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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A Interior Luminosidade


A Fantástica Luz Interior dos Xamãs

Existirá nos Xamãs, o poder extremo da Clarividência em que chegam mesmo a observar o seu próprio esqueleto como se de um Raio-X se tratasse? E que Luz Interior é essa, que os encandeia de uma interiorização e, introspecção magnânimas, sob todas as coisas na Terra? Acederão desse modo ao «outro mundo»? A esse Mundo dos Espíritos, das Almas ou...de outras entidades cósmicas que povoam todo o Universo? Saberão os Xamãs algo mais, que nós - comuns mortais - ainda não alcançámos...ainda não conhecemos e nem sequer nos apercebemos em existência e, essência???

Xamãs - A sua Interior Luminosidade
Na Iniciação, durante uma viagem visionária, o Xamã verá o seu corpo ser estropiado e deitado a um caldeirão para cozer.. Então, um ferreiro do «outro mundo», volta a reconstruir-lhe o corpo, de modo a que para as pessoas comuns ele pareça ter de novo um corpo normal. Porém, o Xamã sofreu uma transformação: encontra-se agora repleto de luz!

Olhar para o Interior
O Xamã é capaz de olhar para o interior e, através do seu próprio corpo - visto que, nesse processo de transformação, adquiriu o dom da...Clarividência!
Para demonstrar que viveu e sofreu com esta experiência, irá então nomear os ossos do seu corpo numa língua secreta. Por exemplo, o Xamã Siberiano pode descobrir que tem três ossos e, por este motivo - mais tarde e enquanto dorme - encontra-se ao mesmo tempo em três estados diferentes. Pode assim estar (simultaneamente) em três lugares distintos, e quando pratica a Feitiçaria terá três pares de olhos (haverá a similar referência com a glândula pineal?), três narizes e três pares de orelhas.
Todos os seus sentidos serão mais receptivos do que o normal. Muitas das túnicas dos Xamãs têm em si esqueletos desenhados para indicar que, o seu portador, passou pela Morte, sendo também capaz de observar o seu interior, assim como o de outras pessoas.
Haverá desta forma uma percepção extra-sensorial extremada nos Xamãs em espécie tridimensional e, sob uma perspectiva paranormal, do que então conseguem aludir ou ascender? Saber-se-à responder exactamente a este estranho estado de espírito por parte dos Xamãs em transmutação total?

Os Ossos como «Semente da Vida»
No mítico caldeirão, a carne separou-se dos ossos e só ficou o esqueleto - a pedra primordial do nosso interior! Em redor dos ossos formou-se o corpo novo.
Os Ossos são a parte do organismo que mais perdura depois da morte física. Para os povos caçadores, os ossos representavam...a semente da vida: deles renascem os animais, do mesmo modo que, dos Ossos dos Xamãs mortos, nascem novos Xamãs!
Na Sibéria, os Chukchos devolvem ao mar os ossos dos animais marinhos capturados para que, as almas, regressem com eles.
Os Guilyak, pelo contrário, colocam os ossos de um Urso caçado num local de destaque - uma espécie de Altar de Madeira no meio do bosque - de onde o Urso sobe a correr para se encontrar com o senhor da montanha mais alta, que de seguida lhe envia novas presas; para si e, para toda a comunidade dos Guilyak.

Renascer da Luz
No Xamanismo existe uma estreita relação entre Visões de Luz, a capacidade de ver através do próprio corpo e, o dom da Clarividência - como já foi referido.
Em alguns ritos iniciáticos dos Xamãs, enche-se o interior do aprendiz com brilhantes Cristais de Quartzo. Em diversos mitos existe ainda uma relação íntima entre o Cristal e..os Ossos!
O Cristal é luz feita pedra, da mesma forma que os Ossos costumam representar a luz petrificada. A Luz é o símbolo do Espírito, assim como, o Interior Luminoso Imutável constitui a base do...Renascimento!
No processo de iniciação dos Aborígenes Australianos, o mestre-de-cerimónias, um velho Xamã, converte-se em esqueleto - uma figura que apenas é perceptível para um Xamã. deste modo, demonstra que tem a capacidade de dar vida a um novo Xamã. Transforma o aluno num bebé e leva-o pelos ares, onde lhe abre o corpo e o recheia de Cristais de Quartzo branco. De seguida, lança-o no vazio, matando-o desta forma. Às costas da serpente do Arco-Íris, o candidato converte-se em Xamã e...regressa finalmente à Terra. Quando o aluno desperta, toma então consciência da poderosa sensação que emana da Luz Interior.

