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terça-feira, 17 de novembro de 2015

A Ecologia I (Gaia/Terra e o Clima Global)


Península Ibérica (Portugal e Espanha - UE) - Imagem gentilmente cedida pela NASA (visão espacial nocturna).

O terceiro ponto/planeta a contar do Sol: a Terra. O único com possibilidade ou suporte de vida (até agora...) no nosso sistema solar. O único que se torna viável em factor e, influência, de sobrevivência. Haverá outros talvez; dentro e fora do nosso ventre materno estelar da Via Láctea. Não o sabemos, mas suspeitamos de tal. O Ambiente é fundamental para que tudo se desenvolva, interaja ou correlacione numa interdependência de factores vivos e não vivos. É disso que trata a Ecologia em ecossistema profundo de estudo e conhecimento.

Havendo a consciência ecológica - e de certa forma filosófica - de que a Terra em denominação e metodologia cerebral ou cognitiva pode ser um um único super-organismo (Gaia), em que o Clima e a composição química do planeta é mantido durante um longo período em equilíbrio (durante longos períodos por processos naturais que funcionam automaticamente), poderá esta Terra/Gaia insurgir-se, sublevar-se ou mesmo implodir perante o que dela arbitrariamente fazemos?

A «nossa» maravilhosa Terra é quase um ser planetário auto-suficiente, bastando-lhe a energia e o calor da sua estrela amarela (Sol) para viver e, sobreviver. Mas, se entretanto ocorrer uma mudança significativa (interna e externamente), o equilíbrio altera-se, transtorna-se, modifica-se e talvez mesmo se radicalize ou se tente assim reajustar ao que lhe foi imposto. Por mãos humanas ou estelares, também não o sabemos a tal verificar-se...


Planeta Terra vista do Espaço - Imagem da NASA

Sabendo-se hoje de que este planeta Terra ou Gaia nos foi instaurado e, consignado por outras mentes, outras inteligências exo-planetárias (ou estelares) de um Universo tão surpreendente quanto propenso a uma miríade de civilizações em si, poderemos nós, seres humanos, rasurar tudo, acabar com tudo o que até aqui nos foi dado e, «semeado», por implementação cósmica? Não será o tempo de, em perfeita consciência ecológica e, humana, sabermos e sentirmos chegada a hora de tudo voltar ao seu início, se acaso o Sol nos impuser tal (erupções solares ou as tais distintas CME,s) tempestades electromagnéticas, reversão dos pólos, alterações climáticas abruptas (numa nova versão da «Idade do Gelo» ou sequer a inversa, de uma transformação completa do ambiente em aquecimento global de altas temperaturas tórridas à semelhança de Vénus)...?

Será que tudo esquecemos e nada aprendemos neste nosso longo caminho sobre a Terra e, na Humanidade, que tal infortúnio - crime e castigo - se pungiu sobre o Grande Dilúvio de Noé  (ou em tantos outros) que a História Humana reza? Repetiremos sempre, mas sempre, os mesmos erros...?
E, não sabendo nossos os «pecados terrestres» acometidos ou solventes em nós mas de condição exo-planetária em precognição e instituição estelares, saberemos então fazer-nos sobreviver, expiando esses mesmos pecados humanos de não o ter sabido vencer e, reconhecer, tal como os Atlantes de outrora...?

Ainda iremos a tempo de redimir-nos ante tudo isto...? Ainda teremos salvação galáctica no confronto de um julgamento cósmico em que a Humanidade está inserida? Seremos despojados, espoliados (e terrivelmente traumatizados) se acaso for essa a nossa condenação maior...? Ou, ao invés de tudo isso, ser-nos-à dada a sublime e eterna condescendência estelar de tudo podermos ainda reverter em solidificação de uma Gaia inteligente mas, piedosa, que nos absolvendo dessa punição, nos concederá mais uma oportunidade - a última - dessa nossa redenção planetária???


Terra vista do Espaço (foto gentilmente cedida pelo astronauta Reid Weiseman da ISS - Estação Espacial Internacional - aquando da sua missão nesta).

O Clima Global
A Terra é o único planeta que suporta vida. os primeiros Organismos surgiram há mais de 3500 milhões de anos; actualmente milhões de espécies habitam na Biosfera - a parte do planeta onde se encontra vida. O Clima, conta-se entre os factores mais influentes que determinam a sua sobrevivência.

