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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A Observação Estelar


 
Radiotelescópio Very Large Array (VLA)                 Novo México  (EUA)

Atingiremos a perfeição - algum dia - na interferência e, comunicação, com as outras civilizações estelares num Cosmos (inimaginável) e infinitamente dimensional? Perante toda esta actividade terrestre de telescópios e radiotelescópios, estaremos a enfrentar um «inimigo» sórdido e abstruso se tivermos em conta não só essa dimensão como, as múltiplas intenções, situadas e havidas por entre novos planetas, novas estrelas do Universo? Stephen Hawking estará certo, ao afirmar que estamos a provocar um «dragão» adormecido, se acaso estabelecermos, efectivamente um dia, esse contacto, essa outra dinâmica estelar de comunicação e...interacção? Será isso um perigo consistente e, iminente, se tal se resumir em avença de descoberta e prelúdio recíproco entre o Homem e...«eles», lá fora???

Visionar as Estrelas
(Como os Telescópios penetram cada vez mais no Espaço...)
Encarrapitado a 4 quilómetros de altitude na encosta de Mauna Kea, na Ilha de Havai, encontra-se o Telescópio mais potente do mundo. O Telescópio de Keck permite aos Astrónomos ver para trás no tempo, até aos confins mais longínquos do Universo. O seu espelho de 10 metros capta 10 biliões de vezes mais luz do que a vista desarmada, assim como os seus instrumentos sensíveis podem revelar a estrutura pormenorizada de Estrelas e Galáxias. Mas não é só a luz que transporta para a Terra informação acerca de corpos distantes. as ondas-radio provenientes do Espaço são detectadas por enormes antenas parabólicas - a maior das quais foi construída numa cratera natural e tem 305 metros de diâmetro.

Telescópios Pequenos
Os Telescópios pequenos são Refractores - como os binóculos e os microscópios utilizam lentes para refractar a luz e formar uma imagem ampliada. Mas as lentes têm os seus inconvenientes. Estão sujeitas a aberrações cromáticas, franjas de cor que aparecem à volta da imagem, e acima de uma certa dimensão não conseguem suportar o seu próprio peso.
Os maiores Telescópios Astronómicos utilizam em vez de lentes um sistema diferente em que, a luz é captada e focada, por um grande espelho curvo ou...reflector. Os espelhos são relativamente leves e fáceis de polir até terem exactamente a forma hiperbólica pretendida, permitindo a construção de Telescópios cada vez maiores. Os Reflectores mais largos captam mais luz e proporcionam assim uma melhor resolução, permitindo aos Astrónomos verem até mais longe...no Universo!

Maior é Melhor!
Tradicionalmente, os espelhos eram muito lentamente polidos a partir de uma espessa placa de vidro. O maior Telescópio construído deste modo, é o Reflector de Hale - com 508 cm - situado no monte Palomar, na Califórnia. Mas qualquer Reflector mais largo do que este cairia sob o seu próprio peso, perdendo o delicado equilíbrio dos seus instrumentos ópticos.
O Telescópio de Keck evita este problema, utilizando um espelho mais leve, constituído por 36 secções hexagonais dispostas num mosaico de 10 metros de largura. Também se podem fazer grandes espelhos, fazendo girar vidro fundido enquanto solidifica. O bloco côncavo daí resultante pode ser polido com relativa facilidade até ter uma forma hiperbólica. os espelhos feitos desta maneira são muito finos e leves - o telescópio japonês Subaru tem um espelho de 8,2 metros de diâmetro com apenas 20 centímetros de espessura. Para ter em conta a flexão de um Reflector tão fino, este Telescópio tem 250 sensores e motores acoplados no seu suporte. Um computador controla constantemente a forma do espelho e pode corrigir quaisquer distorções provocadas pelo calor ou pelo movimento; bem como compensar os erros introduzidos por perturbações atmosféricas.

Sintonizar o Universo
O prazo de um Telescópio tem de ser muito mais largo do que o comprimento da onda da radiação que observa, de modo a detectar com precisão de onde provém o sinal. Isto não é um problema para os instrumentos ópticos, pois o comprimento da onda de luz é mais ou menos de um milésimo de metro. Contudo, as ondas-rádio que atingem a superfície da Terra podem ter dezenas de metros de comprimento e, consequentemente, os Radiotelescópios necessitam de Reflectores Parabólicos com pelo menos 25 metros de largura.
Estes focam as ondas sobre um «detector de cone invertido» - uma antena que transforma uma onda-rádio de um determinado comprimento de onda num sinal eléctrico. Os Telescópios têm - muitas vezes - vários cones invertidos, cada um deles sintonizado num comprimento de onda diferente.
Por si só, nem mesmo a maior antena-rádio consegue obter uma imagem comparável aos melhores resultados ópticos. Obtêm-se resultados mais nítidos com uma técnica chamada «Interferometria», pela qual os sinais provenientes de dois telescópios - apontados sobre o mesmo objecto - são combinados electronicamente por um computador.
Utilizando pares de Telescópios desta forma, obtém-se assim uma resolução equivalente à de uma única antena parabólica tão grande como a linha de base - a distância entre os dois Reflectores.
Mais de dois Observatórios completos podem trabalhar em conjunto desta maneira - um conjunto combina observações provenientes da Austrália e do Japão com dados provenientes de um Observatório não-tripulado em órbita, criando um Radiotelescópio com a resolução de um aparelho com duas vezes o diâmetro da Terra!
Também se pode utilizar a «Interferometria» para melhorar o desempenho de Telescópios Ópticos. Nas últimas duas décadas deu-se início à construção no Havai, do «Keck 2» - um gémeo do seu vizinho «Keck 1». Foi estipulado desde então que, a combinação dos dois iria, com efeito, produzir imagens provenientes de um Telescópio com 85 metros de largura.

O «Very Large Array» (VLA)
Imagens-rádio: Os Radiotelescópios funcionam assim com base no mesmo princípio que os instrumentos ópticos, mas numa escala maior, para se equipararem aos maiores comprimentos de onda das ondas-rádio.
A radiação é captada por uma Antena Parabólica e, reflectida para uma segunda superfície que a foca sobre um detector.
O Very Large Array (VLA) situado no Novo México, é constituído por 27 antenas, montadas sobre uma linha de caminho-de-ferro em forma de Y - com braços de 20 quilómetros de comprimento.
Utilizando o princípio da Interferometria, os sinais provenientes das 27 antenas são combinados de modo a, formar assim imagens com a clareza de um único Telescópio de 21 km.
As imagens são formadas pela medição das intensidades e frequências-rádio, provenientes de diferentes partes do...Céu. Adiciona-se então uma falsa cor - por computador - para tornar as imagens muito mais significativas.

Cientificamente, o mundo dos Telescópios é imparável no seu todo e, por toda a nossa esfera global terrestre. A cada década que passa, mais e mais se vai acumulando técnicas e esforços neste sentido.
O que nos espanta, contudo, é que para além de toda esta tecnologia surpreendente que aflui na Humanidade como o ar que se respira, não se tenha ainda chegado a grandes conclusões na óptica da comunicação e, interacção com os ditos seres inteligentes. No entanto, nada nos faz desistir, a todos nós, como seres terrestres interessados nessa causa, assim como aos muitos cientistas pelo mundo fora. Nisso, está acima de tudo o indubitável empenho de todos eles, acredita-se.
Astrónomos, Físicos e Astrofísicos têm-se debatido por esta vertente - embora nem todos estejam de acordo - como é o caso da mediática figura do Físico Stephen Hawking - que, para além de ser uma sumidade nestas matérias (e mesmo de se ver famoso em tela cinematográfica, na actualidade recente), este grande senhor chega a ter dúvidas sobre esta incisiva finalidade de comunicação estelar. Pensa que, sendo nós terrestres muito ingénuos, imaturos e mesmo inconsequentes nesta voragem de procura e encontro no estabelecer contactos com outras civilizações, nos podermos dar mal, muito mal...caso estes senhores ou seres do imenso Cosmos que nos rodeia, terem outros intentos, outras atitudes e maus comportamentos sobre nós, humanos, em ostensiva hostilidade e, animosidade.
Veremos o que nos aguarda esta extraordinária aventura de Telescópios e Radiotelescópios que desde o de Arecibo no Puerto Rico, aos desenvolvimentos actuais dos cientistas do SETI - e a tantos outros que comungam desta mesma teoria de não estarmos sós em biliões e, triliões de estrelas, planetas e até mesmo lixo espacial (pois que nem tudo na vida é para contemporizar, havendo no Cosmos algo de muito belo mas também de muito perigoso) - haverá posteriormente a certeza de que algo encontraremos. E que, consequentemente, nos pode vir a cair em cima, caso estejamos nessa rota, coordenada ou fatal destino de um ou outro meteorito que nos venha «presentear» com a sua destruidora e invasiva colisão. Desejamos que não. Daí a imponente tecnologia de ponta que hoje o Homem apresenta em toda a sua linha. Quanto aos receios - infundados ou não - só teremos de aguardar, no que pela Humanidade que todos nós somos, cientistas ou leigos, todos nos compomos de uma só verdade: a continuação e o bem-estar do ser humano! Se os Telescópios e Radiotelescópios o captarem em si, devolvendo-nos essa mesma certeza de estarmos um passo à frente, então tudo se resumirá a aguardar esse mesmo futuro que é feito por todos nós! Que assim seja para todo o sempre!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A Surpreendente Tríade


Foto de Rita Redshoes          Porto  -  Portugal

Estaremos na iminência fulcral de algum acontecimento galáctico e do qual fazemos parte, interagindo...nem que seja por breves minutos ou segundos, no que esta imagem captou?
Rita Redshoes - uma cançonetista portuguesa - terá ela tido a verdadeira percepção do que, sobre a sua cabeça e sobre um céu de uma  cidade invicta se viu reportar em foto documental?
Magníficos são os dias - e neste caso... a furtiva noite - em que, sob desígnios estelares e, em solo lusitano, estes três (magníficos também) se deram a conhecer...?

22 de Fevereiro de 2015
(22 horas)
Uma noite normal. Estrelada e muito bela! Aliás, como são em grande parte todas as noites do Porto, esta tão bela quanto icónica cidade que já viu Reis e Rainhas a, por si passarem...com o rio Douro a dormir a seus pés. Mas, em pleno século XXI, com todas as atribulações de uma era contemporânea em que tudo exulta e fervilha, esta cantora portuguesa - Rita Redshoes - não podia nem saberia por certo, a verdadeira dimensão de uma sua fotografia (no seu smartphone), captada em noite límpida do Porto. Uma «simples» fotografia...!?
Rita tirou uma fotografia - que logo deu brado nas redes sociais - sobre uma das mais belas paisagens do Porto, sob o varandim de um Hotel da Ribeira. Nesta fotografia (o que se veio a registar mais tarde) observar-se-ia estes três pequenos pontos luminosos (a olho nu, mas supostamente muito grandes na dimensão real dos objectos), no que a cantora disse no momento não ter detectado. O que a entusiasmou, fazendo divulgar no seu Facebook, registando-se de imediato uma acesa discussão sobre a mesma, na paralela e esfuziante contribuição para que todos nós, agora, a pudéssemos também visualizar e, opinar. Para além de, obviamente, ter seguido os outros trâmites em investigação e, análise, de que o Grupo UFO Portugal já está fazendo parte.
Retirado de um contexto de entrevista ao jornal Público (em Portugal), Rita exclamaria por entre risos em evidente ênfase: - Foi a primeira coisa que fiz, mal cheguei, porque adoro o Porto!" (referindo-se à iniciativa de ter tirado as fotos sobre o Céu nocturno do Porto), no que prosseguiria por entre risos e, após o deleite de se constatar a visão daquela tríade estelar...(ou não):
 - "Qualquer dia vêm-me buscar!"
Rita apesar de não ser uma expert na matéria, sempre se nutriu por um certo interesse nestas áreas, chegando a referir (a este mesmo jornal) ser fã dos X-Files, tendo por hábito inspeccionar por vezes o Céu mas não esperando contudo, ver-se deste modo envolvida em tão denso mistério.

A Magia do Porto
É inquestionável a magia existente nas ruas e ruelas desta cidade. Para mais, quando se possui em si, tão belas canções (como especifica Rui Veloso, outro cançonetista português que tão bem assim a canta, a esta bela cidade), no que expressa de se atravessar o rio (junto à Serra do Pilar), que, além de se poder observar um velho casario que se estende até ao mar...se vê também (inusitadamente) - por cima do Mosteiro e do tabuleiro superior da Ponte Luís I - surpreendentes pontos luminosos!
A polémica está instalada, no que, sem o ter sabido ou provocado sequer, esta simpática e querida cantora portuguesa Rita Redshoes divulgou ao mundo, para além dos seus fãs, seguidores e até simpatizantes da causa ovnilógica. Eu...sou uma delas! E  por esse facto lhe agradeço muito! Galácticamente!

