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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Genética: A Evolução I (Selecção Natural)


Girafas - Descendência: processo de evolução/variação

Havendo um processo evolutivo constante nas diversas espécies apresentadas na Terra (em evolução/variação) ao longo dos séculos, poder-se-à contemplar um limite nessa evolução? Saber-se-à explicar portanto, essas mesmas espécies actualmente em evolução e expansão?

Saber-se-à também por que razão não existem animais modernos conservados nas rochas sob a forma de fósseis? Ou por que motivo mostra o registo fóssil uma progressão gradual de formas mais simples para formas mais complexas ao longo de milhões de anos?

Existirá assim tanto um confronto ou choque abissal entre a Doutrina Criacionista que arroga que todas as espécies foram criadas por Deus num acervo de poucos dias na Terra e, a Teoria da Evolução que concerne e, reconhece, que todas as espécies podem mudar ao longo do tempo? E...se não pela modesta ou natural mão da Natureza, por outras de origens desconhecidas - extraterrenas ou extraterrestres - que tanta polémica suscitam nos especialistas... teólogos, filósofos, biólogos e demais cientistas?

Havendo a teoria dos Antigos Astronautas (ou deuses astronautas) que tanto à Humanidade deram e darão certamente em maior continuidade...que evolução/variação poderemos supor que o ser humano atingirá? A perfeição...? Ou a erradicação e extinção planetárias...???


O Conceito de Darwin/outra formatação do ser humano no futuro

Evolução/Variação
Em 1831, um jovem Naturalista Inglês partiu para uma viagem marítima à volta do Mundo e, estudou as Plantas e os Animais que foi encontrando.
Charles Darwin observou que no mundo natural a reprodução equilibra (mais ou menos) a morte devido a...doença, acidente e velhice. Notou então a grande Variação nos Caracteres dos Membros da mesma espécie, verificando assim que muitas destas variações eram hereditárias! Sugeriu que, os indivíduos cujas características lhes conferem maiores probabilidades de sobrevivência até à idade de reprodução, deixariam mais descendência do que os indivíduos menos bem adaptados; em consequências, as características favoráveis seriam mais difundidas na geração seguinte. É este o conceito de: Selecção Natural.

Darwin propôs que, ao longo de muitas gerações, as características de uma população podem mudar tão substancialmente que se forma uma...Nova Espécie! A este processo de mudança dá-se o nome de: Evolução.
Um outro Naturalista, Alfred Russel Wallace, através do estudo da flora e da fauna da América do Sul, da Malásia e das Índias Orientais, desenvolveu praticamente a mesma teoria. Em 1858, enviou um ensaio a Darwin, o que o levou a publicar essa teoria. Darwin e Wallace nada sabiam então de genes ou de cromossomas, mas forneceriam uma explicação tanto para a Diversidade da Vida como para as semelhanças entre os Organismos Vivos...

Evolução por Selecção Natural
O século XIX assistiu a duas explicações rivais para o longo pescoço da Girafa. Segundo Charles Darwin - o teórico defensor do processo da evolução, na «Origem das Espécies» - os antepassados da Girafa possuíam pescoços curtos. Algumas Girafas com mutações casuais que originaram pescoços maiores puderam evitar assim a competição com outros animais (incluindo girafas com pescoços mais curtos). Obtiveram então alimento abundante, podendo sobreviver até à reprodução.

Os Pescoços maiores foram sendo transmitidos à descendência. A pressão continuada de Selecção levou assim à maior sobrevivência da espécie que detinha em si pescoços mais longos, aumentando a sua população. A competição pelo alimento levou à extinção das Girafas de Pescoço Curto, que não conseguiram sobreviver o suficiente para se reproduzirem.

A Explicação de Lamarck difere da de Darwin, aferindo estar de acordo que as girafas ancestrais tinham o pescoço curto mas, argumentava também, que este crescia nas Girafas que o esticavam continuamente...numa vertente de sobrevivência e, descendência. Alegava assim que o pescoço maior era então herdado pela descendência. E que, as Girafas de Pescoço Curto não tentaram esticá-lo...de modo que, consequentemente, este não se tornou maior, levando-as a morrer inevitavelmente em consequência (também) dessa competição. Uma teoria algo insólita, reconhece-se. Mas plausível e consistente, se tivermos em conta os registos de sobrevivência...


Evolução da Espécie Humana

Doutrinas e Teorias
A ideia de Evolução não era completamente desconhecida dos biólogos em meados do século XIX. Muitos tinham lido o «Ensaio sobre os Princípios da População», escrito em 1798 pelo clérigo inglês Thomas Malthus, no qual o autor conjectura que o crescimento populacional é limitado pela disponibilidade de alimentos - por outras palavras, pela acérrima competição pelos alimentos.
Familiares, eram também a cultura de Plantas e a criação de Animais, ou «Selecção Artificial», pela qual os lavradores e os criadores podiam produzir Plantas e Animais em novas características que eram assim transmitidas de geração em geração.

