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sexta-feira, 5 de junho de 2015

A Era Cosmológica III (O Universo Inflacionário)


Cosmos/Complexo de Galáxias

O Primeiro dia da Criação:
«Faça-se Luz!» disse Deus e de imediato a luz (...) jorrou das profundezas e, vinda do seu assento no Oriente, iniciou a viagem através do ar escuro, envolvida numa nuvem clara, porque ainda não existia um Sol (...).                       - «John Milton, Paradise Lost, 1667»       (O Génesis)

Entre a expressão divina da palavra de Deus (ou de uma entidade suprema universal) e, a elucubração intensiva cosmológica e científica de se instar o Universo após o Big Bang, que terá havido, existido ou sequer pronunciado ainda antes deste acontecer? Que sopro de vida cósmica terá impulsionado todas as forças do Universo? Para lá da «luz» tudo se tenta conhecer - na emissão de formação do Universo - mas, antes do Tudo, que terá existido realmente...? Haverá na expansão e, inflação do Universo, a verdadeira concepção dimensional deste como força magnânima, inteligente e unificadora de um Todo que se assume como um só? Ou haverá outros que, à sua semelhança e imagem (como Deus personifica em identificação o Homem), coexistirão, interagindo entre si???

O Universo Inflacionário
O que vemos hoje como Universo observável começou com uma região do Espaço não maior do que...um Átomo!
O Big Bang, que se acredita ter constituído o acontecimento que deu origem ao Universo, teve lugar entre 10 e 15 mil milhões de anos atrás. Não se sabe ainda o que terá provocado o Big Bang. No entanto, os Astrofísicos compilaram um corpo de conhecimentos impressionante e prestigiosamente elaborado (e detalhado) sobre o que sucedeu após o famoso e ainda mui polémico Big Bang.
Reunindo então estudos e conhecimentos sobre esse acontecimento, os cientistas terão começado logo por concluir que, o Universo, terá iniciado a sua missão de vida de imediato, numa fracção microscópica de segundo depois - quando se alvitrou em pensamento cosmológico (por parte dos cientistas) que as Leis Convencionais da Física entraram em acção!
Este minúsculo período de tempo - a seguir à criação do Universo - chama-se então: Era de Planck, em honra do Físico Alemão, Max Planck (1858-1947). Foi durante esta Era, que durou 10 (-43) segundos, que se pensa que a Teoria Quântica da Gravidade se aplicava...


A Estrondosa Beleza do Universo

Expansão/Arrefecimento/Inflação
No Universo Primordial, as quatro forças fundamentais da natureza - a Gravidade, o Electromagnetismo, a Interacção Nuclear Forte e a Interacção Nuclear Fraca - combinavam-se numa única Superforça.
A Matéria e a Energia não eram as forças separadas aparentes de hoje. Até o Espaço estava constantemente a quebrar-se e, a enrolar-se, em virtude do espaço incrivelmente pequeno que o Universo ocupava! À medida que o tempo passava, a Superforça separou-se em gravidade e grande força unificada.
O passo crucial seguinte na história do Universo teve lugar quando, o Universo em si, tinha 10 (-35) segundos de idade. Nessa altura, tinha-se expandido e arrefecido o suficiente para que, a Grande Força Unificada, se separasse na Interacção Nuclear Forte e na Força Electrofraca.
A Súbita Criação de Quarks e de Leptões acompanhou esta separação. Este processo foi análogo ao modo como o vapor de água se condensa na atmosfera em nuvens, quando a temperatura do ar circundante desce o suficiente. Do mesmo modo como a transformação de vapor de água em água líquida liberta Energia Térmica, a criação espontânea de partículas de matéria constituiu uma alteração do Universo.
Este Fenómeno criou então uma pressão enorme que fez com que o Universo se expandisse a um ritmo muito acelerado - mais depressa que a velocidade da Luz!
Este processo, a que se deu o nome de Inflação, expandiu o Universo por um factor de 10 (50), apesar do facto de tudo ter acontecido em apenas 10 (-32) segundos.


Big Bang ou o Início do Universo

O Início - Big Bang
Um dos problemas fundamentais da compreensão do Big Bang é que é difícil de visualizar. Esta dificuldade pode ser ultrapassada imaginando o Universo como uma folha plana de papel.
Neste modelo, o nosso Universo é apenas bidimensional, apesar de sabermos que também existe uma Terceira Dimensão. Podemos assim utilizar este conhecimento do mesmo modo que Albert Einstein utilizou a Quarta Dimensão para explicar a...Gravidade!
Nos Primeiros Instantes do Big Bang, o Espaço estava tão comprimido que se tinha de curvar através dessa dimensão extra. No Modelo de Duas Dimensões, seria o equivalente a enrolar o papel para formar uma bola. Este fenómeno poria em contacto regiões que nada teriam a ver umas com as outras a seguir à Inflação.
O Espaço - nos primeiros estádios do Big Bang - estava essencialmente dobrado sobre si mesmo! A única deformação que teve então lugar nessa dimensão extra foi a deformação causada pela massa, criando assim...Gravidade!

