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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Genética: A Evolução XII (Evolução Partilhada)


Árvore Tropical e suas Lianas («artérias» florestais de vida)

Sabendo-se que as Árvores sendo atacadas pelos fungos os encorajam mesmo assim a, fornecer-lhes outros nutrientes (tornando-se dessa forma mutuamente dependentes), haverá essa idêntica similaridade se, supostamente, o Homem se visse integrar um interno elemento parasitário que, sendo este o seu hospedeiro (o ser humano) coabitaria com ele, incentivando-o ou mesmo alimentando-o numa vivência algo insólita ou mesmo insubstituível...?

Factores externos ao planeta Terra - ou uma invasiva e exploratória colonização de microrganismos desconhecidos - fariam o alarme soar se, à semelhança dos fungos invasivos nas plantas (que vão coevoluindo com os seus hospedeiros), o ser humano fosse inescrutavelmente escolhido para tal?

Sabendo-se hoje da enorme profusão bacteriológica e, parasitária, que pode eclodir na Humanidade em completa disseminação planetária (hipoteticamente nociva e fatal), que recursos poderemos utilizar, atingir ou sequer experienciar no ser humano que o não tornem igualmente carente, possessivo ou... (no pior dos cenários), eterno portador dessa quase virose global???


Escorpião- Marinho Gigante (Eurypterideo)

Evolução Partilhada
Algumas das relações mais bizarras da Natureza são o resultado da Coevolução - a evolução de uma espécie em resposta e mudanças que ocorrem noutra espécie.
As Formas e as Dimensões das Flores - e dos seus inúmeros e altamente especializados polinizadores - constituem assim exemplos familiares. Até mesmo as diferentes espécies de Plantas que vivem juntas no mesmo habitat são, até certo ponto, interdependentes.

A Coevolução também ocorre entre predadores e presas. Os Primeiros Fósseis abundantes conhecidos são de animais dos fundos marinhos como as Trilobites que tinham conchas para se proteger dos predadores. Outros Artrópodes - como os Escorpiões-Marinhos - desenvolveram então pinças para poderem esmagar as conchas.
Depois terão surgido entretanto Peixes com mandíbulas e dentes poderosos e assim por diante em constante evolução em face ao seu habitat e ambiente marinho natural.

Os Predadores Mamíferos Modernos possuem usualmente cérebros maiores do que as suas presas, mas as dimensões do cérebro (tanto dos predadores como das presas) aumentaram com o tempo; um padrão de evolução que se denomina: Escalada.


Peixe-sapo das águas profundas do Oceano

Coevolução com benefício mútuo...
Ainda em relação à Escalada, esta não leva necessariamente a espécies mais eficientes. Os Leões desenvolveram patas, garras, mandíbulas e dentes poderosos para lidarem com as suas presas, mas provavelmente não caçam mais do que antigamente porque, as Zebras e os Antílopes, se tornaram mais lestos! E tudo isso, através dos seus mui apurados sentidos do olfacto e da audição.

Outras Espécies coevoluíram com benefício mútuo - formaram relações denominadas: Simbioses.
Muitos Animais Marinhos das profundidades, tais como o Peixe-sapo, possuem bolsas de bactérias ou de algas luminescentes nos seus tecidos. Neste caso em particular deste nosso amigo Peixe-sapo que habita as águas mais profundas e escuras dos oceanos, o processo é incrível, usando um isco e barbas luminosos para atrair as presas nessa tal impressionante escuridão das profundezas. A Luz do isco é então produzida pelas actividades bioquímicas de Bactérias Simbióticas dos tecidos deste tão fantástico Peixe-sapo.

Os Microrganismos ganham protecção e, um fornecimento de nutrientes, ao passo que os seus hospedeiros ganham uma fonte de iluminação que podem usar para a caça - ou para se identificarem uns aos outros. Que maravilhosa produção da Natureza Marinha esta, tem de se registar aqui!
Mas nada fica por aqui. Verifica-se também (e no que ainda são mais comuns), as bolsas de bactérias nos intestinos de muitos Mamíferos e de certos Insectos.
As bactérias são capazes de digerir a celulose das Plantas Fibrosas, tornando então os produtos disponíveis para os seus hospedeiros.

