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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A Mortal Bactéria


Bactéria da Legionella

Será um mal dos tempos modernos esta vil bactéria denominada de «Legionella Pneumophila» em eficácia funesta - e mortal - no ser humano? A Síndrome do «edifício doente» que outrora foi verificada, terá sido o início de todo este percalço contemporâneo, legitimando sintomatologias diversas desde a hipertensão à ocorrência de abortos espontâneos? E como poderemos erradicar tal? Haverá a suspensão desses sintomas, se acaso tivermos em conta a necessidade de maiores cuidados e, maior higienização (ou limpeza) sobre tubagens, sistemas de arrefecimento ou refrigeração???

Doenças que germinam
(O Mistério do «Mal» de um escritório ou gabinete de trabalho modernos)
O Conselho de Rotherham considerava o seu novo edifício de escritórios - Norfolk House - uma obra tão bem concebida que o propuseram para um prémio inglês de Arquitectura, no início da década de 80. Mas, quando o pessoal se mudou para lá, surgiram então queixas de dores de cabeça, letargia, erupções cutâneas, respiração difícil, náuseas e irritação nos olhos.
Uns desconcertantes 91% dos empregados queixaram-se assim de um ou mais destes sintomas - que apenas ocorriam no trabalho ou enquanto se mantinham no edifício em questão. Norfolk House tinha a Síndrome do «edifício doente».

Epidemia Nacional
Há duas ou três décadas ninguém imaginaria que tais sintomas poderiam ser causados por «inofensivos» interiores de escritórios, mas hoje e à luz de novos conhecimentos médicos e dos especialistas do Ambiente, foi comprovado que os edifícios podem de facto fazer adoecer as pessoas. Ou seja, há uma influência directa e nociva no ser humano em contacto com determinadas bactérias que se prostram em certas localizações, alterando e danificando o ambiente.
Em 1982, numa conferência sobre o assunto realizada em Washington, citou desde logo a referida Síndrome do edifício doente como uma epidemia nacional, sendo posteriormente reconhecida como doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Alguns investigadores sugeriram então que, edifícios doentes, causavam hipertensão e...abortos espontâneos. Daí a pertinente questão imposta por muitos:
Como pode um edifício fazer adoecer os seus residentes...? Prontamente então, os investigadores anunciariam de que a Síndrome conhecida era mais comum em modernos blocos de escritórios com maus sistemas de ventilação e de ar condicionado, responsabilizando por esse facto Fungos, Micróbios e Ácaros - assim como produtos químicos usados no sistema de humidificação para matar insectos.
Materiais modernos de construção e mobiliário tais como divisórias de aglomerado e também produtos de limpeza e dissolventes - como o Clorofórmio - podem emitir vapores, incluindo o Aldeído Fórmico, que os investigadores associaram a irritações de pele e dos olhos.
A simples colocação de uma alcatifa sintética pode causar extrema fadiga e, perda de voz! Isto foi o que sucedeu precisamente a 60 empregados do...(quem diria?), Edifício da Agência de Protecção do Ambiente em Washington, afectados por substâncias químicas libertadas pela nova alcatifa.
O pulsar da Iluminação Fluorescente e, os Ecrãs de Computadores, também causam graves problemas de encadeamento, assim como dores de cabeça e outras queixas colaterais ou secundárias daqui derivadas, encabeçando igualmente um alonga lista de perturbações análogas nas pessoas.

Especialistas em Edifícios «Doentes»
A Síndrome do edifício doente vulgarizou-se assim na existência a cada dia mais premente no combate a si. Equipas especializadas de brigadas para investigar e «curar» edifícios generalizaram-se mais num quotidiano também a cada dia mais eloquente e, pro-activo nesta matéria.
Utilizou-se então tecnologia de Fibras Ópticas para sondar tubagens inacessíveis na posterior eliminação de bactérias, fungos, poeiras e até mesmo ratos mortos. Ainda hoje se faz tudo isto. Desligam-se humidificadores, deixando desse modo entrar mais ar fresco, retirando-se igualmente as lâmpadas fluorescentes. Na já referida Norfolk House - após alterações deste tipo em método pontual mas cíclico - registou-se então um acentuado decréscimo de sintomas da doença entre o pessoal.