A Terra depende de um fornecimento constante de energias - luminosa e térmica - produzidas pelo Sol, que são absorvidas tanto pela atmosfera do nosso planeta como pelas terras e pelos oceanos.
A Quantidade de Calor que atinge a Superfície varia, dando assim origem a zonas climáticas: Tropical, Temperada e Polar.

As Zonas Climáticas estão ligadas a áreas de baixas e de altas Pressões Atmosféricas. Quando o ar próximo do Sol aquece, expande-se e torna-se menos denso, criando assim uma área de Baixa Pressão. O ar quente sobe ao mesmo tempo que o ar frio o vai substituir. O resultado é então uma Corrente de Convecção de Ar em... circulação!
O Ar Quente em Ascensão vai arrefecendo à medida que sobre na Atmosfera e a sua Densidade vai aumentando. Chega a um ponto em que começa a descer, formando então uma área de Altas Pressões.

As Diferenças Globais de Temperatura provocam a circulação de correntes de ar, em que o ar quente que sobre dos Trópicos se dirige para os Pólos, distribuindo a energia térmica no seu percurso. Em geral, verificam-se áreas de Baixas Pressões sobre o equador e as Regiões Temperadas e áreas de Altas Pressões que cobrem as regiões polares e as regiões semi-tropicais, imediatamente a norte e a sul do equador.


Imagem da Terra obtida por satélite (excelente visibilidade das condições atmosféricas)

O Clima nas regiões tropicais
A distribuição irregular da Precipitação (chuva) constitui um outro aspecto importante das diferentes zonas climáticas e, depende tanto da Temperatura como das deslocações do ar.
As Regiões Tropicais recebem a maior quantidade de energia térmica incidente do Sol, que provoca a evaporação de grandes quantidades de água dos Oceanos e (em menor grau) da terra.
O Ar Quente pode conter maior quantidade de Humidade do que o ar frio, que tende a ficar mais seco - logicamente o ar quente é mais húmido!

À medida que o Ar Tropical sobe, arrefece e perde Humidade, muita da qual cai de novo nos Trópicos na forma de chuva.
O Ar Mais Frio - e mais seco - continua então a deslocar-se para norte, depositando pouca humidade na zona Temperada Quente. Quando passa sobre as terras quentes, aquece de novo e liberta mais humidade na zona Temperada Fria. Ao atingir os Pólos, o ar está frio e seco!


Família de Elefantes em África

África - um continente de grandes secas
O Clima determina a vegetação que pode crescer numa determinada região e em que quantidade. As Regiões Tropicais recebem mais calor e humidade e apresentam a produtividade mais elevada - a totalidade da vegetação presente, normalmente medida em quilogramas por metro quadrado (kg/m2).
A Floresta Húmida produz cerca de 3,5 kg/m2 por ano, em comparação com menos de 0,1 kg/m2 por ano nos desertos e nas regiões polares.
A Produtividade dos Desertos é limitada pela ausência de água e, a das Regiões Polares, pela escassez de calor e de luz.

Num Parque Nacional do Quénia em abrangente área territorial (mas restrita aos invasores ou caçadores locais), regista-se um Clima Tropical, devido ao equador passar pelo centro do país. O solo era originalmente muito fértil, havendo grandes áreas de pastagens e de bosques que cobriam assim toda a região. Contudo, com o passar do tempo tudo se alterou em nefasta devastação vegetal com as consequências que hoje se registam de fauna e flora quase inexistentes. A caminhar-se desta forma para a eliminação das espécies - plantas, árvores e animais - África irá ser contemplada com mais desertos e menos vida em si.

Muitos outros casos se pontuam por uma acentuada seca prolongada através dos tempos nessas zonas da África Central, onde grande parte das terras foram sobre-exploradas e sobre-espoliadas talvez de todos os seus recursos naturais, encontrando-se actualmente esgotadas destes.
Nestas condições, desprovido de vegetação (algo que também sucedeu no Haiti, no continente americano, aquando uma desenfreada desflorestação de matas e árvores), o solo reflecte os fortes raios solares de novo para a Atmosfera, impedindo a formação de nuvens que tragam consigo as chuvas. Toda a região sofre assim de secas prolongadas. Algo que sucede em muitos países africanos, como é o caso de Cabo Verde (antiga colónia portuguesa e hoje nação independente) que também sofre desta escassez de chuva mas por motivos óbvios da sua própria geografia local de solos vulcânicos (solos incipientes de depósitos vulcânicos).


