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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Infeliz Caveira


Crânio Humano (Caveira encontrada em Leicester no Reino Unido)

Ouvir-se-iam também ainda os ecos de sofrimento ou laivos da loucura da batalha, pelo que se supõe Ricardo III ter estado envolvido? Haverá supostamente algum dado científico que nos demonstre que, as infelizes caveiras, se lamentem por gemidos - ou ruídos - no estertor de uma morte anunciada? Será lenda ou verdade profetizada - e a cumprir-se numa morte imediata - se alguém trasladar este suposto crânio (na caveira de Bettiscombe Manor) que tem a vontade de assim permanecer incólume e, inviolável, às mãos humanas? E o que dizer dos crânios agora descobertos no Peru, alongados e de ADN diferente do dos humanos? Estaremos perante uma nova dimensão craniana e, de espécie desconhecida ou...extraterrestre?

As Caveiras que Gemem
(Estranhas crenças sobre o enigmático e audaz poder das Caveiras...)
O Crânio humano inspirou um temor supersticioso a numerosos povos primitivos. Os caçadores de cabeças conservavam os crânios dos seus adversários decapitados, que consideravam troféus de guerra. Os guerreiros escandinavos bebiam em Caveiras, esperando adquirir o valor marcial dos seus inimigos. Os antigos Gregos decoravam os seus santuários com Caveiras.
As viúvas das ilhas Trobriand, na Papuásia, ora espetavam em postes os crânios dos maridos mortos - que assim constituíam uma espécie de sinal que induzia ao respeito pela sua casa - ora os usavam por vezes como...recipientes.
As Caveiras desempenharam sempre um papel importante na Feitiçaria e, na Magia Negra. Figuravam com proeminência num julgamento realizado em 1612 em Inglaterra, no qual Anne Chattox, chefe de um clã de bruxas do Lancashire e condenada à forca, foi acusada de desenterrar três Caveiras de um cemitério, para dessa forma as usar na prática de qualquer ritual ou...na preparação de alguma receita demoníaca.
Mas as Caveiras nem sempre foram apenas instrumentos passivos nas mãos dos Feiticeiros. Em Wardley Hall, no Lancashire, pode observa-se então, no cimo de uma escada, o crânio de um mártir católico do século XVI - o padre, Ambrose Barlow - que, segundo uma velha lenda, emitirá gritos arrepiantes...se for perturbado!
No século XVII, uma jovem de nome Anne Griffiths, que vivia em Burton Agnes Hall, no Yorkshire, foi atacada e violentamente espancada por ladrões. Antes de morrer, em virtude dos ferimentos recebidos, expressou o desejo curioso de que, a sua cabeça, fosse enterrada em sua casa - casa esta, que ela tanto gostava. Não obstante, e contrariamente ao que solicitara - no estertor da morte - foi sepultada no cemitério da vila onde habitava.
Depois do funeral, foram ouvidos na casa - com estupefacção e algum terror também - lamentos aterrorizadores, assim como o som misterioso de vários objectos partidos e...de portas a bater. Um autêntico susto, para quem negligenciou aquele último pedido da moribunda Anne Griffiths! Foi então que, para algum alívio e descanso - mais das almas vivas do que da morta...(ou não) - a Caveira da jovem morta foi exumada e, colocada num buraco aberto numa parede, e depois tapado com tijolos. Desde então, a paz reina em Burton Agnes Hall - e o espírito até aí conturbado de Anne Griffiths, certamente descansou!

Promessa Quebrada
A mais curiosa de todas as lendas sobre crânios, é efectivamente, a da «Caveira que geme», de Bettiscombe Manor, em Dorset - na mansão ancestral da família Pinney. Conta a história que, durante o século XVIII, um Pinney que vivera nas Índias Ocidentais, regressou a casa levando um escravo negro. Pouco tempo decorrido, o escravo morreu - depois de ter feito o seu amo prometer-lhe que seria enterrado na sua terra natal - a Ilha de Nevis - nas Caraíbas. Ao que parece, porém, o fidalgo terá quebrado a sua promessa, e o negro foi então enterrado no cemitério local.
Em breve, todos aqueles que passavam nas imediações eram amedrontados e outros tantos aterrorizados, por gritos lancinantes (e arrepiantes), provenientes da sepultura. Os actuais proprietários do solar, Mister e Mrs Michael Pinney, são, no entanto, de opinião que a última vontade do escravo foi respeitada - e que a lenda foi, em grande parte, inventada por J. S. Udal, um antiquário que viveu no século XIX.
Mrs Pinney declarou então a esse respeito: «Pensamos que a Caveira foi encontrada num santuário Celta atrás do solar e, trazida para casa, como um talismã entre 1690 e 1694. Udal visitou a Ilha de Nevis em 1897, onde ouviu contar a história do escravo que partira para Inglaterra. No seu regresso, presumiu então que a Caveira pertencia ao negro, e fez uma comunicação sobre o caso, na sociedade local de antiquários.»
Com efeito, quando a Caveira foi examinada por um perito, provou-se que pertencia a uma jovem, tendo a datação de há 2000 anos - o que desde logo desmistificou a história do ardiloso antiquário.
No entanto, mantém-se até aos dias de hoje a fantástica lenda de que, se alguma vez este for removido da casa, o crânio gritará e, quem o levar, morrerá no prazo de...um ano!
O macabro despojo continua assim (por vias das dúvidas...), intocável; mas mantendo-se na mesma plataforma de terror - e suspeição - perante todos os crédulos de Bettiscombe Manor...!