O Sistema Digestivo de Animais - como as Vacas, as Ovelhas, os Veados e os Antílopes - depende dessa relação.
Bactérias e Protozoários Simbióticos permitem que as térmitas digiram a madeira. Muitas Árvores são também fortemente dependentes duma relação semelhança com os fungos - filamentos fúngicos chamados: Micorrizos («raízes fúngicas») situados no interior ou em volta das suas raízes fornecem-lhes minerais do solo. Em contrapartida, a Árvore fornece hidratos de carbono aos fungos - uma troca consensual, convenhamos.


Lagarta (Pseudosphinx Tetrio)

O Grande Salto Evolutivo!
Outra Simbiose Planta/Fungo é o líquen, que se compõe de filamentos fúngicos intercalados de células de Cianobactérias (algas azuis).
Os Produtos da Fotossíntese das Bactérias são trocados por protecção contra a dessecação (extrema secura ou secagem) e, ao dano físico.

A Polinização e a Dispersão de sementes e frutos de muitas plantas depende de determinados animais. As Plantas desenvolveram «recompensas» como o néctar, o pólen ou frutos sumarentos para induzir os animais a dispersá-las. Os Animais, em contrapartida, desenvolveram aparelhos bucais especializados tais como Trombas Sugadoras de Néctar ou voo peneirado para explorarem estes recursos alimentares. Talvez o mais importante acontecimento de Coevolução seja de facto a Simbiose de certas células bacterianas (que mais tarde se tornaram mitocôndrias e cloroplastos) com outras células, dando assim origem à Célula Eucariótica.
A Evolução de Simbioses dos Micorrizos - e de vários polinizadores - tornou possível outro grande salto evolutivo!

Algumas Simbioses podem muito bem ter surgido de relações parasitas, nas quais originalmente uma espécie beneficiava a expensas, ou até provocando a morte, da outra!
Muitos Parasitas têm todo o interesse em manter os seus hospedeiros vivos. Um Fungo que ataque as raízes de uma Planta, por exemplo, pode ganhar em fornecer-lhe nutrientes para a manter viva. Em contrapartida, a Árvore acharia vantajoso «encorajar» o Fungo, fornecendo-lhe então outros nutrientes. À medida que ambos os parceiros se especializam mais nessa relação, também se tornam mutuamente mais dependentes.


Raflésia - Flor Gigante da Indonésia

Adaptações Parasitas
Há o registo de que até mesmo os verdadeiros parasitas coevoluíram com os seus hospedeiros. Se a População Hospedeira se fragmenta e começa a evoluir independentemente de outras populações dessa espécie, o parasita também pode ficar isolado de outras populações  da sua própria espécie e começar então a... especializar-se!

A Especialização no Parasitismo leva à perda de independência, muitas vezes a ponto de conduzir à perda  de Órgãos do Parasita que seria arduamente difícil desenvolver de novo...
Por outras palavras, O Parasitismo constitui uma garantia virtual de dependência em relação a uma espécie hospedeira determinada.

Algumas Adaptações Parasitas implicam regulações genéticas extremamente complexas. Por exemplo, parasitas como o agente causador de Esquistossomíase (parasitose sistémica) passam fases muito diferentes do seu ciclo de vida em Caracóis e, por mais incrível que pareça, no Ser Humano.
Secções grandes e distintas do seu genoma (a sua informação genética total) têm de ser activadas sequencialmente, adaptados a diferentes hospedeiros e às diferentes fases de invasão, multiplicação e saída! Apesar disso, estes parasitas têm muito êxito, infectando impiedosamente centenas de milhões de pessoas em todo o mundo com a doença ou patologia associada que provocam.

Muitas Plantas produzem substâncias tóxicas - ou espinhos - para se defenderem deste modo do ataque de Insectos ou de Mamíferos Herbívoros. Entretanto, e por factores de sobrevivência natural, os Herbívoros desenvolveram por sua vez também os seus próprios meios de superar estes incómodos dissuasores.

Um bom exemplo (em jeito de referência) pontua-se numa determinada espécie de Lagartas que, alimentando-se de «tasneira», que produz substâncias tóxicas nos seus tecidos para dissuadir os animais de a comerem, ingerem estes tóxicos e conservam-nos nas traças adultas. E estas, registando-se ou anunciando-se pelas suas cores berrantes em ambas as fases da sua vida, fazem-se avisar aos predadores para não as comerem. Quem for distraído... morre. A inevitabilidade tóxica letal de quem não estiver atento...

