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quinta-feira, 16 de abril de 2015

A Inolvidável Energia Ambiental


Barragem/Central Hidroeléctrica

«No centro de todas as coisas reside o Sol. Seria possível encontrar um lugar melhor no mais belo de todos os templos, cuja luz é capaz de iluminar todas as coisas imediatamente? E assim o Sol está sentado no seu trono real e guia os seus filhos, que o rodeiam.» (N. Copérnico, de revolutionibus orbium caelestium, 1543)
«Porque a Lua percorre todo o círculo zodiacal em 28 dias, os astrólogos mais antigos adoptaram 28 fases (...). Nestas 28 fases ocultam-se muitos segredos dos antigos, através dos quais todas as coisas debaixo da Lua são influenciadas de modo surpreendente.» (Agrippa von Nettesheim, De occulta philosophia, 1510)

Sol, Lua, mar, água, ondas e marés e todo um manancial natural de recursos ambientais ou de todo um ecossistema planetário, não chegará para se implementar uma outra via de melhor e mais sã Energia? As Centrais Hidroeléctricas - não sendo isentas desse impacte ambiental - não serão por assim dizer, um mal menor no percurso da continuada procura de alternativas...? Haverá outras, por onde as ondas e as marés influam, sob um Sol permanente e uma Lua vigente que tudo vê, que tudo espia, que tudo explana num vasto território terrestre em Inolvidável Energia Ambiental?

Recursos Renováveis
(Como se gera a Energia a partir do Ambiente...)
O Mundo Industrializado exige Energia abundante sob uma forma muito concentrada. Mas os Combustíveis Fósseis dos quais tão fortemente dependemos actualmente são um recurso finito.
As Reservas Mundiais de Carvão não devem de durar mais de 350 anos e, a extracção de Petróleo, tornar-se-à economicamente inviável por volta de...2035!
No Próximo Milénio, a sede de Energia do Mundo será cada vez mais satisfeita pela recolha da Energia que circula naturalmente pelo Ambiente.
As Centrais Eléctricas que exploram estas Fontes Renováveis emitem pouco calor e poucos poluentes, mas não deixam de ter custos ambientais...

Sol/Lua
O Sol é um gigantesco forno nuclear, que banha o nosso planeta de energia gratuita. Quase todas as formas de Gerar Energia Renovável dependem, em última análise, da Energia Solar, captada directamente sob a forma de calor e de luz ou indirectamente, recorrendo aos ciclos do clima, que são assim controlados pela Radiação Solar.
Também se pode Gerar Energia Renovável aproveitando a Força Gravitacional da Lua, através da subida e descida das marés - duas vezes por dia - ou utilizando o calor do núcleo terrestre, que chega até à superfície do planeta em determinados locais.
Barragem do Alqueva - Alentejo              (Portugal/UE)

Watts provenientes da Água!
A Energia Hidroeléctrica é uma forma de Energia Solar reciclada. O Sol faz evaporar as águas superficiais, que sobem, arrefecem e voltam a cair sob a forma de chuva e de neve, enchendo ribeiros e rios. Quando a Água de um rio corre por um declive pronunciado, é canalizada através de uma série de tubos, fazendo deste modo funcionar Conjuntos de Turbinas ligados a geradores eléctricos.
A Energia gerada por uma Central Hidroeléctrica de pende simultaneamente do volume de água que passa então pelas turbinas e, da distância vertical que a água atravessa ao cair - a chamada «diferença de nível».
As Centrais de Grande Diferença de Nível, em que a água cai 150 metros - ou mais - podem gerar grandes quantidades de Energia a partir de pequenos volumes de água. É por esta razão que os países montanhosos (como a Noruega ou a Suíça) dependem muito da Energia Hidroeléctrica (respectivamente, 99% e 75% do total de energia eléctrica gerada).
Os Locais de Pequena Diferença de Nível, em que um grande volume de água cai durante uma curta distância (20 metros - ou menos ainda), também podem fornecer Energia abundante! Nestes locais constroem-se Barragens de Betão para conterem o fluxo, aumentando assim a diferença de nível e, consequentemente, a Produção de Energia!

