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sexta-feira, 31 de julho de 2015

A Era Interestelar V (Viagens Interestelares)


Ilustração de Nave Espacial do Futuro

Poderemos não alcançar Alfa do Centauro (pelo menos nos tempos mais próximos), mas orbitaremos e navegaremos no Cosmos mais além do que era suposto - ou do que pensávamos ser possível no anterior século. Mas, mesmo com avanços e maravilhosas descobertas tecnológicas que entretanto vamos conhecendo (e experimentando), será que o Homem viajará no Espaço à semelhança dos seus iguais hóspedes no Universo? Estaremos a dar um passo maior do que nos é concedido...?

Aventando-se a hipótese (até há pouco uma quimera ou algo inatingível), estar-se-à a confrontar as Leis da Física - por outras - como lide tauromáquica em que o Universo se deixe por nós esventrar?
Estaremos à altura? Saberemos tal comportar, suportar e manter...além o próprio conhecimento, sabedoria espacial ou inteligência rudimentar humana em face aos extremos, aos superiores e altíssimos interesses cósmicos? E estando, sabê-lo-emos intensificar e condignamente reassumi-lo nas futuras gerações da Humanidade que também se irão reclamar como um pouco de deuses que são?

Hoje, já nada é magia mas tecnologia. A Ciência e o Conhecimento, ambas impressionantes ferramentas do Homem, serão sempre, acredita-se, a melhor via para essas viagens interestelares; mas haverá mais (muito mais certamente) a eclodir, a coalescer ou a fazer-se sentir numa vida cosmológica e interestelar que será a Fonte de Tudo, na História de Tudo ou, simplesmente, essa outra parte que ainda não conhecemos? Onde fica Deus nisto tudo...? Existirá? Não existirá...? Será um ser supremo de máxima e inolvidável inteligência e aprumo no Universo? Haverão vários, em cada Universo que se obtém? Será um Único? Será O ser especial, O iluminado, O resplandecente...O Tudo, o que está acima de qualquer coisa, O (ou A) supracitada Força, Fonte ou extasiante sumidade cósmica que Tudo vê, que Tudo comanda, que Tudo organiza e estabelece no - ou nos Universos? Ou nada disso, muito para além do que pensamos e imaginamos ser (não ser algo conceptualizado em corpo físico, mental ou cognitivo) e ser...apenas...O Tudo!?


Ilustração de provável (ou hipotética) Nave espacial do Futuro

Viagens Interestelares
Ser-se menino toda a vida. Ser-se criança e sonhar-se com o Futuro; quem já não o fez...? Mas se o Futuro é mesmo hoje, no que compomos, estudando, investigando e experimentando novas leis, novas contrariedades no mundo da Física - ou naquele conhecimento havido do que rege o Universo - só nos basta mesmo acreditar que Tudo é possível! Se não tudo...quase tudo (na ambição humana).

A possibilidade de se viajar até estrelas distantes transformará (em breve, presume-se) a Astronomia de Ciência de observação em Ciência experimental. Os problemas que a viagem até às estrelas coloca, no entanto, são quase impossíveis de ultrapassar. Mas, a cada dia que passa, essa distância também se vê encurtada por experiências e práticas correntes que até aí eram insustentáveis ou inadmissíveis de acontecer. Veja-se o exemplo do agora EmDrive que está a revolucionar as hostes espaciais do globo em invenção britânica do senhor Roger Shawyer, mirabolante cientista que advogou uma nova causa e, uma nova forma de encarar as leis da Física.

Os Cientistas têm enviado para o Espaço diversas sondas para os planetas inseridos no nosso Sistema Solar, para além da famosa Kepler que nos está a surpreender pelo avolumar de planetas consistentes e muito semelhantes à Terra. Tudo isto, uma gloriosa inovação dos avanços do Homem em poucos anos. Tem-se assim desenvolvido corpos artificiais de movimento rápido nesse mesmo processo.
Em relação ás Estrelas, este processo insta-se (ou percepciona-se) muito mais complicado, uma vez que se torna quase impossível alcançar tais distâncias. Se estas sondas rumassem às estrelas, demorariam efectivamente muitos milhares de anos a lá chegar. Mas não nos desmotivemos; talvez lá chegaremos um dia...


Alfa Centauri (Alfa do Centauro) - a estrela mais brilhante da constelação de Centauro e uma das mais brilhantes, vista do planeta Terra (em Céu nocturno).

