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terça-feira, 5 de maio de 2015

A Espectacular Inteligência Artificial


 «Dictum Cogito Ergo Sum» (Eu Penso, logo Existo!) - Descartes
Robô Humanoide (o futuro...hoje?)

Máquina (Robô)/Homem
Ultrapassando as fronteiras de toda e qualquer ficção científica, estará o Homem (finalmente), a roçar a magnanimidade de Deus ao aperfeiçoar máquinas que, um dia, lhe serão superiores...? Haverá essa suspeição, essa servidão ou subsequente e imparavelmente, essa inclusa reiteração do criador (inferior à sua obra), submeter-se à criação? Estará o Homem a incorrer nesse tão grande risco de se ver ser (em futuro próximo) seu escravo; ou seja, indefectivelmente inferior  e, ele próprio, manipulado por tamanha espectacularidade artificial? Poderemos enfrentar - ou temer - o que o futuro nos aguarda, tal como Stephen Hawking o pronunciou, no que eventualmente estaremos a brincar com o fogo (metaforicamente), na assertiva analogia dos factos agora apresentados de, possíveis máquinas pensantes - de raciocínio lógico e acção imediata em inteligência artificial - conotando-nos (ou deparando-nos) com a nossa fragilidade e, inferioridade humanas?
Estaremos preparados para a sublevação dessas máquinas, desses autómatos - ou desses Robôs, nossos «filhos« robóticos de corpo sem alma que nos são? Enfrentá-lo-emos ou não teremos essa mesma condição humana de «matarmos» a nossa criação, a nossa progénie - ainda que a título póstumo tenhamos a quase certeza de nos debatermos com essa idêntica decisão...? Arcaremos em corpo e alma as culpas ou desculpas do que a nossa consciência nos ditou, se tal nos confrontarmos...sem ser obviamente pela evolução e desenvolvimento para um facilitismo moderno que todo o Homem almeja? Ter-se-à transcendido tal, extrapolado sentidos e poderes...? Ainda irá a tempo - a Humanidade - de reconhecer os seus erros ao tentar criar emoção numa máquina? Ou «recriar» até uma alma? E tendo-lo conseguido (nos Robôs), suportará eliminá-lo então...? A sua alma (a do Homem) suportará tal? Saberá conviver com isso ou...reverterá essa mesma máquina desalmada em si, pelo tanto que dissecou e não vivificou naquele seu filho que vê mas não olha, abraça mas não sente...ou sentirá??? E que abraço final será esse...???




Trabalhadores Diligentes
(Como os Robôs manipulam e detectam o que os rodeia...)
O termo Robô, derivado da palavra checa «robota», que significa «trabalho», foi inventado na década de 1920 pelo escritor Karel Capek. Mas os primeiros passos práticos da robótica só tiveram lugar na década de 1950, quando o «Manipulador Industrial Estático» - uma forma primitiva de braço de Robô - foi patenteado.
Os seus sofisticados sucessores são hoje vulgares, realizando tarefas em processos de fabrico complexos. Têm-se desenvolvido outros que cortam relva, administram medicamentos e tosquiam animais (carneiros). Entre outras funções. Todavia, os Robôs verdadeiramente inteligentes e, independentes, são ainda um sonho distante...ou não? Será que o podemos determinar com toda a fiabilidade ou certeza assumidas pelo que hoje se conhece de inovação e desenvolvimento nesta complexa área tecnológica...?

Ficção Científica ou realidade actual?
A visão que a Ficção Científica tem de Andróide - um Robô com forma humana - sendo uma miragem até há poucas décadas, é, na actualidade, quase um projecto assumido (no exponencial desenvolvimento tecnológico nipónico de robôs do tipo humanoide para diversos fins - ainda que não possuam sensibilidade, emoção ou poderes sensitivos mas lá se chegará...), no que neste sector industrial da alta tecnologia e robótica se distingue.
Todavia, grande parte dos Robôs Industriais actuais assemelham-se pelo menos a uma pequena parte da anatomia humana: o Braço. Têm articulações que funcionam como Cinturas, Ombros, Cotovelos e Pulsos; para além de uma «Mão» que se regista por uma «pinça terminal» que manipula instrumentos.
A semelhança torna-se assim enganadora porque, os Robôs têm capacidades claramente não humanas! São extremamente fortes, possuidores de altas capacidades de facto - capazes de suportar pesadas cargas sem se cansarem (ou exigirem direitos...), sendo também muito precisos, directos e imediatos, mesmo em tarefas repetitivas. Isto, torna-os deste modo ideais para a realização das tarefas árduas - e aborrecidas - que muitos Processos de Produção implicam.
É o número de Articulações Móveis - ou graus de liberdade - que um Robô tem, que assim determina as suas capacidades ou multi-funções. Na Indústria Automóvel isto regista-se em larga escala, numa eficiência, rapidez e exactidão sem limites, tornando mais rentável todo este sector em linha de montagem; ou outras neste mesmo sector.


