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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Ecologia V (Biomas Mundiais)


Floresta Negra - Alemanha - Europa Central - (UE)

Imersos num grande território planetário a que se dá o nome de Biosfera, poder-se-à afluir a outros mais evasivos espaços, a outros mais exponenciais critérios que se expandam para lá do que já conhecemos? Sendo a Temperatura e a Pluviosidade os dois factores mais importantes que influenciam as espécies, acaso estas se reportassem nulas, se finassem à escala planetária ou sequer se invertessem em localização, geografia e em todo um ecossistema baralhado, que repercussões haveria na Terra perante esse facto consumado?

Poder-se-à criar florestas onde anteriormente haveria deserto? Poder-se-à reconstruir todo um ecossistema se porventura os eixos do planeta se invertessem e onde outrora existiram oceanos, eclodiriam solos secos e áridos? E, nada disso sendo possível, pelo menos em função de uma habitabilidade ou sobrevivência humanas imediatas, poder-se-à recriar múltiplos «Projectos Biosfera» em capsular experiência de auto-sustentação? Num processo hermeticamente estrutural de uma produção alimentar mundial (recriando-se um clima/biosfera artificial), poderá o Homem reconquistar a subsistência e essa sua própria sobrevivência secular ou milenar, ante uma rasante tragédia iminente ou cataclismo pungente no globo que se venha de futuro a instaurar?

Mas, extrapolando toda a imaginação fértil do ser humano ou a veemente aferição de alguns que determinam haver vida subterrânea, que bioma se poderia considerar se, eventualmente, existir de facto uma outra vida (vida alternativa à que se conhece) em mundos que não da escuridão do Centro da Terra, mas, em disruptiva verdade de um cérebro uterino terreno?


Bioma do Rio Amazonas - (águas lóticas/águas correntes de água doce de rios, riachos, lagos...)

Ecossistema/Biosfera
A vida existe apenas numa pequena parte da Terra - na baixa atmosfera, à superfície e nos oceanos. Juntos formam um grande ecossistema a que se dá o nome de «Biosfera».
Os organismos podem viver em terra ou na água: Biomas Terrestres e Aquáticos. Estes dois ambientes diferentes podem ainda ser divididos em biomas, que se caracterizam pelos tipos de plantas que aí crescem.

As Terras Imersas cobrem menos de um terço da superfície do planeta, mas vivem aí 90% das espécies. As Plantas Típicas de um Bioma suportam grupos-típicos de Animais. Esta distribuição das formas de vida pelo globo está muito longe de ser aleatória. Está subsequentemente relacionada com as zonas climáticas - Polar, Temperada e Tropical - porque o clima constitui um importante factor que determina se um animal ou uma planta sobrevivem ou não.

Os Dois Factores mais Importantes que influenciam as Espécies que podem viver num determinado bioma terrestre são: A Temperatura e A Pluviosidade. Combinados, produzem as três categorias de bioma terrestre - pastagem, floresta e deserto - em cada uma das zonas climáticas.
Uma Floresta, por exemplo, pode ser fria (no Norte do Canadá), temperada (a Floresta Negra na Europa Central) ou tropical (a floresta húmida da África Central).
Os Biomas são, muitas vezes, semelhantes em continentes diferentes: as pastagens (savanas) de África são semelhantes às da América do Sul ou da Austrália.


Deserto do Sahara - Norte de África (projecto conjunto dos vários países africanos com a ONU pela florestação do Sahara).

A Influência Climática
Os Biomas não apresentam fronteiras precisas, interpenetrando-se em várias regiões geográficas. Este padrão varia com o clima, de tal modo que partes do deserto do Norte de África - Sahara - estão à mesma latitude que as florestas temperadas do Sudeste dos Estados Unidos.

O Clima detalhado de uma área depende, em grande medida, da disposição da terra e do mar. Como as massas de terra aquecem e arrefecem mais rapidamente do que as massas de água, as massas continentais apresentam climas bastante diferentes das Ilhas situadas à mesma latitude.
Os Climas Continentais têm Invernos mais frios e Verões mais quentes, enquanto os climas marítimos, que são influenciados pelas correntes marítimas, apresentam com frequência Invernos mais amenos e Verões mais húmidos.

