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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A Genética Humana III (O Sistema Imunitário)


Anticorpos Humanos/Doenças auto-imunes/HIV (SIDA ou AIDS)

Sabendo-se que os anticorpos provenientes do sangue infectado com uma doença podem ser clonados para assim se obter uma vacina, haverá neste procedimento clínico e laboratorial uma mais extensa proliferação em abrangência e realização, numa tomada de posse e conquista sobre esses mesmos anticorpos? Poder-se-à deste modo erradicar todas as fatais estirpes ou agentes/ factores patogénicos que entretanto se tenham vindo a transmutar ou a alterar de forma ainda mais difusa, resistente, e mesmo complexamente incompreensível para o conhecimento humano...?

Utilizando-se anticorpos para se detectar outros anticorpos do HIV (por exemplo) - ou proteínas produzidas pelo vírus - estar-se-à desta forma a complementar o grande circuito da vida tornando certas doenças até há pouco fatalmente mortais em doenças crónicas, numa sobrevivência nata de pacientes em prolongamento de vida? Não havendo ainda cura para tal, haverá a esperança de que brevemente haja uma interrupção nesse processo, apesar dos esforços feitos e positivos resultados obtidos através do tratamento precoce (terapia anti-retroviral precoce) nos pacientes com SIDA?

África sofre. Por toda ela grassa a continuidade em desgraçada disseminação desta doença maldita. Entre outras. E, por todo o globo. Haverá a consciência de que, estando esta e tantas outras doenças a contaminar o berço da Humanidade ou o ventre materno da Terra, segundo os investigadores, não poderá haver essa idêntica e mordaz contenção hemorrágica - similar ao Ébola ou outras estirpes daí derivadas que literalmente nos efectuam - sendo hoje uma praga e uma submissão?

Havendo recursos, batalhas e algumas vitórias (em particular no que respeita ao Ébola na contenda de uma vacina que se tem mostrado eficaz) haverá essa mesma aferição e empenho por outras doenças, outros vírus e bactérias que seguidamente se revelem ainda mais mortais, ainda mais impiedosas mesmo na esfera biotecnológica de que hoje se dispõe? Irá ser a «Mãe de Todas as Guerras», talvez, mas será aquela que venceremos ou apenas nos deixaremos convencer de que, ganhando pequenas batalhas (ou perdendo algumas) sairemos vencedores desta titânica luta médica contra todos estes anticorpos? E, até quando nos será permitido tal...???


Anticorpos na luta contra as imunodeficiências (o seu potencial para a imunoterapia de HIV em seres humanos).

O Sistema Imunitário
O Sistema Imunitário Humano é uma obra-prima de variabilidade e de adaptabilidade genéticas! Baseia-se numa série de glóbulos brancos especializados - Linfócitos - que respondem à presença de organismos e substâncias estranhos - Antigénios.
A resposta envolve diferentes tipos de linfócitos. Os Linfócitos T possuem receptores que reconhecem Antigénios Específicos e destroem todas as células que os transportem, incluindo células infectadas cujas superfícies sejam portadoras de Antigénios Estranhos, como as proteínas provenientes do revestimento de vírus invasores que foram descartados.

Outros Linfócitos T - os linfócitos T supressores - ajudam a regular a resposta; os linfócitos ajudantes - Helper - estimulam outros linfócitos T ao ataque. Para que um Linfócito T reconheça um Antigénio, este tem de ser «apresentado» pelas proteínas mais importantes do complexo de histocompatibilidade (MHC), que distinguem uma célula própria duma célula alheia.
Estas Proteínas estão envolvidas nas reacções que provocam a rejeição de tecidos depois das transplantações de órgãos.

Um Outro Conjunto de Linfócitos, os linfócitos B, detectam Antigénios Estranhos e produzem anticorpos (proteínas chamadas Imunoglobulinas), cada um deles específico de um determinado Antigénio, que se ligam a este (ao antigénio) e o marcam, de modo que os Macrófagos (grandes glóbulos brancos que «engolem» os agentes patogénicos) e os complementos (uma série de proteínas que destroem os antigénios por reacções enzimáticas de digestão de proteínas) os possam reconhecer.


Linfócitos T (células de defesa do organismo humano contra vírus e bactérias)

Linfócitos T e B
Existem milhões de Antigénios, exigindo milhões de anticorpos e de Linfócitos T Receptores diferentes.
Os Mamíferos possuem menos de um milhão de genes, de modo que não pode existir um gene para cada um dos Anticorpos Receptores. De facto, os Anticorpos, os receptores dos Linfócitos T e as proteínas MHC são codificados por uma grande família de genes. A diversidade é ainda acrescida nos Anticorpos e nos Linfócitos T por um processo de reorganização do ADN chamado: Recombinação Somática, que tem lugar à medida que os linfócitos amadurecem.

