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terça-feira, 27 de outubro de 2015

A Génese da Vida IV (Vencedores e Vencidos)


Vida e Extinção dos Dinossauros na Terra

O Último Dia...
O dia está ameno. As folhas das frondosas árvores declinam qualquer intempérie pelo amainar calmo daquela suave brisa que se faz sentir. O Sol resplandece por entre a vegetação cerrada que compõe toda a planície, a montanha, os vales e as serras junto ao mar. Nada faria prever o que daí a momentos se seguiria. Só as aves soltas, estridentes e confusas, atrapalhadas por essa sua intuição certeira, dão a certeza de que algo está para acontecer. Vão em debandada e deixam nos céus o inconsistente trilho de uma desgraça enorme, de um fenómeno nunca antes visto ou sentido... de uma tragédia planetária.

2015 - Olhamos o Céu. Não observamos nada a não ser aquelas tão vulgares ou sibilantes nuvens que se entrecruzam entre si nuns gestos voluptuosos de uma dança cósmica que não conhecemos... ou ainda não tocámos. De novo as aves: em corrida, em fuga, ou em meta de um destino que não sabem qual. E nós, cá em baixo, sobre solo terreno e Céu de ninguém, assistimos impávidos mas não serenos, a uma igual tragédia, sem sabermos ainda se sobreviveremos ou se os deuses nos permitem protelar essa igual extinção massiva da... Humanidade.

E Deus, onde está Deus? Esse mesmo Deus-Uno que tudo vê, que tudo sente e ordena no Cosmos??? Porque não nos salva??? Seremos hoje os Dinossauros de ontem ou o «Nada» de amanhã que ficou por realizar, que ficou por consumar, que ficou por perpetuar numa História que jamais será contada a alguém...? Que restará então...? Se tal destino for o nosso, quem lembrará a Terra, os seus elementos, as suas espécies e... toda a sua envolvente dinâmica e, maravilhosa concepção de vida, que um dia se imbuiu num planeta que chamavam de seu?

E quem a libertará (à Terra), sob tão cruéis e maus desígnios de extinção, vulnerabilidade e desintegração? Haverá Esperança para esta Terra? Haverá Esperança Para a Humanidade? (como não houve para os Dinossauros!?) Ou... haverá essa luz, essa energia, esse retorno às origens que é muito mais do que «esperança» (de toda ela), numa remissiva verdade que nos fará retornar em consciência e vontade? Haverá Esperança para o Todo do Universo...? E, chegaremos a sabê-lo algum dia...???


Tyrannosaurus rex (T. rex) - Um dos mais temíveis Dinossauros (com 15 metros de comprimento. e possivelmente carnívoro, alimentando-se de outros...)

Vencedores e Vencidos
Há cerca de 65 milhões de anos - no final do Cretácico - os Dinossauros que tinham dominado a Terra durante milhões de anos, desapareceram misteriosamente - a par de todos os restantes animais terrestres que pesavam mais de 25 quilos, ou seja, todos estes: Os Pterossaurus, grandes Répteis Marinhos, Aves, Marsupiais, Peixes, Amonites, Corais, Moluscos e cerca de metade de todos os organismos marinhos microscópicos. Uma razia incontestável e, incontornável, ante tamanha tragédia de eliminação das espécies! Extinguiram-se famílias inteiras. A Morte rondava...


Deinosuchus - Um Crocodilo Gigante de 15 metros de comprimento (ilustração deste em luta com um seu rival, o T. rex, também de igual comprimento).

Causas/Teorias sobre a Extinção
Tem havido grande controvérsia sobre as causas (ou o que terá despoletado verdadeiramente) esta radical extinção - ou erradicação do planeta (por completo) - dos Dinossauros.
Esta Extinção em massa foi considerada uma das mais impressionantes de toda a História da Terra, pelas óbvias razões na multiplicidade de espécies que se perderam. Os Investigadores aferem de que se verificaram de facto muitas Alterações Climáticas nesse período, provocadas pela deriva dos Continentes.

À Medida que a Austrália se afastava da Antárctida, as águas frias do Oceano Meridional penetravam nas águas tropicais, arrefecendo assim tanto a terra como o mar. Mas essas mudanças teriam sido suficientemente lentas - reconhece-se - para que muitas espécies a elas se adaptassem.
É considerável ou plausível de se reiterar, como já foi anteriormente explicado, que as espécies se adaptam e se disseminam depois, reactivando esse processo evolutivo. Em cada processo de extinção, o Fundo Genético é drasticamente reduzido, mas expande-se depois à medida que a Evolução corrige essa perda. Mas já lá iremos...

