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segunda-feira, 13 de julho de 2015

Astrofísica Estelar VI (Estrelas Variáveis)


NGC 6995 - Nebulosa do Véu       Imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble  ESA/NASA

Sofrendo períodos intensos de variabilidade imprevisível - a estrela jovem - antes de se tornar uma estrela de Sequência Principal, envelhecendo por conseguinte, não estará esta ímpar relação ligada ao que o próprio ser humano passa, crescendo, vivendo, ou simplesmente evoluindo nos seus módicos ciclos de vida terrestres? Não seremos todos nós «supernovas» após explosões de energia e brilho intenso do que nos faz emergir como Humanidade que somos...?

Inescrutavelmente e de uma beleza incomparável, a Nebulosa do Véu, tão mística quanto impressionante no seu todo, dar-nos-à essa crença ou essa fiabilidade de que tudo o que o Universo compõe (em produtos químicos pesados e não só...) explodindo ao longo - por vezes - de um século, se redime na condição humana (ou de outras entidades estelares) nessa igual proporção de vida, energia e no fundo, realidade universal de tudo o que o Universo expõe ou exponencia em si...?

Estrelas Variáveis
Se uma Estrela Dupla apresentar o seu plano orbital virado para a Terra, as duas estrelas eclipsam-se periodicamente uma à outra e, uma estrela bloqueia então a luz da outra.
Isto faz com que o brilho do sistema varie, dependendo da luminosidade relativa das estrelas envolvidas, de os Eclipses serem totais ou parciais, de as Estrelas estarem a distorcer-se gravitacionalmente uma à outra e ainda, de estarem eventualmente a transferir massa e a produzir manchas quentes e brilhantes.
Um gráfico de variação de brilho chama-se: Curva de Luz. Toma várias formas, de acordo com as diferentes condições.


Nova Cygni (entrou em erupção em Fevereiro de 1992)

Tipos de Variáveis
Algumas estrelas individuais também variam de brilho. Isso indica os processos internos que ocorrem na estrela variável. Há dois grandes Tipos de Variáveis: as Pulsantes e as Eruptivas.
As Variáveis Pulsantes alteram o seu brilho de um modo regular e periódico, acompanhado por pulsações da «superfície estelar» na qual a estrela, de facto, se expande e se contrai.
As Cefeidas são estrelas gigantes amarelas que pulsam de um modo muito regular. São muito brilhantes e facilmente reconhecíveis e empregam-se - muitas vezes - para determinar a distância às galáxias mais próximas.

Existem dois Tipos de Cefeidas: as Cefeidas do Tipo II, também chamadas estrelas W Virginis, sendo estas menos luminosas do que as do Tipo I.
As Estrelas Gigantes Vermelhas também estão sujeitas a variação, dando-se-lhes o nome de Variáveis do Tipo Mira.
A Estrela Mira varia num factor de 10.000 num período de 80 a 1000 dias. Outras estrelas Gigantes Vermelhas variam pouco e de forma imprevisível, em períodos de tempo de vários anos.

As Variáveis Eruptivas incluem Estrelas Anãs Vermelhas pouco luminosas, chamadas estrelas eruptivas. São frias e de brilho débil e, à primeira vista, parecem candidatos improváveis  para um aumento imprevisível de luminosidade.
De facto, o que pode estar a acontecer é que sofram erupções do mesmo modo que o Sol, mas, em virtude de a estrela ter um brilho muito menor que o nosso Sol, a erupção exerce um efeito muito mais espectacular na sua aparência.


Nova Cygni (três meses depois da explosão inicial) - Imagem do Hubble (Maio de 1993)

As Estrelas Novas
As «Novas» são estrelas cujo brilho dispara subitamente para vários milhares de vezes a intensidade da sua luminosidade anterior.
Pensa-se que se trate de sistemas de Estrelas Binárias nas quais a matéria da componente maior se transfere para uma companheira Anã Branca. A matéria entra então num processo de Fusão Nuclear repentino e o brilho da estrela...dispara! À medida que a matéria se acumula, torna-se assim possível (outra vez), a ocorrência de uma Nova. Se a matéria acumulada for suficiente, a Anã Branca é destruída na detonação nuclear, libertando muito mais energia.
O Sistema é então totalmente destruído numa Supernova do Tipo I - uma explosão tão poderosa que se torna efectivamente tão luminosa como uma Galáxia durante alguns dias após a explosão.
As Supernovas do Tipo II não são tão brilhantes e ocorrem  quando uma Estrela de Massa Elevada atinge o fim da sua vida e...explode!

