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terça-feira, 3 de março de 2015

A Era Espacial II (O Lançamento)


Nave Espacial Challenger no acto do Lançamento  (NASA)


Desastre do Vaivém Espacial Challenger - 28 de Janeiro de 1986 (73 segundos após o Lançamento)

Terá havido negligência ou «somente» uma preconizada aferição de insucesso - ou letal fracasso - nesta malograda missão do Challenger? Não se podendo regredir pelos êxitos de tantas outras missões em voos regulares, a NASA terá estabelecido outras regras, outros convénios a cumprir, que não ditasse mais «baixas», ou mesmo mortes infundadas de astronautas preparados para tal? Falando-se já de viagens comerciais ao Espaço, estaremos na iminência extraordinária de uns quantos privilegiados terem o livre acesso às estrelas? Ser-nos-à permitido tal? E...com que fim???

O Avião Espacial
(Como é lançado para o Espaço o Vaivém Espacial da NASA)
O voo inaugural do Vaivém Espacial da NASA - Columbia - a 9 de Abril de 1981, marcou o início de uma Nova Era Espacial!
Com uma dimensão semelhante a um pequeno avião de passageiros, o Vaivém leva para a órbita 13 vezes mais carga do que um Foguetão Delta convencional, com um custo de «apenas» uma vez e meia superior. O Avião Espacial é lançado para a órbita pela propulsão combinada de Foguetões a combustível líquido e, a combustível sólido, colocado assim em posição por mais 2 sistemas de Foguetões. Depois de terminar a sua Missão, desliza de novo para uma pista de aterragem, podendo ser preparado para um novo lançamento em 100 dias de trabalho.

Programa Espacial Americano
Durante todo o seu desenvolvimento, em finais da década de 1960 e na de 1970, o Vaivém foi considerado como uma componente vital do ambicioso Programa Espacial Americano.
Planearam-se então voos regulares de ida e volta do Vaivém, em que o Avião Espacial transportaria pessoal e materiais para estações espaciais permanentes - elas próprias pontos de paragem para a exploração do Sistema Solar.
Embora os cortes orçamentais e os problemas técnicos tenham cortado as asas a este ambicioso empreendimento, o Vaivém sobreviveu, se bem que numa forma bem mais modesta. Actualmente é utilizado sobretudo para lançar cargas importantes do ponto de vista nacional ou científico.
Foram construídas 6 Naves Espaciais orbitais: o protótipo Enterprise, o Columbia, o Discovery, o Atlantis, o malogrado Challenger e o seu substituto, o Endeavor. Num futuro previsível muitas mais missões serão levadas a cabo, no que, na actualidade, se resume pela efectuação de um total de 6-8 voos por ano aproximadamente.
Orion - Esta missão da NASA teve o seu lançamento-teste efectuado no Centro Espacial Kennedy. Aventou-se então a possibilidade de se concretizar um voo não tripulado, o que efectivamente veio a suceder depois no Lançamento no Cabo Canaveral (Florida, EUA), a 5 de Dezembro de 2014. O veículo de lançamento consigna a designação de Delta IV Heavy, na proeminente Missão da exploração do Espaço profundo.

Fila de Espera para a...Plataforma de Lançamento
O Vaivém pode ser lançado de qualquer de 2 locais - conforme o tipo de Missão. Os Lançamentos feitos de Cabo Canaveral, na Florida, dirigem-se para leste sobre o Atlântico, captando mais energia da rotação da Terra, entrando em órbita por cima do equador.
Esta trajectória é utilizada para lançar Satélites de comunicação, assim como Sondas Espaciais. Como alternativa, o Vaivém pode lançar-se para sudoeste a partir da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, entrando numa órbita polar onde leva a cabo Missões de Monitorização Ambiental ou...Lançamentos de Satélites de detecção remota.