O Clima é muito menos importante nos Biomas Aquáticos. O factor isolado Mais Importante que determina que vida pode desenvolver-se na água é a quantidade de sal que esta contém.
Os Biomas de Água Salgada cobrem uma área muito mais vasta do que qualquer outro bioma da Terra, mas não suportam tanta vida.
A Maioria da Vida Marinha encontra-se nas águas pouco profundas - até cerca de 200 metros de profundidade - sobre as plataformas e os taludes continentais, onde depende, em última instância, da abundância de... Plâncton!


Projecto Biosfera 2 no deserto do Arizona - EUA (biosfera artificial que teve o seu início em 1986)

Projecto Biosfera 2
No deserto do Arizona, os cientistas construíram uma Biosfera Artificial que custou a módica quantia de 30 milhões de dólares para efectuarem experiências com ecossistemas auto-sustentados.
A Biosfera 2 contém os biomas naturais mais importantes - floresta húmida, pastagem tropical, deserto, oceano - assim como dois sistemas artificiais: agrícola e urbano.

Os Biomas contêm 3800 espécies de Plantas e Animais. A primeira equipa de oito seres humanos, todos cientistas, passou dois anos no interior da estrutura hermeticamente fechada, conseguindo produzir com eficácia 85% da sua alimentação. No entanto, registaram-se problemas. No espaço confinado, os Biomas estão mais juntos do que na Natureza, dando a alguns Animais acesso a um ambiente que não é o seu.


Interior do espaço (bioma terrestre) que compõe este projecto Biosfera 2 no Arizona

O Clima Artificial é demasiado húmido; o bioma desértico foi invadido por ervas e arbustos, enquanto as árvores da floresta húmida se tornaram anormalmente grandes. O Plâncton não prosperou no bioma oceânico e os Recifes de Coral... morreram de fome!
Os seres Humanos começaram a ter dificuldade em respirar à medida que o solo excessivamente rico ia consumindo demasiado oxigénio produzido pelas Plantas. Para adensar ainda mais toda esta consistência artificial, observou-se de que o cimento da estrutura também absorveu oxigénio, tendo de ser posteriormente pintada para acabar de vez com essa absorção. Como se constata, nem sempre os resultados são os mais positivos na orgânica artificial que se tenta criar em semelhança ou mesmo sobrevivência do ser humano, caso sejamos atingidos por um cataclismo planetário.

Estudos semelhantes têm-se tentado desenvolver numa aferição futurista na investida e, incursão por Marte, no que estas sustentações artificias capsulares - ou suportes de vida dos biomas - se têm de resumir mais benéficos ou vantajosos, caso se queira permanecer em solos e céus tão inóspitos quanto os do planeta vermelho...
O Projecto Biosfera 2 cobre uma área de 1 hectare de terra próximo de Tucson, no Arizona, nos Estados Unidos como se referiu. No caso da imagem acima registada, observa-se o exemplo de uma mini-floresta húmida - construída para o efeito já mencionado de um ecossistema auto-sustentado (agrícola) -  sobre vidro e aço.


Os Oceanos/biomas de água salgada

A Verdade Planetária
Os Biomas de Água Salgada cobrem a maior parte do planeta como se sabe; existe mais expansão oceânica do que territorial seca. Mas, inversamente, existem mais formas de vida em terra.
Se quisermos ter essa certeza basta observarmos o Mapa dos Continentes, registando-se nestes os Biomas Terrestres na forma como estão distribuídos num padrão que corresponde a zonas climáticas: Polar, Temperada-fria, Temperada-quente e Tropical.

Contudo, e ainda em relação ao Oceano Global, há a registar a sua magnificência planetária que cobre a maior parte do globo, ou seja, a maior parte da hidrosfera; aproximadamente 71% da superfície da Terra numa área de 361 milhões de quilómetros quadrados, onde mais de metade desta área tem profundidades maiores que 3000 metros!
Os estudos oceanográficos, assim como a Organização Hidrográfica Internacional estabelecida a partir do ano 2000, vieram autenticar ainda mais estas referências (numa tabela que rege os cinco oceanos), tendo o Brasil e Portugal como membros efectivos sobre interesses costeiros dos oceanos que ambos comungam através do Atlântico.


Oásis no deserto: quantos mais por mão do Homem se poderão edificar...?

A Grande Muralha Verde!
Nem tudo parece perdido. Ou, pelo menos, assim parece. Devido ao declínio da quantidade de pluviosidade (precipitação ou chuvas) registadas no Norte de África, assim como à terrível consequência da degradação dos solos (através das explorações pecuárias e desbravamento de matas), impôs-se uma tomada de posição que a todos dissesse respeito. Ou seja, aos vários países afectos entre si que corroboraram de imediato algo se fazer nesse sentido.

