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quarta-feira, 3 de junho de 2015

A Era Cosmológica I (A Criação do Big Bang)


O Início/Criação do Universo (Teoria do Big Bang)

Sendo a Cosmologia quântica (através da Física quântica), uma realidade de que o Universo - no seu Todo -  emerge, expande e resplandece numa sua essência além a matéria, pensamento e consciência, que força matriz será então esta que nos ruboriza uma «Mente» inteligente, suprema, universal e única em que todos somos Um só, em que todos somos parte integrante em si...?

O Universo, acoplado de uma energia infinita, poder cognitivo único e de lógica, raciocínio e desenvolvimento extraordinariamente magnânimos, que Fonte de Energia se nos depara então desse Todo, exultante de vida, exuberante de luz e, magistralmente perfeito na incognoscível razão de uma só consciência?

A Conexão e a Interacção estando lá desde o início do Universo (a partir da hipotética explosão do Big Bang), revelar-nos-à de facto toda a sua génese cosmológica, toda a sua origem e luminescência estelar, ante o ínfimo ponto em que nos encontramos na Terra? Estará o Homem preparado para esse sapiente conhecimento em toda essa miríade efusão indizível, assombrosa ou inefável «mão» de um Deus que o não é...de um Uno muito mais do que se imagina.. ou de além-Tudo, de um poder supremo que jamais conseguiremos identificar, reproduzir ou sequer explicar ante tão magnificente luz de criação, luz de ensinamentos, luz de Tudo???

História Natural do Big Bang
Os Astrónomos acreditam que o Universo, incluindo a matéria e o espaço, foi criado num Big Bang e que os processos essenciais ocorreram nas primeiras fracções de segundo depois do «Bang», quando as temperaturas eram muito mais elevadas que as do Universo actual.
As Pessoas perguntam muitas vezes (em referente e plausível curiosidade), do que existiria antes do Big Bang e, em que é que o Universo se expandiu. No entanto, o conceito «antes do Big Bang» não tem qualquer significado porque o próprio tempo não existia até ser criado pelo...Big Bang!
E, se o espaço, à semelhança do tempo, foi criado no decurso do Big Bang (sendo que o próprio espaço está em expansão), então não necessita de se expandir em coisa nenhuma.
O Universo tem evoluído desde o momento da Criação, daí que, os Físicos Teóricos e os Cosmólogos, tivessem fornecido então ao mundo uma descrição da sequência provável da acontecimentos que deu origem ao Universo actual.


Formação/Expansão do Big Bang

Formação/Expansão do Big Bang
Nos Primeiros Instantes, até 10 (-43) segundos depois do Big Bang, o espaço e o tempo ainda estavam em formação. As Forças da Natureza estavam combinadas numa Força Primordial Única. Chama-se a este período...«Tempo de Planck», sendo que, os seus pormenores não podem ser explicados porque as Leis da Física ainda estavam em formação.
Aos 10 (-35) segundos, o espaço tinha-se expandido o suficiente para que as temperaturas tivessem descido até 10 (27) K, transportado por Fotões extremamente energéticos. A Gravidade já se tinha tornado uma força separada e, a força da Grande Teoria Unificada (GTU) separava-se agora na Interacção Nuclear Forte e na Força Electrofraca, acompanhadas pela rápida criação de Quarks, Leptões e dos seus equivalentes de...Antimatéria. Este processo fez com que o Universo sofresse uma curta mas enorme inflação - que durou 10 (-32) segundos - antes de retomar a sua taxa anterior de expansão.
Aos 10 (-12) segundos, a Força Elecrofraca separou-se então para formar a Força Electromagnética e a Interacção Nuclear Fraca, de modo  que todas as quatro forças da natureza estavam nessa altura separadas e eram distintas.
As Partículas do Universo e as suas Antipartículas estavam em constante estado de criação e de aniquilação, no que os Leptões se separaram em Neutrinos e Electrões.
Os Quarks ainda existiam como entidades separadas, visto que a temperatura do Universo impedia assim que se juntassem para formar partículas mais pesadas.


