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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Genética: A Evolução II (Registo Fóssil)


Lago Turkana - Quénia (África)

Havendo a suspeita de que as Aves descendem dos Répteis (e estes por sua vez equacionados em parentesco e semelhança aos Mamíferos) num processo evolutivo gradual, competitivo e mesmo do equilíbrio pontuado, poder-se-à associar a idêntica linhagem em relação ao Homem?

O «Archaeopteryx - ave de preponderantes características reptilianas - dá-nos a percepção da sua mutante morfologia e espécie, no que se insta (de outras espécies, inclusive a humana) de tudo poder ter sido «casualmente» evolutivo no planeta ou...inversamente, a directriz perfeita de uma genética resultante de outras mãos, outros perfis extraterrestres?

O Registo Fóssil determina a evolução, a diversificação e toda a mutação sofrida ao longo do tempo em diferenças e alterações climáticas ( e ambientais) planetárias. Tudo germinou em vida. Tudo se expandiu, evolui, multiplicou e, reinventou, noutras novas espécies. Será o Homem apenas uma de entre todas essas espécies da Terra ou simplesmente a «escolhida» (ou a seleccionada)  em teor de raciocínio, inteligência e, evolução, se tivermos em conta as recém descobertas do Homo naledi???


Fósseis de Moluscos

Os Registos nas Rochas
O século XIX foi um século de coleccionadores - de Borboletas, Escaravelhos, Aves e Mamíferos, Conchas e Fósseis.
Os Fósseis são restos ou vestígios de antigos organismos agora preservados em rochas. Ocorrem geralmente nas rochas sedimentares, formadas a partir de depósitos de lama e de lodos. As mais antigas estão em baixo e as mais recentes em cima.
As Rochas podem ser datadas por um processo, a que se dá o nome de Datação por Radioisótopos, que utiliza assim a taxa de desintegração dos minerais radioactivos das rochas como uma espécie de calendário. Muitos Fósseis indicam como as formas de vida mudaram ao longo do tempo. Novas Espécies surgem então, aumentando os seus efectivos e desaparecendo depois - ou seja, extinguem-se!

O Estudo do Registo Fóssil ao longo de todo o período do tempo geológico mostra que, nas rochas mais antigas, apenas existem formas simples de Algas e de Bactérias. os Fósseis vão-se tornando mais complexos à medida que se observam rochas mais recentes. Este facto apoia a Teoria da Evolução, pela qual organismos simples se diversificaram em resposta a novas pressões competitivas (pressões de selecção) ou a mudanças ambientais.

Frequentemente faltam elos de ligação na sequência de um Grupo Fóssil. Deve-se esse facto a que algumas das formas intermediárias podem não ter fossilizado, os seus fósseis não foram ainda descobertos ou as rochas nas quais ficaram preservados foram destruídas pela erosão. A maior parte dos organismos mortos - em especial os de corpo mole - decompõem-se em pouco tempo; somente em situações raras são sepultados rapidamente sob sedimentos que impedem a sua decomposição.
Muitas vezes os estudiosos tentam reconstituir uma sequência evolutiva a partir de fósseis separados no tempo por milhares ou até...milhões de anos!

No Lago Turkana, no Quénia, encontraram-se Fósseis de Moluscos provenientes de dois lugares. Na primeira sequência, a sedimentação foi interrompida ou verificou-se um período de erosão de sedimentos em alguma fase, de modo que o Registo Fóssil é assim incompleto; parece então tratar-se de um caso de Equilíbrio Pontuado - surtos curtos e rápidos de evolução.
No entanto, a sequência da mesma espécie (num outro local) revela que a mudança foi gradual, porque estão presentes formas fósseis intermédias.


Fóssil da Ave Archaeopteryx

Evolução Gradual/Equilíbrio Pontuado
A descoberta de elos de ligação entre os principais grupos de Animais é sempre apaixonante! O Seymouria, semelhante a um Anfíbio, apresenta muitas características de Réptil e é muito provavelmente o mais aparentado com os antepassados dos répteis.
O primeiro fóssil que lembra uma Ave - o Archaeopteryx - tem muitas características reptilianas, confirmando então as muitas suspeitas de que, as Aves, descendem dos répteis.

O Cynognathus, por outro lado, é um réptil semelhante a um Mamífero, aparentado com o grupo de répteis que deu origem aos mamíferos.
Alguns Cientistas propuseram então a Teoria do «Equilíbrio Pontuado» para explicar desse modo as lacunas no Registo Fóssil. Defendem que a Evolução pode dar-se em surtos curtos e rápidos no decurso de períodos tão pequenos que há poucas possibilidades de as formas intermédias fossilizarem. Os Surtos Evolutivos podem ocorrer apenas numa pequena sub-população da espécie e, num determinado local a partir do qual a nova espécie, mais competitiva, pode invadir rapidamente o resto da área de distribuição da espécie antiga.

O Registo Fóssil contém provas tanto da da Evolução Gradual como do Equilíbrio Pontuado. Muitas famílias de Trilobites (artrópodes marinhos aparentados aos modernos límulos) apresentam transições graduais entre as espécies ao longo do tempo, enquanto nos caracóis fósseis do Lago Turkana, em África, rápidos surtos de evolução ocorrem simultaneamente em grupos não aparentados, parecendo assim coincidir com mudanças no nível das águas.


Cynognathus - Réptil (semelhante aos mamíferos)

A Influência das Mudanças Climáticas/Separação dos Continentes
Uma outra fonte de evolução aparentemente rápida resulta de alterações nos Genes Reguladores que controlam o desenvolvimento animal. Um pequeno número de Mutações nestes genes pode causar grandes alterações nas dimensões e na morfologia de um animal!