O Especialista
Na reportagem a que tive acesso via Internet, do jornal Público, sobressai a entrevista dada por Nuno Alves, um interessado investigador português - originário de Alcácer do Sal - e nestas andanças há muito (exactamente há 17 anos), referindo então e, na sua óptica, sobre estes fenómenos ovnilógicos do dia 22 de fevereiro na cidade do Porto:
 - "Um satélite está fora de questão, não só porque o objecto está a baixa/média altitude, mas também porque a câmara de um telefone nunca o conseguiria registar. Pelo tamanho e pela dimensão das luzes, perceptível numa comparação por escala com os elementos da rua, também será improvável que se trate de um drone. Os três pontos apresentam algo realmente grande!"
Nuno Alves chegou mesmo a aventar a hipótese de poder tratar-se de uma aeronave, o que de seguida rejeitaria, pelo rastreio efectivado no «Flightradar 24» que, indicaria que naquele local não houve qualquer sobrevoo de naves.
Para além da câmara do «smartphone» de Rita, houve ainda a captação e o registo de mais dois relatos comprovativos de avistamentos semelhantes, no Porto e em Coimbra respectivamente. Estes dados foram facultados pela organização UFO Portugal que, cruzando dados e emitindo referências sobre estas ocorrências, se viu assim engrandecer esta tese de visualização idêntica nos céus de Portugal.
Nuno Alves continuaria a sua descrição revelando deste modo:
 - Há Investigadores, por exemplo, que defendem que as Viagens no Universo seriam mais «viáveis» se feitas com objectos robóticos, não tripulados. Por outro lado, sublinha o Ovnilogista - relembrando a tecnologia militar a operar em segredo - não há nada que diga que seja de outro planeta (embora seja improvável que um «Projecto Militar Secreto» queira passar despercebido e, «opere com luzes». Não sabemos se é extraterrestre, se é tripulado ou quem comanda. Logo, não pudemos alegar directamente que é algo Extraterrestre!"
Ele próprio, Nuno Alves, teve a sua própria observação ou avistamento no ano de 1998. Aferiu então: "Tentamos esgotar sempre todos os recursos que permitem identificar os objectos. A partir do momento em que não conseguimos, estamos na presença de um Objecto Voador Não-Identificado!"

A Verdade em Solo Português
Por diversas partes do globo de reportam estes fenómenos que, desde os primórdios - da Antiguidade aos tempos modernos - se têm vindo a repercutir, ficando estes registados e, documentados ao longo da nossa História todas essas evidências.
No tempo presente, algo inteiramente novo e de forma já mais perceptiva - e ostensivamente observável - se remete  nos nossos céus, sem que entremos em pânico ou fujamos de imediato pelo medo do desconhecido ou do temível futuro que o ser humano possa ter, advindo daí. Não se sabe. Mas especula-se, aventa-se e, inventa-se. Mas, em tudo isto, há sempre um fundo de verdade e não fossem estas ocorrências percorrerem-nos os céus em qualquer parte do mundo fazendo-se ver e registar, qual seria então o seu verdadeiro objectivo, motivo ou finalidade de tal? Mesmo para os mais cépticos, tudo isto tem uma explicação, mais que não seja a mera hipótese de drones viajantes. Mesmo para Nuno Alves esta hipótese foi posta de lado imediata e sequencialmente - neste caso português do Porto - pois que, pelo tamanho e pela dimensão das luzes - perceptível numa comparação por escala com os elementos da rua - seria improvável (ou em diminuta relevância) poder dizer-se abertamente que se trataria de...drones. O que, neste caso da «Tríade Estelar» no Porto - convocados os sistemas de satélite e de tráfego aéreo - não havendo nada a registar nesse sentido, excluir-se-iam ainda outras hipóteses, tais como balões luminosos com LED ou outro tipo de objectos similares.
A UFO Portugal está a investigar em pormenor este registo que, pelas 22 horas do dia 22 de Fevereiro deste presente ano, na cidade do Porto (Portugal) - ocorrido numa idílica noite de Inverno (domingo) - se fez anunciar em três luminosos e, maravilhosos, pontos estelares em Cosmos surpreendente!

Se formos todos condescendentes com a boa ventura destes seres estelares que apenas nos querem (será...?)   presentear com a sua boa graça, tecnologia e avença futura de nos fazerem redescobrir as nossas origens terrestres, extraterrestres, extraplanetárias ou interestelares, o certo é que todos lhes devemos respeito e «eles» supostamente...a nós, terrestres também.
Neste recente e actual caso português - seja este de proveniência estelar ou não - todos teremos de aguardar pela eminente e rigorosa análise dos factos e sua adensada construção sobre a veracidade do mesmo. Que Rita captou a imagem, é um facto! Que «eles» são três em trilogia aeronáutica (como é insistentemente documentado noutras ocasiões), na incomensurável frota aérea em comportamento, deslocação, movimento, distância e mesmo...naquela perfeição que tão bem se lhes conhece, então estaremos livres para poder um dia reconhecer que...não estamos sós! Nem nunca o estivemos! Nem num futuro a longo ou a médio prazo, pois que «eles» se já fazem observar, registar e...anunciar! E quanto a mim, por meu chão-pátrio, solo e Céu Português...que «eles» nos possam ser promissores e não opressores, magnânimos e não pusilânimes. Que sejam superiores e não inferiores de causas menores, sobretudo, se estiver em causa a continuidade da Humanidade! Por enquanto, sendo Portugal tão pequeno...hoje, foi grande! E sê-lo-à sempre, mesmo nas causas menores ou indiferentes da raça humana. O que não é o caso! Brindo a isso, mais que não seja com um cálice de Vinho do Porto, «Vintage» em minhas mãos. E nas vossas. E nas «deles», se o souberem apreciar. E que o grupo gentil, devoto e empenhado (certamente) do UFO Portugal possa então desvendar o que, efectivamente, se fez passear por nossos lusitanos céus de mar e terra, de aquém e além mar; no fundo, de Além tudo o que se possa imaginar...até mesmo, que «eles» também gostam de nós!        

A Interior Luminosidade


A Fantástica Luz Interior dos Xamãs

Existirá nos Xamãs, o poder extremo da Clarividência em que chegam mesmo a observar o seu próprio esqueleto como se de um Raio-X se tratasse? E que Luz Interior é essa, que os encandeia de uma interiorização e, introspecção magnânimas, sob todas as coisas na Terra? Acederão desse modo ao «outro mundo»? A esse Mundo dos Espíritos, das Almas ou...de outras entidades cósmicas que povoam todo o Universo? Saberão os Xamãs algo mais, que nós - comuns mortais - ainda não alcançámos...ainda não conhecemos e nem sequer nos apercebemos em existência e, essência???

Xamãs - A sua Interior Luminosidade
Na Iniciação, durante uma viagem visionária, o Xamã verá o seu corpo ser estropiado e deitado a um caldeirão para cozer.. Então, um ferreiro do «outro mundo», volta a reconstruir-lhe o corpo, de modo a que para as pessoas comuns ele pareça ter de novo um corpo normal. Porém, o Xamã sofreu uma transformação: encontra-se agora repleto de luz!

Olhar para o Interior
O Xamã é capaz de olhar para o interior e, através do seu próprio corpo - visto que, nesse processo de transformação, adquiriu o dom da...Clarividência!
Para demonstrar que viveu e sofreu com esta experiência, irá então nomear os ossos do seu corpo numa língua secreta. Por exemplo, o Xamã Siberiano pode descobrir que tem três ossos e, por este motivo - mais tarde e enquanto dorme - encontra-se ao mesmo tempo em três estados diferentes. Pode assim estar (simultaneamente) em três lugares distintos, e quando pratica a Feitiçaria terá três pares de olhos (haverá a similar referência com a glândula pineal?), três narizes e três pares de orelhas.
Todos os seus sentidos serão mais receptivos do que o normal. Muitas das túnicas dos Xamãs têm em si esqueletos desenhados para indicar que, o seu portador, passou pela Morte, sendo também capaz de observar o seu interior, assim como o de outras pessoas.
Haverá desta forma uma percepção extra-sensorial extremada nos Xamãs em espécie tridimensional e, sob uma perspectiva paranormal, do que então conseguem aludir ou ascender? Saber-se-à responder exactamente a este estranho estado de espírito por parte dos Xamãs em transmutação total?

Os Ossos como «Semente da Vida»
No mítico caldeirão, a carne separou-se dos ossos e só ficou o esqueleto - a pedra primordial do nosso interior! Em redor dos ossos formou-se o corpo novo.
Os Ossos são a parte do organismo que mais perdura depois da morte física. Para os povos caçadores, os ossos representavam...a semente da vida: deles renascem os animais, do mesmo modo que, dos Ossos dos Xamãs mortos, nascem novos Xamãs!
Na Sibéria, os Chukchos devolvem ao mar os ossos dos animais marinhos capturados para que, as almas, regressem com eles.
Os Guilyak, pelo contrário, colocam os ossos de um Urso caçado num local de destaque - uma espécie de Altar de Madeira no meio do bosque - de onde o Urso sobe a correr para se encontrar com o senhor da montanha mais alta, que de seguida lhe envia novas presas; para si e, para toda a comunidade dos Guilyak.

Renascer da Luz
No Xamanismo existe uma estreita relação entre Visões de Luz, a capacidade de ver através do próprio corpo e, o dom da Clarividência - como já foi referido.
Em alguns ritos iniciáticos dos Xamãs, enche-se o interior do aprendiz com brilhantes Cristais de Quartzo. Em diversos mitos existe ainda uma relação íntima entre o Cristal e..os Ossos!
O Cristal é luz feita pedra, da mesma forma que os Ossos costumam representar a luz petrificada. A Luz é o símbolo do Espírito, assim como, o Interior Luminoso Imutável constitui a base do...Renascimento!
No processo de iniciação dos Aborígenes Australianos, o mestre-de-cerimónias, um velho Xamã, converte-se em esqueleto - uma figura que apenas é perceptível para um Xamã. deste modo, demonstra que tem a capacidade de dar vida a um novo Xamã. Transforma o aluno num bebé e leva-o pelos ares, onde lhe abre o corpo e o recheia de Cristais de Quartzo branco. De seguida, lança-o no vazio, matando-o desta forma. Às costas da serpente do Arco-Íris, o candidato converte-se em Xamã e...regressa finalmente à Terra. Quando o aluno desperta, toma então consciência da poderosa sensação que emana da Luz Interior.

A Metamorfose
Entre os Xamãs Siberianos dos Buriatas e Soyotes, entre os Sudaneses e os Esquimós, esta espécie de Iluminação produz-se (às vezes) involuntariamente, tal como um relâmpago, permitindo ao Xamã ver o seu próprio esqueleto. Quando o consegue, isso quer dizer que os seus ossos já estão transformados, como acontece entre os Kiwai da Papua Nova-Guiné.
Nesta tribo - dos Kiwai - o aspirante a Xamã morre às mãos do espírito dos antepassados mortos (Óboro). Este extrai então todos os ossos do corpo da vítima e, troca-os pelos seus próprios. Quando a vítima recupera a consciência, está igual aos espíritos, tendo-se convertido num Xamã.

A Luz do Corpo
Entre os Xamãs esquimós (Angakoq), a experiência da Luz Interior é a chave que permite assim aceder ao «mundo interior».
O aspirante deve buscar esta iluminação através da solidão e da abstinência. Só quando for capaz de encher todo o seu corpo de luz, poderá então ser visto pelos Espíritos e chamá-los até si.
Aua - um Xamã da tribo esquimó dos Igluliks, descreve desta forma a sua experiência iniciática:
 - "Comecei logo a ser capaz de ouvir e, ver, de uma forma muito diferente. Todo o Xamã tem de sentir uma chama dentro do próprio corpo, da sua cabeça ou do seu cérebro, algo que brilha como o fogo, que lhe dá a força para ver com os olhos fechados na escuridão, o interior de objectos ocultos ou o futuro - ou até os segredos de outras pessoas. Senti que possuía esta maravilhosa capacidade."

