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segunda-feira, 15 de junho de 2015

A Era Cosmológica VIII (A Via Láctea)



Via Láctea - O Nosso Berço Galáctrico

Sendo expectável a existência de túneis espaço-tempo no Cosmos, poderá a nossa Via Láctea ser um desses caminhos, uma dessas vias no meio da matéria escura em específico sistema de transporte intergaláctico? Existirá de facto essa proeminente estrada estelar em buraco de minhoca - ou verme -(os tais Wormholes em designação internacional) sobre o que se determina nesta nossa galáxia tão surpreendente quanto bela? A existir, será esse túnel do tamanho da própria galáxia...? E, por conclusão científica mas também humana, poder-se-à com toda a certeza limitar essa fronteira entre o que é Ciência, Fé - ou crença religiosa - de se acreditar que o Universo foi apenas e tão-só uma obra do «Acaso»...ou contrariamente a isso, uma «Fonte», um Ser Inteligente - um Ser Criador - (ou um Ser Superior acima de Todas as coisas) que impulsionou esse mesmo Universo???

A Via Láctea
Tradicionalmente, quando as pessoas falam da Via Láctea referem-se sempre à faixa de luz ténue que atravessa o Céu Nocturno.
O Astrónomo Italiano, Galileu (1564-1642) foi a primeira pessoa a observar a Via Láctea com um telescópio. Verificou então que esta se compunha de inúmeras estrelas pouco brilhantes. No decurso dos três séculos seguintes, os Astrónomos chegaram à conclusão de que essa Faixa de Luz Ténue representa ludicamente a nossa perspectiva da nossa própria galáxia. O motivo pelo qual surge com um aspecto tão diferente das outras galáxias reside no facto de, a estarmos a observar do seu interior.

A Via Láctea é uma Galáxia Espiral, sendo portanto relativamente chata e, semelhante a um disco. Se a observássemos ao longo do plano do disco, veríamos um número muito maior de estrelas do que observando-a de cima para baixo. No entanto, o Sol não se encontra no centro da galáxia, mas localiza-se num dos braços espirais.
O Centro da Galáxia situa-se na direcção da Constelação do Sagitário e os braços espirais recebem o nome das constelações (padrões de estrelas) por onde passam.


Constelação de Oríon

Cartografia da Galáxia
Embora a galáxia se tenha formado entre 10 mil milhões e 15 mil milhões de anos atrás, o Sol só se formou num dos braços espirais há cerca de 4.500 milhões de anos e tem-se mantido em órbita em torno do Centro da Galáxia desde então. Completou então cerca de vinte e uma órbitas, situando-se actualmente no bordo de fuga do braço de Oríon.
Como o próprio nome indica, este é o braço que contém a maioria das estrelas da Constelação de Oríon. Trabalhos recentes de Cartografia da Galáxia sugerem que Oríon pode, na realidade, não constituir um braço completo, mas sim uma ramificação que liga o braço de Sagitário ao braço de Perseu. Se for este o caso, a nossa localização seria descrita de forma correcta como situando-se na ponte ou esporão de...Oríon!

O Braço do Sagitário situa-se entre nós e o Centro Galáctico, ao passo que o braço de Perseu se enrola em torno da parte exterior do Sol.
O próprio Centro Galáctico permanece um lugar de considerável mistério. Encontra-se assim rodeado de nuvens de poeira e de gás que impedem consideravelmente uma visão clara do que contém.
A Luz Visível não pode penetrar nessas nuvens, fazendo desta forma os Astrónomos basearem-se unicamente nas observações efectuadas noutros comprimentos de onda da Radiação Electromagnética que podem atravessar as nuvens de poeira. Uma das fontes de emissão de rádio mais intensas do Céu provém de um corpo chamado Sagitário A*. Situa-se no Centro da Galáxia, no que faz muitos Astrónomos acreditarem que se trata efectivamente de um corpo exótico a que se deu o nome de...Buraco Negro!


Galáxia Andrómeda

Grupo Local (Via Láctea, Andrómeda e M33)
Não há dúvida que de que a Via Láctea é uma Galáxia Espiral. De que tipo de galáxia espiral se trata, porém, permanece uma questão controversa.
Durante muitos anos pensou-se que se tratava  de uma Galáxia Espiral Padrão. Mas pode contudo existir uma pequena barra que ligue o Núcleo aos Braços Espirais - de modo que a Via Láctea pode efectivamente ser uma Galáxia Espiral com Barra!
Outra característica interessante da forma da nossa galáxia reside no facto de, o disco de estrelas não ser achatado, mas sim...arqueado.
À semelhança do que acontece com muitas outras grandes galáxias, a Via Láctea possui algumas galáxias mais pequenas que orbitam em seu redor. As Nuvens de Magalhães são duas galáxias irregulares satélites, existindo assim várias galáxias ainda mais pequenas - anãs - capturadas no seu campo gravitacional. Para lá da sua enorme influência, a galáxia está gravitacionalmente associada a um conjunto de galáxias a que se deu o nome de: Grupo Local. Este grupo compreende 21 galáxias conhecidas (no que se supõe outras tantas reveladas ao mundo na inevitável sequência de descobertas feitas pelos astrónomos, na actualidade) mas que, por vias das já existentes, se sabe que três são espirais (a Via Láctea, Andrómeda e M33). As galáxias restantes do Grupo Local são elípticas (incluindo a elíptica gigante Maffei I) e anãs.