Em 1753, o botânico sueco Carl von Linné (Lineu) publicava o livro «Systema Naturae», no qual tentava classificar as Plantas e os Animais agrupando-os com base em caracteres comuns. Este trabalho revelou que Animais com morfologias e hábitos muito diferentes, tais como as Baleias e os Macacos, são muitas vezes fundamentalmente semelhantes em estrutura e desenvolvimento, um enigma facilmente explicado pela evolução a partir de...um antepassado comum! Contudo, a Teoria da Evolução só veio a ser aceite muitas décadas depois, quando então surgiram as teorias que explicavam os seus mecanismos subjacentes.

Naquela época, o Conceito de Evolução chocava o grande público, grande parte do qual acreditava na história bíblica da Criação.
A Bíblia, ensinava que todas as espécies tinham sido criadas tal e qual por Deus (à sua imagem e semelhança no caso do ser humano...) e, no espaço de alguns dias (poucos) e nunca mais mudaram desde então. A esta Doutrina dá-se o nome de: Criacionismo.

Os Criacionistas têm extrema dificuldade em explicar muitos factos conhecidos ou cientificamente na actualidade comprovados. Como exemplo, há a questão imperativa por que motivo não existem Animais Modernos (ou actuais) conservados nas rochas sob a forma de fósseis...? Entre outras diversas questões que fragilizam esta doutrina criacionista que se nega a modular ou mesmo alterar os seus códigos de honra sobre uma indefensável verdade que, ao longo dos milénios, se foi propagando.

A Teoria da Evolução não nega a Deus um papel na criação das espécies, mas reconhece que estas podem mudar ao longo do tempo. Se por vias naturais da Mãe-Terra ou por outras (extraterrestres ou cósmicas) é que Darwin e outros seus seguidores já não poderiam subjectivar...pelo que hoje tanto se insta em todas as espécies na Terra em criação e multiplicação.


Salamandra Ensatina

Evolução/Variação e outras teorias...
Uma teoria popular nos inícios do século XIX foi o «Lamarckismo» (ou seja, uma teoria derivada de Lamarck como já se referiu).
Em 1809, o cientista francês Jean-Baptiste Lamarck defendeu que os caracteres que um Animal adquire durante a sua vida como resposta às pressões do ambiente podem ser transmitidos à sua descendência. Lamarck pensava que, se certas estruturas não fossem usadas, desapareceriam e que, se uma estrutura fosse muito usada, desenvolver-se-ia mais. O seu exemplo mais famoso foi o já referido, relacionado com o Pescoço das Girafas.

Os Cientistas sabem hoje que as mudanças que ocorrem nas Células Somáticas («caracteres adquiridos») não são normalmente transmitidas. São as alterações que ocorrem nas Células Germinais - as células que dão origem aos espermatozóides e aos óvulos -  que produzem as Variações Transmissíveis, uma regra proposta pela primeira vez pelo biólogo alemão August Weismann em 1893. Os Caracteres Adquiridos não podem ser transmitidos porque a informação não pode passar das proteínas para o ADN, mas apenas do ADN para as proteínas.

Desde a primeira metade do século XIX, quando Charles Darwin estava a elaborar o seu trabalho, muitas descobertas vieram reforçar as suas ideias e, apontar, para os mecanismos pelos quais a evolução poderia ter lugar.
Os Cromossomas e a estrutura do ADN, explicam como  os caracteres são transmitidos de geração em geração e, os Princípios da Hereditariedade - descobertos pelo monge austríaco Gregor Mendel - fornecem a base para a acção da Selecção Natural na hereditariedade de diferentes variantes (alelos) de caracteres determinados.
As Mutações proporcionam a matéria-prima - a Variação - sobre a qual a selecção pode funcionar. A Selecção Natural muda então a frequência dos diferentes genes ou combinações de genes nas populações naturais.


Salamandra do género Ensatina: evolução gradual de novas espécies

Na Figura acima registada (em imagem de uma salamandra do género Ensatina), geralmente radicada no Vale Central da Califórnia (EUA), onde populações de salamandras do género Ensatina formam um «anel« de subespécies. Neste esquema ilustrativo da segunda figura, revela-se toda a evolução gradual de novas espécies a partir de um ancestral comum - nesta série específica - à medida que populações diferentes ficam isoladas umas das outras.
As Populações Adjacentes ainda são capazes de se cruzarem entre si, excepto no Sul, onde as subespécies «Escholtzii» e «Klauberi» se sobrepõem territorialmente mas não se cruzam!
1 - Picta; 2 - Oregonensis; 3 - Platensis; 4 - Xanthoptica; 5 - Croceater; 6 - Escholtzii; 7 - Klauberi.