Do Continente Americano em essência tribal Índia, ao Continente Asiático, em que o Xamanismo se reveste de grande e primordial importância - em particular, no Nepal, na tribo dos Tibtibe, em que o capuz, as pulseiras e até o mandil são feitos de ossos humanos (imitando a indumentária ritual budista) - todos em geral dão grande relevo à emanação espiritual através dos ossos.
Os Xamãs dos Papuas Nova Guiné - talvez os mais acintosos - usam uma pintura que lhes cobre o rosto e o corpo, assim como um toucado de plumas que, desde tempos remotos, se registam como proeminentes símbolos de captação espiritual - ou de enlevo - ainda mais específico na esfera do desconhecido, tal como invocar outros espíritos, outras almas ou mesmo...outros seres do Além. Ou do Universo. À margem de qualquer tecnologia, será desta forma que os nativos-Xamãs se identificam com esta mesma linha de comunicação e, interacção estelar? Não se sabe.
Algo emerge das profundezas destes homens que, desde tempos imemoriais, se acometem. Desde os processos iniciáticos à desenvoltura e retorno de uma maior consciência na Terra. Que verão então eles? Que luz é essa que tudo desmistifica, que tudo ilumina e lhes dá a suma clarividência que, aos restantes, nada diz? Serão desta forma seres especiais ou apenas chegaram ao limiar de um outro conhecimento que até aqui nos era vedado?
O que não deixa de ser surpreendente é que, haja, para além disto, também uma outra vertente: a dos excessos. Comete-se o percalço ou a desfaçatez de uma maior racionalidade, ao atravessar-se (por vezes) fronteiras inacessíveis, podendo-se subalternizar outros por esses mesmos poderes. Comete-se então homicídio, sobre quem não corresponde a essa cimeira ou, a esses outros valores como sucedeu há pouco na Papua Nova Guiné em práticas primitivas de se acabar com a Feitiçaria. São assim perseguidas essas pessoas, degoladas ou incendiadas, sobre uma finalidade que é antes de mais absurda e, consequente, de toda uma desinformação ou mesmo ignorância sobre quem pratica também tais actos. Um mal da Humanidade que ainda se não deixou vislumbrar - ou apenas elucidar - neste povos remotos ou de remota condição humana! Um flagelo terrível, se registarmos igualmente as práticas correntes (ainda) de um canibalismo acentuado. E isto...em pleno século XXI!
Sem mais assunto que não seja, a evolução da Humanidade - para além de todas as vertentes do Xamanismo (e outras) - que essa ascensão se faça ou se cumpra, mas sempre na fulminante certeza do bem-estar e de um maior equilíbrio no ser humano e não, o seu oposto! Assim seja então!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Franz Liszt -- Sogno d' Amore -- Liebestraum --

A Música dos Imortais


Compositor Húngaro Franz Liszt

Haverá algum propósito especial por parte das entidades do Além que, desta inusitada forma, se querem fazer perpetuar no mundo dos vivos? Existirá de facto um portal do tempo ou uma secreta via em que haja, efectivamente, uma comunicação entre estes espíritos - há muito levados da Terra - para assim continuarem a compor ou a elaborar esta «Música dos Imortais»? E que veículos, portadores ou receptores são estes então - no mundo dos vivos (e à semelhança da senhora Rosemary Brown) - que em poderes mediúnicos e incomuns, se vêem outorgar estas belíssimas obras de seus Mestres...no Além? Poderemos acreditar de facto na veracidade dessas composições ou serão meras fraudes que a mente - ou outra capacidade cognitiva - capta para tal suceder???

A Música do Além
(As Fantásticas composições de Beethoven e Bach ditadas auma simples viúva de Londres...)
Quando Igor Stravinsky apareceu a Rosemary Brown - 14 meses depois de ter falecido - e lhe ditou 60 linhas de Música, não a surpreendeu, pois era (segundo ela própria afirmou), o 20º compositor morto a utilizar o seu extraordinário talento!
Rosemary tinha apenas 7 anos de idade, quando foi introduzida no mundo dos músicos mortos. Apareceu-lhe então um espírito de longos cabelos brancos e uma sotaina negra flutuante, identificando-se de imediato perante ela como um compositor, vaticinando-lhe assim a fama que ela própria um dia alcançaria.
Rosemary só soube quem aquela estranha figura era de verdade, quando, cerca de 10 anos mais tarde, viu um retrato de...Franz Liszt.
A mãe e a avó de Rosemary eram Médiuns, e ela própria revelaria muito cedo esses mesmos poderes psíquicos. Terá conversado com os seus pais desses acontecimentos, ocorridos antes do seu nascimento e, quando lhe perguntaram como tinha conhecimento da sua existência, respondeu então prontamente que estes lhe haviam sido relatados pelos seus «visitantes».
Franz Liszt, porém, não se encontrava entre eles. Não reapareceu senão em 1964, altura em que Rosemary já casara e dera à luz 2 filhos. Vivendo numa casa vitoriana em Balham, em Londres-Sul, era agora viúva.
Antes de 1964 não se interessara grandemente pela música, sobre a qual possuía poucos conhecimentos. Depois da guerra (Segunda Grande Guerra), comprara um piano em segunda mão, recebendo então lições de piano durante aproximadamente um ano. Mas, um vizinho que fora organista de igreja, não a considerava excepcionalmente dotada. Terá referido este: «Ela mal conseguia tocar um hino».
Em 1964 Liszt estabeleceu de novo contacto com a senhora Brown, bem como outros grandes músicos do passado, como Beethoven, Bach, Chopin, Schubert e Rachmaninov - de quem ela transcreveu composições originais. Estas peças incluíam uma sonata de 40 páginas e 12 canções de Schubert, uma fantasia improvisada - em 3 movimentos - de Chopin; e 2 sonatas de Beethoven, além das suas 10.ª e 11.ª Sinfonias, incompletas.
Cada compositor tinha o seu processo de ditar à senhora Brown. Liszt segurava-lhe e, conduzia-lhe as mãos, durante alguns compassos - após o que interrompia a execução para ela escrever de seguida as notas. Outros, como Chopin, diziam-lhe as notas e colocavam-lhe as mãos sobre as teclas indicadas.
Schubert tentou cantar-lhe as suas composições, «mas não tem uma boa voz», admitiria Rosemary.
Beethoven e Bach limitavam-se a ditar as notas - método que Rosemary não apreciava de todo - pois não lhe permitia ouvir a melodia correspondente à peça que escrevia.
Todos falavam a Rosemary em inglês, o que também não a surpreendia, revertendo em pertinente inquirição: «Porque não continuariam eles a aprender do outro lado...?»
Porém, quando perturbados - ou mesmo muito irritados - os compositores expressavam-se nas suas línguas de origem. «Mein Gott!» - Exclamaria então Beethoven, de quando estando ambos a trabalhar nas composições, soava a campainha da porta, interrompendo-lhes a sessão. Muito emotivo este grande senhor, admite-se.

A Opinião dos Críticos
As opiniões divergiam. As diversas opiniões emitidas pelos Críticos musicais sobre o mérito das transcrições de Rosemary foram sem dúvida alguma empoladas e verificadas em constante polémica.
Na sua maior parte, porém, eles concordaram que, no seu estilo, elas apresentavam de facto grandes semelhanças com as obras publicadas dos compositores há muito desaparecidos.
Para se conseguir uma falsificação - ou uma tangível imitação - são necessários profundos conhecimentos musicais, terão todos anuído sobre essa irrefutável circunstância. Quanto a Rosemary, os seus conhecimentos musicais não lhe permitiam sequer tocar muitas das peças que lhe eram então ditadas, embora ela se tornasse mais talentosa ao piano, sob as instruções de Brahms - sob cuja direcção também terá exercitado a sua flexibilidade de dedos, enquanto Rachmaninov e Liszt, lhe corrigiram o estilo.
Rosemary foi então intensa e criteriosamente observada - e interrogada - por músicos e psicólogos. Nenhum deles conseguiu descobrir que ela estivesse a enganá-los, e todos quantos a conheceram, segundo se diz, puseram a ideia de lado ao fim de apenas alguns minutos de contacto.

Processamento do Fenómeno
Maurice Barbanell, o editor da publicação londrina «Psychic News, afirmou na época: "Ela parece ser uma Médium simultaneamente clarividente e...«clairaudient». O que faz é comparável com o que centenas de outros Médiuns têm feito - a única diferença é que as personagens envolvidas no assunto...são compositores famosos!"
Uma das explicações apresentadas sugere que os compositores tenham deixado Música escrita inédita e que, Rosemary, usando inconscientemente uma forma de Telepatia, tenha lido essas pautas.
Outra sugestão é a de que, por Telepatia, Rosemary tenha escolhido essa Música das pessoas que a rodeavam. No entanto, há que referir que esta senhora inglesa nunca conviveu com músicos que assim pudessem compor nesse tão fluente estilo de...Bach ou Brahms.
Sobre a Música em si, Richard Rodney Bennett - um compositor inglês - terá então afirmado: "Há muitas pessoas capazes de improvisar, mas não é possível falsificar Música como esta...sem anos de treino! Eu próprio não conseguiria imitar algumas das obras de Beethoven."

A Opinião dos Músicos
Hephzibah Menuhin - a pianista irmã de Yehudi - impressionada pela Música de Rosemary, afirmou convictamente: "Não tenho dúvidas sobre a sua sinceridade. A Música, é totalmente no estilo desses compositores!"
Alan Rich, Crítico musical da revista New York, emitiu uma opinião diferente. Depois de ouvir um disco - editado a título particular  das peças de piano da autoria dos espíritos de Bach, Beethoven, Chopin, Debussy, Liszt e Schubert, concluiu que estas não passavam de arranjos de segunda categoria das suas composições mais conhecidas. No entanto, o disco continha apenas...as peças mais simples - não se podendo dar por concluída e resumida assim a fraude musical.
Richard Rodney Bennett considerou as restantes composições mais subtis mas também de teor muito mais complexo.

É imparável a sucessão de acontecimentos extraordinários - em fenómenos inexplicáveis - que, ao longo dos séculos, se tem propagado sobre estas entidades espirituais que por vezes parecem fazer-nos uma visita, havendo a percepção disso mesmo em fluidez mediúnica ou aptidão extra-sensorial efectiva. Algo se resume de facto entre quem já partiu e quem advoga - nestes mesmos poderes - essa causa, no que se pressente de tantos fenómenos coincidentes com esta outra realidade.
Já muito se falou de Telepatia, Clarividência e Precognição numa trilogia sumariamente diversa mas compacta de toda esta essência humana, terrena e não terrena. Seja como for, muitos serão os casos e ocorrências similares, pelo que todos devemos de nos interrogar se acaso não haverá por lá - pelo Além - algo de muito maior em sapiência ou presciência, que nos faça continuar em estudo, pesquisa e maiores conhecimentos para além da Terra, para além do Mundo dos Vivos. Se Rosemary garantia que todos lhe falavam na língua inglesa (não sendo todos britânicos), então haverá de facto (supostamente) uma espécie de «Universidade Celestial» que nos incita e estimulará por certo, a saber mais, aprender mais; no fundo de tudo, a continuar uma aprendizagem ou mais profundos ensinamentos...mesmo para lá do Além, seja isso o que for!
Assim sendo, que a Humanidade engrandeça aqui na Terra e além desta, pois que, se todos somos espírito eterno em nós, então tudo continua e nada acaba...sendo tão-só uma breve passagem para o outro lado. E nesse lado também se vive...só que, de uma outra forma. Acredite-se ou não...Beethoven, Bach, Chopin, Schubert e muitos outros já o souberam...tentando dizer-nos isso! Eles, que também foram Humanidade e, no seu melhor! Que descansem agora em paz...de preferência com Música de qualidade, essa mesma Música que ainda nos embala e acalma a alma, se outros espíritos nos deixarem. Pela Vida e pela Música...fiquem em Paz!

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Outra Morte


Vida/Morte  -  Cancro

Haverá pior mal do que aquele que nos corrói as entranhas - não do Cancro propriamente dito - mas de toda a envolvente de desafecto ou desamor com que somos encaradas? Poderei ter esperança sob uma pena condenatória que Deus (ou outro alguém) me imputou, acusando de blasfema, só por ter injuriado tal sorte? Serei mais pecadora por me ter revoltado? Serei abusivamente ingrata por me ver de entre os «escolhidos» de uma roleta russa humana que, aleatoriamente ou não, nos faz seus súbditos e, prisioneiros? Terei sido marcada pelos deuses do Universo - em Karma e mau destino - sobre toda uma dor imparável e, incomensurável, que me toma os dias e as noites em Inferno de suplício ...e cilício? E por que razão os homens - alguns em particular - o não sentem, nem mesmo quando estando à beira da morte, lhes confessamos amores que já não sentimos, por outros (escondidos ou devassos) que fazemos submergir - no amparo, na solidariedade ou simplesmente na fuga para a frente, sem que eles, os homens, nos vejam chorar por si?