Em relação à flor gigante - Raflésia - oriunda da Indonésia, na Ásia, reflecte-se por ser um parasita que perdeu as suas folhas, caules e raízes, mas, obtendo todos os seus nutrientes da seiva das lianas gigantes das florestas tropicais, consegue sobreviver e subsistir a plenos recursos. Uma curiosidade algo mórbida (e talvez infecta...) é o registo olfactivo da mesma, que se nutre por exalar um intenso cheiro a carne putrefacta que assim faz atrair as Moscas que a polinizam... (como é ardilosa esta Raflésia...)


Esquistossomose (imagem microscópica) - Parasita que se instala no ser humano

Os Recentes Estudos
Apesar de ser um palavrão científico rebuscado e ininteligível, é antes de mais uma eloquente perseguição de estudo e investigação na actualidade que, vários cientistas tentam entender e se possível desvendar, numa melhor terapêutica para com os futuros doentes que exibam este terrível parasita.
Foi o que fez Laila Nahum, a já prestigiada investigadora e cientista que se tem debruçada nesta área e que, pertencendo ao convénio do Instituto de Ciências Biomédicas de São Paulo (USP), no Brasil, veio expor o seu estudo em seminário de apresentação (em Novembro) no ano de 2013.

Laila Nahum teve como finalidade neste estudo, analisar criteriosamente a biodiversidade dessas várias espécies ou parasitas do género «Schistosoma» no nível molecular. Estes, os principais causadores da Esquistossomose, no que se propôs estudar novas estratégias sobre todas as proteínas (Proteoma) desses organismos.
Visando então analisar o Proteoma das três espécies existentes: o S. Haematobium, o S. Japonicum e o S. Mansoni que causam assim perturbantes sintomas no ser humano em patologia de Esquistossomose, o estudo das proteínas tornou-se assim essencial para que se pudesse entender exactamente quais são as suas funções biológicas, e qual a importância de cada uma dessas proteínas nos parasitas.

"Proteínas Similares nem sempre possuem a mesma origem evolutiva." - Afere Laila. E que por essa razão, o seu trabalho consistiu em verificar os ancestrais das proteínas para predizer as suas funções. Adianta ainda em mais pormenorizada explicação:
"Para se conhecer as funções das proteínas no Schistosoma, a pesquisa vai utilizar um processo de «análises comparativas» entre proteínas de Schistosoma e de outros organismos mais conhecidos, até mesmo proteínas humanas!"
Especifica então que, existe assim uma metodologia agora estabelecida que se denomina de: Filogenómica (que corresponde à intersecção entre Filogenética e genómica), na utilização de conceitos de homologia (ancestralidade) para analisar as proteínas dos parasitas em Árvores Filogenéticas - semelhantes portanto às árvores genealógicas, reitera Laila Nahum.


Manifestação da doença: (na imagem do lado esquerdo, a óbvia deformação abdominal). Parasita que causa a Esquistossomose (na imagem do lado direito).

A Esquistossomose/Sintomatologia/ Terapêuticas
A Esquistossomose é a segunda doença parasitária que mais prevalece no mundo, logo atrás da Malária - o que como se sabe, uma e outra são dignas de registo e várias investigações nesse domínio.
A contaminação ocorre por meio da penetração da «Cercária» (a larva de Schistosoma), na pele do indivíduo. Os Ovos do Parasita, que são eliminados nas fezes (S. japonicum e S. mansoni), ou na urina (S. haematobium) dos indivíduos afectados, libertam os Miracídeos que utilizam moluscos aquáticos para se desenvolverem. Daí que, haja uma intensa prevenção nesse sentido, no que nunca é por demais investir nessa área na contenção da disseminação da doença, sendo muito importante evitar o contacto com águas paradas ou contaminadas, utilizando então para o efeito (se tal for mesmo necessário), luvas e botas de borracha em locais onde a doença seja efectivamente endémica.

A Esquistossomose Mansónica é popularmente conhecida como «Xistose» ou ainda «Barriga d`água». A doença manifesta-se então através de vários sintomas, tais como: Vermelhidão e comichão cutâneas, febre, fraqueza, náuseas, diarreia e vómitos.
Na Fase Crónica da Doença a perturbação no indivíduo torna-se ainda mais severa, resultando num aumento de tamanho do Fígado e do Baço e, em sequência disso, ocorrências de hemorragias, além de inchaço do abdómen que caracteriza a doença (e na imagem de cima tão visivelmente se reporta).

"Conhecer as Proteínas do Parasita é potencialmente uma oportunidade para o desenvolvimento de novos medicamentos. Conhecendo melhor a função dessas proteínas, poderemos então descobrir novos alvos terapêuticos no futuro!" - Elucidou em jeito de conclusão, Laila Nahum.