A Temperatura do Universo

Processo/Temperatura no Universo
Aos 10 (-6) segundos, os Quarks combinaram-se em duos ou trios , formando Mesões e Bariões (incluindo os protões e os neutrões) - a partir desse momento os Quarks deixaram de ter existência independente. As suas Antipartículas sofreram o mesmo processo e depois aniquilaram-se com a matéria, mas restou um resíduo minúsculo (uma partícula em mil milhões) que deu origem a toda a matéria do Universo actual. Também resultou deste processo um grande número de...Fotões!
No Final do Primeiro Segundo de tempo, a temperatura tinha descido para 10 (10) K; cinco segundos mais tarde, os Neutrinos e os Antineutrinos tinham deixado de interagir com outras formas de matéria. Quando o Universo atingiu dez segundos de idade, os Protões e os Neutrões começaram a reunir-se para formar Núcleos de Deutério.
Entre 1 e 5 minutos, a Interacção Nuclear Forte começou então a actuar, reunindo os neutrões e os protões nos Núcleos de Hélio, evitando assim que os neutrões se desintegrassem para formar protões e electrões.
As Proporções Relativas de hidrogénio e de hélio no Universo ficaram definidas nesta altura. Os Níveis de Energia ainda eram tão elevados que, os Átomos, estavam inteiramente ionizados e existiam como núcleos de átomos num mar de electrões.

Aproximadamente 300.000 anos depois do Big Bang, as temperaturas tinham descido o suficiente - para cerca de 3000 K - de modo que a Força Electromagnética permitiu que os electrões fossem capturados pelos Núcleos Atómicos. Como o espaço já não estava preenchido por um mar de electrões errantes, os Fotões puderam, pela primeira vez, percorrer grandes distâncias sem interagir com a matéria - o Universo tornou-se transparente!
Nesta fase, a que se dá o nome de Separação da Matéria e da Energia, foi libertada a radiação cósmica de fundo. À medida que a Pressão de Radiação desaparecia do conteúdo de matéria do Universo, os Átomos reunidos em grandes nuvens e a estrutura em grande escala do Universo começaram a evoluir.
Entre a Libertação da Radiação Cósmica de Fundo de Microndas e, o tempo actual, 15.000 milhões de anos mais tarde, o Universo expandiu-se mil vezes e a matéria reuniu-se (e condensou-se) para formar Galáxias, Estrelas - incluindo o nosso Sol - e Planetas. À medida que isto acontecia...o Universo continuava a arrefecer!


O Universo em Expansão?

O Universo/estudo do Big Bang
É impossível (de facto) visualizar a Criação do Universo. Apesar do nome dado a este acontecimento - Big Bang ou a Grande Explosão - não foi nem grande (o espaço era infinitamente pequeno após o momento da criação) nem houve qualquer explosão.
Toda a Matéria que Existe, Tudo o que existe e Tudo o que existirá...foi criado nesse brevíssimo instante! Desde então, o Universo tem-se expandido, arrefecido e tornado menos denso, permitindo dessa forma que, as Galáxias, as Estrelas e os Planetas (como já se referiu) se formassem. Assim sendo, o Estudo do Big Bang faz parte do campo mais vasto da Cosmologia!

O Universo em Expansão, um facto descoberto pelo Astrónomo Americano, Edwin Hubble - na década de 20. Não será de todo despiciente que hoje e, à luz dos acontecimentos, não tenhamos a plena consciência deste feito, não só  pelo facto do auspicioso Telescópio Espacial Hubble já nos ter dado muitas alegrias (em nome e homenagem a este astrónomo) assim como da sua repercussão através dos tempos.
Quando Hubble estudava as Linhas Espectrais - características de certos elementos na luz emitida pelas Galáxias distantes - descobriu então que todas as linhas se deslocavam para a extremidade vermelha, de Maior Comprimento de Onda do Espectro, o que implicava que as ondas luminosas se tinham distendido. Isso, podia dever-se ao facto de as Galáxias se estarem a afastar de nós...no entanto, as Galáxias na realidade não se movem, mas é o próprio contínuo espaço-tempo que está em expansão, embora essa Expansão possa de facto ser localmente contrariada pela Força da Gravidade!
O espaço não se expande na Terra, no Sistema Solar ou mesmo no seio de uma Galáxia.
As Galáxias afastam-se como as passas da massa de um bolo se afastam à medida que a massa leveda e cresce! À medida que o Universo se expande, as ondas luminosas provenientes dessas Galáxias distendem-se, desviando-as na direcção da Extremidade Vermelha do Espectro. Este fenómeno chama-se então: Desvio para o Vermelho.