O Diagnóstico
Tenho Cancro! Da Mama! É este o meu diagnóstico. Porquê eu??? Porquê a mim??? Estas e outras mais perguntas que ninguém sabe ou quer responder, pelo menos a quem sofre e padece desta oncológica e mortal patologia, como se não tivéssemos todos nós (os mortais), a prazo...
O meu ganancioso egoísmo e despojamento das dores dos outros, fez com que me assumisse a única mulher no mundo com esta maleita terrível de sentirmos que somos bichos, que somos indesejadas, que somos uma porcaria de nada...só porque possuímos em nós o execrável ou asqueroso (mais precisamente) bicho virulento do Cancro! Como se o amanhã fosse um capricho ou um mero privilégio de uns quantos em saúde e bonomia de estarem de bem com a vida. Odiei-os! A todos!
Os que comigo partilhavam vida e aos outros: aos que se passeavam nas avenidas, nos jardins, nas orlas de um mar revolto - ou mesmo plácido - (em nada conforme com a minha dor), em orgias populacionais de filhos ruidosos e parentes arrastados pelo escoar da vida em andarilhos ou solavancos abruptos, como se a vida, esta mesma vida que é a de todos nós, lhes fosse um presente abençoado - e não envenenado como o meu: o agora existencial tumor cancerígeno em mim!
E como reagem os homens (alguns deles...) sabem como? Na indiferença, na voragem da sua imbecilidade, ignorância ou subsequente normalidade de machos que são, afastam-se, distanciam-se, desaparecem! O meu...desapareceu. E nem sei se estou triste ou desconsolada por isso, no que já era de esperar, ou não fosse o sinal de alarme ter ecoado como carrilhões e sinos de Mafra, rebentando-nos com os tímpanos, rebentando-nos com a alma!
 - «O teu leite...encaroçou...?» - Disse-me ele (o meu homem, o meu mais que tudo até aí, o pai dos meus filhos, o meu marido e companheiro das horas boas e más...mais más que boas...convenhamos), na analogia parva de quem quer fazer graça, só por me ter descoberto o tal caroço malandro, caroço-penetra e não convidado por mim em meu corpo. Triste! Muito triste! Por mais que conheçamos o nosso corpo em curvas de «Cinderela» ou adiposidades de mulheres ditas normais nos seus muitos anos de vida, nada se compara ao bocejo - ou traquejo idiota - de um nosso homem sem veleidades ou gentilezas de maior, nos dizer que estamos a ficar gordas, feias e pior...doentes!
Teria sido uma graçola sim, ou «apenas» uma piada estúpida...(e de mau gosto), apenas isso, se não fosse o facto de eu estar já em plena menopausa e, a cumprir metade da minha vida - em grande parte, a seu lado. Ao lado daquele homem que agora se demitia de mim, que mais parecia um visitante daqueles que ninguém quer em casa, despojado e inútil, pelo menos...em relação à minha dor de me ver ser - daí a pouco - espoliada também, mas de um dos meus seios. Ou dos dois, ainda não sabia. Nascera com duas mamas, dois mamilos, dois belos seios que agora me iam ser arrancados de mim como erva daninha que cresce sem eira nem beira, devastando tudo, apropriando-se de tudo: sobretudo do mal! Este mesmo mal que me estava a matar. Mas seria assim mesmo? Não estaria eu a morrer, mais de raiva, de despudor, de ódio puro (aquele mesmo ódio que não é cristão e sempre nos dizem ser mau, muito mau de sentir por alguém...), na tanta secura de alma que já nem me pertencia, nem queria!? Que queria eu afinal....? Só queria morrer! Não do Cancro... mas do amor que por ele senti! Velhaco! Sacana! Grandesíssimo Filho da Puta! (fora a mãe que nenhuma culpa tinha do meu Cancro...perdoa-me sogra, lá...onde estiveres...), mas o teu rapaz, o teu homem, não soube ser homem! Não esteve à altura! E eu...também não. Culpei-o. Dizimei-o. Flanqueei-lhe todas as saídas, todas as soluções para que me visse sorrir e ter esperança, ter recobro...no fundo...ter vida! E isso, era algo completamente absurdo para mim. Estava morta na minha grande e solitária dor de te não ter (meu grande amor) mais comigo; e isso...era-me insuportável!

«A Via Dolorosa»
Compreendi Jesus Cristo. De facto! Mas só depois...muito depois de o ter amaldiçoado: a Ele ao seu Pai, o tal que é «pai» de todos nós, ou pelo menos é o que nos dizem do berço à campa em sessões de religiosidades inócuas - do baptismo ao crisma, passando pelo crivo de padres e acólitos que nada sabem disto: da dor de se estar só, de se estar apenas com o bicho mau que nos rói e mastiga as entranhas, e que neste meu caso, era um dos meus belos seios, já não tão belos assim...disse-mo sem peias o meu homem sobre a flacidez destes, pois que já não eram rijos e firmes, suculentos e ambiciosos de se verem ser capas de revista (mesmo sem ser na Playboy), mas que sim, já o foram... (ou tinham sido, há muito tempo...), belos, vistosos e com aquele visco de uma juventude perdida que acontece a cada uma de nós, como se eles, os homens, o não permitissem em si, nas barrigas salientes de cerveja ou na papada dos pescoços - outrora esguios e fulminantes, exultando energia na maçã de Adão que tão bem lhes fica. Ou...ficava, em jovens! E toda a sequencial sedução de... fios de oiro no peito aberto, púbere ainda, na tomada de posição em erecta pujança de predadores que sempre eles nos são, tal como águias no deserto em busca da sua presa. Mas parece que só nós, mulheres, é que envelhecemos, é que definhamos...é que apodrecemos. Será mesmo assim? Os nossos cabelos outrora soltos e lindos como cavalos na pradaria que se desejam libertar, esvoaçar, beijar, agarrar e até puxar, agora brancos-cinza de todas as agruras, de todas as intempéries domésticas, comezinhas (ou não), de maiores ou menores atitudes em violência conjugal, e que tanto se fazem notar, que se fazem emergir como navios-fantasmas de uma época que não reconhecemos e por vezes...nem vivemos.

Para ti, Meu Amor...
Já não fazes amor comigo. Também já não o fazias muito...(comigo) de facto! Não acredito que tenhas procurado outras mulheres pelo que sei de ti, mas conseguiste fazer com que eu tivesse pena de mim: dos meus cheiros, das minhas agonias e até daquela maldita quimioterapia que me fazia vomitar o mundo cá de dentro, todo! Sempre tive horror de agulhas: desde pequena. Agora...são o pão nosso de cada dia que passa, do meu dia. E da noite, só por lembrar que terei de fazer mais uma outra sessão ininterrupta para poder estancar, amordaçar ou sequer assustar este hediondo bicho de dentro de mim. Sinto-me como se estivesse a viver num filme de terror, daqueles da saga de «Alien», em que a actriz principal se vê forçada a desistir, a cometer suicídio, a no fundo ter o maior acto de coragem da sua vida e...acabar de vez com tudo! Terei eu coragem...? Não sei.
Cada vez te vejo menos. Cada vez te afastas mais de mim...e eu já nem me preocupo. Ou talvez me preocupe mas não deixo escapar essa dor, essa raiva podre que tenho de te deixar ir, de te perder ou então...fui eu que me perdi de mim, não sei. Talvez já nem goste de mim...então por que razão haveria de lutar por ti, eu, que estou tão frágil agora, tão doente e tão distante também de mim...???

(Continuando na minha «Via Dolorosa»...)
A minha cruz - tão pesada como a de Cristo - (e isto sim, é ser herege, acredito), pois que ninguém no mundo terá tanto sofrido como Ele, aquele belo e maravilhoso homem que, a Ocidente, nós registamos como o mais belo Adónis de olho azul e corpo escorreito - mesmo que isso possa estar a anos-luz da realidade apresentada de, alguém do Médio Oriente, em fisionomia ou beleza. Que importa isso, se a sua beleza Lhe estava na alma? E porque razão sofro eu, sem imaginar que, pelo mundo inteiro, crianças, idosos e gente de bem sofre de igual forma ou ainda pior, nesta ou noutras patologias degenerativas - e crónicas - sem uma única noite de descanso, sem dores, sem paz...? Poderei estender (ou entender?) este meu egoísmo a tudo isso? A essa mesma dor desafortunada de quem na doença tem toda a sua vida, destino e condenação há muito conotadas? E as guerras, meu Deus? Porquê então tanto sofrimento, tanta «Via Dolorosa» em toda e qualquer parte do mundo? Serei eu diferente? Poderia sê-lo? Que crápula seria eu, se não reconhecesse que, afinal, não é tão mau assim - nesta dita provação endemoninhada de corpo e alma - padecer-se de tantos sofrimentos ocasionais e não temporais (mas muitas vezes extemporâneos...), por terras a conquistar, por inadvertidas zangas políticas ou mesmo batalhas há muito perdidas, sobre uma continuidade da Humanidade...se, em muitos casos, a vida nem vale tanto assim. Tivesse eu o azar de ter nascido muçulmana de teor radical (pois que nem todos os muçulmanos pactuam desta mortandade nem o seu Deus é o mesmo destes outros...) - em conversão jihadista - de regras sem regra e princípios que nunca o foram (nem seriam nunca na vida), a matança seria geral: lacerante, abjecta e de uma só ablação: a da alma! Por que raio tenho eu tanto medo de perder uma mama, uma simples mama (ou ambas...), se tantos já perderam a vida, degolados e sacrificados como cordeiros em mar de sangue anunciado, tal como Jerusalém renascida mas...de um outro Deus e de uma outra alma, assassina, déspota e completamente ignóbil no mundo em que vivemos!? Ignomínia dirão alguns, repugnante e avesso ao que se espera da Humanidade, mas estaremos todos a lutar por essa mesma causa justa de nos não matarmos uns aos outros, pelo tanto que ainda temos de percorrer sobre esses tão espinhosos caminhos...? Não foi por isso que Jesus deu a vida por nós, Humanidade!?

O Futuro
Isto faz-me rir: o Futuro! Que merda de futuro é que eu vou ter? Pronto, eu sei, não basta estar a sofrer, para também possuir esta outra vertente de ser mal-educada, coisa que os meus pais se chocariam em vergonha e humilhação, se ouvissem da minha boca tais impropérios. Mas já disse.
Pior, foi quando soube o tal diagnóstico. Tem Cancro! Assim. Sem mais acrescentar, sem mais nada que não fosse aquela condenação à morte, dita por um médico tão asséptico quanto a sua emoção sobre a minha dor ou...sobre a letargia imediata em que fiquei, perante tamanha monstruosidade. Ainda por cima...não era dos bons, ou seja, não era benigno mas...maligno! A sentença estava dada. Fiquei sem chão...fiquei sem nada. Não obstante, mantive-me fria. Tentei. Estanquei a fúria, a raiva, o ódio. Estanquei tudo, até o  amor por mim própria, desatando aos gritos, aos murros e aos grunhidos depois...já na casa de banho (ou lavabos) do hospital, onde tinha vindo recolher a máxima sentença, a máxima punição sobre o Homem: a Morte!
Disse-me (o tal médico), que eu tinha de fazer uma cirurgia imediata na extracção do bicho e depois, posteriormente (talvez) radioterapia e quimioterapia. Já sabia de tudo isso. Que parvoíce, pensei eu. Então com a operação (ou intervenção cirúrgica), a coisa não fica limpa? Pois que não, não senhor, aferiu este médico (e outros de outras equipas), que tinha mesmo de o fazer para...sobreviver. Caso eu quisesse tal. Estaria o médico a gozar comigo? Ou viu a minha fúria estampada no rosto, para tão absurda reiteração, mais em inquirição parva do que propriamente por vã consideração pela minha pessoa. Aceitei tudo. Depois. Muito depois...
O médico passou a ser mais simpático. Ele, e os outros todos, em equipas polivalentes sobre todas as condições dos pacientes oncológicos. O pessoal de enfermagem, auxiliares e todos os prestadores de serviços hospitalares (desde os mais especializados aos voluntários), todos, sem excepção, uma maravilha: humanos, condescendentes e mesmo fiéis para com a nossa dor e toda a nossa sujeição ou submissão àquele bicho que dava pelo nome de: Cancro!
Correu bem. Melhor do que se pensava. Não era necessário (para já...) ir-se fazer o mesmo à outra mama. Não quero falar das dores nem da solidão que senti. Foi algo de muito tenebroso, mas sempre atenuado com as excelentes equipas médicas e, de enfermagem, que, ao longo daquele tempo em que estive hospitalizada, se nutriram em mim e nas outras pacientes como eu. Revigorei. Sobrevivi.
Passei por tudo: pelos enjoos (sem ser de gravidez), pelas náuseas que até parece a mesma coisa mas não é...pois todos os cheiros, todos os sabores estavam alterados em mim; tudo me enjoava, agoniava, sabia mal ou então...não sabia a nada, assim como ter sexo por dinheiro ou pelo simples prazer de não ter prazer nenhum. Ser feia. Ser nada! Ser...uma careca, um ser alienígena (do que percepcionava em olhares capciosos e, malvados, sobre o meu ostensivo crânio brilhante), e do qual eu me tentava abstrair, sentindo total impotência para isso. Nem os lenços ou as cabeleiras postiças ajudavam nessa escolha e opção, fazendo-me parecer (por vezes) uma bailarina de cabaré dos anos 40. Perdoem-me essas senhoras (se é que estão vivas ainda) mas, por muito que se tenha evoluído nessas artificiais e capilares montras que tapam tudo - menos a vergonha de se não ter a doença (como impinge ou sarna peçonhenta em micose desconhecida), nada nos reverte na alegria esbatida ou, esboroada, de toda uma vida - só por vermos os nossos tão belos cabelos espalhados pelo chão. Eu...estava assim. Sentia-me lixada, perdida e fodida de todo! Nem sei quantas vezes proferi esta palavra jocosa e malcriada do tal «F», que não é muito próprio de mim, mas quem me poderia acusar de a dizer e, pior, de me sentir de facto mesmo muito, mas muito fodida com todo o mundo à minha volta??? Mas aquiesci, aquietando-me nessa angústia e nessa revolta, pior do que qualquer tsunami exterior. Já me bastava tudo o que em mim fervilhava de ter pena, muita pena de mim, em auto-compaixão tão dolorosa quanto incipiente, da qual já não havia nem paciência nem rubor para nesta me perpetuar ou complicar ainda mais a minha vida. Tinha de tomar um rumo: voltar à vida!
E voltei! O Cancro - esse diabo no corpo de qualquer de nós - estava finalmente a regredir numa remissiva amostragem de que não me era mais forte do que eu! O médico disse-me então, que eu teria ainda uns longos cinco anos «futuros», para ver se o tal bicho em mim não reincidia, numa arrevesada expressão clínica de «recidiva», no que quer dizer, o reaparecimento do Cancro mesmo após extenso tratamento ou incisiva terapêutica. Arrepiei-me mas confiei. Falou-me então da cirurgia reconstrutiva. De início não quis, tinha medo. Voltar a frequentar o hospital, voltar a reviver tudo de novo não era bom...admiti. Mas após dois longos, muito longos meses, reconheci ser o melhor para mim. E desta vez, é como fazer renascer em nós uma espécie de segunda ou terceira gravidez, após outros tantos falhanços de abortivas tentativas. A comparação até pode ser parva e, inusitada, mas para mim...a minha vida futura era como se se me apresentasse agora como uma fila de pouca espera para um caminho de esperança e, salvação. Salvar a minha auto-estima, salvar a minha condição de mulher, de amante e se Deus me permitisse, consignar-me, de novo, naquela boa alma que eu já fora...um dia. E desaparecera. Fora embora com aquela «outra morte»...a de se estar viva sem esperança, sem quebranto, sem nada que não fosse...esperar essa outra e derradeira morte!