Ventos Fortes no Pacífico

Alterações Climáticas
É sabido da enorme influência que todos os gases terrestres expelidos para a Atmosfera são nocivos desse equilíbrio global de que tanto se fala, assim como do efeito de estufa (dióxido de carbono, metano, etc.) que se tem alertado vir a aumentar consideravelmente mas no sentido inverso da nossa protecção planetária. Ou seja, toda a catadupa de catástrofes que hoje vemos originar no nosso planeta que advêm desta causa-efeito que urge conter; ou pelo menos reduzir, ou não haverá mais planeta habitável dentro em pouco - todos temos essa consciência.
O «Buraco do Ozono» que tem servido de alerta mundial e que se reverte numa camada de ozono da região da estratosfera - em designação actual de «Ozonosfera» na formação de um buraco que causa danos muito profundos ao ambiente - também nos faz insurgir que há que investir nesta causa, tentando minimizar os malefícios das emissões de gases que todos os dias fabricamos.

Fenómenos poderosos tais como o «El Nino» e outros, são a consequência final e, intemporal (mas não extemporânea), desses ominosos acontecimentos que por mão humana se vão registando em atentados terríveis ao Ambiente!
A cada dia que passa, mais o planeta se reduz a escombros por influência directa dessas ocorrências de actividades quotidianas humanas sem que se faça um maior esforço para se travar tal, no que o Aquecimento Global tem sido uma vertente diária também.
Haverá certamente uma interferência no que se regista na circulação dos ventos globais que exercem respectivamente um importantíssimo impacte nas correntes oceânicas que, por seu turno, afectam as Zonas Climáticas, como se referiu.

Ainda em relação aos Ventos que por vezes são registados em imagens de satélite - visivelmente exponenciais de toda uma iminente ou possível tragédia  - servem antes de mais para a prevenção e um global serviço de protecção civil (à escala local ou planetária) para se detectarem esses avisos e esses fenómenos que, por vezes também, eclodem em Furacões e Tornados. Entre outras tempestades. E outras intempéries.
Quanto aos Ventos Alísios que correspondem a climas quentes (registados na imagem acima referida no Pacífico), que sopram para sul e para norte dos Trópicos, constituem uma característica assaz invulgar de grandes velocidades. Em particular os Ventos do Pacífico Sul e do Alaska são muito rápidos devido às tempestades dessas regiões, onde se encontram massas de ar frio com massas de ar quente: uma batalha de titãs, portanto!


Astronauta em acção no Espaço!

Uma Terra a nossos pés...
Todos os Seres Vivos são afectados pelo seu Ambiente - o meio que os rodeia! Assim sendo, a Ecologia é o estudo do modo pelo qual cada ser vivo interage com o seu ambiente, influenciando-o e sendo influenciado por ele.
Os Ecologistas empregam o termo «ecossistema» para descrever esta relação interdependente que compreende tanto factores vivos - Bióticos - como factores não vivos - Abióticos. O seu objectivo é a compreensão do modo como os ecossistemas funcionam.

Alguns ecologistas são partidários da hipótese de Gaia, que defende que a Terra se pode considerar um único super-organismo. Nesta teoria, cada parte do planeta (incluindo as rochas, os oceanos, a atmosfera e todas as criaturas vivas), faz parte de um único Grande Organismo que está em evolução constante num leque vasto de tempo geológico. O papel central da saúde do organismo na sua totalidade - O Planeta - é muito mais importante do que a saúde das espécies individuais!

Segundo a hipótese de Gaia, o clima e a composição química da Terra são mantidos em equilíbrio durante longos períodos por processos naturais que funcionam automaticamente. Este sistema regula então o nosso Ambiente, mantendo-o adequado à vida. É quase auto-suficiente, necessitando «apenas» da energia do Sol. Todavia, se ocorrer uma mudança significativa (quer interna, quer externamente) o equilíbrio altera-se, na medida em que o Super-organismo (ou superorganismo numa mais lata e irrefutável definição de um Todo) tenta reajustar-se ou moldar-se a tal. Mas, consegui-lo-à? Não se sabe. Algo que, na actualidade, se tenta saber através das vastas e mui criteriosas missões espaciais da ISS (estação espacial internacional) de corajosos astronautas que tudo supervisionam.

