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quinta-feira, 12 de março de 2015

A Era Espacial IX (Missão Planetária)


Planeta HD 4030 g (Novo Planeta recém-descoberto, em 2012) semelhante à Terra

«Nós, Humanos, somos recentes (...) a nossa actual civilização técnica não tem mais de uns séculos. Não temos grande experiência recente de cooperação voluntária inter-espécies (ou mesmo intra-espécie). Somos muito fiéis ao curto prazo e raramente pensamos no longo prazo. Não podemos continuar a imaginar que as «coisas» se resolvem «per se», sem cooperarmos entre nós, principalmente em relação às questões primordiais e vitais, como é o caso da morte - tão ligada a tantas outras, como as de índole psico-social ou ambiental. Precisamos de aquilatar muito sensatamente o que fazemos (ou não), manifestando a consciência, a inteligência, a diligência e a coragem de modificarmos o nosso comportamento em conformidade com essa compreensão».
                                                                                     - Carl Sagan, (1998) -        

Vasco da Gama, Cristóvão Colombo ou James Cook terão sentido essa mesma chama de conquista, bravura e novo alcance, no que agora o Homem (no seu todo) se impulsiona na descoberta de Novos Planetas, Novos Mundos? Estariam eles - na época - tão motivados, tão exuberantemente empenhados em fazer-se conhecer, em fazer-se comunicar como agora os cientistas, astronautas e todos os homens da Ciência e da boa-ventura cosmológicas? Estará a Humanidade pronta para se imiscuir numa outra realidade planetária, seja esta semelhante ou não à do ser humano até aqui? Poderemos almejar o futuro da Humanidade em outros planetas - mesmo que fora do nosso Sistema Solar? Haverá essa esperança, essa glória de nos perpetuarmos noutros solos e, noutros céus do imensurável Universo que nos acolhe? Seremos seres do Mundo, seres do Cosmos, seres Estelares - um dia - à semelhança dos que já nos visitam e, prospectam, no espaço aéreo e terrestre???

Missão aos Planetas
(De que modo as Naves Espaciais sondam o Sistema Solar...)
Deslocando-se a uma velocidade de mais de 30 km por segundo, a Nave Espacial Ulisses foi o objecto mais rápido até há recentes décadas construído.
A Ulysses era ( e é, em continuada missão que se cingiu até cerca de 2009 para estudo do Sol, estando esta condenada a vaguear à volta deste (Sol), possuindo já 18 anos de vida), uma Sonda Não-Tripulada, em que a sua Missão era observar os Pólos-norte e sul do Sol, que são normalmente invisíveis a partir do nosso planeta.
Desde a década de 60 que sondas espaciais como a Ulysses têm vindo a explorar o Sistema Solar, visitando todos os planetas, à excepção de Plutão. Os dados por ela recolhidos continuam a melhorar a nossa compreensão, do modo como o Sistema Solar se formou, fornecendo assim informação preciosa sobre o destino possível do nosso planeta.
A Exploração do Sistema Solar começou em 1959, com uma passagem sobre a Lua pela Nave Espacial Soviética não-tripulada «Luna».
A Luna foi seguida até à Lua por uma sucessão de Sondas, que testaram a tecnologia necessária às viagens tripuladas à Lua nos finais dos anos 60 e 70.
Estas primeiras Missões recolheram dados importantes sobre o Vento Solar - a corrente de partículas com carga que flui do Sol - e sobre as condições na superfície lunar.
A Superfície da Lua, que permaneceu basicamente inalterada durante biliões de anos, detém o recorde de actividade solar passada - no que se veio a reflectir muito interessante na base de estudos e fornecimento de informação (essencial), com muitas implicações para a História da Terra!