Recuperei de todo um recobro de vida passada mal vivida e, mal amada. Apaixonei-me de novo. Amei de novo. Fiz um amor que mais ninguém por mim faria...como só eu própria sabia. Fui devassa, rameira, libertina e tudo o mais que se possa denominar de coisas que jamais pensei fazer na vida. Na cama e...fora dela! Tenho uma mama que me conhece desde o berço e outra - de silicone (tão normal ou perfeita como a outra, a genuína) que até lhe faz inveja por tão esbelta e firme ser; e que no contexto geral de boas irmãs, uma é mais jovem mas também menos sábia e, a outra, a mais velha, mais esperta ainda que menos viçosa. Ambas se completam: as minhas duas formosas e belas mamas de mulher que eu sou e continuarei a ser. Eu sou mulher, antes de mais! E serei tudo de mais ou de menos, desde que eu o saiba, queira e faça pertencer...no que nenhum homem algum no mundo me poderá jamais colher, retirar ou suplantar...à semelhança daquele terrível bicho cancerígeno que com ele levou a minha mama. Que já não me faz falta! Mas a vida sim! E um homem também: o meu homem que, sendo outro homem, será para sempre aquele que me abraça, ama e diz confiante e sentidamente que eu lhe sou a mais bela mulher à face da Terra! E eu...acredito!

Não é um texto perfeito nem o pretende ser. É apenas...um texto que tenta reflectir em palavras próprias como mulher que sou, o drama de todas as mulheres que já passaram pelo crivo ou estigma perdulário de se ter Cancro. A todas as equipas envolventes neste longo processo terapêutico de tratamento e cura (se possível), uma palavra de apoio e sincera homenagem pelos esforços impressionantes e, inestimáveis (para além de esmerados e efectivamente empenhados) de todos quantos trabalham para a erradicação do Cancro. Sendo hoje uma triste realidade mundial, também não deixa de ser com esperança e carinho com que as estimativas e estatísticas mundiais aludem a processos de êxito na cura de muitas destas patologias do foro oncológico. Assim sendo, que todos os homens e mulheres que lutam para a sua sobrevivência e, qualidade de vida além o Cancro, o vençam nessa subvenção fantástica de lhe ganharem avanço e uns bons e proveitosos anos de vida, no que aqui deixo numa palavra de amor, solidariedade e confiança, pois que o futuro somos nós que o fazemos...sem temer qualquer tipo de barreira ou afronta que estas doenças - à priori - nos possam causar.
Desejando que em breve a comunidade médico-científica possa descobrir algo neste sentido - da cura para o Cancro (ou torná-lo como doença crónica como já muitos médicos asseveram) - só me resta contemplar todos os que deste modo sofrem com uma só palavra de esperança: Lutar pela Vida! E que, a bem da Humanidade assim se cumpra; tanto na Terra como no Céu!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A Mágica Cirurgia II


O «Médico» Brasileiro Zé Arigó (em pleno acto cirúrgico)

 "O Arigó não demora muito, vai desencarnar. Sua Missão na Terra está para terminar. Ele tem pouco tempo de Vida!"
                                                (Voz do suposto espírito do médico-cirurgião alemão, Adolf Fritz)

Carreira de...«Médico»!
Foi assim - a partir de 1955 - que se iniciou a grande transformação na vida de um homem e de toda a sua cidade.
José Pedro de Freitas, um homem simples que possuía apenas a Instrução Primária (hoje, Ensino Básico), passou a ser o «Médico» mais famoso de Minas gerais. Todos os dias, durante mais de 15 anos, acorria ao seu consultório - em Congonhas do Campo - uma multidão de pessoas em busca de um milagre. Sucediam-se as operações, as receitas e mesmo as curas espectaculares. Os cegos viam, os aleijados abandonavam as muletas e, em geral, toda e qualquer deficiência era desde logo sujeita a uma espécie de cura milagrosa, quase imediata.
Diariamente, Zé Arigó atendia entre 600 a 1500 pessoas numa média consideravelmente grande que poderia até exceder, caso fosse necessário. Um santo homem, portanto!
O seu consultório não era mais do que um quarto de dimensões reduzidas e, com um mesa e uma cadeira toscas. Na parede, sobre a sua cabeça, uma singela imagem de Cristo.
Na mesa, um grosso maço de papel branco, que servia assim de receituário em prescrição médica. Escrevia com uma caneta antiquada, que este mergulhava constantemente no tinteiro. Como instrumentos, um crucifixo que apertava na mão e uma faca de cozinha, que repentinamente agarrava para...raspar a Catarata de um olho, abrir um Tumor ou ainda...perfurar um Panarício, sem a menor assepsia. Quando muito, limpava-a às vezes na perna da calça ou...na camisa surrada - num método nada higiénico nem tão-pouco esterilizado que, na actualidade e nos tempos modernos que atravessamos, nos faz insurgir em maiores receios mas que detinha em si os mesmos efeitos práticos e de cura imediata sem qualquer explicação.
Milhares de pessoas foram desta forma operadas - sem qualquer anestesia - aos Olhos, ao Pulmão, ao Fígado - ou ainda devido a um Cancro - com aquela mesma faca ou um seu velho bisturi que nunca largava. Ali mesmo - ou numa outra sala contígua, onde posteriormente o doente pudesse repousar depois de uma sua intervenção cirúrgica mais séria.            
E nem mesmo quando Zé Arigó foi processado - e condenado - por Curandeirismo, surgiu alguém que testemunhasse contra ele. Nunca ninguém acusou Zé Arigó de ter morto alguém numa operação ou de ter contribuído para agravar o estado de saúde do paciente com medicação inadequada ou...errada. Arigó receitava em geral remédios que, muitas vezes, não tinham ainda aparecido no Brasil, sendo que, por diversas ocasiões, os seus múltiplos diagnósticos foram criteriosamente examinados por uma Junta de Médicos Norte-Americanos que comprovariam depois (rigorosamente também) todos os casos analisados. Nada justificava o conotar Zé Arigó com charlatanice no entanto, uma vez que nada se havia provado contra a autenticidade do fenómeno Zé Arigó (até aos dias de hoje) - nada mais a não ser, a evidência já observada e, registada sobre este, de praticar Medicina sem ser diplomado ou para isso estar habilitado por vias académicas!

A Actividade Quotidiana de...Zé Arigó
A rotina de Zé Arigó era sempre a mesma. Todos os dias - às 6 horas da manhã e após ter bebido um café - Zé Arigó dirigia-se para o Centro Espírita Jesus de Nazaré - onde já era fervorosamente esperado por uma fila interminável de pessoas.
Penetrava na sala de espera e pedia a todos que se retirassem por alguns segundos. Momentos depois...reabria a porta. O campónio que entrara um minuto antes (Zé Arigó), transformara-se noutro elegantemente vestido, falando com firmeza e, acentuado sotaque alemão, empregando assim exímios e assertivos termos técnicos, com evidentes sinais de uma personalidade inteiramente diferente! Estava-se então perante o...doutor Adolf Fritz! Este outro, com poucas palavras em compenetração clínica, supõe-se, sentava-se e iniciava o trabalho. Não olhava de frente para as pessoas que atendia, às quais perguntava somente qual o nome ou direcção de onde vinham. Antes de terminada a resposta, começava de imediato a escrever a receita ou prescrição médica.
Quando o paciente queria explicar a sua sintomatologia, o doutor Adolf Fritz entregava-lhe a prescrição e dizia: «Pronto...outro!» Se o paciente insistia na descrição da doença, o doutor Fritz apenas dizia: «Já sei o que você sente.» E mencionava então ele, e de seguida, os sintomas que (invariavelmente), o paciente comprovava. Era como se lhes lesse a mente!
Ao meio-dia interrompia as consultas para almoçar. Fechava a porta, desincorporava o doutor Fritz e ressurgia de novo como o simplório Zé Arigó.
Rindo muito e cumprimentando todos, saía então do seu consultório como se fosse dono e proprietário de toda a...Felicidade do Mundo! Seguia então para a sua casa - nas proximidades - onde ficava sempre e continuadamente durante meia hora, a cuidar das suas roseiras, apreciando as suas cores e o seu tão belo perfume, anuía.
Depois do almoço - engolido rapidamente - dava um beijo à mulher (de nome Arlete), e voltava ao seu consultório, que só abandonava por volta das 18 horas. Assim viveu mais de 15 anos, com pouquíssimas interrupções, como quando esteve preso e limitado na missão...como afirmava então.

Um Remédio de...Deus!
Uma ocasião, estando presente a jornalista brasileira Rosinha Sarda, entrou no consultório um homem ainda novo. O estranho ritual repetiu-se: sem que Arigó fixasse o olhar no paciente, este deu-lhe o seu nome e direcção. Enquanto o homem respondia, a jornalista em questão notou que o doutor Fritz, contrariamente ao habitual, nada escrevia. Repentinamente, levantou a cabeça e iniciou uma série de recomendações, acabando por dizer:
 - "Não lhe vou receitar nenhum desses remédios dos homens. Esses, seu médico já lhe deu. Vou dar-lhe um remédio de Deus." - E escreveu no receituário: «Todos os dias, ao acordar e às 6 da tarde, rezar!» Ao deitar, ler um capítulo da Bíblia.»
Depois de o homem sair, o doutor Fritz declarou a Rosinha Sarda: -"Não adianta dar-lhe nem remédio nem mais nada...a não ser, Fé! O tempo dele está a terminar. Não demora nada e vai desencarnar. Ninguém consegue mudar o que já ficou determinado. É um caso de Cancro grave, e ele nem sabe."
Intrigada, a jornalista saiu do quarto e foi procurar o paciente, que encontrou já ao lado da mulher; esta, aproveitando um momento em que o marido se afastara, contou então à jornalista que o marido adoecera há pouco tempo e que, o seu estado piorava diariamente, apesar dos muitos cuidados médicos. Nas vésperas da consulta a Arigó, fora-lhe detectado Cancro - no que apenas ela e seu pai haviam conhecimento, não querendo afligir assim o marido já tão debilitado em seu sofrimento.
A jornalista anotou nomes e direcção (ou endereço) para uma futura investigação e, quando voltou a Congonhas, confirmou que, pouco depois, o homem morrera canceroso. Ou seja, dessa mesma patologia oncológica que anteriormente o doutor Fritz (na pessoa de Arigó) tinha admitido assertivamente!
Duas vezes, Zé Arigó foi acusado de Curandeirismo pela Sociedade Médica de Minas Gerais. Em ambas as situações foi condenado: em 1956 a 15 meses de prisão, tendo sido indultado por Juscelino Kubitschek, então Presidente da Republica do Brasil - de quem este era amigo íntimo, pois curara um seu parente: E, em 1964, a 16 meses de prisão, tendo cumprido metade da pena, posteriormente suspensa.