  
Barragem Hidroeléctrica de Assuão - rio Nilo                (Egipto)

Barragens de Grande Escala
No passado, construíram-se Barragens Hidroeléctricas em grande escala: a Barragem de Assuão, no rio Nilo (Egipto), com a altura de 111 metros, o comprimento de 3800 metros, formando uma albufeira (o lago Nasser) com uma área de 5000 quilómetros quadrados...
Esta Barragem gera 2100 MW de energia - tanto como duas centrais nucleares -  proporcionando assim à economia do seu país vários benefícios adicionais.
Todavia, os projectos de Barragens em Grande Escala têm alguns custos ambientais: deslocam pessoas e bens, alterando completamente estilos de vida tradicionais e, nalguns casos, a acumulação de sedimentos na albufeira reduz de forma drástica a vida útil da Barragem!
Para resolver então estes sequenciais problemas, constroem-se hoje (normalmente) Centrais Hidroeléctricas a uma escala mais pequena, para deste modo fornecerem electricidade apenas a uma aldeia - ou a pequena cidade próxima.

Extracção de Calor
As Fontes Terminais e os Géiseres aparecem onde quer que o magma (rocha fundida) surja perto da superfície terrestre. Nestes locais, pode captar-se Energia geotérmica escavando-se poços nos Reservatórios Subterrâneos de Vapor a alta pressão e, a temperatura elevada.
Esta Energia pode em seguida ser utilizada para fazer funcionar Turbinas. A capital da Islândia - Reiquejavique - é aquecida e iluminada quase exclusivamente por Fontes Geotérmicas!
Contudo, o Vapor Geotérmico só se encontra acessível em relativamente poucos lugares em todo o mundo; noutros lugares está-se a explorar o potencial de Extracção de Energia a partir de rochas secas. Esta implica a Perfuração da Crusta até  uma profundidade de 10 km - ou mais - onde a rocha atinge temperaturas de cerca de 250ºC. Utilizam-se então cargas explosivas para abrir fissuras na rocha. Bombeia-se água para o «reservatório» subterrâneo assim formado, sendo esta aquecida pelas rochas quentes e de seguida elevada de novo até á superfície, onde é utilizada para aquecimento ou para gerar electricidade.


Recursos extraídos do mar/oceanos

Oceanos de Energia
A Energia armazenada na água quente do mar pode ser extraída numa Central de Conversão de Energia Térmica Oceânica (OTEC). A Água quente que se encontra à superfície é aspirada para dentro de uma câmara de vácuo e, bombeada através de tubeiras, que a convertem em pequenas gotículas. Estas evaporam-se rapidamente, formando Vapor de Água, que faz funcionar uma turbina de baixa pressão ligada a um gerador eléctrico.
O Vapor de Água passa em seguida sobre 2 conjuntos de Condensadores - cada um deles arrefecido por água bombeada do fundo do Oceano.
No Primeiro Condensador, o vapor entra em contacto com tubos que transportam água fria. A Água que condensa à superfície destes tubos não contém sal - um valioso subproduto! O restante Vapor de Água é então condensado no segundo Condensador, sendo depois a água bombeada para...o Oceano.
A Água Fria é bombeada desde profundidades de 1 km (ou mais) através de um longo tubo sustentado por bóias; a água quente é captada à superfície; a água recondensada é descarregada para o Oceano através de um tubo de saída.
As Futuras Centrais Térmicas Oceânicas poderão ser construídas junto a instalações de engarrafamento de Água Dessalinizada - e os grandes tanques contendo água fria e rica em nutrientes - podem, por sua vez, ser utilizados na Piscicultura Comercial.

A Maré vai alta!
As Barragens de Maré - gigantescas barragens construídas nos estuários dos rios - são o modo mais eficaz de aproveitar a Energia da Maré! Quando a maré sobe, abrem-se então gigantescas portas de retenção e a Bacia de Maré enche-se de água.
Na Maré Alta, as portas de retenção fecham-se, evitando a saída da água. Quando a maré desce, deixa-se sair a Água da Bacia de Maré para o mar através de conjuntos de turbinas acopladas a geradores eléctricos.
As Barragens podem gerar enormes quantidades de Energia, no que (cada vez mais) se tentará ascender a essa mesma energia, onde provavelmente se poderá atingir 8640 MW na sua máxima potência, não sem antes se referir a complexa alteração ou subsequente problema ambiental daí derivado. O que tem levado a idênticos trâmites - e polémicas - sobre a construção futura das mesmas.