Insectos - a sua resistência aos insecticidas

Resistência a todos os níveis...
Algumas das provas mais concludentes da Evolução provêem de estudos da Selecção que está actualmente em acção.  Isto observa-se melhor em bactérias - e Insectos -  que possuem ciclos de vida curtos e podem por isso ser estudados ao longo de muitas gerações.
Quando as Bactérias são colocadas em presença de um antibiótico que as mata, algumas colónias conseguem sobreviver. Este facto deve-se a que certas células adquirem mutações que lhe conferem resistência e, ao multiplicarem-se, dão origem a colónias resistentes. A resistência deve-se muitas vezes à Mutação de um gene, que codifica uma enzima que decompõe o antibiótico.

Os Insectos vectores de doenças, como os Mosquitos, tornaram-se resistentes a alguns insecticidas; as bactérias tais como a da Tuberculose, tornaram-se multi-resistentes ou seja, imunes (ou quase imunes) em franca resiliência a uma gama muito variada de antibióticos. Os Ratos tornaram-se não só resistentes a muitos venenos, como para além disso, desenvolveram raças capazes de detectar um veneno e pura e simplesmente...evitá-lo. O que anula o efeito pretendido, obviamente!

As Plantas também podem evoluir rapidamente. Muitos Aterros que contêm escórias provenientes de Minas de Carvão - com elevados níveis tóxicos de Chumbo, Estanho, Cobre e Níquel - foram colonizados por ervas que se adaptaram geneticamente, sobrevivendo assim e dessa mesma forma a elevados teores desses metais; o que à priori se previa rasante, acabou por ser mutante e sobrevivente mesmo às piores condições dos solos. Esta resistência, extraordinária (há que o dizer), tem-se revelado impressionante nas mais inóspitas condições - tanto de toxicidade como de quase fatalidade, o que deste modo se vem alterando em vida manifestamente modificada.


Evolução Humana. Que futuro...?

O Ser Humano sobreviverá...?
Em relação ao ser humano, há muito que acrescentar, mas não neste capítulo. Haverá igualmente mutação, transformação, sobrevivência e alterações genéticas de tudo o que nesta e noutras espécies e, ao longo dos séculos, se vem autenticando no planeta Terra.
Seja pela teoria Criacionista, seja pela Evolucionista, o mais correcto será interpelarmos os cientistas sobre o que, num futuro próximo, todas estas espécies sofrerão ou não com as modificações planetárias que vamos sentindo. E isto, tanto em adaptabilidade ao ambiente como em ecossistema alterado - pelas óbvias razões de um declínio acentuado das condições atmosféricas, climáticas, ecológicas e biológicas - de todo um grande (ou maior) desequilíbrio que oscila entre a leviandade humana e a toxicidade já presente em todos nós; plantas e animais incluídos.

É sabido da enorme resistência do ser humano aos antibióticos actuais, tais como os conhecemos, tais como os praticamos em nós biologicamente. São-nos de franca utilidade e prestigiosa eficácia em insubstituível condição de nos fazermos sobreviver ou mesmo enganar a morte. Só não sabemos até quando haverá essa inevitabilidade de toda uma resiliência efectiva de estarmos a superar (bacteriologicamente) esse grande muro sustentável de terapêuticas incisivas e curativas, uma vez que as bactérias se vão modificando, se vão tornando mutantes à medida que se vão igualmente transformando em novas colónias resistentes, como já se referiu.
A comunidade farmacêutica e laboratorial trabalha para isso mas, será esta também eficaz ou...à semelhança destes novos tempos de cáustica mordacidade tecnológica e de imparável poluição e toxinas envolventes, não estaremos a apenas a adiar o já há muito prescrito em final de uma civilização, em final de uma ou mais espécies (ou todas as espécies) no planeta Terra...?

A Humanidade sobreviverá a isso...? Esperemos bem que sim. A Humanidade e todas as espécies envolventes assim o realizam, mesmo que em tempo de vida de Darwin ou de Lamarck estas questões se não tenham aí imposto de, como o Homem é, será, ou se fará sobreviver por mãos geneticamente incentivadas a manipular-nos...e isto, ao longo dos milénios também. Se será um recurso inevitável ou um bem adiado, não o sabemos mas, suspeitamos que tal ainda nos venha a ser útil, caso a nossa metamorfose se não cumpra na totalidade...ou se acaso o planeta azul sofrer de alguma outra transformação - ou mutação sua - de origem desconhecida. O Futuro o dirá...e a nossa sobrevivência disso dependerá!

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