Vizinhos do Lado...
A Primeira Sonda Planetária bem sucedida, «a Mariner 2», foi lançada pelos Estados Unidos em 1962. Passando a 35.000 km de Vénus, os seus instrumentos conseguiram medir a temperatura (425ºC) e a pressão (90 atmosferas terrestres) à superfície do planeta e detectar a ausência de campo magnético. Desde então, mais de 20 Sondas visitaram Vénus, algumas passando perto do planeta e outras penetrando na sua densa atmosfera de Dióxido de Carbono!
Os dados recolhidos por estas duas Missões revelaram que, o terrível clima de Vénus, resultou assim de um efeito de estufa descontrolado, semelhante ao princípio do fenómeno que ameaça alterar o clima da...Terra.
O outro «vizinho» da Terra, o planeta Marte, também foi visitado por uma série de Naves Mariner. Estas enviaram imagens espectaculares do Planeta Vermelho (Marte), que mostravam uma paisagem cheia de crateras, esculpida por vales gigantes e, salpicada de vulcões extintos.
A Medição da intensidade dos sinais-rádio recebidos das Sondas na sua passagem por detrás de Marte, permitiu aos cientistas medir o efeito de dispersão da sua atmosfera e, assim, obter informações preciosas sobre a sua densidade. Na actualidade (2014/2015), em princípios deste novo milénio, a Curiosity-Rover em Marte ou Robô-Curosity fornece dados absolutamente surpreendentes em registo do solo e de toda a sua agreste atmosfera em formação de quase 95% de dióxido de carbono, 3& de azoto e 2& de árgon. Para além de outros muitos dados diversificados sobre os organismos vivos neste corpo celeste gelado, assim como a verificação da existência de nanobactérias que vivem no interior das pedras sem depender da energia solar. Um feito extraordinário, revelado assim pela inexcedível Curiosity em Marte numa verdadeira prospecção de todo-o-terreno!
As Missões Viking de 1976 permitiram alargar muito o conhecimento que temos de Marte (desde aí). Duas Naves Espaciais foram então enviadas para aquele planeta, cada uma delas constituída por um Satélite Artificial Orbital que traçou um mapa do planeta a partir do Espaço e, por um Veículo Espacial com um equipamento de aterragem que desceu com o auxílio de pára-quedas para fazer medições à superfície.
Os Veículos com Equipamento de Aterragem transmitiram dados sobre a composição da Atmosfera (principalmente dióxido de carbono, mas com vestígios de azoto, de oxigénio e de gases inertes) e, sobre a humidade. Cada uma delas estava equipada com um braço mecânico para apanhar amostras de solo. Estas foram analisadas por laboratórios sofisticados no interior da Nave, para se conhecer a composição química do solo de Marte, assim como para procurar (sem êxito, neste caso) vestígios de vida no planeta.
A Exploração Recente de Marte sofreu vários reveses; Sondas como a «Mars Observer» (Observadora de Marte) da NASA, avariaram antes da chegada. Contudo, várias outras Missões previstas nos anos seguintes em década de 90, continuariam a estudar o planeta - até aos nossos dias. São assim recolhidas hoje, na actualidade, amostras da superfície de Marte por Veículos todo-o-terreno Robotizados, capazes de percorrer 1 km por dia - por Penetradores (sondas disparadas para a superfície) - e por sensores transportados em balões. Cada balão enche-se com o calor do dia, transportando a sua sonda através da atmosfera, e arrefecendo à noite, desce até à superfície para colocar os sensores em contacto com o solo.

Viagem até aos Planetas Gigantes
As Sondas Espaciais que têm por alvo Vénus, demoram cerca de 145 dias a chegar ao seu destino. As Missões a Marte levam cerca de 260 dias.
As Visitas aos Planetas mais Exteriores, levariam no entanto, muitas décadas, mesmo utilizando os Foguetes mais potentes. Este tempo é consideravelmente reduzido se se utilizar uma técnica conhecida por...«Funda Gravitacional».
A Nave Espacial voa perto de um planeta e utiliza o seu campo gravitacional para acelerar em direcção ao seguinte. A utilização desta técnica depende de, os Planetas, se encontrarem na posição certa na altura certa, o que efectiva que as janelas de lançamento sejam muito pouco frequentes. Por exemplo, a Missão da Voyager 2 a Saturno, Úrano e Neptuno, dependeu de uma configuração planetária que tinha ocorrido pela última vez - 180 anos antes do...Lançamento!
A Nave Espacial Cassini - projecto conjunto da NASA/ESA/ASI - lançada no Espaço em 1997 entraria em órbita de Saturno a 1 de Julho de 2004, na continuada operação de estudo deste planeta e seus Satélites Naturais, a Heliosfera, assim como testando a Teoria da Relatividade.

Novos Planetas
Planetas 20 e/20 f, dois Novos Planetas descobertos pela Sonda Espacial Kepler

Descobertos pela maravilhosa Sonda Espacial Kepler, os planetas Kepler-20 e, assim como Kepler-20 f são os menores descobertos em distâncias próximas.
Em 2011, a NASA anunciou então a descoberta destes dois Novos Planetas fora do Sistema Solar. Localizados a 950 anos-luz de distância, Kepler-20 e e, Kepler-20 f parecem ser do mesmo tamanho da Terra, orbitando em volta de uma estrela parecida com o Sol!

Identificados pela Missão Espacial Kepler, 20 f é praticamente igual ao nosso planeta. 20 e, é um pouco menor, com o tamanho próximo de Vénus. Os dois, são assim os  menores planetas descobertos em distâncias próximas.
Os Cientistas suspeitam que a composição dos planetas seja parecida ou muito semelhante com a da Terra e que, 20 f, possa inclusive ter uma Atmosfera com...vapor de água! A registar-se tal, seria uma descoberta ímpar, neste domínio da concepção de vida.
Em busca de um «Planeta-Gémeo» da Terra, os pesquisadores têm-se empenhado na busca de novos exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar), para assim se estabelecer vida no futuro! Humana e não só! Abertas essas eventuais possibilidades, estar-se-à perante uma outra e nova dimensão na esperança da Humanidade em prevalência e, continuidade extraplanetárias, supõe-se.