A Doença do Legionário/Legionella Pneumophila
Caracterização: A bactéria Legionella Pneumophila provoca uma infecção pulmonar conhecida por Doença do Legionário. Para além desta doença (ou patologia) também pode causar uma síndrome gripal designada por «Febre de Pontiac».
A infecção por Legionella Pneumophila ficou então conhecida como Doença do Legionário em 1976, após um surto de infecção na Convenção da Legião Americana, em Filadélfia nos EUA.
Esta bactéria é geralmente encontrada em reservatórios naturais como rios, lagos ou poços. está também presente em reservatórios artificiais tais como Sistemas de Arrefecimento (torres de arrefecimento, condensadores, evaporadores, humidificadores, sistemas de ar condicionado), Redes Prediais de água quente e fria, Cisternas de Água Climatizada de uso recreativo ou terapêutico (piscinas, Spas, jacuzzzis), Cisternas de Abastecimento/Distribuição de Água; de lavagem de automóveis, de água contra incêndios, de rega por aspersão, Fontes ornamentais, Repuxos e Tanques recreativos...entre outros.
Nestes sistemas, o desenvolvimento da referida bactéria ocorre quando estão presentes os nichos ecológicos favoráveis à sua multiplicação e desde que estejam reunidos alguns factores: Zona de reduzida circulação de água, Temperatura entre 25ºC a 45ºC, Humidade relativa superior a 60% e pH entre 5-8.

Transmissão da Doença
A Legionella transmite-se por via aérea através da inalação de gotículas de água contaminada - Aerossóis - não sendo possível a transmissão directa entre seres humanos ou através da ingestão de água. O período de incubação da doença varia entre 2 e 14 dias.
A infecção causada por esta bactéria da dita Doença do Legionário pode manifestar-se por: Febre, Calafrios, Dores de Cabeça, Desorientação, Dores Musculares, Tosse Seca, Dificuldades Respiratórias, Diarreia e Vómitos.
Os adultos com doenças Pulmonares, doenças Renais, Imunodeprimidos, Diabetes Mellitus ou...fumadores, têm maior risco de ficarem doentes. O diagnóstico é estabelecido pela avaliação médica e, exames laboratoriais. O tratamento inclui Antibiótico e, cuidados gerais.

Prevenção da Doença
Os programas de vigilância, inspecção e limpeza dos meios contaminados são assim a principal medida preventiva!
Na Rede Pública de água potável a desinfecção química é então assegurada pela «cloragem» (0,2-0,6 mg/L) da água. Nos sistemas de água quente sanitária recirculante, a desinfecção térmica é feita com o aquecimento da água nos depósitos a temperaturas superiores a 750 C. Nos demais sistemas aquáticos e, de Ar Condicionado, deve ser promovido um programa regular de limpeza/desinfecção e, manutenção dos mesmos.
Urge limpar regularmente os crivos das torneiras e chuveiros, seja nas residências ou nos locais de trabalho em higienização e cuidados sanitários em processo diário, se possível. Deve-se sempre que possível (também) substituir torneiras, chuveiros e canalizações em mau estado de conservação.
Os Cilindros e Termoacumuladores de águas quentes devem manter a temperatura acima dos 750 C; Utilizar água destilada nos aparelhos de Aerossóis/Terapia Respiratória; Limpar e desinfectar regularmente os aparelhos de Ar Condicionado. Em Fontes decorativas, deve-se então renovar a água regularmente (ou por períodos cíclicos de manutenção e limpeza), aplicando desinfectante nestas.
Nas Piscinas e nos Jacuzzis recomenda-se especificamente a efectivação de um maior controlo e manutenção regular da qualidade da água e, de todos os seus equipamentos.

Todos estes conselhos, recomendações e anúncios prévios na erradicação bacteriana em questão, são-nos facultados pelas Unidades de Saúde Públicas nacionais e internacionais, pelo que todos o devemos fazer cumprir e, obrigatoriamente seguir, em união de esforços e complementaridade na prevenção e cuidados a tomar em face a esta doença. E proliferação ou extinção da mesma!
Assim sendo, mais esclarecidos e obviamente também mais atentos quanto a esta patologia endémica destes novos tempos - tempos modernos - em que só nos resta estar um passo à frente em preventiva abordagem de novas e ramificadas doenças (que alternadamente vamos observando estas criarem novas defesas) por novas «batalhas», nessa luta bacteriológica entre as pandemias surgidas e, o Homem. Seja nos edifícios (por onde o nefasto Amianto se recria em doença oncológica no ser humano) ou nos reservatórios hídricos públicos ou mesmo nas canalizações domésticas, todos temos de actuar, sendo que, não será uma luta perdida se tivermos em conta essa mesma prevenção. Estancar é necessário, toda a nocividade em nós imposta por estas espertas bactérias que se vão modificando à medida que lhes damos luta laboratorial eficaz. Só temos de ser perseverantes, cuidadosos e, se possível, exemplares, nesse longo combate entre essa e outras mortais bactérias com as quais vivemos habitualmente neste Mundo Novo - que não deixa de nos ser ou poder ser...mortal. Precocemente. Pela vida e pela saúde do ser humano, assim o seja (mas pela Vida!)! Por todos nós, Humanidade - em prevenção, acção e maior conhecimento sobre tudo o que nos rege!

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