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quarta-feira, 29 de abril de 2015

A Fabulosa Produção de Papel


Moderna Fábrica de Papel

Desde a sua descoberta na Ásia até aos nossos dias - o papel - que tem sido utilizado para vários fins, sendo de uma prestigiosa produção e aferição nossas, não se estará agora a exceder esses limites numa interminável mega-produção mundial? Não se estará a cometer um certo genocídio florestal (através das madeiras e plantas) num abate desenfreado e sem limites, por esta mesma produção abusivamente megalómana? Gastando os recursos da Terra, mas tentando alcançar o que materialmente se lhe opõe em benefícios industriais e de consumo exacerbado, não estará o Homem (em breve) a ter que procurar outros recursos na exigência contemporânea de uma sociedade e civilização a cada dia que passa mais e mais consumistas? E haverá ainda por onde recorrer...? Estaremos a tempo de mudar mentalidades - refreando ou conceptualizando novas formas de abastecimento numa igual vertente de composição e, finalidade, que o papel nos dá?...Poderemos fazer mais, além a reciclagem...além outros métodos que eventualmente se venham a descobrir ser mais eficazes no retorno ao «verde» perdido...?

A Revolucionária Folha
(Como se fabrica o Papel...)
O Desenvolvimento do Fabrico de Papel na China, há cerca de dois mil anos, foi um dos acontecimentos fundamentais da História da Civilização.
Juntamente com a Imprensa, constituiu um meio extremamente poderoso de armazenagem e disseminação do Conhecimento! O processo básico do Fabrico de Papel pouco mudou nestes dois milénios, embora a automatização permita hoje a Produção de Papel nas enormes quantidades exigidas pelas Indústrias da Imprensa e da Embalagem.
Actualmente, uma única máquina pode produzir mais de 300 toneladas de Papel (ou mais) por dia!

A Origem
Uma Folha de Papel é constituída por um tecido de Fibras de Celulose - aleatoriamente entrelaçadas - cada uma delas com 4 mm de espessura (no máximo).
A Celulose é um polímero constituído por milhares de Moléculas de Glicose, ligadas em enormes cadeias sem bifurcações. É a molécula orgânica mais abundante na Terra, sendo o principal elemento estrutural das paredes celulares de todas as plantas. São as Fibras de Celulose que dão às paredes celulares das plantas resistência e flexibilidade, sendo estas as propriedades que tornam a Celulose ideal para o Fabrico de Papel!
Em teoria, pode produzir-se Papel a partir de praticamente qualquer matéria vegetal, mas a melhor fonte de Fibras de celulose é a madeira, que contém mais de 60% deste polímero.
Actualmente, cerca de 50% da produção silvícola do mundo destina-se à Indústria de Papel. Mas a madeira virgem não é a única fonte de Celulose desta indústria.
A Maior Parte das Fábricas de Papel utiliza mais de 50% de papel e cartão reciclado, bem como trapos, serradura e aparas de madeira.
Na Fábrica, estas matérias-primas são tratadas química e mecanicamente para separar e, empapar totalmente, as fibras constituintes. A «Pasta» daí resultante, vai em seguida alimentar uma Máquina de Fabricar Papel. Espalha-se uma fina camada de pasta sobre uma rede de arame móvel para formar uma folha de fibras entrelaçadas.
A Folha Húmida é então comprimida - e seca - até se obter o produto final: um Rolo de Papel!


As mais diversas utilidades e texturas do Papel

A Diversidade e Textura
As propriedades dos diferentes tipos de papel - desde o papel de Toilette extremamente absorvente até ao brilhante Papel Couché - dependem muito do tipo de pasta utilizada e do modo como é processada.
Muitos Tipos de Papel para Escrever utilizam uma mistura de pasta derivada de árvores de madeira macia e de madeira dura. A primeira, contém longas Fibras de Celulose que se entrelaçam bem umas nas outras, formando assim uma folha resistente mas grosseira; a segunda, proporciona Fibras mais curtas que «enchem» a folha, conferindo-lhe a opacidade e uma superfície lisa.
A Pasta pode ser produzida por abrasão mecânica ou pelo tratamento de aparas de madeira com produtos químicos cáusticos.
A Pasta Mecânica é mais barata de produzir, mas também relativamente fraca porque cada Fibra se parte em pequenos fragmentos. É utilizada em produtos de curta duração, por exemplo, Papel de Jornal.
O Fabrico de Pasta por Processo Químico preserva a integridade das Fibras de Madeira, dando desta forma origem a um papel muito mais resistente.