Robô de Pintura da Volkswagen (Indústria Automóvel)

Processo/Capacidade dos Robôs
É o número de Articulações Móveis (ou graus de liberdade) que um Robô tem que determina as suas capacidades - como já se referiu acima. São necessários então três graus para posicionar a «pinça terminal» em qualquer lado ao alcance do braço - e outros três (3) para a Pinça Terminal agarrar um objecto ou Peça de Trabalho, a partir de qualquer direcção.
Embora um Robô necessite de seis graus (mais um sétimo- a abertura e fecho da pinça terminal) para imitar a versatilidade de um braço humano, cada Articulação introduz uma certa folga, tornando o posicionamento correcto do braço mais difícil. É por esta razão e, para poupar despesas, que muitos Robôs Industriais têm apenas quatro (4) ou cinco (5) graus de liberdade.
Os Braços têm então de ser muito rígidos e, assim, tendem a ser muito pesados. Por esse facto, os Motores que os movem, têm também de ser potentes mas ao mesmo tempo capazes de funcionar com grande precisão.
Os Robôs mais pequenos utilizam por vezes Motores Escalonadores, que percorrem uma distância predefinida de cada vez que recebem um Impulso Eléctrico! Os Braços Maiores são demasiado pesados para funcionar apenas a...electricidade. Por isso, utilizam-se Motores e Cilindros Hidráulicos controlados por um Computador Central.

Força Industrial
A Produção de Automóveis implica (como se sabe) tarefas repetitivas que têm obrigatoriamente de ser realizadas com precisão e, a alta velocidade, o que a torna ideal para os Robôs!
Muito mais fortes do que os trabalhadores humanos, os Robôs pintam e instalam componentes, para além de efectuarem Trabalhos de Soldagem. Um braço de Robô Normal roda em torno de várias articulações, impulsionadas por Actuadores Eléctricos, para se colocar em posição.
Outra Articulação da «Mão» controla a pinça terminal. O Robô é então controlado por um Computador, que é programado através de um módulo de ensino. Normalmente, os Robôs determinam a sua posição com Codificadores Incrementais. Quando uma articulação roda, uma Célula Fotoeléctrica emite um impulso de cada vez que uma linha de um disco passa por ela. Ao contar os Impulsos, o computador «sabe» qual a posição da articulação em qualquer altura. Pode inclusive utilizar-se o mesmo Robô em diferentes tarefas - mudando a sua pinça terminal.
As Pinças de Vácuo têm um certo número de ventosas, sendo utilizadas para levantar e, posicionar objectos de superfícies lisas, por exemplo, os pára-brisas dos automóveis.
A Garra de dois dedos (2) para uso geral tem muitas vezes Sensores nas extremidades, de modo a que os objectos não sejam esmagados. Os Objectos Frágeis têm de ser manipulados por uma pinça circular. Esta é então colocada à volta do objecto e um tubo de borracha enche-se de ar, agarrrando-o com uma pressão uniforme.

