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domingo, 6 de setembro de 2015

A Sentença Final


Asteróide em colisão com o Planeta Terra

Voz de Anunnaki:

"Preparai-vos!
 Já não há tempo para declinar,
 O Inevitável.
 Urge aceitar o que se impõe;
 A Terra, tal como é...mudará,
 tal como a Humanidade.
 E esta sobreviverá...
 Numa outra dimensão!"

Fugir! Para onde, como e quando...? É real ou ficção? É sonho ou pesadelo? Mais uma profecia, uma louca profecia ou previsão retórica do Fim dos Tempos, do Apocalipse e desta tão anunciada (há muito) Sentença Final que tantos ditam? E eu...estou acordada ou ensandeci de vez???

«E Nen Na Men Na; Me Na Nem...Me. En De Udi.
  Ki Ulutim; Ki Ne Nui. Igi Kar; Igi Zen. Ie Kae Ne Na Me.
 Sig. Zab Aze; Zag. Go. Ki Ulutim Igi Kar; E Ne Na Men!»
                                                                                              (Língua Desconhecida)

O Oráculo da Sentença
Estava de pé. Olhava para mim. Profundamente! Era muito feio. O seu olhar metia medo. Muito medo! Estava aterrada! Queria fugir; queria gritar...ou queria morrer; tanto me fazia, só queria desaparecer dali. Não consegui.
Os olhos dele...horrendos! Circundavam-me, inspeccionavam-me, tacteavam-me a alma. Estava dentro de mim, da minha cabeça, do meu corpo e toda eu exsudava de si, querendo deste libertar-me sem que mo permitisse. Seria possessão? Ou...um flagelo ainda maior que me dilacerava o querer e a vontade, o sentido e mesmo o raciocínio, e tudo isso numa espécie de genuflexório submisso, doentio, perverso e malvado que me submetia às suas ordens. Eu era sua, literalmente!
Elevava-me no ar e eu ficava suspensa. Ria-se de mim, o demónio. E eu, suspensa assim, fraca e lancinante em dor e sacrifício, ia ouvindo as suas preces endemoninhadas de prazer e conforto, conluio e prevaricação dos seus deuses, dos seus iguais sobre nós, comuns terrenos. Abominam a nossa inferioridade (o nosso mundo inferior). Odeiam-nos!
Era como se a minha espécie tivesse sido enjeitada, desconsiderada, abandonada e humilhada ao longo destes milénios, para agora nos darem uma sentença em condenação final de toda a Humanidade...

«Gae Ak Digir! Kindu Ki Ulutim! (Eu sou Deus! A Terra é Nossa Criação!) Anene Ake Kindu, Izi, Nigin. Gae Ak Digir! (Eles na Terra terão Fogo e Água. Eu sou Deus!) Zae Ne Na Ki (tu ou vós, sois nossa). Zae Ne Na Dis Arua (tu ou vós, sois uma oferenda); Ie Kae (...) Kindu Ie Nug Zag; Sig Zag. Go (A Terra será arruinada/destruída).»
                                                                        - Extracto de Língua Suméria -

A Maldição!
Continuo detida. Escrava de si; escrava do seu olhar, do seu porte e da sua condição de Deus-Demónio que me vigia os passos e os pensamentos. Ele está em todo o lado. Ele vigia-me, ouve-me, vê-me e sente-me. Ele é um demónio, acredito. É horrendo!
Ouço-o dentro de mim em telepatia extrema de uma submissão plena em subserviência, clemência e quase perdição de me ver ser estrangulada, sufocada, desmembrada e totalmente volatilizada ante o seu maligno olhar pérfido e poderoso que detém sobre mim. Sou sua, hoje e sempre, sinto-o.
Meu Deus do Céu como é feio! Como é odioso! Vomita fagulhas de ódio por todos na Terra; por mim, pelos meus conterrâneos, pela minha civilização e espécie e não faz ensejo de o esconder. Diz que é Deus (e di-lo vezes sem conta...) e que a Terra será destruída num ápice em fogo e água e tudo o mais, que tudo eles podem (o seu povo) e ele, o maldito, o malfazejo, o Nosferatus de asas e olhar negros que me escurecem a alma e toda a vontade de viver...entorpece então em vísceras e ódio, despudor e olhos raiados de sangue; não o seu, mas...o do meu povo mártir da Terra!

