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sábado, 23 de maio de 2015

A Era Astrofísica V - (A Profunda Realidade dos Telescópios)


Telescópio Espacial WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer)

Tendo descoberto a Galáxia mais luminosa do Universo (o telescópio WISE), poderemos acreditar que, em breve, seremos os futuros senhores do Cosmos em maiores e mais abrangentes conhecimentos deste? Sendo uma profunda realidade a que, hoje, os telescópios nos revelam (por todo um Universo fantástico e glorioso), haverá a suspeição, a crença ou mesmo a interactiva contingência de nos estarmos a expor ao grande macrocosmos sideral ante todas as suas irreverências, perigos e até afrontas de toda a sua cosmogonia estelar? Estará o Homem preparado para o que aí vem? Será tudo um brilhante e maravilhoso êxtase (tão igual ou semelhante à Nebulosa Carina) mas também - na idêntica proporção - uma intensa e fatal teia interestelar que nos seduz e depois nos mata...? Ou nada disso e, sendo o futuro hoje já uma realidade em certa medida cumprida, será apenas e tão-só, a indução do imparável avanço da Humanidade sobre o Universo???

Telescópios Não-Ópticos
Nem todos os Telescópios são concebidos para observar os corpos que emitem luz. A região visível representa apenas uma parte muito pequena do Espectro Electromagnético total, assim como a Observação do Universo em outros comprimentos de onda, abrindo dessa forma novas janelas para o Cosmos. No entanto, nem toda a radiação electromagnética desses outros comprimentos de onda...chega à superfície da Terra!
Grande parte dessa radiação é bloqueada pela Atmosfera Terrestre e, por isso, a radiação tem de ser recolhida por Satélites em Órbita...à volta do nosso planeta.
Os Telescópios Espaciais também podem efectuar observações em contínuo, não sendo perturbados nem pelas nuvens nem pela luz do dia. A sua maior desvantagem reside no facto de, em virtude de a manutenção ser tão difícil, a fiabilidade do equipamento ter de ser muito elevada.
O Telescópio Espacial Hubble, lançado pelos Estados Unidos em 1990, sofreu vários falhanços mecânicos que exigiram um complicado trabalho de reparação, efectuado pelos Astronautas do Vaivém Espacial em 1993. Quando o telescópio está em funcionamento, os Fotões da Radiação Recolhida são então utilizados para formar uma Imagem que é depois convertida em sinais eléctricos, sendo de seguida enviada para a Terra para análise.


Telescópio Espacial Hubble

A Radiação Electromagnética
A Radiação Electromagnética de Comprimento de Onda Curtos ocupa o mundo de alta energia dos Raios-Gama e dos Raios-X, que necessitam de telescópios de tipo muito diferente para os detectar. Podem ser focados com o emprego de um Telescópio de Incidência Rasante, porque os raios-gama e os raios-X são tão energéticos que, a maioria dos fotões, passaria através de um espelho convencional que tentasse reflectir e focar os raios.
Em vez de uma forma parabólica, o espelho é alongado e tornado cilíndrico, de modo que os Fotões atingem-no em ângulos muito fechados. Os Raios de Alta Energia são então reflectidos e focados.
Os Telescópios de Incidência Rasante possuem muitas vezes vários telescópios cilíndricos de diferentes raios - alojados uns nos outros - para assim melhorar a sua prestação.
Os Comprimentos de Onda Maiores que o da luz e da radiação infravermelha são ocupados pela região das ondas de rádio do espectro.
As Ondas de Rádio (normalmente) atingem a a superfície da Terra sem grandes distorções, sendo a radiação recolhida por grandes pratos instalados no solo e por sistemas de discos interligados chamados Interferómetros.

Os Poderosos Interferómetros
Num Interferómetro, dois ou mais pratos são usados em conjunto para assim observar a mesma fonte astronómica.
Os Interferómetros são instrumentos poderosos! Dois radiotelescópios, separados por uma certa distância chamada «Linha de Base», são então apontados para a mesma fonte astronómica.
As Ondas de Rádio da Fonte percorrem assim uma trajectória ligeiramente maior para chegarem a um dos telescópios que as ondas que chegam ao outro telescópio. Quando ambos os sinais são combinados num computador, não são exactamente iguais, produzindo um padrão de interferência. Os Astrónomos podem utilizar este padrão para construir uma imagem do corpo que estão a estudar. Quanto maior for a Linha de Base, tanto mais pormenorizada será a Imagem produzida! Uma Imagem ainda melhor pode conseguir-se se se utilizarem mais do que dois pratos, instalados com Linhas de Base...diferentes!


VLT - (Very Large Telescope) - do Eso, Chile

22 de Maio de 2015
Havendo a referência máxima do que o WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) conseguiu neste flamejante dia 22 do presente mês de Maio em fantástica descoberta da Galáxia mais luminosa do Universo - uma galáxia remota que brilha com a luz de mais de 3 biliões de sóis - acrescenta-se também a enfática captura da imagem mais detalhada de sempre (feita pelos Astrónomos) da Nebulosa da Medusa. Feito este, com a preciosa ajuda do VLT, instalado no Chile. Já no dia 19 de Maio se recolhera observações (obtidas da VLT) dando a conhecer uma nova classe de Enxames Estelares Globulares «escuros», situados em torno da galáxia gigante: Centaurus A. Para já, os nossos sinceros parabéns a todos os intervenientes nesta brilhante causa (e captura) espaciais - ou do foro cosmológico - em triunfal mesura destes novos tempos astrofísicos.
Frutuoso foi este mesmo dia, aquando se vislumbrou (através de eminentes telescópios), a captura de imagens sobre raros momentos iniciais de Supernovas recém-nascidas - obtidas assim pelo Kepler e pelo Swift - debruçando-se sobre elas na esperança de melhor compreender o que despoleta estas explosões demolidoras, segundo os cientistas.