O resultado de tudo isto é então uma Grande População de Linfócitos Variados (10 elevado a 6, a 10 elevado a 8 células imaturas e cerca de 10 elevado a 12 em maturidade), numa complexidade bio-matemática nada fácil. Cada Linfócito B produz apenas um tipo de anticorpo, capaz de reconhecer apenas um antigénio, e cada linfócito T produz apenas um receptor específico.

Quando um Linfócito B ou T é exposto a um Antigénio que o seu anticorpo ou receptor consegue reconhecer e a que se consegue ligar, o linfócito cresce e divide-se repetidamente, produzindo então um clone de Anticorpos ou de Receptores.
Depois de, a Infecção ser Debelada, alguns dos linfócitos B específicos  permanecem num estado semi-maturo. Estas células de longa vida permanecem preparadas para produzir uma resposta mais rápida se o organismo vier a encontrar o mesmo Antigénio - a resposta imunitária secundária.


Anticorpos (moléculas com a forma de Y) - Nas células infectadas por HIV, há neste momento uma nova terapia que institui anticorpos sintéticos no combate à doença).

Anticorpos no Corpo Humano
O Corpo Humano é capaz de produzir 10 elevado a 6 a 10 elevado a 8 anticorpos diferentes! Um Anticorpo é uma molécula com a forma de Y, composta por 4 cadeias Polipetídicas ligadas entre si.
Há duas cadeias leves (L) idênticas de cerca de 200 Aminoácidos e duas cadeias pesadas (H) - idênticas de 300 a 400 Aminoácidos de Extensão.
Ambas as cadeias contêm regiões variáveis (V) e regiões constantes (C). Os Receptores para os Antigénios encontram-se nas regiões variáveis.
Diferentes Segmentos de ADN codificam então regiões específicas da molécula de Imunoglobulina. Os segmentos V codificam regiões V e os segmentos C regiões C. As cadeias pesadas possuem um terceiro conjunto de segmentos variáveis - os segmentos D (de diversidade); sendo ainda mais variáveis do que as cadeias leves.

Para Construir uma cadeia Polipeptídica, um segmento V liga-se a um segmento C (e D), de modo que dois (três) segmentos de gene formam um gene «activo» que codificam um polipeptídeo. Assim sendo, são possíveis mais de 10.000 arranjos diferentes do ADN só para a cadeia pesada!
Os Genes das Células produtoras de Imunoglobulina sofrem mutações a uma taxa muito mais elevada do que o normal.


Tratamento Precoce em doentes com SIDA (AIDS)/Biotecnologia/Engenharia Genética no uso de Anticorpos.

Biotecnologia/Engenharia Genética: utilização de anticorpos
Os Anticorpos têm muitas aplicações em Biotecnologia. Os Linfócitos B Normais postos em cultura «In vitro» ou morrem ou deixam de produzir anticorpos ao fim de pouco tempo. Mas, se os Linfócitos B se fundirem com certas células cancerígenas (cancerosas) formando Células Hibridomas, as células cancerígenas permitem que estas células hibridomas se multipliquem e se desenvolvam em fermentadores durante muito tempo, ao mesmo tempo que os Linfócitos B permitem que elas produzam anticorpos. Estes são idênticos aos que são produzidos pelos Linfócitos B Originais, recebendo assim o nome de: Anticorpos Monoclonais.
Os Anticorpos provenientes do sangue de uma pessoa (ou de um animal) infectado com uma doença, podem ser clonados para se obter uma vacina.

Os Anticorpos Monoclonais são utilizados para a extracção de produtos proteicos específicos, como o Interferão, a partir de culturas de organismos sujeitos a Engenharia Genética.
Também podem ser usados para testes de diagnóstico e podem ser sujeitos a Engenharia Genética para transportarem marcadores radioactivos, fluorescentes ou outros.
Os Anticorpos ligam-se aos Antigénios da superfície dos organismos causadores de doenças. O material pode então ser examinado ao microscópio para se detectarem os marcadores. Certos distúrbios libertam uma certa proteína na Circulação Sanguínea ou na Urina, que é então reconhecida pelo anticorpo monoclonal apropriado.