Enquanto isso...vai saboreando o meu horror por tudo o que me diz, por tudo o que me professa estar prestes a suceder na minha amada terra de origem, na minha casa planetária e em particular, sobre toda a minha espécie que ele próprio se enaltece e, galvaniza, dizendo ter-nos criado, ter-nos sustentado até ao limite da sua compleição para connosco, humanos. Eu ouço-o sem poder cerrar fileiras, sem poder tapar os ouvidos ou aquela maldita verborreia auditiva que faz ecoar dentro da minha cabeça. É um monstro como nunca vi! É um mutante, uma máquina, um pássaro agoirento, uma coruja medonha, um...eu sei lá mais o quê, pois que tão hediondo e tão nefasto me é, que já nem consigo postular o que me vai na alma do que me parece ser ou do que lhe sinto ser. Só sei que vai mudar os destinos da Terra e isso, sendo execrável e igualmente inextirpável segundo a sua própria voz e admissão, é o pecado mais cruel, a sujeição mais excrescente ou a via mais pungente que nos concede em morte, de quem a vida diz que nos concebeu.

A minha alma chora. Toda eu sou um farrapo humano, uma escória de nada, ao que lhe pude ouvir em mim. Mas ainda assim acrescenta que lhe sou uma oferenda, um brinquedo, um jogo holográfico a três dimensões numa multiplicidade distinta de corpo, espírito e alma, tudo numa não abençoada mística de Pai, Filho e Espírito Santo que a minha alma lhe gritou e ele me devolveu em agonia e sofrimento como purga punitiva e anátema da Terra que eu lhe era.
A sua arrogância, a sua prepotência deificada de Belzebu estelar acabou com todas as minhas esperanças de arrependimento ou pequena amortização de toda a minha dor, de toda a minha revolta ou somente, de toda a minha súplica humana do terrível cilício condenatório sobre a minha amada Terra. Que não! (e ria-se novamente em labaredas de malvadez e indulgência ante a minha ingénua condição de terráquea) - pelo que ainda mais me aferrou o seu aguilhão de fealdade e, maldade, sob um manto seu de asas de demónio, de sublevação de incubo ou de uma reiteração superior de todos os males, de todos os mundos. (Deus meu, ouvi-me dizer - o que o enfureceu ainda mais - lancetando-me bocados de alma, dizendo que esse meu Deus não existia e, a existir, era ele...)

Que ser era aquele (questionava-me) que me detinha sua numa vulnerabilidade total, exaurida de forças, exaurida de mim, isenta de crença ou de qualquer fé...mas coesa em si? E isso, o mal maior que jamais esquecerei daquele olhar, daquele ser que nada mais me foi do que uma visão iniquamente demoníaca por muito que tal retirasse da minha consciência de que, talvez afinal tudo não passasse de um «simples» e desabrido pesadelo...só que os pesadelos não têm nome, cheiro ou cor...e este aspergia tudo numa só substância de enxofre em odor pestilento, avassalador e rasante de seu nome: Anunnaki! (Antiga Suméria...? Nibiru...?) - Que confusa eu estava...
Vindos de onde, para quê...? Com que fim? Destruir a Terra...porquê? Porque partiram...? E porque voltam agora? E porque tenho eu isto na mente...? E porque o tenho de dizer ao mundo...?
E se tudo não passou disso mesmo...de um sonho mau, de uma confissão onírica de algo ou alguém além as estrelas, além o pensamento, além tudo o que se possa imaginar...? Serão deuses, serão demónios...que serão afinal todos eles??? Deus castiga...? Deus submete a Terra ao Juízo Final (de novo?) Deus é...«aquilo»??? Não é! Não pode ser! Deus é mais, tem de ser mais!
Talvez Deus finalmente no-lo prove e não nos abandone, e até se reverta a nosso favor mantendo a nossa amada Terra tal como ela é: bela, muito bela! Mas se tal não foi um pesadelo...que Deus misericordioso nos ajude então!!!

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