Papa Francisco na sua dissertação sobre o Big Bang

«To be or not to be...Big Bang» (Ser ou não ser...Big Bang)

Presumivelmente, portanto, o Universo foi mais pequeno e pode ter sido infinitamente pequeno. A lógica conduziu assim à Teoria do Big Bang, o acontecimento inicial, no qual foram criados o Universo e tudo o que ele contém - o espaço, o tempo, a matéria, a energia e até as Leis da Física e, as Forças Fundamentais da Natureza!
Existem os seus opositores, os cépticos, os controversos e mesmo os contraditórios que asseveram (tal como Fred Hoyle, um dos principais opositores da teoria do Big Bang) que, seria filosoficamente problemático, o Universo ter um início, uma vez que o início demandaria em si uma causa - e a causa...um Criador; (Deus, portanto...?!)

«O Início do Mundo não é obra do caos, que deve a sua origem a outrem, mas deriva directamente de um Princípio Supremo que cria por amor. O Big Bang que hoje se põe na Origem do Mundo, não contradiz a intervenção criadora divina, mas Exige-a!»

                                              - Intervenção do Papa Francisco alusiva ao Big Bang -                            

Em campos obviamente opostos, a Santa Eminência - o Papa Francisco - e o não menos eminente Físico e Astrónomo, Fred Hoyle (já falecido a 21 de Agosto de 2001), na vertente antagónica da existência de um Deus criador, entidade suprema que Tudo alcança e vê, cria e origina, ante a proponente científica desta sumidade britânica (nascida a 24 de Junho de 1915) que, tinha em oposição esta mesma entidade suprema - ou crença na não existência - deste Big Bang.
Seja como for, reconhece-se em Hoyle o estudo impressionante sobre esta temática, tendo então desenvolvido uma teoria cosmológica em que determinava que o Universo seria eterno e praticamente imutável - a Teoria do Universo Estacionário - que vingaria até meados dos anos setenta para, em conjunto com a Teoria do Big Bang, ser disputada. Mas, como em tudo na vida, há que prevalecer o juízo de alguns pelo esmorecimento ou inevitabilidade racional de outros (em módulos especificamente científicos, como é lógico!), no que se contrapôs e efectivou desta última se ter estabelecido como prioritária ou seja, como padrão único, seguido institucionalmente por toda a Comunidade Científica Mundial!

A nível pessoal posso até oscilar entre Hoyle e o Papa Francisco mas, não havendo nisto neutralidade que vença inclusive a racionalidade e mesmo uma certa espiritualidade com que somos sempre inexcrupulosamente invadidos - e reiterados - a dar uma nossa opinião (para além da fiabilidade individual com que cada um se assume ou concludente amostragem que defenda), há que impor uma opinião; uma decisão, um pensamento. E é aqui que me aproximo mais do Papa Francisco do que propriamente de Hoyle. São opções. Ou crenças. Ou nada disso. Ou Tudo isso.

Não sei valores estatísticos sobre este mesmo pensamento a nível mundial; nem o desejaria. Todos somos livres de pensar ou acreditar seja no que for. Pelas muitas religiões do mundo ou ciências fidedignas que se avolumam no espaço cosmológico no momento, tudo há que respeitar, ouvir, estudar e posteriormente considerar, consoante o nosso coração (ou a sociedade em geral) nos possa permitir ou mesmo exigir. Nada é dissociável do que interiormente comungamos, mesmo que cientificamente também possamos haver razões para o disputar ou sequer argumentar.

A Humanidade alada a uma sociedade moderna que tudo reflecte em si, seja no seu solo, seja no seu Céu, há que ter em conta os movimentos cosmológicos de toda uma nova era que se assume e, distingue, pela mais curiosa via que se faz sentir no ser humano: a Liberdade de Pensar! A Liberdade de haver uma Consciência, de sentir uma Presença, de acreditar e reter em si essa urgência de querer e sentir que não se está só. Que pode e quer; que sente e vive; que ama e acredita que o Início do Mundo como o conhece e sente (também) é tão poderoso quanto misterioso mas que, igualmente, detém em si essa tal Força Criadora que, por Big Bang ou sem este, o Uno venceu, nasceu e fez-se vida, tal como o «Verbo Divino», tal como aquele «algo supremo» que um dia se fez luz, se fez nascer no Universo! É nisso que acredito; para além do bem sucedido  Big Bang - obra máxima de uma certa «mão criadora» sobre Todas as coisas!

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