O Crânio de Leicester
Um grupo de investigadores britânicos encontrou em Setembro de 2012 e, nos escombros provocados pela construção de um parque de estacionamento, em Leicester, os restos mortais do que se presumiu (posteriormente) serem do rei Ricardo III. Um mistério que contava já 500 anos...resolvido agora cientificamente por uma equipa de Historiadores e Arqueólogos exímios, da Universidade de Leicester. Esta equipa divulgou então que, os ossos encontrados pertenciam efectivamente ao rei Ricardo III, no que o coordenador do projecto acentuou - Richard Buckley - à Reuters:
«Os ossos revelam 10 ferimentos, sendo 8 deles no crânio, e que a datação de carbono permitiu situar a morte entre 1455 e 1540».
Ricardo III era tido como um tirano, morrendo aos 32 anos quando lutava com o seu suposto sucessor - Henrique Tudor - durante a Batalha de Bosworth Field, que teve lugar no centro do país em 1485. A morte de Ricardo III colocaria assim o término à chamada «Guerra das Rosas», com a subida ao trono dos Tudor!
Nesta analogia actual da investigação forense, a mesma fonte explicaria que, os vestígios encontrados de ADN que foram obtidos através dos ossos, coincidiam com o ADN da família do monarca. Os ossos e respectivo crânio de Ricardo III, seriam posteriormente levados e, sepultados, para a catedral da cidade. O que não se sabe, ainda, é se estes se terão revoltado por tal e, como se disse anteriormente, este esteja em paz ou sem gemidos proeminentes e, provenientes da sua Caveira...

Crânios Alongados...e estranhas Caveiras
Mais recentemente, surgiram diversas especulações a nível científico e não só, sobre a proveniência e, descoberta, de crânios espectacularmente alongados. No Peru. As imagens reveladas, demonstram de facto, crânios e Caveiras de aspecto anómalo e nada condizente com a anatomia craniana humana.
O director assistente do Museu Paracas, no Peru - Brien Foerster - afirmou então que, uma série de crânios recentemente descobertos (estranhos e por demais intrigantes...), não possuíam ADN humano. Asseveraria mesmo, poder tratar-se de ADN alienígena (ou extraterrestre), pelo que se induzia em ADN desconhecido, não tendo qualquer tipo de relação ou similaridade com o ADN humano! O debate instalou-se em toda a comunidade científica mundial, estando ainda por esclarecer então, muitas dúvidas requisitadas sobre estes estranhos crânios. Por outros (os de cristal) que se diz emanarem energia e vibrações extraterrenas e que, por vias de um nosso desconhecimento humano, se resguardam de maiores revelações ao público em geral.

Havendo ou não o conhecimento total sobre estas profundezas cranianas - ou de poderes superiores de Crânios e Caveiras pelo mundo - o certo é que, todos temos de nos questionar se acaso estas, em toda a sua resquícia energia de uma vida que já não possui, poder ainda vislumbrar-se em...agonia, tristeza, revolta ou mesmo sublevação sobre os vivos - por imposição (ou a pedido seu em vida) não ter sido devidamente reposto. Não se sabe. Mas teme-se. Ainda hoje.
Há crânios que estimulam um poder incomensurável nos humanos, seja este de rejeição ou de certo deslumbre, pelo que todos devemos em respeito e mesmo autoridade - na devida análise forense - saber de suas vicissitudes; mesmo para além da morte...
Assim sendo, haja pesquisa, haja rigor mas também algum discernimento do que se não deve profanar nem desviar dos bons e civilizados (ou éticamente comprovados) princípios humanos, do que, um dia, foi uma alma humana! Entre outras...que não o sendo (podendo eventualmente ter origem externa à Terra, nos chamados alienígenas) que porventura terão sido outras almas que a Terra povoaram (ou simplesmente visitaram em determinada época), vindo aqui morrer. Tudo está em aberto...até mesmo a alma de quem o investiga em maiores considerações do que ainda hoje se diz desconhecido por nós, humanos! E que, a bem da Humanidade se alude na descoberta e, deseja-se, numa maior felicidade que não a destas infelizes cCaveiras que se não deixam descansar em paz. Pelo bem da Humanidade (e de todas as outras civilizações estelares no Cosmos) que todos estejam e assim fiquem - mesmo no post-mortem...em paz!

1 comentário:

  1. Interessante texto. Tenho parte dele em um "Livro do Maravilhoso e do Fantástico" e foi bom saber que alguns trechos estão na internet. Obrigada.

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