Alfa do Centauro A e B e Próxima
As distâncias que nos separam das estrelas são tão grandes que a luz proveniente da estrela mais próxima do Sol - um sistema triplo de estrelas chamado Alfa do Centauro A e B e Próxima do Centauro - leva mais de quatro anos e um quarto a chegar à Terra.
Visto que nada no Universo pode viajar a uma velocidade superior à da luz, parece que os tempos de viagem, até mesmo com as Naves Espaciais mais avançadas, serão provavelmente extremamente longos. Ou impossíveis de realizar, ante a perspectiva mortal dos astronautas envolvidos.

Por essa razão, os Astronautas do Futuro, podem ter de ser colocados em vida suspensa, no que já se fala - em experiências efectivas da NASA - de diversos testes aplicados sob a condição de animação sustentada na hibernação ou, mais especificamente, no isolamento hiperbárico dos corpos.
Esta suspensão dos corpos tendo outras vertentes, que muitos designam de «suspensão criónica» (ou criogénica) de sustentação vital em espécie de congelamento pode não ser a mais viável, no que outras experiências se vão determinando em cripta de isolamento hiperbárico, criando assim todos os dispositivos e estruturas afectas ao ser humano na sua estabilização e sustentação físicas e mentais.

Não se sabe (ainda) se tal será uma opção ou uma realidade em futuro próximo. Os riscos assumidos ainda são muitos e, a praticabilidade ou admissão de nada falhar...também. Não há certezas.
O Metabolismo dos seus corpos teria obviamente de ser desacelerado, de modo que ficariam inconscientes. Presume-se que rigorosos computadores os vigiariam, mantendo-os vivos (a esses seres astronautas de condição humana) - de modo a que os seus corpos envelhecessem lentamente. Passariam então muitos anos enquanto as Naves Espaciais viajariam para o seu destino em voo automático. O mais perto desta realidade que o ser humano chegou, foi através da saga brilhante a nível cinéfilo (com estrondoso êxito, refere-se) de: Alien, dos realizadores Ridley Scott, James Cameron e, Neill Blomkamp (o próximo a realizar a continuação de Alien, neste ano de 2015).
À chegada, a tripulação seria reanimada (ou ressuscitada). O método de viagem desta expedição tem o nome de: A Nave Acordada. Mas será efectivamente assim...?


Astronauta em Nave Espacial (ISS)

Geração de Astronautas no Espaço?
Outra possibilidade que se começa a colocar - não sem alguma polémica como é apanágio geral nestas situações de ética ou dever cívico, civil ou militar em dar a vida por causas maiores - de, a eventual tripulação seleccionada para o efeito, viver a bordo a sua vida normal, naquilo a que se chama: A Nave Geracional.

Mas será consubstancial que isso possa suceder sem haver, por lógica, tomada de consciência - e princípio humano deontológico - de uma vida sepulcral no Espaço? Por muitas dúvidas que isso nos deixe, haverá sempre quem queira ser herói ou ficar na História do Homem que atravessou mares e céus, estrelas e galáxias, para se poder firmar em nome, honra e glória póstumas, no seu maior feito como ser humano. Mas valerá a pensa? Não haverá riscos acrescidos nessa intemporal situação de vivência e eloquência espaciais em que, à medida que os Astronautas iriam envelhecendo - e morrendo - os seus filhos (nascidos, criados e inclusos nesse habitáculo espacial) os seguiriam, tomando conta da nave e prosseguindo essa missão? Não estariam a ser mais autómatos do que seres humanos...?

Interrogamo-nos sobre que consequências isso traria para essa comunidade no Espaço, bloqueada de emoções, sentidos e influências de se nunca ter sentido o ar que respiramos na Terra, o solo que pisamos (lembrem-se como é bom enterrar uns pés no meio dos grãos de areia ou nas águas puras dos mares...) e, o bronzear de um Sol ameno, o vento na face, os passeios à beira-mar ou ao pôr-do-sol e, se tudo isto não for puro romantismo, que dizer de um abraço ou de um amor que se faz a dois num espaço que é imenso mas, de uma coesa vida a dois, e não de um cubículo ou aposento espacial que se pactua e divide com outros. Que consequências mentais e, cognitivas, se poderia tirar daqui? Ou seremos todos heróis que esqueçamos as coisas boas que possuímos na Terra...?


