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sexta-feira, 24 de abril de 2015

A Deslumbrante Missão do Hubble


Telescópio Hubble no Espaço

25 Anos de Telescópio Hubble

Antes de mais, Muitos Parabéns pelos teus magníficos e completos 25 anos de idade. Que continues a dar-nos maravilhosas imagens do espantoso Universo que nos rodeia. E mesmo que te retirem para um lar de idosos telescópios - onde provavelmente serás o único lúcido - não estarás só, porque todos sempre te recordaremos com saudade, magnificência, êxtase e certamente num eterno deslumbramento por todas as fotos e imagens que nos reportaste ao longo destes 25 longos e belos anos espaciais. Havendo a tua suposta retirada em substituição do mui jovem, impertinente e talvez tecnologicamente o mais irreverente de todos - James Webb - não serás nunca uma peça de museu, um artefacto ancestral espacial ou uma velha inutilidade, pelo tanto que, ao longo de todo este percurso fotográfico espacial nos ofertaste em cumplicidade, impressionabilidade e, ofuscante beleza imperial dos céus. Não te esqueceremos. Estarás sempre na nossa memória e retina fotográfica de uma alma ainda maior do que a que projectaste em nós - na Terra - e só por esse facto estrondoso te felicitamos, Hubble, que sejas sempre memorizado e, amado, na Terra e no Céu, e por toda a glória científica - ou de simples estudo de quem por estas matérias possui interesse, desejo de conhecimento e um amor incondicional ou ofuscante - por todas as estrelas, planetas ou galáxias do Céu que nos obsequiaste na tua longa vida. Que continues firme, eficaz e exuberante...até 2018 (altura aproximada em que James Webb substituirá o Hubble), na certeza porém, de que foste o mais seguido, o mais vigiado e...o mais amado também por tão Deslumbrante Missão no Universo! Parabéns Hubble!
                                                (A minha humilde e sincera homenagem a ti, Hubble)


Nebulosa Olho de Gato (NGC 6543)

O Maravilhoso Universo
Da Partícula mais pequena à maior Galáxia, tudo no Universo segue regras que são descritas pela Leis da Física.
A Formulação dessas Leis tem sido, tradicionalmente, uma tarefa dos Físicos, enquanto a cartografia e a catalogação dos céus tem sido empreendida pelos Astrónomos. Com a aceitação de que as leis da Física se deviam aplicar ao Universo inteiro, surgiu um novo tipo de cientista - o Astrofísico.
O Astrofísico emprega as observações dos Astrónomos e, as regras dos Físicos. Deste modo, os fenómenos e os corpos do Universo podem ser explicados em termos de leis físicas que foram testadas nos laboratórios com sede na Terra.
Toda a Matéria do Universo é composta de cinco (5) «partículas elementares» estáveis: Electrões, Protões, Neutrões, Neutrinos e Fotões. Pode eventualmente também existir uma sexta partícula elementar, chamada Gravitão.
As Primeiras Três Partículas são responsáveis pela totalidade da matéria visível do Universo; as duas restantes - e o hipotético Gravitão - transportam assim a energia criada pelas interacções entre as primeiras três. Estas Interacções são provocadas pelas Forças da Natureza. Como se sabe, há quatro (4) Forças fundamentais: a Interacção Nuclear Forte, a Interacção Nuclear Fraca, o Electromagnetismo e a Gravidade. Todas as Interacções entre os corpos do Universo podem ser explicadas em termo destas quatro forças!