Foi então que se estabeleceu em ordem de trabalhos e, projecto a iniciar, um acordo entre eles (os vários países africanos) e a ONU (organização das nações unidas). Não havendo um minuto a perder, reiterou-se a implementação premente na plantação de árvores por todo o Continente Africano.
Esta medida (urgente!) tendo sido ovacionada por todos os intervenientes, foi de imediato posta em prática numa sequencial reflorestação que teve como país pioneiro o Senegal. Impunha-se a florestação de árvores, apoio para o uso sustentável das florestas em regiões áridas, assim como melhorar a qualidade de vida das comunidades ou populações locais. Partindo deste princípio de boas vontades e consciência adequadas, pôde-se dar início então aos trabalhos.

Foi instaurado um limite fronteiriço em que a faixa de vegetação teria 15 km de largura por 7000 de comprimento, indo cruzar a África de leste a oeste. Como se disse, o Senegal deu o exemplo em 2008 nos primórdios destas tão proeminentes medidas de combate à desertificação dos solos, no que se lhe seguiram os restantes países: Mali, Burkina Faso, Niger, Nigéria, Chade, Sudão, Etiópia, Eritreia e Djibouti (os países integrantes do projecto).


Florestação em África: uma realidade...?

Neste tão ambicioso e promocional projecto por África na florestação de árvores, haverá um corredor de árvores que funcionará como uma barreira para os ventos secos vindos do Sahara.
Segundo o Programa Mundial de Alimentos (WFP), da ONU, várias comunidades no Senegal (localizadas no deserto) já conseguem cultivar frutos e vegetais, graças ao início do projecto!
Se nos recordarmos o que em solos israelitas também se fez, será de boa consciência reflectir que, tendo o Homem potencialidade e assumo de fazer frente a regiões áridas ou secas, poderá investir assim num futuro muito mais obreiro - e de uma maior esperança - no abastecimento alimentar de que necessita para a sua subsistência.

Para Ulrich Apel - especialista em florestas do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) - a Grande Muralha Verde teve efectivamente um começo promissor que já mostra potenciais resultados ou francamente resultados muito positivos.
Apel acredita também que este programa em curso e projecto instado pela ONU e pelos países acima referidos, poderá fazer-se replicar com todo o sucesso na Ásia Central para assim enfrentar a degradação dos solos, os problemas de gestão da água, assim como um menor impacto sobre as Mudanças Climáticas que entretanto venham a ocorrer.

Criam-se Cimeiras Mundiais sobre o Clima e o Ambiente; criam-se cimeiras de particularização ambiental ou mesmo de uma certa evasão de responsabilidades, sobre os efeitos nocivos dos gases poluentes e de todos os eflúvios planetários que têm o tal efeito de estufa de que tanto se fala. Mas não se chega a acordo nem a lado algum, se antes de se ouvirem e fazerem sentir as consciências, se desata à paulada por isto ou por aquilo, sem abrangência ou sequência positiva alguma também.
Os tempos não são fáceis, mas se houver vontades, «sacrifícios» e aprumo, direcção e resolução, então talvez se consiga chegar a algum lado: a bem do Ambiente!

Há que unir esforços; há que investir e agir e nunca recuar ou se obstruir esta tão poderosa via de se querer e, poder, salvar o planeta! Mesmo por outras cruzadas, outras linhas convencionais que nos rejamos (ou inversamente) outras ainda pouco ou nada ortodoxas que se meandrem por entre outros concílios de se encontrar qualquer solução, terá sempre de passar por querer o bem do planeta. Disso depende a sobrevivência da Humanidade!

E se Marte está ali tão perto (entre outros planetas do nosso sistema solar que entretanto venhamos a ter possibilidade de colonizar ou a fazer-nos pertencer) teremos sempre de tentar em primeiro salvar este (planeta Terra) e, salvaguardá-lo por direito universal, sobre todos os seus recursos: Ambiente e todos os seus biomas naturais: terrestres, aquáticos ou outros que se desvendam entretanto nos subterrâneos de uma outra verdade planetária. A Terra, não sendo o nosso primário berço cósmico, terá de ser sempre - prioritariamente - aquela que devemos defender; até de nós próprios! Disso, depende a vida na Terra no seu Todo que, não sendo muito a nível estelar, é aquela parte que nós, Humanidade, unicamente conhecemos e amamos pertencer. Por enquanto...

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