Foi proposta então uma causa mais catastrófica. Em Muitas Regiões do Mundo existe uma camada fina de rochas dessa época - ricas no elemento Irídio, que é raro na crusta terrestre - mas mais comum nas rochas provenientes do espaço exterior.
Se um Grande Asteróide tiver chocado com a Terra, uma grande nuvem de poeira teria tapado o Sol! O Frio e a Escuridão teriam assim reduzido a Fotossíntese, matando Plantas e afectando a cadeia alimentar. Chuvas Ácidas teriam entretanto contribuído para a morte dos organismos que viviam próximo da superfície dos Oceanos.


Asteróide que terá provavelmente colidido com a Terra, provocando assim a extinção dos Dinossauros no planeta.

Vestígios do Asteróide Assassino...
Na Península do Iucatão, no México, encontra-se uma cratera formada nessa altura pelo impacte de um Asteróide que media cerca de 10 quilómetros de diâmetro. Daí que seja comum perguntar-se: Terá sido este o verdadeiro responsável por mudanças tão drásticas e tão nefastas no planeta...?

Vivendo-se numa autêntica Idade das Trevas Jurássica após esta trágica colisão do Asteróide com a Terra, não será de somenos importância o questionarmo-nos também se porventura terá sido por razões externas irrefutáveis ou por desígnios de inteligências superiores que assim o terão determinado em implosão e extermínio de espécies (e vida em geral!) no planeta?! Ou será extrapolar ainda mais esta questão já tão debatida e polemizada entre si, no que vários cientistas se declinam a afirmar numa só verdade, numa só razão, de inevitáveis e mortais consequências planetárias na época...? Apenas se sabe o que se supõe; nada mais...


Cratera da Península do Iucatão - México

Mais Explicações...
Uma Explicação Alternativa baseia-se numa outra vertente, residindo na tectónica das placas. Na Índia, existem factuais provas de grandes derramamentos de Lava - formando desta forma os basaltos pretos do Decão, que cobrem uma zona com metade do tamanho da Europa.

Os Vulcões que produziram esta lava, terão sistematicamente enviado imensas nuvens de poeiras (ricas em Irídio), assim como provocado as tais terríveis Chuvas Ácidas. Um transtorno que nem sequer se imagina (mas se deduz...) perante tamanha agonia dos animais e de todo o ecossistema à volta, ou seja, de todas as plantas e organismos vivos do planeta. Uma tragédia!

Seja qual for a causa, ou tiver sido a verdadeira ocorrência maléfica na Terra, a perda de vida vegetal e as baixíssimas temperaturas registadas, teriam assim afectado os Grandes Animais, tais como os nossos Dinossauros que, feliz ou infelizmente, deixaram de pertencer à Terra...
Apesar de poder não ser hoje uma consistente forma de vida (até pelas óbvias grandes dimensões desses animais) também não se poderá fazer juízos de valores ou princípios terrenos de umas espécies poderem pertencer por direito divino ao planeta e outras não; mas isto talvez já seja do foro filosófico que não científico... no entanto, tem de se fazer o registo histórico destes «monstros» que foram, um dia, senhores e donos do planeta Terra.
Triceratops - Dinossauro de tamanho médio (9 metros de comprimento - alimentava-se de folhas).

A Sobrevivência de algumas espécies...
Os Pequenos Animais em sobrevivência e, sustentação de vida, acredita-se que tenham ido procurar refúgio ou abrigo - e talvez armazenar nesses abrigos, alimentos (debaixo do chão); pelo menos, os que tenham conseguido em tempo escasso e prioridade, obtê-los. Daí, terá dependido essa sua sobrevivência ou mais um tempo de vida que, como já se afirmou, não deve ter sido nada fácil...

Importantes Extinções em Massa tiveram lugar, em intervalos, ao longo do tempo biológico, intercaladas com extinções mais localizadas.
Nos Finais do Pérmico, há cerca de 95 milhões de anos, 95% da totalidade das espécies tinham-se extinguido. À medida que os Continentes se fundiam num único Supercontinente, podem efectivamente ter ocorrido temperaturas extremas no Interior Continental, além do nível do mar ter descido também, expondo assim as terras a uma erosão muito rápida!