Contagem Decrescente
Os motores principais do Vaivém Espacial - 3 sofisticados foguetes de combustível líquido situados na parte posterior da Nave Espacial Orbital - são activados 3,8 segundos...antes do Lançamento.
O primeiro estágio do foguete de combustível sólido é activado quase em simultâneo e, a velocidade dos motores principais, é então reduzida para manter a aceleração abaixo de uns confortáveis 3 g.
Cinquenta segundos (50 s.) após o Lançamento, o Vaivém transpõe a barreira do som. Em dois minutos (2 m.) atinge uma velocidade de Mach 4,5 e, uma altitude de 45 quilómetros.
Nesta altura, o primeiro estágio é separado, com o combustível esgotado - e cai de novo para o mar. Após a queda, os invólucros dos motores podem então ser recuperados e, reutilizados.
Os motores principais aumentam de velocidade, levando o Vaivém até Mach 15 e 130 km - antes de estes iniciarem um mergulho de 10 km - no fim do qual os motores principais são desligados e o tanque exterior ejectado.
O Sistema Orbital de Manobras (OMS) - um conjunto de foguetes alimentados por combustível transportado na própria Nave Orbital - é então activado, colocando o Vaivém numa órbita elíptica baixa. Meia órbita mais tarde - 45 minutos após o Lançamento - os motores do OMS disparam de novo e elevam o Vaivém até uma órbita circular normal - a 400 km de altitude - onde efectua uma volta em torno da Terra de 92 em 92 minutos.

Descida Controlada
Os voos dos Vaivéns duram 7 dias, período após o qual a Nave Espacial Orbital entra na fase de descida. Os 44 pequenos foguetes do Sistema de Controlo de Reacção (RCS) disparam, fazendo a Nave Orbital rodar 180º no Espaço, de modo a passar a deslocar-se de cauda para a frente a 27.000 km/h. Os motores do OMS são então activados, travando o Vaivém, que começa de a descer. Este dá de novo uma volta e o seu nariz é levantado, de modo a expor os mosaicos altamente isolantes, situados na parte de baixo.
A uma altitude de cerca de 122 quilómetros (122 km), o atrito da atmosfera superior da Terra começa então a gerar uma grande quantidade de calor, sendo que, a temperatura no exterior do Vaivém, pode chegar a atingir mais de 1500ºC!
O ar que circunda a Nave Espacial é esvaziado de electrões, criando assim uma zona de ionização que impede a comunicação por rádio durante aproximadamente 12 minutos. À medida que a atmosfera se vai tornando mais densa, o comportamento do Vaivém passa de uma Nave Espacial para o de um avião e, as superfícies dos seus planos de sustentação, são utilizadas para controlar a descida.
A Aproximação e a Aterragem são semelhantes às de um simples avião convencional. O Vaivém desce então em voo planado até aterrar a 340 km/h e o seu sistema de travagem pode ser auxiliado pela abertura de um pára-quedas de travagem existente na cauda.

Manobras Espaciais
A propulsão necessária para entrar em órbita e sair dela é fornecida por dois motores do Sistema Orbital de Manobras (OMS) instalado em «nacelas» - situadas na parte de trás da Nave. O hélio obriga o combustível e o oxidante a saírem dos respectivos reservatórios e, a entrar nos motores do sistema, onde se misturam e inflamam.
Uma vez em órbita, o Sistema de Controlo de Reacção (RCS) - 44 pequenos motores de foguete agrupados em três conjuntos, um em cada um das nacelas do OMS e um no nariz da Nave - efectua delicados ajustamentos na trajectória do Vaivém. Os motores do RCS utilizam assim os mesmos combustíveis que o OMS.

Conseguir o Arrefecimento
O Vaivém está coberto de milhares de mosaicos, como já se referiu, para isolamento contra o calor na protecção eficaz desse outro enorme calor da reentrada.
As suas partes mais vulneráveis - os bordos de ataque das asas e o cone do nariz - estão revestidas de um composto de carbono que suporta temperaturas até 1650ºC.
A parte inferior da Nave - onde a temperatura atinge os 1275ºC - está coberta de mosaicos à base de sílica, enquanto as superfícies (superior e média), estão revestidas de mosaicos mais leves que aguentam temperaturas até 650ºC. Parte do lado de cima, onde não se excede os 370ºC, está coberta de feltro resistente ao calor.