A Matéria da Actividade Variável das estrelas deriva do facto de a estrela estar indefectivelmente a envelhecer. No entanto, antes de se tornar uma estrela da Sequência Principal, a estrela jovem sofre períodos intensos da variabilidade imprevisível. Isto acontece porque, demora um certo tempo até a estrela estabilizar o processo de Fusão Nuclear que se iniciou  no seu núcleo.
Nas estrelas de massa semelhante ao Sol, este processo recebeu o nome de: fase T Tauri.

Em relação à Nova Cygni, que entrou em erupção em Fevereiro de 1992 e foi assim detectada numa surpreendente imagem do já não menos famoso telescópio espacial Hubble em Maio de 1993, permitindo assim aos cientistas uma primeira observação do anel que se formou em redor da camada exterior da Nova e, da estrutura em forma  de barra do centro.
O Anel representa assim uma bolha de gás quente ejectada do núcleo da Nova. Uma Nova típica, expulsa até 0,00001 da sua matéria.
A Nova Cygni, dista 10.430 anos-luz da Terra e situa-se na Constelação de Cisne. Numa segunda imagem captada pelo Hubble (três meses depois da explosão inicial), observou-se então que, a camada exterior, expandiu-se de um diâmetro de cerca de 119 para 154 milhares de milhões de quilómetros! À medida que mais gás escapa, o anel ganha a forma de...um ovo.
As Novas normalmente mantêm-se brilhantes por vários meses!


NML Cygni

Num código simples de memorizar:
1 - Sistema Binário
2 - A estrela maior torna-se uma Gigante Vermelha
3 - A Gigante Vermelha morre e torna-se uma Anã Branca
4 - A estrela pequena torna-se uma Gigante Vermelha
5 - A matéria transfere-se para a Anã Branca
6 - A matéria comprime-se
7 - Começa então...a Fusão Nuclear
8 - Nova


A maravilhosa Nebulosa do Véu ou NGC 6995

A Nebulosa do Véu
Esta radiante Nebulosa do Véu, captada pelo majestoso telescópio espacial Hubble e pela Wide Field Planetary Câmara e2 em prestigioso reconhecimento de J. Hester (publicado em Julho de 2007) por permissão e desenvolvimentos da ESA/NASA, traduz como explosões de Supernovas são importantes (na base astronómica) e no contexto ou essência do Espaço.  E isso, devido à sua implementação em semear no Universo intensos produtos ou compostos químicos pesados para a construção de todos os elementos mais pesados que o Ferro (que são raros na nossa galáxia), porque somente uma ou duas estrelas explodem ao longo de um século!

Fonte da ESA replicou ao mundo que, esta Nebulosa do Véu não existia anteriormente, sendo então uma estrela muito maior e muito mais brilhante do que o nosso Sol!
O seu Núcleo (em espécie de poderosa fornalha) queimou intensamente o seu combustível até este se esgotar, fazendo a estrela entrar em colapso, explodindo de seguida. A isto chama-se: Supernova - em evento estelar altamente destrutivo em que medições actuais mostraram que uma Supernova pode efectivamente ofuscar a luz combinada de 100 biliões de estrelas normais!

A Nebulosa do Véu tem cerca de 50 anos-luz de raio, localizado a uma distância de quase 1500 anos-luz, da Terra (detectado na imagem da nebulosa em região do Nó Sul-Oriental).
A estimativa é de que, a Explosão desta Supernova, tenha ocorrido há 5000/10.000 anos e o brilho resultante que ficou visível (para as pessoas na Terra), deixou de ser vista ou observada a partir daí...
Esta Nebulosa do Véu é uma massa retorcida de ondas de choque porque, durante a detonação final da estrela, ela arremessou as suas camadas exteriores para o Espaço em mais de 600.000 km/h.
Observa-se agora camadas que colidem com os gases que cercam o espaço interestelar. A energia transmitida na colisão do gás aquecido a milhões de graus, faz com que a luz seja emitida.
O Comprimento de Onda desta luz depende muito dos átomos presentes nestes gases, na conclusão dos cientistas. A Azul, a imagem mostra o oxigénio; a Verde mostra o hidrogénio e, a vermelho, o enxofre.