Moléculas de Celulose (tecido de fibras entrelaçadas)

Processo Final
Antes de passar para a máquina de fazer Papel, as Pasta é batida e limpa. Cada Fibra é constituída por muitas Moléculas de Celulose ligadas umas às outras.
O Bater as Fibras, desemaranha parcialmente as moléculas - processo designado por Fibrilação. As Fibras Desentrançadas podem formar mais ligações com Fibras Adjacentes, originando assim um papel mais forte e denso, como o Papel Vegetal. Uma baixa Fibrilação origina um produto mais fraco, por exemplo, Papel mata-borrão.
O Produto Final é também influenciado pelos aditivos. para Papéis para Impressão - e escrita de alta qualidade - adicionam-se à Pasta coadjuvantes como a Argila (caulino) ou o Cré e, branqueadores como o dióxido de titânio para tornarem o Papel mais liso, mais brilhante e mais receptivo à tinta.

Fabrico Mecânico de Pasta
Quando os Troncos das Árvores chegam a uma Fábrica de Papel, é-lhes de imediato retirada a casca e são molhados antes de passarem para a maquinaria de fabrico mecânico - ou químico - de Pasta.
No Fabrico Mecânico, os troncos são carregados para um moinho, onda são comprimidos contra uma pedra que roda a 360 rpm.
A Superfície da Pedra está coberta com grãos de Carboneto de Silício Abrasivo.

Papel Reciclado
Antes de chegarem à Fábrica de Papel, os «desperdícios» (de papel também) são recolhidos e postos em fardos. Ali são transformados em Pasta, retirando-se-lhes a tinta, antes de serem misturados com Pasta Virgem.
O Papel não pode ser reciclado indefinidamente porque, a repetida transformação em pasta fragmenta as suas Fibras, enfraquecendo então o Papel Produzido!

Estrutura da Fibra
Uma Molécula de Celulose é uma longa cadeia de subunidades de Glicose. As cadeias adjacentes mantêm-se unidas por meio de pontes de hidrogénio, formando assim microfibrilhas; estas, enrolam-se à volta umas das outras, formando uma única Fibra.
Muitas Fibras, ligadas por pontes de hidrogénio, formam por conseguinte...uma Folha de Papel!

Há que ter em conta, de facto, toda a exigência - enorme - que a nossa sociedade actual possui sobre esta e outras indústrias ligadas ao Papel. Mas, há que tomar em atenção também, particularmente no que concerne ao abate desenfreado (ou pouco cuidado) de matas, florestas e tudo o que é verde em torno do planeta, pois que os recursos não nos são ilimitados nem dados em infinitas mãos de candura, condescendentes com a nossa abusiva ganância de tudo colher.
A desflorestação, assim como o uso excessivo de se recorrer à Mãe-Terra num esbulho possessório autêntico de tudo desta sacar, há que prever inevitáveis consequências (em futuro próximo) se não soubermos parar a tempo; se não soubermos poupar esses nossos recursos - ou refreá-los - numa nova consciência ou tomada de posição contrária, de  nos voltarmos para outras soluções, outras hipóteses de não espoliarmos no seu todo um planeta que, a cada dia que passa, mais e mais se vê desgastado por nós, terrestres. Há que estabelecer regras e não punições, sendo verdade que, a sermos negligentes, audazes e mesmo autistas em face a essa realidade, em breve teremos uma Terra-Mãe careca, suja, dissecada e débil como espectro senil em moribunda condição de nos estar a morrer nos braços. E...na alma. Pois que se a sua arrancámos de si, não nos restará também a nós (igualmente) muito mais em profecia cumprida no imediato.

Reflorestar é preciso, consciencializar que só a replantação e, a implementação de novas regras e novas plantas (e toda uma diversificada vegetação), nos trará o viçoso planeta perdido - ou júbilo verde de outrora - que todos queremos voltar a ter, mais que não seja para voltar a sonhar com um mundo mais são e mais puro sem químicos ou poluentes de ar, mares e rios e tudo em redor. A Humanidade só sobreviverá, mesmo com todas as suas muitas vicissitudes de fábricas e indústrias polivalentes a isso associadas, se para tal tiver de facto esta nova consciência de tudo se revolver, reciclar ou tomar uma outra atitude na vida que não seja o criar lixo, criar despojos, dejectos ou múltiplas excrescências até de si próprio; físicas e mentais!
Há que voltar a sonhar. Há que voltar a possuir esse mundo e sonhos verdes ou...de todas as cores que a Humanidade veja em si e, no seu planeta Terra, desse tão maravilhoso arco-íris em renovada pureza em si. Se o tenta...já é um passo de gigante. Se o retomar e em si resolver...então estaremos no caminho certo. E toda a Humanidade agradece. A Humanidade... e todos os «outros»...(suponho).

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