Nebulosa Cabeça de Cavalo (NGC 2023)

Vida e Morte de uma Estrela
Os Astrónomos estudaram tantas Estrelas que puderam compor uma imagem pormenorizada da forma como pensam que estes corpos fascinantes «vivem» e «morrem».
As Estrelas mudam consideravelmente ao longo do tempo, mas esse tempo é com frequência medido apenas em milhões de anos. Por esta razão, os Astrónomos nunca vêem, na realidade, uma estrela passar de uma fase da sua vida para outra e muito menos testemunham um ciclo de vida completo. No entanto, há tantas Estrelas no Céu que é possível observar cada um dos estádios individuais, observando Estrelas Diferentes! Através das observações que efectuam, os Astrónomos têm de tentar deduzir a sequência correcta de acontecimentos da Evolução de uma Estrela, assim como identificar o lugar que cada uma ocupa ao longo da sequência.
As Estrelas formam nuvens enormes de poeira e de gás. Reacções Químicas complexas têm lugar no seio dessas nuvens moleculares gigantescas. Embora a grande maioria envolva Hidrogénio Molecular, as pequenas quantidades de elementos mais pesados presentes também...tomam parte nessas reacções, formando moléculas mais complexas.
Uma descoberta particularmente fascinante, é a de que as Nuvens Moleculares Gigantes contêm compostos orgânicos (com carbono). Estes Compostos são necessários para o desenvolvimento da vida.
Os Astrónomos estão actualmente em busca de Aminoácidos e de Moléculas de Açúcar. Se forem abundantes, podem assim dar-nos pistas da forma como a Vida surgiu no...Universo!


A «minha» Nebulosa da Borboleta (NGC 6302)

O Destino do Universo
Todos os Corpos do Universo são feitos de protões, neutrões e electrões, como é do conhecimento geral. Tudo o que vemos, é então visível porque emite - ou reflecte - fotões de Radiação Electromagnética. Daí a questão universal: Haverá (supostamente) outras formas de matéria que nós não podemos detectar? Haverá outra essência - ou consistência - estelares que ainda não conhecemos mas, que existirão porventura em todo o magnânimo Universo...?
Os Astrónomos suspeitam actualmente de que, outras formas de Matéria, não apenas existam como ultrapassem largamente a matéria normal - Matéria Bariónica!
Os Estudos de Enxames de Galáxias apontam para a possibilidade de, a Matéria desses Enxames, poder então exceder a matéria luminosa numa relação de dez (10) para um (1)! Quer isto dizer, que, 90% do Universo está representado por formas de Matéria que ainda não foram descobertas - com efeitos profundos na questão de se saber se, o Universo entrará ou não em colapso, sob o efeito da Força da Gravidade...
A Esta Matéria dá-se o nome de matéria Escura. Foram então propostas duas formas possíveis - a quente e a fria. A Matéria Escura Quente pode compreender partículas como os Neutrinos que são extremamente leves - deslocando-se à velocidade da luz onde praticamente não interagem com a Matéria Bariónica.
A Matéria Escura Fria pode compreender as partículas hipotéticas - por vezes designadas partículas maciças de fraca interacção.
Uma Teoria Alternativa defende que, a Matéria Escura, não passa então de matéria bariónica normal, contida em corpos não luminosos como as Anãs castanhas e, os Buracos Negros, que pode existir em halos galácticos e, assim corporizar-se em entidades chamadas Corpos de Halo de Massa Compacta.

Telescópio Espacial James Webb (JWST) a ser lançado em 2018

A Deslumbrante Cosmologia
A Cosmologia - para além de tratar a forma como o Universo se formou - também estuda o modo como evoluirá no futuro. Em última instância, a Cosmologia tem de predizer o modo como o Universo acabará.
As Predições do destino do nosso Universo dependem, primeiro que tudo, de quanta Matéria falta descobrir no Universo.
O Telescópio Espacial Hubble e o próximo - o James Webb - um e outro em passado e futuro surpreendentes, têm a deslumbrante função e, missão sequencial de, um desempenho extraordinário de assaz importância na tentativa de detecção daquilo a que se chama Matéria Escura!
As Estrelas não se distribuem uniformemente pelo Espaço, estando confinada a Galáxias, porém, a Formação de Estrelas tem lugar apenas em determinadas regiões. Esses Lugares são zonas nas quais, Poeiras e Gás se acumularam em densidades mais elevadas que no espaço restante.
A Constelação de Orion, por exemplo, contém uma grande região de Formação de Estrelas da qual a Nebulosa do Cavalo representa uma pequena parte. A Forma, é uma distribuição aleatória de poeira que absorve a luz do gás hidrogénio que brilha por detrás.
Orion, que se encontra relativamente próxima da Terra, é uma das regiões de Formação de Estrelas mais intensamente estudadas.