A fantástica Nebulosa do Véu foi descoberta a 5 de Setembro de 1784 pelo eminente astrónomo, William Herschel como inicialmente pontificou como uma bola de gases em expansão no Espaço. Hoje, sabe-se, é muito mais do que isso. no que em exímia observação dos tempos modernos os Astrónomos reiteram do que o Universo semeia em si. A ESA/NASA oferece-nos assim dados criteriosos sobre esta e outras nebulosas em toda a sua magnitude e...beleza, o que desde já se agradece pelo conhecimento científico e, evolutivo da Humanidade.


Nebulosa Cabeça de Cavalo ou B 33(Barnard 33  na Constelação de Oríon)

Vida e Morte das Estrelas
Os Astrónomos, na actualidade, consideram que as estrelas vão mudando ao longo do tempo, num processo inacreditavelmente surpreendente em glória e fascínio do que todos esses corpos celestes do Universo em si presenteiam - ou em nós, humanos, do que do Cosmos observamos.
Tal como na na essência humana de nascimento, vida e morte, as estrelas são de facto magníficas nessa quase similaridade mas, efectivamente também, medido sob um prisma de existência ou ciclo de vida de milhões de anos.

Através das observações que os Astrónomos vão efectuando - auxiliados sempre pelos prestigiosos telescópios espaciais - vão nos dando, (à Humanidade), essa luxuriante oportunidade de imagens e conhecimentos sobre o que estudam, analisam e posteriormente nos reportam sobre as suas descobertas astrofísicas. Tentam assim deduzir a sequência correcta de acontecimentos da evolução de uma estrela, identificando depois o lugar que cada uma ocupa ao longo da sequência.

As Estrelas, formando enormes nuvens de poeira e gás, registando-se reacções químicas complexas no seio dessas nuvens moleculares gigantescas, é de fácil percepção mas talvez de difícil análise (para os leigos na matéria), o quanto estas envolvem, seja em hidrogénio molecular, seja nas pequenas quantidades de elementos mais pesados aí presentes, o facto é que há formação real de moléculas muito mais complexas. Imbuídas de compostos orgânicos (com carbono também), obteve-se a noção de que tais compostos são de facto necessários para o desenvolvimento da vida. Continua-se assim em busca de aminoácidos e de moléculas de açúcar nestas estrelas; abundantes ou não...no que os Astrónomos continuam em perseguição de resultados e conclusões sobre como, existencialmente, surgiu a vida no Universo.

Vida e morte - humana e estelar - no que difusa e estranhamente (ou em particular nos fragiliza) em ciclos de vida ou ingerência em si de uma vivência quase similar. Talvez o ser humano não brilhe assim tão profusa e intensamente na Terra ou, quem sabe, talvez o faça sem o notar.

A Humanidade, sendo apenas e só, uma das milhares ou milhões de civilizações estelares no Universo, não se deixará apagar, exterminar ou extinguir...se a sua luz imensa permanecer, ainda que num ínfimo ponto globular ou planetário de micro-dimensão cósmica. No entanto, existimos e, à semelhança das estrelas, somos pó, matéria orgânica, compostos de muitos outros compostos ou componentes mais importantes do que os já há muito estabelecidos - se tivermos em conta a tridimensão assistida em nós de mais, muito mais, do que poeira humana no Espaço; além a própria metafísica, além nós próprios. e...acima de tudo...além as estrelas que do Céu observamos em espanto e admiração estelares de um conhecimento nunca saciado.

A Humanidade continuará, se continuados forem os nossos esforços de nos fazermos implementar e, considerar, neste imenso Universo (ou Universos...) do qual ou quais fazemos parte! Somos importantes, pois existimos! E isto, se Descartes fosse vivo, também consideraria, acredito!

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