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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A Maldição dos Faraós


Pirâmide no Egipto

Havendo - ao longo dos tempos - a profanação de túmulos, sepulcros e sarcófagos, poder-se-à negar a existência da dita «Maldição dos Faraós»? Estarão os espíritos descansados - ou os deuses apaziguados - no retorno ao encobrimento destes seus enigmáticos poderes sobre os humanos? Será que mesmo na actualidade e, com toda a tecnologia possível, os cientistas não temam as vozes que vêem do nada ou...as maleitas, as punições e as consequentes e fatais condenações como destino pré-anunciado???

Os Saqueadores de Cadáveres (em 1500 a. C.)
(Sacerdotes que exumavam os reis para assim evitar profanações...consegui-lo-iam?)
Protegidos pela escuridão da noite, os sacerdotes deslizavam pelas sombras do vale onde os reis do Antigo Egipto se encontravam sepultados.
Silenciosamente, penetravam nos sepulcros escavados na rocha e, retiravam os cadáveres das suas urnas. Uma a uma, transportavam as suas cargas, simultaneamente macabras e preciosas, ao longo de um caminho traçado sobre os penhascos que conduzia para fora do vale, depositando-as em local secreto e, segundo acreditavam...seguro!
Era a última tentativa dos Sacerdotes para assim iludir os saqueadores que, ao longo de séculos, vinham assaltando consecutivamente os túmulos recheados de tesouros dos grandes imperadores do Egipto. Mesmo as Pirâmides mais habilmente concebidas haviam sido espoliadas. Essa, a razão por que os Egípcios deixaram de as construir aproximadamente no ano de 1500 a. C., substituindo-as por galerias subterrâneas escavadas no interior dos rochedos do Vale dos Reis, em Tebas, actualmente conhecida pelo nome de Luxor, cujas entradas tentaram ocultar pelos processos mais engenhosos.
O Arquitecto Ineni, que projectou o primeiro destes sepulcros, ter-se-à vangloriado no seu próprio epitáfio: «Foi uma grande obra. Serei lembrado por ela!»
Mas os gatunos não desistiram dos seus intentos, chegando a penetrar em túmulos com labirintos, passagens sem saída e, câmaras expressamente inacabadas, para assim fazer crer que as obras haviam sido interrompidas e não mais retomadas.
Finalmente, os guardiões das 36 sepulturas reais compreenderam que não poderiam protegê-las enquanto a sua localização fosse tão conhecida - especialmente quando se suspeitou, com fundamentos sérios, que o saque sistemático era organizado por membros da corte!

O Plano Secreto
Foi então que os Sacerdotes Egípcios conceberam um plano secreto: retirar dos túmulos as Múmias e, os tesouros que ainda restavam, ocultando-os desta forma num único sepulcro fora do vale.
Os Faraós mumificados, bem como algumas das rainhas, foram então removidos de noite, furtivamente, e trasladados para fora do vale - ao longo de um caminho sobre o topo da escarpa - para uma gruta no fundo de uma enorme fenda nas rochas, cuja entrada foi selada e camuflada.
O plano resulto durante mais de 30 séculos. E a gruta poderia eventualmente continuar a ser desconhecida se, por volta de 1880, não tivessem começado a aparecer várias relíquias reais antigas...nos mercados de antiguidades egípcios.
Este facto levantou as suspeitas (na época) de Auguste Mariette, director do Serviço de Antiguidades do Governo - o sucessor actual dos Sacerdotes antigos no cargo de guardar os tesouros do Egipto.
As investigações conduziram-no então até uma família que descobrira um túmulo em 1871 e, a partir de então, vendia em Luxor os objectos roubados.
Um informador conduziu Emile Brugsch - assistente de Mariette - até ao túmulo despojado. Brugsch induziu-se então na descida, por um buraco aberto na rocha. Ante o que seus olhos viram, em total assombro e pasmo, Brugsch registaria os corpos de mais de 30 faraós, enfileirados, juntamente com os tesouros que os saqueadores não haviam levado.

A Maldição dos Faraós
Quando abriram o túmulo de Tutankhamon, Howard Carter e Lord Carnarvon iniciaram uma cadeia de mistério extremamente sinistra!
Vários homens ligados à descoberta - e numa sequência insólita - tiveram mortes violentas ou invulgares; vítimas, segundo afirma a lenda, da maldição lançada pelo Faraó.
A sinistra superstição é baseada em relatórios - não confirmados - de uma arrepiante série de acontecimentos que tiveram início no mesmo dia em que os dois Arqueólogos e a sua equipa penetraram (pela primeira vez) no túmulo - em Novembro de 1922!
Segundo a lenda, apenas o último homem regressou à luz do dia, levantando-se uma tempestade de areia assaz estranha que remoinhou sobre a entrada da gruta. Enquanto a tempestade se afastava, um Falcão - emblema real do antigo Egipto - teria sido visto a elevar-se sobre o túmulo finalmente descoberto em direcção ao oeste, rumando ao misterioso «outro mundo» em que os Egípcios acreditavam.
Afirmaram então os supersticiosos que, o espírito do Faraó morto, lançara a sua maldição sobre todos quantos haviam violado o seu túmulo sagrado!
Cinco meses mais tarde, Lord Carnarvon, então com 57 anos, foi picado por um mosquito na face esquerda. A ferida infectou e, enfraquecido por uma septicemia, contraiu uma pneumonia. No momento em que morreu, num hotel do Cairo, à 1 hora e 55 minutos da madrugada, todas as luzes da cidade se apagaram. No mesmo instante, na sua casa em Hampshire, o seu cão começou a uivar e morreu em seguida.
Ainda mais estranho ocorreu, quando os médicos examinaram a Múmia de Tutankhamon, declarando depois ter encontrado na face esquerda do Faraó...uma depressão semelhante a uma cicatriz, correspondendo exactamente à ferroadela do mosquito que mordera o rosto de Lord Carnarvon!