É do conhecimento geral, hoje, sobre as investidas da NASA neste sector, assim como da ESA (agência espacial europeia). Mas, em particular a NASA que está a disponibilizar na Internet imagens da ISS (e estas com uma soberba ou privilegiada visão sobre a Terra), no que todos em óptica terrestre maravilhosa poderemos ascender.
Nunca tal tinha ocorrido em tão abrangente e pública visualização do que, no momento, se pode aferir sobre estas tão fantásticas imagens do não menos fabuloso planeta azul de todos nós, Humanidade.


Astronautas em Missão (a Terra em pano de fundo). Será a insustentável leveza dos deuses...?

Todas as Missões Espaciais são bem-vindas, glorificadas por se saber (ou tentar saber mais) sobre este planeta Terra. Foi o que sucedeu aos astronautas da «Apolo 17» entre outros, que nos emolduraram de fotos e imagens, mostrando áreas precisas do Mediterrâneo, África, Brasil e no fundo todos os nossos maravilhosos pontos globais terrestres de morada ou endereço pessoais. Por mim, fiquei em êxtase por essas tão belas imagens - e tantas outras que percorrem o globo - e que se vão obtendo na observação da terra (os seus solos) e o mar (os seus oceanos) em contraste vivo entre si, para além dos revolteantes padrões das nuvens que mostram quase sempre diferentes Sistemas Meteorológicos - locais e regionais.

Houve um determinado Astronauta que, exuberante de alegria e entusiasmo por essas imagens nunca alcançadas por outro qualquer cidadão comum, terá aferido que experimentava um sentimento mais forte que nunca da vulnerabilidade da Terra - num sentimento que proveio, talvez, da experiência ímpar de observar o planeta no seu todo. Algo que todos nós reconhecemos, agora, este ter sido fiel na descrição. É inominável esse sentimento de facto e, à escala planetária, no que todos nós corroboramos ante tamanha magnificência da nossa amada Terra!

Algo que, também estes Astronautas da ISS saberão e, sentirão supostamente, ao colocarem as tais quatro (4) câmaras no exterior para se filmar assim o nosso planeta em Alta Definição, 24 horas por dia! Enfrentar as baixas temperaturas, a gravidade (ou ausência desta) e o medo do salto para o desconhecido... talvez não seja de descurar de todo (ou aplicar em qualquer um de nós) essa tão omnipotente missão que todos eles enfrentam ante o vazio, o nada ou... o Tudo que só eles tocam ao de leve.
Esta iniciativa faz parte de um estudo que pretende analisar como a Radiação Solar afecta o funcionamento dos equipamentos no Espaço. Daí que os homenageemos por tamanha tarefa dos deuses que só eles sabem existir...

Estamos vigilantes. Estamos atentos, mas acima de tudo estamos preocupados, muito preocupados, pois estas medições, estes registos e estas futuras e subsequentes observações sobra as eventuais radiações solares (erupções, ejeções de massa coronal entre outras ocorrências solares) que daí advenham, podem mesmo fazer erradicar-nos da face da Terra o poderio tecnológico. E, tantos outros desenvolvimentos científicos (espaciais e outros) que entretanto organizámos, explorámos e incentivámos em propagação planetária. Todos os prejuízos ou causas maléficas daí advindas, irão porventura destruir todos os nossos satélites, as nossas comunicações terrestres e toda a sequencial tecnologia e corrente eléctrica mundial. Uma tragédia, de facto. Daí também os esforços para se conhecer melhor o «inimigo» solar. Por Gaia/Terra temos de estar atentos mas activos, pois levaria anos e anos a tudo reestruturar; a tudo reimplantar ou reimplementar. No fundo... a levantar-nos de novo! A levantar-nos das cinzas...

A Humanidade caída não será uma humanidade morta, mas tal, deixaria marcas indeléveis (no tempo e no espaço) que isso nos ocuparia em tentar reconhecer talvez, de que afinal não somos tão omnipotentes ou superiores como pensávamos. Mas persistentes sim, e melhor se o formos em consciência e trato reversível sobre esta tão nossa magoada Terra! Que viva para sempre, e nos deixe cá continuar - sobre a terra e sobre o mar - em distinta e lograda sobrevivência além os tempos!

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