Via Láctea - a nossa galáxia

As Descobertas
Recentemente houve a revelação ao mundo de que novas estrelas (ainda mais distantes dentro da Via Láctea) foram detectadas e, supervisionadas, por experientes Astrónomos.
Num Estudo publicado na revista «Astrophysical Journal Letters» que confirmaria esta descoberta, reproduzindo a informação textual do que estes cientistas agora davam a conhecer sobre a imensidão estelar da nossa Via Láctea, no que por testes, análise e conclusão (em seus modelos de formação e evolução) estes obreiros da Ciência e da Astrofísica aludiram tratar-se em feito único: a revelação da existência efectiva de estrelas ainda mais distantes dentro da Via Láctea!
São elas: «ULAS JO744+25 e ULAS JOO15+01 que estão a cerca de 775 mil e 900 mil anos-luz da Terra. Ambas ficam respectivamente, a cerca de cinco vezes mais distantes do que uma galáxia-satélite, conhecida como a Grande Nuvem de Magalhães.

«As distâncias para estas duas estrelas são tão grandes, grandes demais para se compreender!» - Exclamaria em profunda convicção, o principal autor do Estudo - John Bochanski - de Haverford College, na Pensilvânia (EUA).

A Via Láctea estende-se muito para além do seu disco familiar, que tem apenas cerca de 100 mil anos-luz de largura. A Galáxia encontra-se rodeado por um halo de estrelas - talvez corpos retardatários (deitados fora) - após diversas fusões da Via Láctea com galáxias anãs ao longo de...Eras! - Conclusão dos cientistas do estudo.
Estes mesmos cientistas aludiram a que, têm a consciência de que este halo se estende a pelo menos 500.000 anos-luz de distância, mas as suas dimensões exactas são desconhecidas. Bochanski e os seus prestigiados colegas de equipa decidiram então investigar mais a fundo os confins do halo, na exaustiva procura de um tipo de estrelas chamadas: Gigantes Vermelhas Frias.

As Gigantes Vermelhas Frias são muito mais raras do que as Anãs Vermelhas que compõem assim cerca de 70% das estrelas da Via Láctea. Contudo, elas são cerca de 10.000 vezes mais brilhantes, tornando-as deste modo mais facilmente detectáveis e, observáveis, ao longe. Bochanski asseverou ainda: «Realmente é como procurar uma agulha no palheiro; e o nosso palheiro é composto por milhões de estrelas anãs vermelhas...!» Ao que terão posteriormente chegado à conclusão de que a extrema distância entre estas duas estrelas (confirmada por uma variedade de diferentes técnicas de estimativa), na verdade, se encontraria também a famosa galáxia de Andrómeda - estando esta apenas no triplo de distância de ULAS JO744+25 e ULAS JOO15+01.


A Nossa Via Láctea...o caminho do futuro?

A Via Láctea, túnel espaço-tempo???
É verdadeiramente extraordinário que hoje, à luz de todas as coisas vivas (e não vivas?) do Universo, nos possamos interrogar sobre esta quimera cósmica de uma matéria escura que percorre todo o espaço-tempo em dimensão e actividade estelares.
Há muito que se especula sobre o vértice cosmológico que determina que haja efectivamente buracos negros mas, também e quase consequentemente, os tais buracos de minhoca (ou de verme, em actualizada denominação destes fenómenos) do que se supõe estes eclodirem na matéria escura, podendo eventualmente ser uma via para outra dimensão ou até mesmo para um outro sistema central de transporte galáctico de seres e civilizações estelares.
Seja como for, aventa-se mesmo a hipótese destes Buracos de Verme, a existirem, poderem ser um veículo de perfuração e, integração, na matéria escura. Haverá, possivelmente, uma espécie de mapeamento ou cartografia estelar que assim o determine e, sobre os quais, haja inclusive viagens interestelares numa interacção do Cosmos sem precedentes ou que, aos olhos do Homem ou do ser humano, mais do que magia é um feito incomensurável de exorbitantes proporções.

Paolo Salucci - um ilustre Astrofísico da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA) na Itália (UE) aferiu em alusão à mesma controversa temática:
"Nós poderíamos até viajar por esse túnel, uma vez que com base nos nossos cálculos, ele pode ser navegável - exactamente como aquele que vimos no recente filme «Interestelar»!"

Como se vê e insta aqui por voz de eminentes astrofísicos, não é de todo inexequível ou mesmo absurdo que se pense seriamente nesta possibilidade (ou probabilidade) de se auferir circuitos interestelares num futuro próximo, por vias da existência desses buracos de verme em incisivo e incontestável portal extradimensional - ou quiçá, multidimensional - para outras vertentes ou variantes galácticas cósmicas. Não se sabe, mas aventa-se; suspeita-se e...ambiciona-se tal!

Sendo impressionante os avanços da Ciência hoje, não será de descurar que, em futuro imediato talvez...se possa imiscuir o Homem e toda a Humanidade nessa prorrogativa estelar de saber e conhecer mais sobre o que compõe, seduz e impulsiona toda a matéria escura envolvente, numa corrente cosmológica imparável de tantas outras certezas de vida refulgente no Espaço.

Pela nossa Via Láctea ou por outras milhares de galáxias existentes no Universo, haverá sempre, mas sempre, a indubitável certeza do desenvolvimento e mesmo daquele estranho e enigmático poder superior sobre todas as coisas que, para uns será pura situação ou ocorrência do tal «Acaso» e, para outros, um Deus único, Uno e Supremo de e, sobre Todas as coisas.
Seja como for, seja qual a via correcta do pensamento e sentimento da Humanidade, esse «algo», esse «ser» essa coisa alguma será, sem dúvida nenhuma, a mais eloquente, a mais premente ou eminente que se estabelece no Universo e isso, é e será sempre algo que nunca saberemos. Ou chegaremos a sabê-lo??? Oxalá o Universo nos responda, descodifique, clarifique, elucide e reverta em verdade, pois só ela nos salva da ignorância e do desafecto estelar, pois desse Todo...também fazemos parte!

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