A Previsão da Morte
No dia 11 de Janeiro de 1971, pouco depois do meio-dia, um desastre de automóvel vitimou Zé Arigó, quando este se dirigia (como habitualmente fazia), para as suas lindas roseiras.
Foi o final trágico do então polémico e mui discutido Médium e o início da tragédia que se abateria sobre a sua mulher, assim como aos 6 filhos do casal.
Mais de 20.000 pessoas transportaram o caixão ao Cemitério de Nossa senhora da Conceição, e com ele deixaram todas as rosas das suas lindas roseiras.
Alguns meses antes, o doutor Adolf Fritz (fitando um ponto qualquer no infinito sob um olhar circunspecto), voltara-se para Rosinha Sarda - a devota jornalista que assistia sempre às suas consultas para fazer posteriormente as suas reportagens -  dizendo-lhe no seu sotaque germânico tão peculiar: «O Arigó não demora muito, vai desencarnar. Sua Missão na Terra está para terminar. Ele tem pouco tempo de vida!»              

Não sendo caso único - pelo que se sabe, na actualidade, de outros que entretanto terão surgido sob esses mesmos auspícios espirituais ou de encarnação divina - o certo é que se exorta no mundo inteiro esta igual vertente de conhecimentos advindos do nada. E, especificamente, de pessoas ou indivíduos de parcos ensinamentos ou plataforma educacional para o efeito. Não se pode (nem deve) instituir-se como prática geral - e normal - estes casos, proliferando á margem da Lei ou das regras estabelecidas pelos convénios internacionais nas práticas da Medicina. Contudo, é quase sempre um mito - ou uma inverdade - se dissermos que estes casos são sempre erradicados ou extintos, por vias de uma maior perseguição - ou punição no terreno - sobre quem usa estes meios e estes fins para a cura dos homens na Terra. Mas também não se pode nem deve misturar crenças e seguimentos, no que, por vezes, até o mais céptico e racional insere em si, por ver o quanto estas experiências de faca e bisturi na mão (unicamente) dão a cura para tantos males.

Não se pode regredir no conhecimento humano sobre estas práticas mas também não se deve (à priori) fazer um julgamento sumário sobre estas situações, devendo todas elas ser estudadas e, referenciadas, se não quisermos de volta uma outra Inquisição - e desta vez mais obreira ou justiceira que a todos flagele numa verdade única. No entanto, na outra versão dos factos, há que estabelecer regras e ordenamentos ou seríamos todos imbuídos de espíritos ou seres de outro mundo, comandando-nos as ideias e toda a mente em geral. Há que refrear tal, mesmo que estejamos perante factos ainda não totalmente esclarecidos ou...descodificados, por tudo o que ainda se não sabe destes «Espíritos« ou subsequentes seres que de um Céu que não conhecemos...nos ditam as regras e a própria vida pessoal a seguir. Por muito mérito que isso possa ter - e terá sem dúvida - também sabemos que temos de respeitar as outras normas: as do Homem que não a dos Espíritos do Além...por muito que lhes tenhamos igualmente respeito e coerência...ou bom senso de nos não deixarmos «possuir» por essa outra personalidade distinta que não é da Terra. Nem de lugar algum. Ou será...? Não o sabemos. Por respeito, homenagem e fulgor a alguém que fez da sua vida o recorte e essência de uma outra em prole da sua comunidade e, do seu país, aqui deixo a sua história de um simples e bom homem supostamente, que deu pelo nome de: Zé Arigó. Penso que também ele, pela Humanidade, terá querido fazer muito e isso, não sendo de todo de descurar (ou de negligenciar em suposta ingratidão e afronta - mesmo que além a morte), há que sublevar e, considerar!
A bem da Humanidade...tudo! Sem Humanidade...nada! É o lema que temos de seguir...!

A Mágica Cirurgia I






Fenómenos Inexplicáveis de Cirurgias Atípicas (ou não convencionais) da Medicina

Poderá haver - ocasionalmente - certos indivíduos com extremos poderes espirituais ou ainda desconhecidos na sua génese e, complementaridade, que os faz «operar» sem qualquer protocolo cirúrgico moderno? Haverá algum poder especificamente rotulado nestas pessoas, para que assim procedam, ao invés de todos os convénios e regras da Medicina actual? Teria Zé Arigó esse poder, para além de todas as coisas, mesmo que reencarnado (ou não) na figura do cirurgião alemão, Adolf Fritz? E não sendo assim, que transmutação era essa, que o fez santo e demónio, perante a população e individualidades estatais do seu país - e mesmo pelo mundo inteiro? Teria sido ele escolhido por entidades superiores - em cosmos extraordinário - que lhe ditavam as funções a seguir - mesmo que não convencionais ou pouco ortodoxas - numa esfera terrestre clínica e, cirúrgica?

Um Estranho «Cirurgião»
(Zé Arigó - o iletrado camponês brasileiro que «operava» como um exímio cirurgião...)
Algo inédito: um homem, camponês rústico do Brasil que curou dezenas de milhares de pessoas em individualidade própria de iletrado e, comum cidadão brasileiro mas que, levaria a paz, o conforto e mesmo a cura a muitos dos que acorriam  a si. Um caso extraordinário este, o de Zé Arigó!
O seu único instrumento cirúrgico era, efectivamente, uma faca de cozinha! A operação para a remoção da Catarata de um olho, que neste invulgar procedimento cirúrgico constituía um êxito inegável, foi praticada (vezes sem conta) sem qualquer anestesia ou assepsia. Tratava-se assim - e por este modo quase bárbaro - de mais uma cura milagrosa realizada então pelo já célebre...Zé Arigó!
José Pedro de Freitas era o nome de baptismo de Zé Arigó: um misto então de...santo e demónio. Era um simplório até na maneira de falar, no que justificava plenamente o seu apelido de Arigó - que significa...saloio! Era portanto um homem simples. Apenas isso.
Os seus acumulados poderes de Espírita, entretanto, alcançaram-lhe uma fama de dimensões quase planetárias, pelo que não só através do seu Continente propagava, mas mais tarde...pelo mundo inteiro, no que invulgarmente - ou milagrosamente - reportava nos seus pacientes.
Apesar de só raramente sair da sua cidade - as maiores viagens que fez foram ao Rio de Janeiro e a São Paulo - o seu nome foi pronunciado em vários idiomas. Quando, condenado por prática ilegal de Medicina - uma vez que não era autenticado nem licenciado para tal - cumprindo posteriormente uma pena de prisão na penitenciária brasileira, recebeu (fervorosamente) um considerável apoio humano e, financeiro, de simpatizantes por todo o mundo. De entre eles: Inglaterra (Londres), América do Norte (Nova Iorque), Canadá, México, Portugal e tantos outros países espalhados pelo mundo, que assim lhe enviaram recursos financeiros e de optimização para a sua póstuma libertação. Alguma ajuda e conforto deve ter-lhe dado, supostamente, no que o determinaria não desistente de uma causa em que acreditou, reconhece-se hoje. E essa ajuda foi de facto preciosa: as ordens de crédito, por incrível que pareça, somaram um total de 840.000 dólares, quantia esta que, Zé Arigó devolveu integralmente, muito agradecido e...sensibilizado. Uma boa alma, acredita-se então.

Infância difícil...muito difícil e dura!
O próprio Zé Arigó descreveria um dia - deste modo e nestes termos - a sua difícil infância:
 - "Fui criado com soro e angu, na Fazenda do Faria, e não admito que alguém tenha sofrido mais do que eu. Comi o pão que o Diabo amassou! Imagine, nem sabia que a Morte existia. Fui saber que a gente morria aos...16 anos de idade! Um tropeiro (gaucho) «espichou» (sucumbiu), foi posto na padiola e levado para o outro mundo. Me deu um «abafamento» (asfixia) que jamais desgravou do pensamento."
Zé Arigó ou José Pedro de Freitas - de seu verdadeiro nome como já foi referido - era um dos 10 filhos de António de Freitas Sobrinho e neto do capitão José Pedro de Freitas, um homem abastado e rico, proprietário de muitas terras de cultura e de minérios.
A Fazenda do Faria coube, em herança, ao pai de Arigó. Mas, rapidamente este património se desfez, em consequência vital (ou de sobrevivência), que nestes se instalou - definitivamente. A pobreza sendo geral e muita - havia que alimentar bocas e sustento, adivinha-se, no que o espólio foi quase de imediato vendido e por conseguinte desaparecido, da família de Zé Arigó.
Zé Arigó referira a esse respeito:
 -"Não me lembro em criança, de ter dormido em colchão. Dormia nas moitas de bananeiras, sobre o couro das cangalhas (armação de ferro ou madeira como suporte nos animais). Isso...quando as Onças não miavam por perto, porque então era dormir nas forquilhas das árvores, abraçado no tronco que nem macaco e, tremendo de pavor! Assim foi a minha infância e a do meu irmão António. Lidando com gado, guiando tropa de burro ou carro de boi. E só deixei a casa de meu pai para casar. Eu tinha 21 anos, e toda a minha fortuna era...um terno (indumentária masculina completa, vulgo fato masculino) riscado."

Uma Voz Misteriosa
Já antes de se casar, Zé Arigó era atormentado por uma voz misteriosa. A «Voz» e...estranhas visões começaram então a assaltá-lo com assiduidade e Arigó passou a ter um medo terrível - a partir daí - da noite ou o que esta lhe pudesse fazer.
Um tremendo zumbido na cabeça, enquanto tudo parecia girar em seu redor, antecedia as visões: um homem completamente calvo, envergando uma bata e envolto em névoa, que se reunia a outros médicos de batas brancas e máscaras, realizando uma intervenção cirúrgica...sem fim.
Entretanto, Zé Arigó - misteriosamente enrodilhado nestas visões - perdia o sono, transpirava, chorava e até chegava a desmaiar, debatendo-se contra aquela «Voz» e aquelas estranhas visões.
Homem de pouca instrução, aceitaria de imediato as explicações dos Médicos: os pesadelos eram resultantes do excesso de alimentação à noite. Embora Arigó passasse a comer uma única vez por dia, o mal que padecia...agravou-se! Começou então a sentir o corpo dormente até que, finalmente, o Espírito se identificou como sendo o cirurgião alemão, Adolf Fritz, que falecera durante a Primeira Grande Guerra (ou Primeira Guerra Mundial, na Europa).
Zé Arigó começou então a incorporar (ou reencarnar) aquele estranho espírito, assim como a obedecer fielmente às instruções que este lhe ditava.

A fantástica história de Zé Arigó não acaba aqui, sendo tão cheia de mistério quanta da autonómica certeza do que o guiava, assim como da persistente missão que se julgava alcançar - fosse em nome deste espiritual cirurgião ou não, mas que venerava pela absoluta e inquestionável certeza também... de estar a fazer o bem através deste ou de outro qualquer espírito que as suas mãos conduziam.
Este capítulo não está acabado, pelo que muitos o continuam a admirar e mesmo a seguir nesses iguais actos misteriosos e não convencionais de uma Medicina Moderna. E isso, daria para outros textos, outros comentários...supostamente. Mas continuaremos a segui-lo...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Dupla Personalidade


Dupla Personalidade ou Transtorno Dissociativo de Identidade

Haverá de facto - por diagnóstico e precisão clínica - o distúrbio mental no ser humano, dividindo-se em duas ou mais personalidades (ou identidades distintas), ou muito mais para além disso, no que hoje se especula sobre uma outra verdade...de mundos paralelos? Sendo já reconhecida a sintomatologia, diagnóstico e tratamento nestes casos, como se poderá dissociar esta causa-efeito, sem que se possa também aludir - ou convocar - que estaremos perante uma nova dimensão do nosso outro «eu»? Ou vários outros...se nos inclinarmos para a tese de outros mundos, outros Universos???