Nave Espacial Star Wars (nave de ficção científica)

O Futuro, hoje!
Abstraindo-nos destas questões de índole introspectiva ou de uma maior consciência humana que, no fundo de nós, nos leva mais longe (sem misturar a heroicidade com o dever cumprido de se alcançar mais para a Humanidade), os cientistas continuam a procurar inventar e mesmo construir, qualquer sistema de propulsão capaz de atingir as estrelas - com vida humana lá dentro ou sem esta.

Os Foguetões Químicos como os que se utilizam no Vaivém Espacial, não têm ainda potência suficiente para atingir ou fornecer o impulso necessário para Viagens Interestelares. Alguns cientistas propuseram inclusive que, se detonassem bombas nucleares na retaguarda das Naves Espaciais, para as impulsionar. Uma outra ideia consistiu na utilização de «lasers» poderosos e, gigantescos espelhos colectores. Do mesmo modo que os barcos à vela usam as velas para recolher a força do vento, essas naves empregariam espelhos para recolher fotões de luz.
A Pressão de radiação dos Fotões faria então a propulsão da Nave Espacial! Por fim, foguetões impelidos pela Fusão Nuclear podiam aumentar exponencialmente a velocidade a que poderiam viajar pelo espaço sideral: desde 1/20.000 da velocidade da luz até a um décimo dessa velocidade.

Existem muitas outras ideias - altamente exóticas, rectifica-se - que se situam nas bordas da Moderna Física Teórica. Se o Universo é feito de muitas dimensões, das quais o ser humano apenas pode ter a percepção de três ou quatro, talvez se encontre então o tal atalho (buraco de minhoca ou verme) ou através de outras dimensões - se estas pudessem finalmente ser descobertas.
A Matemática desses Wormholes (buracos de minhoca) está ainda em processo de cálculos; contínuos e exaustivos por parte dos mais esclarecidos cientistas. Existindo estes (buracos de minhoca, verme ou wormholes em designação internacional) e podendo o ser humano ter acesso a eles, então talvez o Universo inteiro (ou mesmo outros Universos...) se tornem acessíveis para nós.

As possibilidades são-nos infinitas, tantas quantas as nossas esperanças de poder viajar através do tempo, por muito controverso ou inexequível que isso seja ou nos possa parecer nesta realidade presente. A Investigação continua, assim como os avanços de propulsão a frio ou outras medidas supersónicas de integração e viagem no Espaço.
Alguns Astrofísicos acreditam que o contínuo espaço-tempo, distorcido em redor de um Buraco Negro, constitui uma potencial máquina de viajar no tempo; todavia, as possibilidades práticas de explorar esta ideia (no que já se aferiu da imensa perigosidade ou elevados riscos que o ser humano se reverteria), exclui assim a probabilidade da sua utilização pelos humanos.


Outra nova Terra...? HD 219134b - Novo Planeta (rochoso) descoberto pela NASA

A Mais Recente Descoberta da NASA (o HD 219134b)
A NASA divulgou há somente algumas horas (no dia 30 de Julho de 2015), o que imparável e, admiravelmente, nos conduz a uma explosiva (no bom sentido da palavra) emulsão de planetas recém-descobertos. A NASA está mesmo de parabéns!

Este fantástico planeta rochoso extra-solar (ou extrassolar) mais próximo da Terra - e que na imagem se reproduz em ilustração representativa de como será - é muito maior do que o nosso planeta.
Este exoplaneta (assim designado por estar fora do nosso sistema solar), chamado de HD 219134b, está a 21 anos-luz da Terra, mas orbita muito perto da sua estrela para albergar vida (no sentido de hospedar vida). Este planeta rochoso pode ser visto directamente - ou com telescópios - sendo a sua estrela observável a olho nu (em Céu escuro), na constelação da Cassiopeia, próximo à estrela polar.

O Planeta HD 219134b foi inicialmente descoberto com o auxílio do instrumento Harps, do telescópio italiano Galileu, instalado nas Ilhas Canárias, em Espanha. É o planeta do sistema solar mais próximo da Terra a ser detectado em trânsito - a passar em frente da sua estrela - e, por isso, é um corpo celeste ideal para futuros estudos; principalmente para verificar se tem ou não atmosfera.
Se assim for, a sua composição química pode imprimir «uma assinatura» na luz da estrela observada, e será (eventualmente), um dos exoplanetas mais estudados e investigados nas próximas décadas, de acordo com o investigador e cientista Michael Werner da NASA.