Recentes descobertas têm colocado o Sistema Planetário Kepler como um dos principais objectos de estudo dos Cientistas da NASA. Além das outras recém-descobertas, o Sistema também é composto por outros três (3) Planetas, que estão mais próximo da sua estrela do que Mercúrio está do Sol. E, diferentemente do Sistema Solar, o processo de formação dos planetas parece assim ter sido outro efectivamente! Aqui, astros de estrutura rochosa e de pequeno porte (como a Terra, Marte, Vénus e Mercúrio) ficam mais perto do Sol. Enquanto que, os Gigantes Gasosos, tais como Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno...ficam mais longe!
Neste resumido texto em estudo analisado sobre a Kepler-20, a organização do sistema intercala cinco (5) Planetas - grandes e pequenos - desafiando então o que se sabia até aqui sobre a sua formação.

Outras Descobertas...outras revelações Planetárias
Também no ano de 2011, uma equipa de Astrónomos Norte-Americanos revelaria então a sua fantástica descoberta à Imprensa e, ao Mundo, de um Novo Planeta - semelhante à Terra - e assim, com maiores probabilidades de ser habitável do que qualquer outro.
O Planeta extra-solar está situado perto da estrela Gliese 581, a cerca de 20 anos-luz da Terra, numa área denominada «Zona Habitável» - com condições semelhantes à Terra!
Embora não exista ainda a confirmação da existência de água, este Novo Planeta é, de entre os restantes 374 candidatos (os já reconhecidos pelos especialistas, numa esfera incomensurável de planetas desconhecidos) a planetas habitáveis, já detectados, o que apresenta maiores probabilidades de o ser. Esta revelação foi feita pelos Astrónomos da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, nos EUA - em emissão dos que se autenticaram responsáveis pelo exuberante estudo efectivado.
A NASA aferiu então posteriormente que, um Planeta estar localizado numa zona habitável, não significa de todo que seja um lugar onde possam viver humanos, pois a possível colonização do planeta em si, depende de muitos factores, mas os mais importantes são a existência de Água líquida e, uma Atmosfera!
Verificou-se deste modo que, este é já o sexto (6º) Planeta descoberto em redor da Estrela Anã Vermelha Gliese 581. Provavelmente rochoso e, com um tamanho superior à Terra, o Novo Planeta apresenta suficiente Gravidade para poder ter uma Atmosfera - dando uma volta à Estrela Gliese 581 a cada 37 dias, apresentando assim uma característica muito especial: Não gira sobre o próprio eixo! Ou seja, como apresenta sempre a mesma face à Estrela, numa metade do planeta é sempre de dia e, na outra, sempre de noite. Uma invulgar certeza, admite-se.

O HD 4030g
Este recentemente descoberto planeta possui em si uma massa sete (7) vezes maior do que o planeta Terra. Gira em torno do seu próprio eixo e, o Movimento de Rotação, é similar ao da Terra. Está localizado a 42 anos-luz de distância da Terra na Zona Habitável da sua estrela hospedeira.
Os Cientistas determinaram que, existem mais de 800 Exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar), onde uma escassa ou pequena minoria se encontra em «Zona Habitável»!
Estes últimos dados foram-nos generosamente dados a conhecer (ao grande público e a todos nós) -recolhendo nestes todo um seu grande mérito de pesquisa e análise planetárias do que agora sabemos -  pela captação do exímio Espectógrafo HARPS, do ESO (Observatório Europeu do Sul), no que concerne como o mais fiel ou preciso do Mundo (o nosso mundo) em busca de Planetas fora do Sistema Solar. Com pretensos aplausos para a Kepler também!

O Homem está em vias de um Progresso Espacial nunca visto e, havendo hoje essa dignidade em toda a Humanidade imposta, no que se já alcançou e mais virá em suposta contribuição estelar no nosso conhecimento humano e terrestre, então estaremos de facto no bom caminho.
A Missão Planetária será infindável, assim seja a nossa condição absoluta de investimento e consideração tanto a nível pessoal e, individual, como geral ou globalizante de um único desejo a cumprir: descobrir Novos Mundos, Novos Planetas e Deus do Universo nos permita, conceder vida através destes! Mesmo que, o seja, por colonização in extremis da Humanidade, se acaso o nosso amado planeta Terra sucumbir em maior ou menor tragédia apocalíptica como os ventos maus nos apregoam certas vezes. Mas, optimizando o que se quer de facto instituir, afastando assim tais nuvens negras de uma incrédula profecia além os tempos, só temos que nós, Humanidade, fazer por isso, em prol de uma continuidade planetária neste belo Planeta Azul que nos vê ser vida. Neste, ou noutro qualquer espaço planetário que os deuses ou o Deus Supremo do Universo (ou Universos) nos queira retomar em si - em abraço, candura ou conforto... que para mais males do Mundo já nos basta os terrenos! E desses é melhor nem falar...
E que tudo se faça em luz - e feliz condição - do que alguém nos disse um dia em total revelação ao Mundo sobre outros Mundos: «Na casa de meu Pai há muitas moradas...!»        - Jesus Cristo -  (e nós, Humanidade...acreditamos!)

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