Os Depósitos de Carvão teriam ficado então expostos à Atmosfera e, reagido com o Oxigénio, formando dióxido de carbono e diminuindo talvez para metade o teor de oxigénio do ar, de modo que muitos dos animais podem ter morrido sufocados...
Talvez a Maior Extinção de Todas esteja a ocorrer actualmente, na medida em que os Seres Humanos estão a caçar Animais até à extinção, a destruir ou a poluir os seus habitats, a sujeitá-los (ou a submetê-los!) a desenfreada competição por parte de animais introduzidos ou a derrubar barreiras naturais (o Canal do Panamá constitui um exemplo disso mesmo), removendo o isolamento que permitiu a sobrevivência de muitas espécies.


Ornithomimus - Dinossauro (3,5 metros de comprimento - hipotética presa do temível predador T. rex).

Estímulo para a Evolução ou perca insubstituível...?
A Extinção constitui um poderoso estímulo para a Evolução, segundo alguns cientistas. Anotam que, as Formas de Vida Sobreviventes, diversificam-se então para ocupar os nichos que ficaram vagos.
Como já se disse, é notável que em cada processo de extinção, o Fundo Genético seja quase uma inevitabilidade e quase tragédia de se ver assim reduzido; todavia, vai-se expandido depois à medida que a evolução também vai corrigindo essa perda!

O Desaparecimento dos Dinossauros, por exemplo, permitiu que os mamíferos protagonizassem  uma das Radiações Adaptativas mais fulgurantes de que há registo.
As Poucas Aves que sobreviveram à extinção do Cretácico deixaram de estar ameaçadas pelos Pterossauros e rapidamente evoluíram e, diversificaram-se. Mas, perante tal razia destas espécies gigantes (acima de tudo pela inconformidade ou situação catastrófica que sofreram), ninguém no nosso mundo actual e moderno pode ficar indiferente a esta tão radical mudança, por muito que estas espécies (com toda a sua voragem alimentar) pudessem também perigar o ecossistema dos tempos futuros.

Apesar dessa incontornável constatação, há que dizer que os Dinossauros eram seres quase indestronáveis, se acaso não tivesse surgido essa tão destrutível calamidade no planeta que para sempre os erradicou. Talvez seja um exemplo a seguir, o não darmos por terminado a nossa tarefa ou a nossa imposta autoridade (ou superioridade) sobre outras espécies, pois poderemos também nós, inevitavelmente, ter de abandonar o planeta Terra ou a deixarmo-nos morrer por igual submissão ou condenação exo-estratégica...

Se acaso o planeta tiver uma extrema ou considerável mudança climática, ninguém ficará a salvo. Ou muito poucos... se imaginarmos o triste e horrendo cenário por que passaram estes gigantes não adormecidos da Terra que em breve sucumbiram à nocividade do fenómeno em si. Talvez seja de bom tom - em consciência e percalço - usarmos de uma outra atitude e comportamento se futuramente os «Dinossauros» formos nós...


Corythosaurus - Dinossauro Herbívoro (alimentava-se também de folhas, tendo 9 metros de comprimento).

Numa escala apropriada existe:

1 - Deinosuchus: Crocodilo Gigante (15 metros de comprimento)
2 - Triceratops (9 metros de comprimento)
3 - Tyrannosaurus rex (15 metros de comprimento)
4 - Ornithomimus (3,5 metros de comprimento)
5 - Corythosaurus (9 metros de comprimento)
6 - Alamosaurus (21 metros de comprimento)
7 - Pteranodon: Réptil Voador (7 metros de envergadura)
8 - Alphadon: Mamífero Marsupial habitante das árvores (30 centímetros de comprimento)
9 - Purgatorius: Primata habitante das árvores (10 centímetros de comprimento).


Alamosaurus - Dinossauro Herbívoro (com 21 metros de comprimento).

As Recentes Descobertas na Lourinhã (Portugal)
Foi descoberta uma Nova Espécie de Dinossauro - talvez em designação mais correcta se possa afirmar tratar-se de um primo do já tão famoso e entusiasticamente conhecido: «Thyrannosaurus rex» que, à semelhança deste, se revertia carnívoro, sendo igualmente um exímio predador das outras espécies na sua época.

O primeiro Dinossauro quando foi identificado na Lourinhã, já era conhecido na América do Norte; contudo, uma investigação mais precisa (ou aprofundada sobre novos dados) veio descobrir as pontuais diferenças anatómicas que, por comparação com o segundo, justificaram agora (recentemente) uma classificação diferente!