Os Anticorpos marcados com Compostos Metálicos ou Radioactivos (e injectados nos pacientes) podem ter como alvo antigénios específicos (como no caso das células cancerígenas), de modo que os Médicos podem utilizar os Raios-X para detectar e medir Tumores.
Podem ainda ser usados para guiar medicamentos demasiado tóxicos para serem libertados no sangue. Os Anticorpos também se ligam a outros anticorpos. O Teste para detecção do vírus HIV (VIH) emprega anticorpos para detectar anticorpos HIV ou proteínas produzidas pelo vírus.


Vírus do HIV - Vírus da Imunodeficiência humana

O Vírus HIV
O Vírus (HIV) da Imunodeficiência humana, é um retrovírus que ataca o Sistema Imunitário invadindo os linfócitos T, convertendo o ARN viral em ADN e incorporando-o no ADN do hospedeiro.
Quando um Linfócito T responde a uma infecção, transcreve parte do seu ADN, incluindo o do HIV incorporado. São assim produzidas cópias do ARN viral, as quais fabricam novos vírus que libertam do linfócito T destruindo-o; com cada nova infecção, mais linfócitos T são destruídos.
A Taxa de Mutação extraordinariamente elevada do HIV torna extremamente difícil também o desenvolver de uma vacina eficaz nesta doença.

Cuidados Paliativos
Quando tudo falha, só nos resta a temperança - e a tranquilidade - de se estar perante o inevitável mas, em bonança e qualidade de vida. Ou, pelo menos, a que se tenta instalar entre os pacientes dito terminais ou de doenças efectivamente letais, para além de toda e qualquer esperança. Daí que se tenha estabelecido nestas últimas décadas um novo procedimento de bem-estar e, certa adaptabilidade, em esforços de uma maior paz e tolerância de dor, no que se traduziu nos agora denominados: Cuidados Paliativos.

Estes Cuidados Paliativos são generosamente prestados a todos os doentes (assim se deseja!) em situação de intenso sofrimento decorrente da doença incurável em fase avançada e, rapidamente progressiva. O objectivo consiste em promover - tanto quanto possível e até ao fim - o bem-estar e qualidade de vida destes doentes. Os Cuidados Paliativos têm como componentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio psicológico (espiritual e emocional) do doente, assim como uma vertente mais abrangente num apoio à família envolvida em acção de várias equipas interdisciplinares de estruturas diferenciadas nesse apoio e auxílio permanentes.

A Acção Paliativa (não se podendo confundir com cuidados paliativos) traduz-se em qualquer medida terapêutica sem intuito curativo que visa minorar (em internamento ou no domicílio) as repercussões negativas da doença sobre o bem-estar geral do doente. Enquanto os Cuidados Paliativos são cuidados activos, coordenados e globais, as Acções Paliativas nutrem-se por ser parte integrante da prática profissional, qualquer que seja a doença ou fase de evolução que o doente revele. Estas Acções (ou serviços) são prestados nos Hospitais, Centros de Saúde e, na rede de Cuidados Continuados, nomeadamente em situações de condição irreversível ou de doença crónica progressiva.

Este procedimento é algo que se estabelece em muitos países desenvolvidos por outros que assim o tentam pelo globo inteiro, consoante mais ou menos recursos que se apliquem nestes. No caso de Portugal, tem-se feito um esforço hercúleo mas devidamente meritório e, de grande aplauso, perante o sofrimento atroz e sem precedentes (até há pouco) nesses doentes, sem uma mão sequer em amparo e desvelo na agonia de quem tanto sofria. Daí que se diga a nível planetário: bem-hajam Cuidados e Acções Paliativas!


Tratamentos de combate à doença/Tratamento Precoce de Doentes com SIDA

Tratamento Precoce da SIDA
Investigadores na área da síndroma da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS) descobriram que o tratamento de pessoas com esta doença - logo após serem infectadas - é rentável a longo prazo no que se insta de um tratamento precoce em que se analisaram os custos-benefícios na aplicação da Terapia Anti-Retroviral em pessoas infectadas com o HIV (VIH), antes de, a sua carga viral, se tornar muito elevada!

De acordo com o Centro Norte-Americano de Controlo e Prevenção de Doenças, o custo anual com o tratamento em pacientes com HIV ronda os 16,7 mil euros.
Projectando assim o custo de tratamentos ao longo do tempo e contabilizando os efeitos de uma melhor saúde - e um menor número de infecções - os investigadores descobriram então os benefícios económicos associados e, a longo prazo, nos países-alvo do estudo e, subsequentemente, onde esta doença mais prolifera: África do Sul e Índia.

"Em resumo, a Terapia Anti-Retroviral Precoce, é uma «tripla vencedora»: os pacientes com HIV vivem de forma mais saudável, os seus parceiros estão mais protegidos do HIV e, o investimento é excelente!" - Aferiu entusiasticamente Rochelle Walensky, do Hospital Geral de Massachusetts, EUA, a co-autora deste estudo.