A Saga continuou...na persecutória Maldição do Faraó!
Nos meses seguintes, no ano de 1923, atribuiu-se à mesma maldição fatal a estranha morte de vários outros visitantes do túmulo. O meio-irmão de Lord Carnarvon - Aubrey Herbert - morreu de peritonite.
Um príncipe egípcio - Ali Farmy Bey - cuja família se dizia descendente dos Faraós, foi assassinado num hotel londrino e seu irmão...suicidou-se.
George Jay Gould, um potentado dos Caminhos de Ferro Americanos, morreu de pneumonia depois de se ter constipado ao visitar o túmulo. Para além de uma fatal queda que vitimaria sem complacência o milionário sul-africano, Woolf Joel.
Richard Bethell, que ajudou Carter a catalogar os tesouros encontrados, morreu com a idade de 49 anos - ao que parece...vítima de suicídio. Alguns meses depois, em Fevereiro de 1930, seu pai - Lord Westbury - que possuía no quarto um vaso de alabastro do Túmulo do Faraó...atirou-se de uma janela do seu apartamento em Londres e, morreu.
Nos anos que se seguiram à descoberta do túmulo, em 1922, mais de uma dúzia de pessoas - de algum modo com esta (à descoberta) relacionadas - morreram em circunstâncias misteriosas ou anormais!
No entanto, houve um homem que continuaria a zombar - irreflectidamente, supõe-se - da lendária Maldição do Faraó - precisamente o homem que teria mais razão para a recear: Howard Carter. Este, faleceu em Março de 1939, aparentemente de morte natural. Terá sido mesmo...?
Apesar disso - e de toda a discrepância ou polémica gerada sobre as eventuais mortes sequenciais da «Maldição dos Faraós» - o Governo Egípcio (em 1966), concordou em enviar os tesouros de Tutankhamon para Paris, a fim de figurarem numa exposição. Mohammed Ibraham - director de Antiguidades - sonhou então que um perigo terrível o ameaçaria se permitisse a saída destes tesouros do país. Ibraham lutou tenaz e assertivamente contra a decisão, até um último encontro que se realizou no Cairo com as entidades responsáveis, durante o qual foi obrigado a ceder. Ao sair da reunião, foi brutalmente atropelado por um automóvel. Morreu dois dias depois!

Até hoje, existe algum receio de tal se vasculhar nas profundezas...tanto nas pirâmides como nos túmulos que arqueólogos, egiptólogos e demais historiadores invadem na certeza de melhor se conhecer estas civilizações e suas crenças. Algo de muito tenebroso, efectivamente, se passou em todas estas mortes e que, vários outros cientistas, arremessaram na existência de poeiras, concentrados ou mesmo fluidos tóxicos e mortais, para quem convivesse ou sequer pisasse solo sagrado faraónico. Por certo é que, seriam há muito conhecidos estes venenos os quais, inspirados ou por tacto sentidos, seriam de facto fatais para qualquer ser humano que assim se admitisse ou, sobre a tumba ou túmulo de Faraós se imbuísse.
Foi, como é conhecido por todos, o ênfase levado ao pormenor sobre esta arrogada tese de maldição, no que Steven Spielberg (mais uma vez como exímio realizador cinematográfico) expôs na tela em maravilhosa - e assaz fantasiosa - determinação dessa mesma maldição (no seu filme de «Os Salteadores da Arca Perdida» com o inesquecível Indiana Jones). Mas, algo existiu sem dúvida - no que se supõe ter sido objectivo determinante na sequência - ou lógica apresentada - para afugentar saqueadores e demais ladrões de túmulos que estes profanassem. Muitos terão tombado...mas outros terão sobrevivido, ao que quer que se tivesse instalado - ou orquestrado - pela mão dos Sacerdotes ou mesmo das famílias dos Faraós que assim se negariam a ver o descanso dos seus parentes em causa.
Soam-se novos ventos. Pelo mundo inteiro, historiadores e cientistas, percorrem todo este mundo forense da pesquisa, da análise e do testemunho registado na actualidade, sobre toda a origem de vida ou de morte destes Faraós. Contudo, há que evitar mortes precoces - ou inusitadas e trágicas - sem se saber qual a causa determinante de tal. O antídoto para a dita «Maldição dos Faraós» ainda não é conhecido mas...não vão os ventos ouvir ou acordar o entorpecimento milenar de alguns destes Faraós mumificados (mas não totalmente imunes à sua profanação tumular...), no que se tem de tomar de mil cuidados, por muito cépticos ou racionais que sejamos, nesta avença de investigação e elaboração idiossincrática dos Faraós como indivíduos extremamente...vingativos! E...além os tempos...! Desejando muito êxito e uma vida longa a todos eles (aos investigadores, arqueólogos, egiptólogos e todos os demais cientistas da nossa esfera mundial) - aqui deixo a minha prece, aconselhando a que tomem de precauções (sejam estas de carisma religioso ou não) - no que todos almejamos em sucesso e vida efectiva! E que os nossos amigos Faraós (ou deuses não subidos aos céus...) nos deixem em paz! E, a toda a Humanidade, se isso lhes for possível...

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