«Existem diferenças anatómicas, nomeadamente na maxila que tem placas interdentárias com formas bastante diferentes. Além disso, o norte-americano (dinossauro) tem 11 dentes e este 9» - Insurgiu Octávio Matos em demorada explicação à agência Lusa.
Além de contribuir para o aumento da diversidade do Dinossauro em Portugal, a Nova Espécie, leva os cientistas ligados ao Museu da Lourinhã a concluir que há 150 milhões de anos já havia isolamento gráfico dos animais, por força da existência do Atlântico separar os dois Continentes: Americano e Europeu - acrescentou com ênfase.


Um Primo do... Thyrannosaurus rex? Com certeza. Na Lourinhã tudo é possível...

Dinossauro Carnívoro descoberto na Lourinhã!
Este Gigante (com 150 milhões de anos) recentemente descoberto em registo fóssil na Lourinhã tem surpreendido os cientistas, de facto.
Neste estudo conjunto dos Paleontólogos, Christophe Hendrickx e Octávio Matos, ambos da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, que assim  anunciaram o seu maior feito em descoberta surpreendente sobre solos portugueses (naquela que é conhecida como a terra mais jurássica de Portugal, a terra dos Dinossauros: Lourinhã), na beatitude científica de dar a conhecer ao mundo esta Nova Espécie de Dinossauro.

Concluíram ambos então que, os fósseis existentes no Museu da Lourinhã, que se pensava serem de um «Torvosaurus Tanneri» são afinal de um «Torvosaurus gurneyi» - a Nova Espécie que apelidam agora com a veemência e criteriosa aceitação por divulgação feita numa revista científica neste sector. Nada a obstar, portanto.
Ambos os Investigadores comungam da referência sobre esta Nova Espécie de Dinossauro se reflectir nas diferenças anatómicas e na existência bifurcada talvez de duas espécies distintas, indicando que houve provavelmente um ancestral comum que terá atravessado o proto-Atlântico, ou seja, a ponte-terra. Ambos aludem assim:
«Sabíamos que existia no Jurássico-Superior mas, afinal, é mais antiga do que aquela que pensávamos!» - Aludindo claramente a essas diferenças agora reveladas.

O Novo Dinossauro - um carnívoro tetrópode e bípede - que possuía um crânio de 115 centímetros e chegava a medir 10 metros de comprimento (e a pesar cerca de 5 toneladas) foi o Maior Predador do Jurássico Sperior!
Apesar de ser assim uma espécie de primo (ou próximo aparentado) do Thyrannosaurus rex, é igualmente um feroz predador que viveu há cerca de 80 milhões de anos depois - já no período conhecido como: Cretáceo Superior.

Que mais se poderá acrescentar então? Nada mais. Sendo a Lourinhã a região a oeste de Portugal a que mais vestígios e descobertas ancestrais neste domínio dos Dinossauros nos concebe, só há mesmo a reiterar que, um dia, eles foram mais e melhores para o planeta do que o Homem, ou não haveria tanta selva decepada e tanta vegetação eliminada da face da Terra.

Poderiam ter sobrevivido...? Não o sabemos. Poderiam ter coexistido com o Homem como alguns investigadores já admitem...? Também não se sabe. Mas insta-se a que, nesse tal processo de convivência, a vida não fosse de maneira alguma fácil.

Entre vencedores e Vencidos... prevalecemos nós, os seres humanos; e, se essa foi uma escolha ou opção aleatória ou não, também disso não há certezas, só conspirações. Porquanto vamos vivendo e, enaltecendo esta igual vida de todos sermos mais fortes ou mais fracos, consoante a lógica ou a determinação que nos seduz ou invade nesta vida moderna. Entretanto, vamos todos sendo julgados se não por um outro eventual asteróide que possa surgir, por «eles», lá do cimo do seu pedestal estelar em questiúnculas cósmicas de nos saberem alerta e merecedores ou não deste planeta Terra.

Aguardando por novidades desse Além do Cosmos, vamos todos nós, Humanidade, sublevando esforços para que esse mesmo cataclismo que ceifou os Dinossauros nos não faça uma igual ou idêntica razia planetária. Que assim seja, e Deus-Uno nos acuda para crentes e não crentes, pois que todos estamos neste mesmo barco terrestre sem Noé por perto nem salvação possível...

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