Regista-se hoje no mercado farmacêutico uma procura cada vez maior de medicamentos ou terapêuticas que combatam esta doença, sem contudo haver um que seja eficaz a 100 por cento, no que as estatísticas médicas concluem haver ainda consideráveis riscos de efeitos secundários - ou colaterais - nessa eficácia medicamentosa. Há ainda um elevado risco de reinfecção no paciente e outras várias contra-indicações que os cientistas tendem a não descurar, comprometendo-se na busca e na árdua investigação sobre estas causas e efeitos.
Pior ainda, o reconhecer-se que, a cada dia que passa, há uma maior incidência na resistência ao medicamento apresentado no combate a esta doença (tanto a nível laboratorial como na Natureza), o que vem ainda exponenciar mais se não a proliferação da doença, pelo menos a sua não erradicação com resultados pouco felizes; o que se lamenta, como é óbvio. Haver essa percepção e empenho já é um caminho... ainda que hajam muitas batalhas que se não ganhem mas se tentam colmatar, pois que a Humanidade necessita disso para viver e, sobreviver.


ADN Alienígena reconstruído (e incentivado) na Terra...?

ADN/Bactérias desconhecidas
Certamente se impõem muitas outras perguntas, muitas outras questões que, levadas a extremos, nos poderiam fazer exultar um pessimismo ou uma macrocefalia doentia de impotência e derrotismo se acaso estas investigações soçobrassem ou se nos revertessem nulas na sua finalidade.
Há ainda outros receios, outros medos - por vezes autênticos e não negligenciados - de estarmos perante uma nova guerra: A Guerra Bacteriológica!
Há, contudo, ainda muitas outras inquirições (justificadas ou não) que se debatem pela orquestrada agenda alienígena ou extraterrestre que tem por missão a invasão de um seu ADN, assim como uma talvez multiplicidade de outros tantos multi-microrganismos que estes terão semeado na Terra há milénios e, dos quais, nem soubemos nem sequer admitimos terem sido advindos do Espaço - a não ser quando nos deparamos com algumas perspectivas mais sólidas nesse sentido, tal como sucedeu com o calhau descoberto no nosso planeta (e este com propriedades iguais às de Marte) no já celebérrimo ALH 84001, o meteorito de Marte.

E, se por alguma razão insuspeita (ou sequer inadmissível) - ou mesmo reconhecível na Humanidade - de se fazer sentir nos próximos tempos uma espécie de invasão bacteriológica cósmica que nos coloca a todos submissos, sacrificados ou literalmente mortos às mãos dessas desconhecidas entidades microgenéticas de todo um Universo na Terra, então estaríamos súbita e hediondamente condenados a uma extinção a nível planetário. Não é de espantar pois, que cientistas que se fizeram a investidas pela Antárctida (e quantos mistérios por lá andam...) tivessem já por lá recolhido sinais alarmantes de microrganismos existentes há milhões de anos (entretanto muito bem conservados ou preservados pelas altas temperaturas negativas) em que, caso houvesse uma propagação à solta nas grandes cidades destes espécimes terríficos, a Humanidade sucumbiria, inevitavelmente!

Lembram-se da Guerra dos Mundos de Orson Welles...? Pois que muito parecido seria, caso estes parasitas adormecidos (mas não mortos!) se instalassem entre nós... para além dessas outras entidades estelares que nos visitam e confrontam com a sua existência (e que por certo não serão imunes a nós) ou nós, humanos, a «eles», vitrificando ou isolando futuras doenças/patologias que estes nos trouxessem ou nós lhas devolvêssemos em orgias virulentas de uma «Guerra-Santa» que ninguém ganharia...

Ganhando ou perdendo, pelo menos em sentido lato de estarmos a combater algo, há que envidar esforços para nos podermos confrontar com esta dura realidade dos nossos dias: a luta contra os Vírus, Bactérias, Parasitas e malfazejos organismos que nos invadam o sossego e, a continuação na Terra como Humanidade que somos. Sempre alerta mas sempre conscientes disso mesmo, aqui fica o meu sincero repto: Muito Cuidado! Muito Cuidado Mesmo!Pois o nosso pior inimigo futuro pode nem ser aquele que vem das estrelas, mas... o que já cá está! O que anda por aí e, se dissemina por entre todos nós, sem nós o sabermos... Muito cuidado, Humanidade...

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