A Metamorfose
Entre os Xamãs Siberianos dos Buriatas e Soyotes, entre os Sudaneses e os Esquimós, esta espécie de Iluminação produz-se (às vezes) involuntariamente, tal como um relâmpago, permitindo ao Xamã ver o seu próprio esqueleto. Quando o consegue, isso quer dizer que os seus ossos já estão transformados, como acontece entre os Kiwai da Papua Nova-Guiné.
Nesta tribo - dos Kiwai - o aspirante a Xamã morre às mãos do espírito dos antepassados mortos (Óboro). Este extrai então todos os ossos do corpo da vítima e, troca-os pelos seus próprios. Quando a vítima recupera a consciência, está igual aos espíritos, tendo-se convertido num Xamã.

A Luz do Corpo
Entre os Xamãs esquimós (Angakoq), a experiência da Luz Interior é a chave que permite assim aceder ao «mundo interior».
O aspirante deve buscar esta iluminação através da solidão e da abstinência. Só quando for capaz de encher todo o seu corpo de luz, poderá então ser visto pelos Espíritos e chamá-los até si.
Aua - um Xamã da tribo esquimó dos Igluliks, descreve desta forma a sua experiência iniciática:
 - "Comecei logo a ser capaz de ouvir e, ver, de uma forma muito diferente. Todo o Xamã tem de sentir uma chama dentro do próprio corpo, da sua cabeça ou do seu cérebro, algo que brilha como o fogo, que lhe dá a força para ver com os olhos fechados na escuridão, o interior de objectos ocultos ou o futuro - ou até os segredos de outras pessoas. Senti que possuía esta maravilhosa capacidade."

Do Continente Americano em essência tribal Índia, ao Continente Asiático, em que o Xamanismo se reveste de grande e primordial importância - em particular, no Nepal, na tribo dos Tibtibe, em que o capuz, as pulseiras e até o mandil são feitos de ossos humanos (imitando a indumentária ritual budista) - todos em geral dão grande relevo à emanação espiritual através dos ossos.
Os Xamãs dos Papuas Nova Guiné - talvez os mais acintosos - usam uma pintura que lhes cobre o rosto e o corpo, assim como um toucado de plumas que, desde tempos remotos, se registam como proeminentes símbolos de captação espiritual - ou de enlevo - ainda mais específico na esfera do desconhecido, tal como invocar outros espíritos, outras almas ou mesmo...outros seres do Além. Ou do Universo. À margem de qualquer tecnologia, será desta forma que os nativos-Xamãs se identificam com esta mesma linha de comunicação e, interacção estelar? Não se sabe.
Algo emerge das profundezas destes homens que, desde tempos imemoriais, se acometem. Desde os processos iniciáticos à desenvoltura e retorno de uma maior consciência na Terra. Que verão então eles? Que luz é essa que tudo desmistifica, que tudo ilumina e lhes dá a suma clarividência que, aos restantes, nada diz? Serão desta forma seres especiais ou apenas chegaram ao limiar de um outro conhecimento que até aqui nos era vedado?
O que não deixa de ser surpreendente é que, haja, para além disto, também uma outra vertente: a dos excessos. Comete-se o percalço ou a desfaçatez de uma maior racionalidade, ao atravessar-se (por vezes) fronteiras inacessíveis, podendo-se subalternizar outros por esses mesmos poderes. Comete-se então homicídio, sobre quem não corresponde a essa cimeira ou, a esses outros valores como sucedeu há pouco na Papua Nova Guiné em práticas primitivas de se acabar com a Feitiçaria. São assim perseguidas essas pessoas, degoladas ou incendiadas, sobre uma finalidade que é antes de mais absurda e, consequente, de toda uma desinformação ou mesmo ignorância sobre quem pratica também tais actos. Um mal da Humanidade que ainda se não deixou vislumbrar - ou apenas elucidar - neste povos remotos ou de remota condição humana! Um flagelo terrível, se registarmos igualmente as práticas correntes (ainda) de um canibalismo acentuado. E isto...em pleno século XXI!
Sem mais assunto que não seja, a evolução da Humanidade - para além de todas as vertentes do Xamanismo (e outras) - que essa ascensão se faça ou se cumpra, mas sempre na fulminante certeza do bem-estar e de um maior equilíbrio no ser humano e não, o seu oposto! Assim seja então!

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