Sensores
Para realizar as suas tarefas, um Robô tem de recorrer a equivalentes de pelo menos alguns dos cinco sentidos. O Tacto pode ser emulado por simples micro-interruptores.
Os seus contactos fecham-se mediante uma ligeira pressão, dando um sinal que pode dizer quando a Pinça Terminal está a agarrar uma peça de trabalho. Se estiver a ser utilizado um simples Motor Eléctrico para controlar o Actuador, o contacto pode ser detectado de uma forma ainda mais simples, através do aumento da corrente utilizada quando a Pinça Terminal encontra resistência ao fechar.
Os Sensores de Proximidade podem detectar objectos próximos sem terem de lhes tocar, por vezes pela simples geração de um campo electromagnético.
Um Objecto de Metal nas proximidades altera o valor deste campo, sendo que esta alteração pode ser utilizada para alertar o Controlador do Robô. Outros tipos controlam o padrão de uma luz reflectida - ou o tempo que um Impulso Infravermelho demora a reflectir-se.
Atinge-se assim um Grau de Detecção muito mais sofisticado, com sistemas de visão com base em Câmaras  de Vídeo. A tarefa aparentemente simples de ser capaz de reconhecer objectos a partir de uma Imagem de Vídeo, requer (de facto), uma enorme capacidade de cálculo e complexos programas de...Inteligência Artificial!
Este sector tem tanto de alta tecnologia como de impressionável (ou fantástica) assumpção ambiciosa em vertente quase mágica - ou inimaginável, tendo em conta os avanços e últimos desenvolvimentos robóticos, no que se relaciona com dispositivos vários que vão do Olfacto ao Paladar! Já existe inclusive um Robô-escanção - ou Sommelier (profissional especializado na prova de vinhos) - muitas vezes dependentes da condutividade de certas substâncias.


A Estupidez Artificial (Insectos-robôs)

A estranha Robótica...
Os Investigadores Americanos produziram há décadas vários Insectos-robôs capazes de procurarem um esconderijo na escuridão - uma tarefa à priori simples e, que se reportava na altura com a designação de «Estupidez Artificial».
Os Futuros Insectos-robôs podem desta forma ser utilizados na Indústria para fazerem verificações e, reparações, em maquinaria inacessível e, de uma outra forma muito mais eficiente. Contudo, há a objecção por parte de alguns investigadores e demais cientistas (e mesmo população em geral, incluindo até a ONU) que se demitem destes esforços tecnológicos sob a forma minúscula (e sub-reptícia) de outros fins, objectivos ou finalidades. Há quem reitere e puna severamente estes avanços numa discordante realidade que se assume como contrária ao desenvolvimento e acções humanitárias, ou seja, de teor menos ortodoxo, íntegro ou mesmo em certas práticas de um terrorismo camuflado, apelando à ONU para que intervenha nesta área. Se assim for, estaremos perante uma outra forma de espionagem, infiltração e até de um certo sensacionalismo imediato de se estar a invadir territórios (e pessoas) para fins pouco ou nada correctos do que deveriam ser (ou ser tomado em conta) na funcionalidade e objectivos destes Insectos-robôs.

Controlo Remoto
Uma das maiores vantagens dos Robôs é a sua capacidade de funcionarem em situações perigosas - nas que os seres humanos para isso estão incapacitados ou eventualmente o não possam fazer, como por exemplo, nos invólucros encontrados que sugestionem bombas dentro; entre outras idênticas situações de grande perigosidade (pelo que na actualidade se já usa com toda a eficiência e trato estes robôs de prospecção no terreno), por outras acções que o ser humano não seja capaz de executar em tempo ou permanência deste em longos períodos.
Na verdade, estes não são Robôs mas sim Tele-operadores (ou teleoperadores), porque não são controlados por um computador, mas emulam os movimentos de um controlador humano! Daí existirem Máquinas de Remoção de Bombas, tendo sido igualmente utilizados dispositivos semelhantes para se tentar eliminar a contaminação nuclear em Chernobyl. E, sequencialmente (por vias de uma outra similar tragédia no Japão), em Fukushima.
O Desenvolvimento da Tecnologia de realidade virtual, assim como os aperfeiçoamentos na Mecânica dos Robôs, podem eventualmente vir a permitir a realização de tarefas perigosas e intrincadas - até de operações cirúrgicas que, como se sabe, se efectivam com estrondoso êxito através destes super-robôs, muito especiais; eficientes e nada exigentes!


Robô-pensante (Humanoide com cérebro activo independente...?)

