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quarta-feira, 17 de junho de 2015

A Era Cosmológica X (Galáxias Activas)


Galáxia NGC 1068 ou M77 - Galáxia Activa da Constelação da Baleia (imagem captada pelo telescópio espacial Hubble)

Surpreendentes em cor, luz, brilho e magia estelares, que mais nos esconderão estas galáxias na vastidão escura do Universo? Sendo portentosos núcleos galácticos activos, haverá um propulsor, uma energia comum ou quiçá uma mão divina que a tudo resplandeça? Que se aludirá deste magnífico Cosmos onde todos estamos inseridos, sendo a matriz de Tudo, essa inominável e indizível (e incognoscível) Força do Universo, a verdadeira e única força de vida ou...longe de tudo o que se possa imaginar (humanamente), essa outra força-mater, ascender a muito mais do que hoje Astrónomos e Astrofísicos comungam entre si...? Que poder criador é este, além o conhecimento, além o próprio Cosmos e todo um Universo ainda muito indistinto e, indistinguível por descobrir???

Galáxias Activas
Embora fenómenos estranhos e energéticos tenham sido detectados no Centro da Via Láctea, não são, de modo algum, comparáveis àqueles que se observam nas chamadas Galáxias Activas. Dez por cento (10%) das galáxias são activas.
O Núcleo de uma Galáxia Activa é por vezes tão brilhante que ofusca a luz das estrelas do resto da galáxia. Existem muitos tipos de galáxias activas, cada uma com as suas propriedades peculiares.
O primeiro tipo a ser descoberto chama-se Galáxia de Seyfert, em homenagem a Carl Seyfert. As Galáxias de Seyfert são galáxias espirais ou galáxias espirais com barra que, possuem em si, núcleos muito brilhantes. Quando analisadas espectrograficamente, as Galáxias de Seyfert apresentam fortes Linhas Espectrais de Emissão produzidas por nuvens de gás quente.
As Seyfert são potentes Fontes de Radiação Infravermelha, embora nem todas emitam ondas de rádio.
As Galáxias de Seyfert do Tipo I apresentam linhas espectrais de emissão que indicam que são produzidas por nuvens de hidrogénio, girando então a grandes velocidades em torno do Centro da Galáxia.
As Galáxias de Seyfert do Tipo II, embora apresentem linhas de hidrogénio, não parecem possuir nuvens de gás em movimento rápido.


NGC 1068 observada através do telescópio espacial Hubble/Observatório de Raios-X Chandra (NASA)

(CQE) - Corpos Quase Estelares
Pensa-se que os Corpos Quase Estelares (CQE) sejam muito semelhantes às Galáxias de Seyfert, com a diferença da actividade dos seus núcleos poder ser muito maior. Aparecem como pontos de luz no Céu, semelhantes a estrelas (e daí o seu nome de corpos quase estelares...), mas não se trata obviamente de estrelas - quando analisados espectroscopicamente.
Existem assim a distâncias extremas, como é indicado pelo desvio para o vermelho das suas linhas espectrais, e contam-se entre os corpos mais longínquos conhecidos no Universo. Como as Galáxias de Seyfert, podem ser fontes de rádio (casos em que se denominam quasares, que quer dizer fontes de rádio quase estelares) - ou não emitirem ondas de rádio (os tradicionais CQE).
A Luminosidade de um Quasar pode mesmo ser um milhar de vezes maior que o de uma galáxia normal! A estrutura galáctica circundante de um Quasar está ainda mal observada porque é muito menos luminosa que a região nuclear activa; é por este motivo que os vários tipos de Galáxias Activas se chamam comummente Núcleos Galácticos Activos (NGA).


Quasar 3C273 captado pelo Observatório Chandra

Galáxias Activas: Radiogaláxia e Blasar
Outra forma de galáxia activa é a Radiogaláxia. Como o nome indica, essas galáxias apresentam emissões mais fortes na região de rádio do espectro electromagnético. Em vez de um ponto forte, a emissão provém de vastos lobos de rádio, localizados de cada lado da galáxia a que pertencem.
As Radiogaláxias existem então na mesma região do espaço que as Galáxias de Seyfert. Os lobos emissores de rádio de Centauro A, estendem-se por quase 2,5 milhões de anos-luz para ambos os lados da própria galáxia, sendo a sua observação visível como a região cor-de-rosa e vermelha nas imagens que então se captam destas.
Uma Galáxia Espiral Típica tem um diâmetro de aproximadamente 100.000 anos-luz e, no entanto, de lobo a lobo, uma fonte de rádio pode assim apresentar uma distância de 10 milhões de anos-luz.
O tipo final de galáxia chama-se: Blasar. Também conhecidos por corpos BL Lacertae, os blasares são semelhantes aos quasares em muitos aspectos, com a diferença de não apresentarem linhas espectrais.
Ainda em relação aos quasares - como no caso do Quasar 3C273 - estes estão muito mais distantes que as Galáxias de Seyfert e também são muito mais brilhantes, como já se referiu. Constituem assim os corpos visíveis mais afastados conhecidos do Universo.