O Maravilhoso Planeta HD 219134b

Desenvolvimentos sobre o HD 219134b
Usando o método da velocidade radial (velocidade de uma estrela ao longo da linha de vista de um observador), os Astrónomos calcularam que, o HD 219134b tem uma massa 4,5 maior do que o nosso maravilhoso (também) planeta Terra - demorando então três dias para completar uma volta em torno da sua estrela.

Posteriormente, os Astrónomos seguiram a «super-Terra» com o telescópio espacial Spitzer, da NASA, detectando assim a sua passagem em frente da sua estrela.
Os dados recolhidos por tão prestigioso telescópio - no registo da radiação infravermelha - revelaram criteriosamente que o tamanho do HD 219134b é 1,6 vezes maior do que a Terra!
Combinando o tamanho e a massa do exoplaneta, os Astrónomos chegaram à conclusão sobre a sua densidade, confirmando assim que se trata de um planeta rochoso...tal como a Terra!

A principal autora da Investigação, Ati Motalebi, do Observatório de Genebra, na Suíça, acredita que o HD 219134b será um dos alvos ideais (ou prioritários) para a elaboração de um estudo mais detalhado - ou pormenorizado - com o telescópio espacial James Webb (ainda em construção), cujo funcionamento se prevê para meados de 2018.

O Sistema Planetário ao qual pertence o exoplaneta agora anunciado, é formado por mais três planetas, mas estes, mais distantes da Terra. Dois deles são relativamente pequenos e não estão muito longe da sua estrela. Este trabalho, pesquisa e estudo, será futuramente publicado na revista científica Astronomy and Astrophysical (Astronomia e Astrofísica).
De acordo com a NASA, o planeta extra-solar mais próximo da Terra - o GJ 674b - está a 14,8 anos-luz do nosso belo e fantástico planeta azul, como Carl Sagan costumava dizer, neste «pequeno ponto azul...» mas que, idolatramos, até porque é o único (até agora) que nos dá as condições básicas de sobrevivência à vida humana. O Gj 674b ainda nos é desconhecido em composição, estrutura ou atmosfera; tal como muitos outros, mas o desejo de tal é imenso, assim como a esperança de virmos a conquistar terreno estelar que comprove a existência de vida nestes.

Que se poderá mais acrescentar ao Tudo que já foi dito? Novos planetas, novos mundos por adquirir em conhecimento e, provavelmente, em existência de vida civilizacional - ou noutras formas de vida completamente diferentes da nossa - mas que, ansiamos por conhecer; se isso nos não for trágico ou dissolvido em cataclismo planetário na nossa própria extinção.

A Humanidade faz um esforço titânico para se manter à tona desta quase presciência que o Deus-cósmico nos vai dando a conta gotas ou, em pequenas gotículas ou partículas subatómicas estelares de um imenso Universo em que todos estamos inseridos e, por vezes, mal resolvidos. Não é o caso da NASA, da ESA ou de outras tantas entidades espaciais terrestres que só almejam alcançar mais, saber mais, muito mais do que o que agora expomos; por muito que nos surpreenda ou saibamos o quão longe ainda estamos desse conhecimento total. Mas Tudo, será mesmo...Tudo?

Um Universo, múltiplos Universos envoltos nessa tão enigmática, profunda e exótica matéria escura que nos ampara, flecte e faz reproduzir à escala extraplanetária (e futuramente interestelar) numa longa viagem de rumo e retorno estelares - onde todos somos algo ou alguma coisa. Ou Tudo. Ou Nada. Mas Somos! Indiscutivelmente somos. E isso, é algo que não podemos nem devemos sonegar ou sequer esquecer, pois das migalhas se faz um pão; dos grãos de areia...um imenso areal ou deserto inimaginável; dos mares e oceanos, a fluidez incomensurável de outros planetas assim iguais em água e vida, nesse poderoso elemento que cria e recria a própria vida. Se viajaremos até às estrelas um dia...? Com certeza que sim, pois já lá estivemos e para lá iremos; um dia também! E o magnânimo e supra-fidelíssimo Deus de Tudo e Todos os Universos sabe disso, e acena-nos com essa verdade, na sua verdade. Será verdade...? Acreditemos que sim.

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