O Homem com Duas Vidas
(A Personalidade distinta na: caligrafia, gestos e recordações...)
Um homem de nome A. J. Brown alugou uma loja na East Main Street, em Norristown na Pensilvânia (EUA), nos primeiros dias do mês de Fevereiro de 1887.
Vivia na parte traseira da casa e mantinha o seu negócio na da frente, onde vendia diversos artigos de confeitaria, de papelaria e outros utensílios ou objectos economicamente acessíveis.
Num certo domingo - a 13 de Março -  depois de se ter dirigido à igreja Metodista local, Brown retirou-se e foi deitar-se, como habitualmente fazia em circunstância normal. No dia seguinte, por volta das cinco horas matinais (ainda de madrugada), Brown foi acordado por um estampido que de imediato julgou ser um tiro disparado por um revólver. Abriu então os olhos e, para seu grande espanto, não reconheceu o local em que se encontrava.
Sentia-se fraco, tal como se estivesse embriagado, não reconhecendo nada do que via ou observara através da janela do seu suposto quarto. Durante cerca de duas horas - dominado por uma angústia crescente - permaneceu deitado na cama, tentando recordar-se como é que ele, Ansel Bourne, se encontrava naquele estranho quarto...
Finalmente - após tão envolvente susto - abriria a porta do quarto, vendo de rompante o senhorio, o senhor Earle. «Onde estou eu?» - perguntou este ao seu atónito senhorio. Resposta imediata: «Sente-se bem, senhor Brown...?» De sopetão Brown exclamaria: «Mas eu não me chamo Brown!»
De seguida, ante a confusão instalada em Brown, o senhorio referir-lhe-ia em que cidade exactamente se encontrava, informando-o então de que se estava no dia 14 de Março. Resposta pronta de Brown: «Então o tempo aqui anda para trás, é? Pois quando  saí de casa era dia 17!»
«Dezassete de quê?» - perguntaria Earle algo incomodado com tamanha insistência.
«De Janeiro.» - aferia Brown muito certo da sua resposta. Ao que o senhor Earle lhe remeteria em voz já mais sonante e sem desejar resposta de volta: «Estamos a 14 de Março, senhor Brown!»

A Última Recordação
Earle sentiu-se na obrigação de chamar um médico: o senhor Brown não estava bem da cabeça, admitiria para si. Por seu lado, Bourne (que este insistia em se chamar), não desistia de afirmar também de que, a última imagem que retivera, eram as carroças na Broad Street, em Providence, em Rhode Island - depois de ter saído da loja de um sobrinho a 2 meses e...460 quilómetros de distância.
O sobrinho, contactado, veio buscá-lo. A família, que o tinha dado como desaparecido, interrogou-o então sobre a sua estranha experiência, mas ele de nada se lembrava. Não conseguia imaginar por que motivo ele, carpinteiro, pregador e agricultor, montara um negócio sobre o qual nada sabia e que...não lhe interessava de todo.
Três anos depois, o professor William James, de Harvard, ouviu falar do caso e examinou Bourne. Sob hipnose, este declarou então que o seu nome era...Albert John Brown e contou a sua viagem até à Pensilvânia, no dia 17 de Janeiro do ano de 1887. Recordava-se de ter alugado uma pequena loja algumas semanas depois, mas mostrava-se confuso, lembrando-se muito vagamente da sua vida anterior - à época em que se estabelecera na Pensilvânia.
Sabia apenas referir que sofrera muito durante toda a vida e que, a sua mulher morrera em 1881 - como de facto sucedera à mulher de Bourne. A partir do dia 13 de Março, a sua recordação dos acontecimentos...esfumava-se!

Expressões Faciais
O professor James demonstrou perante este estranho episódio que, as personalidades de Bourne e Brown eram absolutamente distintas, não apresentando analogias entre si: cada um possuía em si os seus próprios gestos, movimentos, expressões faciais e mesmo caligrafia.
Com a continuação do sono hipnótico, a personalidade de A. J. Brown foi-se desvanecendo para nunca mais reaparecer.
Foi a segunda perturbação que Bourne sofreu. A primeira ocorrera no dia 28 de Outubro de 1857, quando saíra para dar um passeio perto de sua casa de Westerley, em Rhode Island - e lhe ocorreu que deveria ir à igreja - embora se tivesse anteriormente afastado da Igreja Baptista. Disse porém, para consigo próprio de que, preferiria ficar completamente surdo e mudo...a entrar no templo!

Repentinamente Cego
Alguns momentos depois começou a sentir tonturas, sentando-se de imediato na berma do passeio como se - assim lhe pareceu então - uma poderosíssima mão lhe tivesse extraído algo da sua cabeça, do seu rosto e do seu corpo - após o que perdeu completamente as faculdades da Visão, do Ouvido e...da Fala! Tal como um estigma ou punição superior, Bourne ficou assim profundamente convencido de que Deus lhe concedera o desejo que formulara, cegando-o efectivamente!
No dia seguinte, Bourne recuperaria a vista, no que, a 11 de Novembro desse mesmo ano (1857), pediu a uns amigos que o levassem a uma capela próxima - onde tornou pública a sua conversão.
No domingo seguinte, quando assistia - juntamente com outros fiéis - aos ofícios religiosos, ergueu as mãos para o Céu e imediatamente recuperou a Audição e, a Fala. Esta experiência despertaria nele então, a vocação de...Pregador - cargo que exerceria ainda durante muitos anos.
Depois da morte da Mulher - ocorrida quando ele tinha cerca de 55 anos - abandonou o seu ofício de carpinteiro, tornando-se então agricultor. E, por volta de 1887, tendo economizado o suficiente para comprar alguns terrenos - levantando posteriormente 551 dólares da Instituição Bancária - foi visitar o seu sobrinho em Providence. Ignora-se como se transformou em A. J. Brown. Mas foi com estes seus 551 dólares levantados do Banco que, este montou o seu negócio, do qual extraía os lucros que lhe permitiram viver até à sua morte em Norristown.
Por conclusão: a identidade de Brown suplantou completamente a de Bourne, que deixou assim de existir como fumo no ar, sem que se soubesse na sua totalidade a causa de tal.

Dupla Personalidade/Transtorno Dissociativo de Identidade
Há que mencionar que múltiplos casos terão surgido e sido correctamente analisados ao longo destas últimas décadas, no que, se supõe, de imperativo diagnóstico e tratamento.
A Dupla Personalidade ou Transtorno Dissociativo de Identidade tem levado a que investigadores e médicos em geral, se debatam por esclarecer as suas causas e efeitos na personalidade destes indivíduos que evidenciam óbvias perturbações de comportamento e, identidade. Possuem assim, características de duas ou mais personalidades (ou identidades distintas) - cada uma delas, com um tipo de percepção e interacção diferentes - e distintos - com o meio que os assiste.
O Transtorno Dissociativo de Identidade revertida em Dupla Personalidade - ou Personalidades Múltiplas - foi deste modo reconhecido em diagnóstico oficial pela Associação Americana de Psiquiatria em 1980. Sendo que, em condição mental de características diversas - de personalidade e identidade distintas - houve então que prontificar um eficaz (ou pelo menos amortecer em parte), o distúrbio cognitivo e comportamental dos indivíduos nessa área. Houve que estabelecer inicialmente que, o que indiciava (em muitos casos) estas dissociações - e situações anómalas no indivíduo - se baseava em eventos traumáticos ou desagradáveis na infância. Em alguns casos, registaram-se transtornos de ansiedade e humor; perdas de memória associadas ou mesmo amnésia dissociativa aguda. Pode ser causado por intenso Stress; Capacidade Dissociativa (Inadaptabilidade ou habilidade de não relacionar memórias, percepção ou identidades convenientemente); Falta de Compreensão - ao enfrentar situações-limite na infância e Falta de Protecção - frente a situações-limite (igualmente) na infância.
Cerca de 13% das pessoas - na sua generalidade - possui um alto nível de dissociações, tais como: não se reconhecer numa determinada situação, esquecer eventos desagradáveis ou mesmo traumáticos, recusando-se a admitir esses mesmos eventos adversos (e invasivos) em si - numa perniciosa influência e devastadora alteração de comportamentos.
Quanto aos tratamentos hoje instituídos, eles nutrem-se por uma abordagem mais ou menos invasiva também, consoante o grau de severidade dos seus sintomas, ou seja, consoante a sintomatologia apresentada em maior ou menor escala no indivíduo. E, onde se inclui uma combinação de métodos a reportar: Cooperação; Terapia Cognitiva Comportamental; Arte-Terapia ou Musicoterapia; Hipnoterapia e ainda Terapia Comportamental.

Muitos são os casos que se registaram de Transtorno Dissociativo de Identidade, desde a Sybil (que existiu de verdade, mantendo em registo 16 casos pronunciados), aos heterónimos de Fernando Pessoa, o célebre poeta português que alternava os seus heterónimos (pontual e especificamente), consoante a alteração de comportamento e, disposição - em espécie de «alter-egos» como já foi referido por especialistas neste sector. Contudo, há que não esquecer certos outros pormenores que, longe de estarem ainda totalmente resolvidos - e esclarecidos - nos dão a fiabilidade e, assomo, de se poder confirmar algumas excepções (pontuais também) e, linearmente fora deste círculo patológico mental.
Há registos - e testemunhos pelo mundo inteiro disto mesmo (em particular o de uma mulher de Sevilha, em Espanha), que se diz liminar e absurdamente destituída da sua identidade. Após ter sido imbuída por uma luz luminescente e assaz estranha que lhe invadiu o quarto, sendo quase automaticamente envolta em misteriosa leveza, viu-se - ao acordar - completamente confusa e, diletante de uma outra realidade: não conhecia o seu marido nem tão-pouco o filho de ambos. Levada para um circuito do foro psiquiátrico, esta mulher viu-se de imediato ser instada como uma pessoa de dupla personalidade que admitia não ter - ou pelo menos, se debatia por reconhecer. Porventura, foi investigada até à exaustão, no que médicos e demais inquisidores sobre si, lhe terão imputado de sofrer deste ou de outro estado mental similar em confronto com a sua total renúncia aos membros da sua família nuclear - ou seja, mais chegada a si. Eram-lhe estranhos, sem saber que grau de efectividade poder demonstrar a partir daí...uma vez que estes lhe eram completamente estranhos. Impôs-se então a seguinte questão: Teria sido abduzida...raptada por seres estranhos, no qual a sua personalidade e identidade se alteraram? Ou terá sido uma situação de personalidade distinta - como uma espécie de um outro «eu», de uma outra personalidade - em transferência cósmica?

Não é caso único. Há o conhecimento de outros tantos episódios ou ocorrências estranhas de identidades que, de um momento para o outro, se vêem trasladar para uma outra esfera que não a que existia até aí. Que dizer disto então? Será «apenas» um distúrbio mental e, cognitivo, que o ser humano vive em determinadas situações como se já referiu? Ou nada disso, e estaremos perante uma outra verdade em dimensão existencial que não conhecemos, que nos transporta para uma outra realidade, um outro mundo que não é o que conhecemos até aqui? Estaremos perante a efusiva demonstração de um poder mental - até aqui absolutamente desconhecido e não-admitido pelo Homem - de que, por vias do que ainda se não sabe quais as causas, mas apenas os efeitos, o ser humano se muda, se transfere e quase se radicaliza numa outra esfera dimensional (ou tridimensional...) em que se vê acometido sem explicação - ou mesmo sem «viagem» de regresso às origens...? Haverá pior destino do que não haver retorno dessa estranha «viagem da alma»...?
Não se sabe, no que tudo é ainda uma mera especulação e muita (muita mesmo!) confusão latente no mundo dos seres vivos e, deste ínfimo planeta que dá pelo nome de Terra. Mas os casos avolumam-se e tudo nos urge comentar, debater e inquirir, questionar ou instaurar em supremacia de uma inteligência maior (ou superior) que nos comanda. E nós, seres humanos, até possuímos - e só não usufruímos na sua totalidade...porque tal não nos é permitido: pelo menos, na maior parte de nós que, vendo-nos ser sufragados na nossa identidade - e personalidade - teríamos de saber conviver com isso, sem que tal nos não perturbasse de todo. O que se não acredita. Só estamos em paz, quando conhecemos a nossa realidade e não a de outros...mesmo que essa «realidade» possa ter a nossa face, o nosso corpo mas nunca a nossa expressão, a nossa voz ou...mesmo a nossa alma! Ou esta também será em duplicado??? Poder-se-à (em esfera extraplanetária ou cósmica) dobrar-se-nos a alma? Haverá uma outra Humanidade à nossa beira e, composta por nós mesmos? Ou...por algo ou alguém tão perto e tão longe, tão parecido ou tão diferente, ou simplesmente...tão como nós...mesmo sem sermos nós??? Confuso, não é? Ou nem tanto...se a explicação estiver no famoso, complexo mas igualmente maravilhoso mundo quântico ou de mecânica quântica que só alguns eleitos (cientistas) sabem decifrar e, porventura (um dia destes...) sublimar em realidade frontal!
Mundos paralelos, mundos diversos (na tão proclamada teoria actual dos Mundiversos), Universos múltiplos - tais como as personalidades e identidades - será isso uma mera e vã possibilidade de existência cósmica ou estaremos perante mais uma mega e, extrapolada situação física e mental de que não abdicamos, de todos sermos únicos - se não no Cosmos pelo menos em ser existencial? Será que o podemos afirmar??? Eu não apostaria nisso, mas isso sou eu...que nada julgo e tudo questiono.
Pois então que, a bem da Humanidade ou a de outras que possam existir no Universo (ou nos múltiplos Universos...) que haja paz, que haja vida, que haja glória de nos perpetuarmos...neste ou noutro mundo qualquer em que nós, sejamos simplesmente nós...mesmo que repartidos, dissociados ou plagiados por esses Universos fora...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Dead Can Dance - Agape

A Sacerdotisa do Nilo







Templo de Seti I para o deus Osíris                                                   Abydos - Egipto

Haverá veracidade nos testemunhos apresentados por várias pessoas que se dizem ter vivido na época dos Faraós? Ou outras que, renascidas após vários séculos (e por vezes mesmo milénios) reportando pormenores e detalhes de então, sem haver os conhecimentos ou o estudo rigoroso para tal? Existirá na Reencarnação do Homem, algo que nos permita concluir de que, possuindo ou vivendo várias vidas, o ser humano estará perante um caminho de evolução e, recrudescimento, ou algo mais que ainda nos transcende - ante a estupefacção e certo cepticismo de alguns investigadores e cientistas???