O facto de a maioria das Galáxias Activas se situarem  a distâncias extremas indica que são corpos jovens em termos da História do Universo, porque a sua luz demorou milhões de anos a chegar até nós. Este facto, por seu turno, leva os Astrónomos a acreditar que talvez todas as galáxias passem por esta fase activa.


NGC 1068/M77

Revelação da NASA
Recentemente a NASA, através do seu potente e já muito famoso telescópio espacial Hubble e do Observatório de Raios-X Chandra, captando imagens surpreendentes desta NGC 1068, revelaria ao mundo que esta galáxia Espiral Próxima (contendo um buraco negro no seu centro), é duas vezes mais massiva que a nossa Via Láctea!
Imagens de Raios-X e espectros de Chandra, registaram um vento de milhões de milhas por hora (segundo a NASA), no que se clama e conclui tratar-se de um brutal impacte na evolução da galáxia!
Esta NGC 1068, sendo uma galáxia mais próxima e mais brilhante, revelando um rápido crescimento através do buraco negro supermassivo - ficando a 50 milhões de anos da Terra - contendo assim esse buraco negro supermassivo (que como já se referiu se regista como cerca de duas vezes mais massivo do que o da Via láctea), nos conceptualiza todo o desenvolvimento evolutivo da galáxia.

Dados obtidos pelo Observatório dos Raios-X Chandra em raios-X mostrados a vermelho, assim como os dados ópticos captados pelo telescópio espacial Hubble - em registo e dados a verde - e de rádio da disposição muito grande em azul, são disso coniventes, do que se observa desta NGC 1068. A estrutura em espiral da NGC 1068 é mostrada pelos Raios-X e os dados ópticos, além de um jacto alimentado pelo Buraco Negro Central que é mostrado pelos dados de rádio.
As Imagens de Raios-X e Espectro obtidas (utilizando o «High Energy Transmission Grating Spectrometer», do Chandra), mostram que um vento forte está a ser conduzido longe do centro da NGC 1068. Sendo que, este vento é provavelmente gerado como circundante de gás, sendo igualmente acelerado e aquecido numa espécie de redemoinhos em direcção ao...Buraco Negro! Contudo, uma parte do gás é puxado para dentro do Buraco Negro, sendo uma outra parte levada pelo vento. Os Raios-X de Alta Energia produzidos pelo gás perto do Buraco Negro, aquecem assim o gás exterior («outflowing», o gás que «voa», flutua ou circunda essa outra parte que é levada pelo vento), fazendo-a brilhar com menores energias de Raios-X.

Estes resultados ajudam desta forma a explicar como um Buraco Negro Supermassivo pode alterar a evolução da sua galáxia hospedeira - como de início se aferiu por voz e rigor máximo da NASA em revelação ao mundo astrofísico.
Há muito que havia a delineada suspeição de que, o material soprado, ou seja, de que toda essa envolvente de vento ou sopro de gás (e não só) a partir de um buraco negro, pudesse afectar o seu ambiente, subsistindo uma questão-chave de se saber (ou chegar a uma mais plausível conclusão), se esses «Retrocessos (blowback) do Buraco Negro», normalmente, fornecem energia suficiente para ter um impacto significativo.

Sendo efectivo que os Buracos Negros estejam de facto a moldar ou a executar mudanças nas galáxias, mais ventos de mudança surgirão se se tiver em conta toda a imponente e magistral dinâmica cósmica de um Todo que, será sem dúvida alguma...muito mais do que uma só parte ou de que todas juntas em Universo resplandecente!
A Humanidade assim e igualmente resplandecerá se tivermos em consciência e, precisão, toda a magnificência do Universo, tal como nós, Humanidade, mesmo que sejamos apenas e tão-só, uma sua ínfima e pequena partícula ou parte desse mesmo Todo do Universo!

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