O Distinto Hubble
Em 19 de Maio deste ano (2015) o Hubble registaria algo impressionante, na sua imparável e já longa missão incrível de nos dar a conhecer a Migração de Anãs Brancas no Enxame 47 - Tucanae - em traça única do que foi recolhido pelos Astrónomos e, pela primeira vez! Um feito inédito, registado e obtido pela NASA/ESA através do Hubble, na observação de um censo de jovens anãs brancas que começam a sua migração a partir do centro lotado de um antigo Enxame Estelar para a periferia mais despovoada.
Em 15 de Maio, já o Hubble se tinha imposto na descoberta (igualmente entusiasmante) de um Halo Gigante em redor da...Galáxia de Andrómeda! Os Cientistas descobriram então que, o enorme halo de gás que envolve a Galáxia de Andrómeda - o nosso maior vizinho galáctico - é cerca de 6 vezes maior e 1000 vezes mais massivo do que o medido anteriormente. Uma revelação fantástica!


NGC 3293 na Nebulosa Carina

A Revelação!
«Magnetor perto do Buraco Negro Supermassivo proporciona surpresas!» - Foi desta forma assaz surpreendente - e enfatizada por alguns cientistas e publicações mediáticas - que a revelação se faria ao mundo a 19 deste corrente mês de Maio, na estrondosa alegoria cósmica de se instar que, a uma distância de 0,3 anos-luz  do Buraco Negro com 4 milhões de vezes a massa do Sol no centro da nossa galáxia - o Magnetar - é de longe a estrela de neutrões mais próxima de um Buraco Negro Supermassivo já descoberto, sendo provável que esteja a ser atraída...gravitacionalmente! Mas as novidades não se ficariam por aqui...

Em relação a este fabuloso aglomerado estelar que se designa agora por NGC 3293 - em exuberantes estrelas quentes e azuis que brilham com bastante intensidade neste maravilhoso e recém-formado enxame «aberto» de estrelas - a revelação não poderia ser maior e mais esfuziante também!
O Enxame Aberto NGC 3293 está localizado na direcção da Constelação de Quilha (ou Carina), a cerca de 8000 anos-luz de distância e, tem uma abundância particularmente elevada de estrelas jovens e brilhantes.

O estudo da NGC 3293 indica que as Estrelas Azuis têm apenas (mais ou menos) 6 milhões de anos, enquanto as Estrelas Ténues Avermelhadas de Enxame parecem ter...(aproximadamente), 20 milhões de anos! A ser verdade, segundo os cientistas, a Formação Estelar neste Enxame Aberto levou (pelo menos) 15 milhões de anos a concretizar. No entanto (ainda segundo os especialistas), este espaço de tempo é curto quando comparado com a vida de milhares de milhões de anos das estrelas - como o nosso Sol - e, com mais de 10 milhões de anos de muitas galáxias; para além de todo o Universo!
Há ainda a referência na imagem desta NGC 3293 aparecer mesmo em frente de uma densa faixa de poeira e de hidrogénio gasoso avermelhado, que emana da Nebulosa Carina, criando assim um efeito inolvidável  e de uma beleza incomum não só para astrónomos e astrofísicos mas, sem dúvida alguma, para todo o resto do mundo por mais ignotos ou leigos que sejamos nestas matérias do Espaço!

Nada mais a acrescentar a não ser que, novos tempos na Terra sobre novos tempos de um Cosmos sempre profusamente e, profundamente maravilhosos, nos possam revelar o quanto ainda somos tão ignorantes quanto pouco poderosos; relembrando assim a célebre frase há muito deixada por Carl Sagan no que referiu em sua última entrevista (pessoal e opinativa) de que: «Tendo a consciência de que se avançou efectivamente muito na Ciência, na Física, Astrofísica e todas as tecnologias envolventes, também será por uma sede de Poder e certa Ignorância, que o Homem (ou certos círculos em si) se poderá perder...correndo sérios riscos no futuro!»
Poderão não ter sido estas as suas exactas palavras, mas foram com certeza muito sentidas e expressamente envolvidas também de muita proeminência de intenções - e crença pessoal - sobre os desvios do Homem e, por conseguinte, de toda a Humanidade.
Tentando que Carl Sagan esteja errado (ou pelo menos não totalmente certo na sua analogia presciente ou premonitória...) que desejo que a Humanidade possa aludir a um outro rumo, a um outro caminho: de conhecimentos e ensinamentos sim, mas nunca pela avidez, voragem ou mesmo cobardia de se engrandecer ou enaltecer...por um poder idiota de hegemonia igualmente abjecto ou acéfalo, se se tiver em conta as finalidades a que se propõem no mundo; o nosso mundo terrestre.
Que o Bem singra e o Mal não vingue...será sempre o meu mote para esta Humanidade que somos todos nós e que todos, acredito, desejaremos ver singrar e vingar - em fluente e feliz bom sentido ad eternum!

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