Desastre do Vaivém Espacial Challenger
A trágica explosão do Vaivém Espacial Challenger ocorreu apenas a 73 segundos depois do Lançamento - naquele fatídico dia (para a NASA e para o resto do mundo) de 28 de Janeiro de 1986.
A tragédia - ao que se operou após intensa averiguação - causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo combustível sólido da Nave, causando de imediato um incêndio seguido de explosão, foi desta forma o primeiro acidente fatal - em voo - de uma missão tripulada do Programa Espacial Norte-Americano.
A Missão STS - 51 - L, o 25º voo do Programa Espacial Americano, que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de uma Nave Espacial - a simpática professora Christa Mc Auliffe. Para além de toda uma tripulação de bravíssimos guerreiros dos ares, exímios astronautas que com ela pereceram naquele triste e mui infeliz dia para todos quanto o presenciaram.
A investigação da causa do acidente e, a subsequente remodelação do Sistema do Vaivém, atrasaram o projecto durante quase três anos. Uma tragédia sobre outra...tanto a nível pessoal nas vidas que se perderam, quanto a nível espacial no que se resfriou de ânimos e mesmo avanços nesta área.
O objectivo da Missão do STS - 51 - L tinha como base essencial o Lançamento de um Satélite denominado «Tracking Data Relay Satellite 2 (TDRS-2)»; o Transporte de material instrumental para voos espaciais das Naves para Astronomia (SPARTA-109), relacionados com o Cometa Halley em toda a envolvente e observação sequencial sobre este. Programa para Monitorização (ou Monitoramento) Activo na observação do Halley (CHAMP). Experimentação de Fluidos (FDE); Partição de Fases (PPE); Programa para Inserção de Estudantes (SSIP) e, finalmente, Aulas para Projecto «Professor no Espaço» (Teacher in Space).

Uma calamidade de facto. Para além de todas as perspectivas e subsequentes objectivos em missão fracassada; a todos os níveis. Mas não tornou imparável os processos espaciais. Não todos.
A partir daqui começou a pensar-se seriamente nos voos não tripulados, podendo evitar-se eventualmente futuras tragédias, idênticas ou não, ao sucedido com o malogrado Challenger.
Sendo inquestionável os avanços e todas as futuras medidas registadas sob o prisma espacial da NASA/ESA (ou mesmo de outros centros espaciais pelo mundo inteiro), o conhecimento hoje obtido deve-se em grande parte a esses heróis - todos eles - os que participando activamente em toda a dinâmica espacial, dão assim o seu contributo para essa mesma causa. E isto. logicamente, desde os Astronautas aos Astrónomos e Astrofísicos - passando até por todos os que, não se conhecendo nomes nem maiores dignidades - se esforçam por fazer deste nosso mundo em planeta Terra, a alavanca ou a espécie de rampa de lançamento para outros voos planetários e estelares.
Não sem antes, referir em homenagem póstuma os seus nomes - a todos quantos pereceram naquele fatal voo do Challenger - pois que, pelo bem da Humanidade e pela ascensão e maior conhecimento astral deram o corpo, a vida e a alma...supostamente. E disso, não duvidamos! Nem nunca o faremos! Aqui fica então os seus glorificados nomes para a posteridade de, homens e mulheres com uma sigla muito grande, enorme, que se não gasta nem se esquece por muito grande (ou infinito) que o firmamento nos seja; a nós e a eles! Serão sempre lembrados. Serão sempre dignificados....na Terra e no Céu! São eles:
 - Comandante Francis Scobee
 - Piloto Michael Smith
 - Especialista de Missão 1, Judith Resnik
 - Especialista de Missão 2, Ellison Onizuka
 - Especialista de Missão 3, Ronald McNair
 - Especialista de Carga, Gregory Jarvis
 - Professora Civil, Christa McAuliffe

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