A Medição de Distâncias
Os Astrónomos utilizam várias unidades de medida. As distâncias no Sistema Solar são medidas em unidades astronómicas (UA).
Uma Unidade Astronómica é a distância média da Terra ao Sol (1,496 vezes 10 (8) quilómetros). Um modo de exprimir distâncias entre as Estrelas é em anos-luz. Um ano-luz é a distância percorrida pela luz num ano (9, 46 vezes 10 (12) quilómetros ou 63, 240 UA).
Uma Outra Unidade - o Parsec - define-se como a distância à qual uma UA subtende um ângulo de um segundo de arco. (Trata-se de um ângulo muito pequeno; há 60 segundos num minuto de arco e 60 minutos em 1º). Um parsec é igual a 3,26 anos-luz.
A Definição de Parsec está relacionada com o método de medir distâncias estelares conhecido por: Paralaxe. À medida que a Terra descreve uma translação em volta do Sol, a posição das estrelas próximas parece deslocar-se em relação às estrelas mais distantes. Usa-se então a Trigonometria para calcular a distância.


Planeta Terra em face ao Universo

O Universo/Espaço e Horizonte
Na Terra, o horizonte é o ponto mais distante que podemos observar por causa da curvatura do nosso mundo. No Espaço, o nosso horizonte é o ponto mais distante que podemos observar devido à idade do Universo e à Velocidade Finita da Luz.
Se o Universo tiver 15 mil milhões de anos, o nosso horizonte é de 15 mil milhões de anos. Quaisquer dois corpos que distem entre si mais de 15 mil milhões de anos-luz não conhecerão a existência um do outro, porque a luz emitida por cada um deles ainda não teve tempo de chegar ao outro. Antes da Inflação, o nosso horizonte estava em expansão á velocidade da luz. No ponto em que a Inflação teve lugar, tinha apenas um raio de 10 (-35) segundos-luz. O espaço no seu interior expandiu-se então exponencialmente - na altura em que surgiu a Grande Força Unificada. Assim, o Universo tornou-se muito maior que a porção observável. Regiões que estavam outrora em contacto, foram de imediato afastadas pela expansão do Espaço, que ocorreu a uma velocidade muitas vezes mais elevada  que a Velocidade da Luz!

«A luz não criada do espírito reflecte-se na esfera do Firmamento como num espelho e esses reflexos são, por sua vez, a primeira manifestação da luz criada.»
                                           - Citação de Robert Fludd (Utriusque Cosmi, Vol. I, Oppenheim, 1617)

A Arte/Filosofia Hermética poderá (ou não) estar em consonância com os primórdios do Universo, contudo, haverá sempre a dúbia reiteração de muitos, sobre a autêntica verdade cósmica e de tudo o que terá eventualmente impulsionado o click do Big Bang.
O «Antes e o Depois» nunca serão uma circunstância real (ou conclusiva) sobre o que terá despoletado todo o Firmamento em si. O Universo é sempre propulsor de muitas opiniões - filosóficas, físicas e astrofísicas - para além das meramente humanas num conhecimento mais religioso (ou de crença espiritual) que não se comove com explicações mais científicas de todo um projecto e, processo únicos, de origem astronómica. Seja como for, há sempre a multiplicidade de um sapiente plebiscito que tudo concerne - ou encerra em si - da mais lata consciência sobre o que o Universo hoje expõe e demonstra de si. Mais haverá certamente a descobrir também...se não nos refrearmos nessa investida cosmológica que, hoje, se nos dá a conhecer. E isso, por si só, já é uma inolvidável conquista da Humanidade!

Mundos paralelos, mundos diversos, distantes, equidistantes ou simplesmente unos entre si, são hoje uma miragem - mas absolutamente também - uma hipótese no vasto mar ou oceânide fluxo de conhecimento astrofísico que detemos em nós, sobre este ou outros iguais Universos existentes. Há quem afirme, como o distinto professor Howard Wiseman e o doutor Michael Hall, académicos do Centro de Griffith da Quantum Dynamics (assim como o doutor André Deckert da Universidade da Califórnia) que propõem que os Universos existem e, interagem, em vez de evoluir de forma independente; e que Mundos Próximos se influenciam entre si (um ao outro) por uma força subtil de repulsão! Não será isto magia...? Ou, exactamente...a verdade do Uno-múltiplo?
Acreditando neste estudo e aferição científica, é realmente (e incrivelmente) extraordinário o que hoje se alude em investigação e poder cosmológico sobre um ou mais Universos, assim como de toda a sua dinâmica interactiva de atracção ou repulsão entre si. Fantástico, de facto!
A Humanidade está de parabéns. Evolui, interage, influencia e atrai ou repudia...no fundo, como os tais referidos mundos em si. Que magia será esta então que tudo se compõe da mesma e semelhante forma de... Deus-Pai, de Deus-Uno ou de Deus nenhum em coisa máxima do Universo que nos acolhe a todos sem julgar, punir ou castigar...? E que importa isso, se todo o Universo (ou Universos) existem para isso mesmo: para ser luz sobre a luz; para ser vida sobre a vida...por lógica, raciocínio e sentimento de alma...ser Tudo e mais do que possamos conceber ou imaginar na nossa vida!

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