A Sacerdotisa do Nilo (Egipto)
(A exuberante história de uma criança «morta» numa queda...)
Nas margens do Nilo, perto de um antigo templo construído em honra do deus Osíris - pelo Faraó Seti I - vivia, até há poucas décadas (pois faleceu entretanto), uma idosa de origem britânica de seu nome: Dorothy Eady, considerada morta aos três anos de idade e que, por vias de um destino maior, se viu «renascer» para uma outra realidade.
A senhora Eady dizia, estar profundamente convencida de que tinha renascido como uma Sacerdotisa Egípcia, após o que a queda em criança lhe fez recordar - ou retirar do grande saco misterioso das memórias há muito vividas. Algo que enunciaria firmemente até à sua morte!
Dorothy nasceu em 1903 no seio de uma família abastada de Londres-Sul. Posteriormente, porém, chamou-se a si própria de «Um Seti» - a reencarnação de uma mulher que servira na corte do Rei Seti. Seti I fora faraó da XIX dinastia do Egipto no Império Novo. Era filho de Ramsés I e a mãe Sitré (filha de Ré), de nome Tia. Seti reinaria então entre 1290 e 1279 a. C. Está referenciado em pedra no Templo de Abydos e a sua tumba tem a designação KV 17.

Viagem ao Passado?
A estranha viagem ao passado distante, que Dorothy então descreveu por volta de 1973, terá começado ainda em criança depois desta ter dado uma valente queda numa escada e, em consequência da qual, foi declarada morta pelo médico da família. Quando este - que saíra em busca de uma enfermeira para amortalhar o corpo da suposta defunta - regressou, encontrou a criança viva e bem disposta. O que muito o surpreendeu.
Pouco depois, Dorothy começou a esconder-se sob as mesas e os móveis - demonstrando assim um comportamento algo estranho (e mesmo inusitado) em alteração à criança que fora até aí. Confundia os pais, pedindo-lhes então que a «levassem para casa».
Um certo dia foi com ambos ao Museu Britânico, onde, nas Galerias Egípcias, revelou um comportamento de louca. Sem qualquer razão aparente, começou a beijar os pés das estátuas, agarrando-se aos Sarcófagos e, gritando numa voz que então a sua mãe descreveu como «estranha e antiga», que queria ficar...«com o seu povo». Noutra ocasião, Dorothy vendo uma fotografia do templo construído pelo faraó Seti I, teve de imediato uma reacção por demais efusiva, declarando a seu pai (estarrecido este), que aquela era...tão somente...«a sua verdadeira casa» - convicção que nunca abandonou até à morte.
Dorothy testemunharia de modo firme, correcto e assertivamente que conhecera Seti, na figura imponente de um homem bondoso e amável, segundo a sua descrição e consideração pessoal. À medida que as suas convicções se consolidavam, Dorothy começou então a aprender - e a decifrar hieróglifos - no Museu Britânico. Ao professor, a quem a sua facilidade em aprender os símbolos surpreendia, explicou que não estava a aprender uma língua nova, mas apenas a reaprender uma língua que há muito esquecera...
Em 1930, Dorothy casou com um egípcio e foi viver para o Egipto, no que desejaria alcançar - ou quiçá consolidar - com a sua crença e convicta certeza de ali pertencer. Chamou ao seu filho primogénito (e único), de Seti, dando a si mesma nomeadamente, o nome de «Um Seti» - mãe de Seti! Dorothy estava certa do que perseguia em passado distante.
Durante quase 20 anos trabalhou como assistente em pesquisas arqueológicas, no que tentaria assim poder estar mais próxima «dos seus», como tantas vezes admitia. Em 1952 fez a sua primeira peregrinação a Abydos - o local do Templo de Seti e...do túmulo do deus Osíris.

Regresso ao Lar
Embora não soubesse ler o egípcio moderno, quando o comboio em que seguia parou junto a uma série de montes calcários, não teve qualquer dúvida de que chegara ao seu destino.
Dorothy descreveu a sua primeira visita ao templo como um...«regresso ao lar»! Em 1954 regressou a Abydos, onde se estabeleceu então definitivamente. Ajudava a cuidar do templo e, orava diariamente (e compenetradamente), a Osíris - o que a converteu na única devota viva desta divindade longínqua, no tempo e, na percussão espiritual, que só Dorothy sabia merecer.
Em 1973, Dorothy obteve a permissão dos conservadores do templo (e seus responsáveis), para que, quando morresse, fosse enterrada nos terrenos do templo a que sempre chamara de...«a sua casa»!
Mas a crença na Reencarnação não é de forma alguma um caso isolado. Muitas pessoas experimentam - em determinados momentos - a sensação de terem anteriormente realizado algum acto ou estado em algum local sem o conseguirem explicar como ou...nem quando.
Em 1956, durante uma sessão de duas horas com o hipnoterapeuta Arnall Bloxham, de Cardiff, uma adolescente inglesa, Ann Ockenden, começou subitamente a falar de uma vida anterior, numa terra onde o povo se marcava com cicatrizes e...ornava com dentes de animais. Porventura alguma civilização tribal africana ou asiática, no que mais tarde tentou elucidar.

Renascida...após 3 Séculos!
Outra das clientes de Bloxham, afirmou certa vez ser a filha de Carlos I e da rainha Henriqueta Maria. Embora esta mulher anónima não tivesse estudado História, descreveu pormenorizada e exactamente, a então Corte do Rei Luís XIV de França, onde ela e o seu «irmão» Carlos II...tinham vivido no exílio! A convicção dos dados era tanta, que chegava a ser delirante o modo como então vivera esses momentos nas descrições que emanava.
Arthur Guirdham, um psiquiatra inglês, registou a história de uma mulher a que chamou a «senhora Smith» - outra sua cliente particularmente interessante na história havida.
Desde a sua adolescência, a senhora Smith, sonhava repetida e constantemente com uma sua vida anterior em que fora mulher de um pregador francês da seita Albigense do século XIII.
Os Albigenses - ou Cátaros - eram uma seita herética cristã, que a Inquisição perseguiu violentamente. Segundo o que a História regista, os pregadores e adeptos Cátaros foram, na sua maioria, perseguidos, mortos e completamente chacinados durante um massacre. Sendo que, deste modo, o pesadelo mais pavoroso da senhora Smith era...o de ser queimada viva e, amarrada a um poste! Embora a senhora Smith nada soubesse sobre os Cátaros - e toda a sua infeliz sorte e destino em época medieval - esta descreveria (ao pormenor) e em 1944, os trajes que estes usavam na época como...túnicas verdes ou azuis - o que corresponde completamente à verdade histórica na indumentária e hábitos usados por esta seita herética!

Já muito se falou de Reencarnação e todos os múltiplos testemunhos - orais e escritos, gravados e multifacetados nas muitas descrições pelo mundo inteiro - sobre a veracidade ou autenticidade dos mesmos. Por vias de uma terapêutica por hipnose em estandarte psiquiátrico ou mesmo de aspecto mais lúdico mas não menos sério, o certo é que há registos efectivos de vidas passadas e...futuras!
Seja nas sessões de Regressão ou nas de Progressão, o ser humano tenta sempre elucidar-se mais sobre o que terá impulsionado estes seus sonhos, as suas angústias, temores, ansiedades ou por que não...felicidade, de ter vivido e, pactuado, com as várias épocas que o assistiram como simples ou normal elemento de ser vivo que é...mesmo que noutras situações ou noutras épocas!
Há muito por explorar ainda, no que muitos psicólogos e psiquiatras tentam - analítica e profundamente também - acorrer aos seus pacientes ou a quem estes chame, para que, em minuciosa terapia, possa assim apaziguar espíritos ou experiências mal vividas.

Brian Leslie Weiss é uma sumidade nestes assuntos, sendo Psiquiatra e Escritor numa tese de Reencarnação no ser humano que sobrevive após a morte. Nascido a 6 de Novembro de 1944, este nova-iorquino (EUA), tem sido ao longo do seu tempo activo, um homem sem papas na língua, ou seja, sem obscurantismos ou bloqueios do que vai na alma de muitos de nós. Percursor de uma linha por si estipulada de várias sessões de Regressão ou Progressão nos seus pacientes, define-se como um audaz defensor também...da Teoria Reencarnacionista sob os parâmetros desses estados hipnóticos de Progressão a...vidas futuras! Defende acima de tudo, que somos os responsáveis por muito do que nos acontece hoje em nossas vidas no presente imediato ou a longo prazo - tanto nas acções como nas consequências das mesmas - em espécie de livre arbítrio que todos nós compomos na vida. E que, mesmo sob os auspícios de outras nomenclaturas, estas se registam de igual forma até que estejamos num ponto limite - ou superior - de um alcance maior.
O doutor Weiss graduou-se na Universidade de Medicina de Yale em 1970, estagiando depois em Medicina Interna no New York University Medical Center, retornando posteriormente à Universidade de Medicina de Yale para se especializar em Psiquiatria. No momento, estando já um pouco retirado de toda a incessante actividade docente, o doutor e professor Brian Weiss acumula interesses e conferências, palestras e demais convénios - conjuntamente com a sua esposa Carole K. Weiss -  no que, em cumplicidade também, realizam em seminários públicos sobre este tão emotivo ou polémico tema da Reencarnação. É ainda Presidente Emérito do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center, em Miami, sendo professor clínico associado do Curso de Psiquiatria da Universidade de Medicina de Miami, nos EUA.
Sem mais pormenores, porque efectivamente muito já foi abordado na actualidade sobre esta temática, no que - a bem da Humanidade - este senhor professor, escritor, psiquiatra e por certo uma muito boa alma no mundo que é e será, (remetendo a quem a si recorre a paz desejada) - na contingência de nossos tão conturbados dias que, só conhecendo bem o nosso passado é que poderemos almejar um feliz e proveitoso futuro, alguém afirmou um dia. Se tivermos quem nos ajude...então a batalha da nossa vida presente está ganha!
Aqui deixo em homenagem e admiração por quem, usando da palavra, de um espírito aberto, assim como de todo um conhecimento mais audaz e profundo nesta área, todos os seus já editados livros que perfazem o seu historial - na defesa da investigação, da análise (sem julgamento) e, da conclusão possível sobre todos os testemunhos que em si recolhe nas suas longas sessões terapêuticas de Regressão e Progressão. Para além da sua própria tese individual da Reencarnação no mundo dos seres vivos que o não deixam de ser...por morrerem! No que a morte...é apenas uma passagem...
Desejando a todos uma excelente leitura, são eles então:

 1 - Muitas Vidas, Muitos Mestres (editado no Brasil e em Portugal com este mesmo título).
 2 - O Passado Cura (editado em Portugal) - A Cura através da Terapia de Vidas Passadas (Brasil).
 3 - Só o Amor é Real!
 4 - Meditando com Brien Weiss (editado só no Brasil).
 5 - A Divina Sabedoria dos Mestres
 6 - Os Espelhos do Tempo
 7 - Mensagens dos Mestres (editado só no Brasil).
 8 - Healing the Mind and Spirit Cards (ainda não editado nestes dois países/sem tradução na língua  portuguesa.
 9 - Encontre a Sua Paz Interior (editado em Portugal) - Eliminando o Estresse, (editado no Brasil).
 10 - Muitos Corpos, Uma Só Alma! (Portugal) - Muitas Vidas, Uma Só Alma! (Brasil)
 11 - Milagres Acontecem (Brasil) - Às Vezes os Milagres Acontecem (Portugal).