O Telescópio Espacial James Webb  (de 24 metros de comprimento, 12 metros de altura e com um espelho de 6,5 metros de diâmetro, no que é 3 vezes maior que o Hubble), tendo um custo de 4,5 biliões de dólares, será o próximo telescópio espacial a ser lançado por meados de 2018. De referir a particularidade do seu nome em homenagem a um antigo director da NASA.
Em relação ao Hubble, que impreterivelmente executou a sua missão com toda a exactidão e eficiência (se exceptuarmos aquele deslize da miopia inicial), revelando ao mundo todo o manancial de um cosmos verdadeiramente luxuriante e magnífico, no que se tem de referenciar por tudo o que este captou nas mais belas imagens sobre o nosso Sistema Solar - e toda uma miríade de Estrelas, Planetas e Galáxias distantes - assim como as várias e feéricas Nebulosas que hoje nos podemos maravilhar em observação e estudo.

A Nebulosa do Olho de Gato (ou NGC 6543), que está a 3.000 anos-luz da Terra, sendo esta uma das mais famosas nebulosas planetárias, é também e igualmente, uma das mais belas a nossos olhos terrestres. Possui em si mais de meio ano-luz de diâmetro, representando uma breve fase final mas, ainda gloriosa - ou majestosa - na vida de uma Estrela parecida com...o Sol!
Há a Nebulosa da Ostra (a NGC 1501) que está a aproximadamente a 5000 anos-luz da distância da Terra e  na Constelação de Camelo p. (a Girafa), que tem em si uma estrela central brilhante em refulgência de dentro da nuvem da nebulosa, tendo então como designação: Nebulosa da Ostra.
A mais maravilhosa de todas (em subjectividade minha, ou referência de um sentimento muito particular sobre esta), que obrigatoriamente enfatizo por tanto a admirar em toda a glória dos céus: a Nebulosa da Borboleta!

A Nebulosa da Borboleta (ou NGC 6302), está a 4000 anos-luz de distância da Terra na Constelação de Escorpião, 35 vezes maior do que a superfície do Sol. Formada por gases e radiação ultravioleta, o complexo move-se a mais de 960 km por hora no Espaço. Os seus leques podem assim conter carbonatos, como o calcitel (evidência de água líquida no passado) em análise da sua composição química. No centro o calor é mais intenso do que a temperatura que mantém nas suas «asas». Algo que o Telescópio maravilhoso Hubble registou em toda a sua pujante glória espacial, no que todos lhe devemos em respeito e, consideração, por tanto conhecimento hoje alcançarmos sobre estas nebulosas e todos os corpos celestes no Espaço. Algo que, jamais ficará esquecido!
Por tudo isto, se tem então de festejar, obsequiar e conotar enfim, todo o trabalho de cientistas e todos os intervenientes nesta causa espacial em que o Hubble foi peça fundamental. O J. Webb (JWST) se lhe precederá no que, acreditamos, acrescentará ao conhecimento da Humanidade todo o exponencial galáctico na primária missão de exame e verificação da Radiação Infravermelha, resultante da Grande Explosão (Big Bang), assim como as criteriosas observações sobre a «infância» do Universo!
Pela Humanidade - de Um por todos e Todos por um - sejamos confluentes, determinantes e sempre interessados nas matérias do Cosmos, do inefável e deslumbrante Universo que nos acolhe, sem descurar todo o empenho e brilhantismo tecnológico do identicamente Deslumbrante Hubble em toda a sua prestigiada missão. A Humanidade não esquecerá...certamente! Parabéns Hubble!

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