando por vezes o impacte brutal da solidão e de uma sociedade à escala mundial cada vez mais fechada em si. Por muito que haja esta abertura, haverá sempre cadeados também (uns fechados mas outros escancarados...), e neste caso, a violação ou deturpação desses dados. Um mal da sociedade moderna. E que, alguns mais explícitos ou quiçá heróis destes novos tempos informáticos, à semelhança de Edward Snowden, que vêem a público revelar segredos e pecadilhos (ou pecados mesmo muito grandes!) dos Serviços Secretos em informação captada numa espionagem absoluta! E tudo isto os Computadores assimilam, cumulam, advogam e...constroem a sua própria «personalidade» computorizada! Estaremos perante uma nova civilização de Cerebrais Máquinas que um dia até nos comandarão??? Oxalá que não, apesar de todos os esforços e desenvolvimentos úteis que estes nos têm ofertado. Máquinas que nos ajudem a suportar as deficientes condições humanas, aquando disso necessitamos, nos cálculos inimagináveis que o nosso Cérebro Humano não alcança e até mesmo em solos hostis ou atmosferas indigentes para o ser humano, tudo bem. Além o nosso comando e, a nossa vontade, ser-nos-à um dia um perigo! Há que haver ética e códigos de honra universais para que se não avance em sentido contrário, o que só nos traria a punição ou...extinção na Terra!

A bem da Humanidade com possíveis e futuros Computadores Cerebrais sim, com «coração e alma» talvez...mas nunca com a teoria, concepção ou acção do ódio, do rancor, da raiva e...do despudor de nos poderem um dia matar como lendários e futuristas Frankensteins de Cérebros exímios...! Isso, nunca a Humanidade iria suportar, acredito eu. Pelo bem da Humanidade que somos todos nós...assim seja em computorizada força do corpo e, do pensamento! Além os tempos!

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