A realidade nacional que hoje o meu país enfrenta não é de todo ilegítimo - ou displicente - se se tiver em conta os grandes recursos naturais que toda uma faixa costeira litoral (que abrange mais de 1450 km de norte a sul de Portugal Continental) reporta, em probabilidades enormes de se extrair energia de um mar imenso em todo o seu esplendoroso Oceano Atlântico.
Durante séculos ignorámo-lo, fastidiosa e negligentemente. Até as nossas lusitanas casas se voltavam de costas ou contra esse mesmo mar que outrora foi pululante de navegantes e bravos marinheiros ou marujos de mau porte; e todos eles com o coração no mar ainda que a alma em terra...
As barragens hidroeléctricas, sendo hoje uma outra realidade - em número e diversificação - espalhadas pelo meu pequeno país, têm dado para tudo: até para as evitar ou condenar a não serem construídas por vias de umas rupestres figuras que se salvaram dessa mortandade da picareta e das águas em si vazadas, no que deu muita polémica, não se sabendo estipular ou esmiuçar se, ao longo deste tempo todo, quem terá vencido ou perdido, numa dinâmica mais ou menos económica e de interesses financeiros; se as figuras rupestres que hoje morrem adormecidas não pelo tempo mas pelo completo desinteresse humano por estas, se uma barragem que não foi avante, em fluidez de outros recursos de mais trabalho, mais empregos para a zona. A referência que faço é sobre as pinturas rupestres de Vila Nova de Foz Côa no norte do país, no distrito da Guarda, em Portugal.

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Paisagem/Barragem da Foz do Côa

É muito difícil - e mesmo contraproducente ou pouco consensual - que se outorgue esta discussão entre uns e outros, no que há sempre a vertente de uma economia latente e nunca o contrário, no entanto, há que respeitar decisões judiciais (e outras) na performance absolutamente indissociável - e inquestionável - de uns e outros poderem eventualmente terem razão. Mas, sabe-se, tudo o que é em excesso é demais: vitimiza, fragiliza e adoece - se tivermos em conta também as alterações ambientais (e mesmo climáticas) que tudo isto insurge num ecossistema de singular perturbação, se não se estudar até ao limite as consequências nefastas de todo este desenvolvimento energético. Tudo perece: vegetação, plantas, aves, espécies marinhas, espécies reptilárias, insectívoras e todas as outras numa biodiversidade ímpar que, gradualmente, vai fugindo de nós; e, depois disso, o ar prenhe de multi-poluentes que se respira, o solo que se pisa e por fim, todos os microrganismos envolventes que se «afogam» e desaparecem de todo o nosso berço planetário. Um cataclismo, sem dúvida!

Para tudo há que haver consciência, estudos, análise e razoabilidade de se não estar a criar um imenso fosso entre a Mãe-terra ou a Mãe-planetária em excremento ou excrescência imparável, mesmo que a nossos olhos nus tudo pareça perfeito em baías hidrográficas tão belas quanto o Homem assim as fez em detrimento das que a Natureza produz e exibe em si. Há que estar atento e asseverado dessa mesma consciência de que não podemos continuar a esventrar a Terra como se de uma cratera inútil se tratasse, sem vontades, sem quereres (como diria a minha avó) ou sem direitos alguns que não sejam os de nos ver violá-La, atormentá-La, siderá-La na máxima e execrável atitude - e comportamento amoral - de tudo nos apossarmos, de tudo nos fazermos pertencer como piratas à solta sem freio - nem meios de retornar à infância dos ingénuos, dos inocentes e dos que ainda acreditam que é possível mudar; mudar tudo! Há que sublevar esforços e subliminar mentalidades, consciências e mesmo almas boas, sãs, ainda puras, ainda intocáveis - ou virgens - que se façam pronunciar, combater e educar nas novas gerações por uma outra essência de vida, uma outra harmonização que nos traga Energia mas consequentemente também uma outra Alegria de vida: o sentir que a Humanidade ainda não está perdida...ainda vai a tempo...ainda vai conseguir estabelecer na Terra o que o Homem esqueceu, omitiu, sonegou ou sequer olvidou...desta sua Inolvidável Energia Ambiental! Como terá dito - certa vez - um certo e determinado ser extraplanetário (ou ser extraterrestre) à civilização humana: «Ainda Há Tempo! Há Bem...lá fora! E nós, humanos, só temos de acreditar...(desde que também haja Bem cá dentro...na Terra! E...nas nossas almas!)

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