O estudo demonstrou ainda que 90% dos pacientes que receberam tratamento anti-retroviral precoce sobreviveram, o que só sucedeu a 83% dos doentes cuja terapia foi mais atrasada. Já a esperança de vida dos pacientes tratados precocemente, atingia os 16 anos - mais do que o grupo a quem foram estipuladas terapias mais tardias. Esta, a conclusão dos investigadores que estando algo confiantes neste sector, não deixam de sublinhar que mais avanços e vectores são necessários na total cura ou erradicação da doença, até agora incurável.
Estes dados foram-nos facultados generosamente online pela agência Lusa e jornal Sol de Portugal, no ano de 2013. Desde já se agradece a prestigiosa divulgação em benefício de toda uma maior informação e, mesmo atenção, sobre os dados agora recolhidos nesta área.


As doenças da «velhice» (inflamação das articulações/reumatismo)

Velhice: o flagelo do não-retorno...
As Doenças Auto-Imunes são geralmente provocadas por sistemáticos ataques ao organismo humano (mas também animal) efectuados pelo seu próprio Sistema Imunitário.
As Pessoas que sofrem de Artrite Reumatóide possuem elevados níveis dum anticorpo que se liga aos anticorpos do próprio corpo, como se  estes fossem antigénios estranhos, depositando-os nas Membranas das Articulações, provocando assim infiltração de fluido, podendo acabar por destruir a articulação. Tudo isto é causador de dores, incómodos e alguma paralisia que se reflecte na locomoção das pessoas que desta doença sofrem que, mesmo recorrendo a vias medicamentosas no alívio e bem-estar, não eliminam totalmente esses sintomas.

A cada dia que passa, a Indústria Laboratorial e Farmacêutica tenta dar uma resposta mais concisa, directa e segura, no que as terapêuticas através dos medicamentos biológicos (agentes ou fármacos biológicos há alguns anos no mercado global) tentam colmatar mais eficazmente no insurgimento desta e outras doenças.

Há a investigação não ténue ou negligente também em relação a outras doenças tais como a Artrite Reumatóide (como se referiu) e Psoriática, Espondilite Anquilosante e Lúpus, onde não se tem ignorado esforços neste longo caminho da análise, estudo e investigação para um maior combate a todas elas. Mesmo que os custos hospitalares e, clínicos, sejam de facto ainda muito elevados (nesta área dos fármacos biológicos) que se têm revertido de grande sucesso e que se espera serem abrangidos por todas as entidades hospitalares do planeta sem restrição ou selecção alguma, para que todos possam assim beneficiar dos mesmos. Um outro grande esforço financeiro a que ninguém pode ficar indiferente (supõe-se) mas que urge alcançar, mesmo que se tenha de enveredar por outros meios, outra procura de recursos para um mesmo objectivo: a cura dos pacientes!

A Engenharia Genética possui aqui um papel preponderante, no que se tenta reduzir estas patologias em remissiva condição que não recrudescimento ou progressão que chegam a provocar a completa imobilidade ou quase total limitação de movimentos nos doentes. Tal como se referiu há pouco, a necessidade e bem-estar dos pacientes terá de ser sempre a prioridade e nunca a excepção!

Todos envelhecemos. Todos sentimos que a nossa actividade tão proactiva, liberal e afã de movimentos e sentidos apurados, se começam a toldar ante a progressão efectiva não só do enfraquecimento ósseo como de toda a doença envolvente que dá pelo nome de Osteoporose e outras de foro reumático crónico. Seja como for, tenta-se por todos os meios e intenções, adiar este círculo vicioso de uma degenerescência que a todos invade sem excepção.

Há que ser mais abertos ao mundo, abertos ao ar puro e a todos os movimentos sãos, seja através da ginástica, seja através de outros métodos de relaxamento, interiorização e ciências alternativas (homeopáticas, holísticas e outras) na harmonia e bem-estar das pessoas, seres viventes que todos somos neste mundo de ninguém. Ou de todos; de todas as Almas! Só há que o consciencializar e tentar purificar em nós, Humanidade, tal como o melhor e mais saudável remédio ainda por inventar que todos nós soubemos descobrir também em nós: o sermos seres de muitos sistemas imunitários, se não do corpo... da Alma, supostamente. O amanhã será vigoroso, se o hoje (presente) nos for menos pesado, mais ténue e longo em amistosa e cumprida missão terrena de sermos igualmente felizes. Sem excepção também...

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