A Construção de Robôs
A Boston Dynamics - empresa de alta tecnologia especializada na construção de robôs para fins militares - tem-se desenvolvido em múltiplos esforços no lançamento e, concretização, destes Robôs-protótipos com a finalidade de auxílio e logística das forças militares na frente, ou seja, no terreno.
Possui em si já vários sucessos neste sector, tendo lançado o «Big Dog» - protótipo utilizado no transporte de mantimentos para as tropas. Do seu vasto curriculum robótico já fazem parte o «Cheetah» que alcançaria os 30 km por hora e, o «Spot», que possui vários Sensores Integrados que ajudam o Robô (ou a máquina) a movimentar-se em terreno acidentado; e tudo isso numa locomoção ágil e desenvolta em velocidade.
A sua Locomoção é então realizada através de Actuadores Hidráulicos, alimentados assim por um Motor Eléctrico que conferem á máquina agilidade e pouco ruído, ou seja, de baixa sonoridade. E isto, nutre-se efectivamente por qualidades que o conotam de quase perfeito para tarefas de reconhecimento da área!
O Cão (ou cachorro) robótico Spot tem o peso de 72 kg, no que a sua construção foi baseada no equilíbrio, sabendo trotar (em diferentes tipos de terreno), subir escadas de forma simples - em funcionalidade conseguida (como já se referiu) - em que este se movimenta mesmo nos terrenos mais inóspitos ou acidentados, o que o leva a tornar-se um companheiro exemplar na necessidade que se preencherá de quem dele objectivamente também...precisar! Como exemplo, os invisuais ou todos aqueles que necessitem de um bom prospector de terreno - caso surja alguma situação mais preocupante que limite um empenho humano ou animal (cães de serviço oficial, policial ou militar) em cumprimento de tarefa mais perigosa. Esta tecnologia vem demonstrar assim, efectivamente, toda a urgência de execução e desenvolvimento, se tivermos em conta todos os enormes benefícios que através destes Robôs - ou vulgo máquinas andantes - nos trazem. E todos lucraremos com isso!

Não tenho a presunção de relatar ou subjectivar - a nível pessoal - se Descartes estaria ou não com este mesmo pensamento de: «Eu Penso, logo Existo!» ao ver retratado nestes seres robóticos um pensamento - ou cérebro pensante. Não sei. Penso que nenhum de nós, neste momento, o poderá dizer...por muito que se tente (em sons, vozes, imagens e quase sentidos...que nos chegam do país do sol nascente, no Japão, de iguais seres robóticos e que, para espanto de muitos, quase parecem emergir vida humana).

O que se sabe, é que existe toda uma Indústria Tecnológica envolvente que alude a estes avanços com uma miríade de solução e execuções realmente fantásticas de seres quase humanos, quase viventes em raciocínio, lógica e efectivação de actos ou movimentos - todos eles, muito parecidos aos dos humanos! Se tal ocorrer em nossa glória, honra e evolução constante - e insistente - no que todos desejamos ver em ascensão e ornamentação quase humanas...tudo bem; desde que, se não ultrapassem os limites éticos de toda uma sociedade moderna e, actual que nos rege em integridade, cumplicidade e, de certa forma, interacção ou conexão de uns para outros em qualquer parte do mundo.

Não devemos ser substituíveis...ou o futuro da Humanidade estará indefectivelmente em perigo! Devemos sim, ter essa mesma consciência de necessitarmos das máquinas, de as desenvolvermos e, aperfeiçoarmos, mas nunca por nunca, o deixarmos que estas nos comandem a nós, humanos! Se essa vertente, direcção, vector e essência se inverter (em processo algo maléfico, patológico, insano e completamente enviesado ou disforme ao devido) então estaremos de facto perdidos; irremediavelmente perdidos como Humanidade que fomos - e somos - mas nunca mais o seremos...se deixarmos sublevar os autómatos, os Robôs desta ou de outras vidas em nós! É nisso que acredito, sendo essa a igual realidade e «crença» (que sigo fielmente) em Stephen Hawking - ainda que lhe esteja em oposição (e contrariamente a si), quando afere que o Big Bang é a prova que Deus não existe. Aí...meu amigo S. H. não estamos mesmo de acordo, por muita sumidade que insira em si e ao mundo devote; Deus existe (na minha humilde opinião), precisamente pelo efluir de toda essa explosão do Universo em força motriz - ou matriz - de toda a sua magnânima força cósmica!

Concordando em discordar, só teremos (todos nós Humanidade) que unir esforços para que os Robôs - sendo-nos úteis no futuro que é já hoje - nos sejam sempre serviçais, obedientes e...ainda que pensadores e filosóficos, nunca nos sejam ditadores, déspotas ou simplesmente patrões-empresários escravizantes daquela magnífica obra que nós próprios (ou os deuses...) inventaram! Só assim teremos futuro como Humanidade...com ou sem Robôs; com pensamento ou sem ele...

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