As Rochas Sedimentares e os seus Fósseis fornecem assim indicações dos climas do Passado. Grandes Mudanças Climáticas podem muitas vezes ser explicadas pela teoria da deriva dos Continentes. De acordo com este conceito - apoiado em provas científicas muito concludentes -  os Continentes estão sobre placas da Crusta Terrestre que se deslocam lentamente na superfície do planeta, arrastadas por correntes de convecção, geradas no manto rochoso quente abaixo delas. Esses movimentos arrastaram consigo os Continentes por várias latitudes e, consequentemente, os climas!
Por vezes, as placas colidiram - ou separaram-se, supõe-se - criando ou destruindo ligações terrestres entre massas continentais (e ligações marítimas entre oceanos) e erguendo barreiras montanhosas, afectando dessa forma a disseminação de espécies de Animais e de Plantas.


Avestruzes (evolução e prova na Teoria da Deriva dos Continentes)

Distribuição Geográfica
Grandes aves corredoras como a Reia, da América do Sul, o Avestruz Africano e a Ema Australiana são parentes próximos, mas hoje encontram-se em áreas distintas do Hemisfério-sul.
Esta estranha distribuição pode então ser explicada pela teoria de que este grupo de aves terá surgido há cerca de 200 milhões de anos quando os continentes meridionais (Gonduana) estavam unidos mas separados pelo mar das massas de terra setentrionais. Esta Distribuições Geográficas fornecem assim provas tanto da Evolução como da Deriva dos Continentes.

A Distribuição Actual de certos grupos e espécies de Animais e Plantas também pode proporcionar provas da Evolução. Os Peixes Pulmonados só existem em África, na Austrália e na América do Sul.
No Devónico, entre 408 e 360 milhões de anos atrás, esses continentes encontravam-se unidos num único super-Continente - a Gonduana - que mais tarde se fragmentou dando origem à América do Sul, à África, à Antárctida, à Austrália e ao sub-Continente Indiano.
Os Peixes Pulmonados surgiram depois de a Gonduana se ter separado das massas continentais setentrionais, mas antes de se fragmentar. As Proteias - uma família de plantas com flores - têm uma distribuição semelhante.


Homo naledi (imagem gentilmente concedida pela National Geographic) - Antepassado Humano descoberto na África do Sul (reconstituição técnica/ reconstrução artística) do Homo naledi.

A Surpreendente Descoberta!
«Estou feliz de apresentar uma Nova Espécie do Ancestral Humano!» - Enfáticas palavras de Lee Berger - o exuberante investigador da Universidade de Witwatersrand de Johannesburgo - em declaração (e revelação) ao mundo, exortando a plena felicidade desta sua descoberta sobre o nosso ancestral humano que, segundo o Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, é considerada: Extraordinária!

Quem é este Homo naledi...?
Na proeminente investigação e análise a que foram sujeitas as ossadas deste Homo naledi, chegou-se à conclusão tratar-se do mesmo grupo ou género do Homem Moderno, num impressionante achado de 15 esqueletos que foram encontrados numa caverna próximo de Johannesburgo, na África do Sul.

Os fósseis foram recolhidos e distintamente analisados no que nessa ordem dos 15 esqueletos e ossadas humanas destes 15 indivíduos, surgia a inclusão de crianças de tenra idade (bebés), adultos e idosos, numa descoberta que já vinha sendo instituída entre 2013 e 2014, ou seja, nestes dois últimos anos em premente investigação. Todos apresentavam uma morfologia homogénea e pertenciam a uma  «Nova Espécie» do género humano - a conclusão assertiva dos investigadores.

«Alguns aspectos do Homo naledi, como as suas mãos, os seus punhos e os seus pés, estão muito próximos aos do Homem Moderno. Ao mesmo tempo, o seu pequeno cérebro e a forma da parte superior do seu corpo são mais próximos aos de um grupo Pré-humano, chamado: Australopithecus!»
Explicação posteriormente dada pelo professor Chris Stringer do Museu de História Natural de Londres, num artigo de sua autoria sobre o tema, sendo publicado na revista científica «Life» o que em sua opinião o Homo naledi lhe concebe.

Os Fósseis foram encontrados numa caverna profunda de difícil acesso e perto da cidade sul-africana de Johannesburgo (como já se referiu) e na área arqueológica conhecida como: «O Berço da Humanidade», sendo esta considerado Património Mundial pela UNESCO.
A Nova Espécie foi baptizada de Homo Naledi e classificada dentro do género ao qual pertence o Homem Moderno. Algo que Berger não consegue esconder em brio, orgulho e ascensão científicas de uma extraordinária descoberta: o seu Homo naledi!

Nada mais a acrescentar, para além da hipótese evolutiva estelar a que terão sido induzidos (todos eles...) - tanto este Homo naledi como outros (Neanderthal, Cro-magnon, Homo erectus, Homo sapiens sapiens e Australopithecus inclusos) -  no que todos eles terão (muito provavelmente) estado imbuídos dessa mesma perfeição genética manipulada até se chegar ao...Homem Moderno.

Extrapolação ou readaptação aos espaços terrestres por outros que - em inteligência, raciocínio e desenvolvimento - algo ou alguém lhes tenha fornecido ao longo dos milénios, o certo é que hoje tanto este Homo naledi como todos nós, somos surpreendentemente investidos de uma dinâmica evolucionista e íntegra na Terra; se isso proveio das estrelas e dos seres inteligentes do Cosmos ou da Evolução «natural» planetária, é algo que estará também no segredo dos deuses...ou não!

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