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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

As Deusas dos Oceanos


Família de Sereias no Oceano profundo...

Sereias, Ninfas ou Deusas de um mar desconhecido, seres que não se misturam com os humanos, seres incompreendidos ou provavelmente ilustrados numa magia mítica ou lendária de marinheiros ou homens do mar que se inebriavam ante tamanha beleza. As suas vozes sibilinas, a perfeita sedução fatal de quem assim as ouvia, os seus corpos curvilíneos, a teia jugular que os arremessava de encontro a uma realidade perdida e não sua de um não retorno. E isto, ao longo dos séculos...

Que mistérios ainda encerram os Oceanos, os Mares agora navegados, agora obliterados dessa etérea magia planetária de visualização e, observação, por todos os que os percorrem, os que os vigiam; que mistérios ainda em si haverão nas suas mais profundas águas? Ou... será mera ilusão, puro devaneio poético de tantos que assim o aludiram?

Terá sonhado Vasco da Gama com a deusa maior Tethys como Camões referiu que, levando-o ao topo de um monte «alto e divino», lhe mostrou a «Máquina do Mundo»? Terá sido sonho, ilusão também essa dita fábrica de cristal e ouro puro, à qual apenas e só os deuses tinham acesso?

Terá sido mera imaginação, alucinação ou, a certeza de um encontro com poderes maiores, poderes supremos, que certos deuses concederam aos marinheiros portugueses em franquia de uma sua conquista e desbravamento oceânicos? Se Neptuno não existia, porque se fez então representar por tais imponentes figuras marinhas? E que, de tanta beleza, sentido e indolência sensual levou à libertinagem dos mais puros intentos ou dos mais puros haveres que lhes consignou um destino de privilégio e boa ventura sobre os mares???


A Ilha dos Amores descrita em sonetos por Luís Vaz de Camões: a realidade de seres híbridos, anfíbios ou seres mistos fabricados, manipulados ou elaborados geneticamente pelos deuses na Terra...?

Ilha dos Amores: Lusíadas
                                                                                                                                                                 
«E pera isso queria que, feridas                               « Ali, com mil refrescos e manjares,
  As filhas de Nereu no ponto fundo,                         Com vinhos odoríferos e rosas,
  De amor dos Lusitanos encendidas,                        Em cristalinos paços singulares,
  Que vem de descobrir o novo mundo,                     Fermosos leitos, e elas mais fermosas;
  Todas nuas ilha juntas e subidas,                            Enfim, com mil deleites não vulgares,
  Ilhas que nas entranhas do profundo                       Os esperem as Ninfas amorosas,
  Oceano terei aparelhada,                                         De amor feridas, pera lhe entregarem
  De dões de Flora e Zéfiro adornada;»                       Quanto delas os olhos cobiçarem. (...)»

                                                 (Canto IX - 40)                                                 (Canto IX - 41)
            
No meio do Oceano - a Ilha dos Amores - essa tão bela e paradisíaca ilha de nenhures (ou algures quem o saberá..?) por onde o navegador português, o bravo e heróico Vasco de Gama, celebraria em seu maior feito e garbo na descoberta da Índia, ou seja, na rota dos navegantes em caminho marítimo para o Oriente, toda uma rota comercial escancarada aos Europeus em relação a esse Oriente.
Foi então obsequiado no meio do Atlântico (a perdida Atlântida...?) por Tétis (Tethys) - a principal das Ninfas - relatando a vontade da deusa Vénus em premiar os heróis lusitanos com um merecido descanso de múltiplos e sensuais prazeres etéreos e, sublimes, celestiais ou endeusados por todas as Ninfas, por todos os sentidos havidos naquela bela Ilha dos Amores.

Estava-se no belo ano de 1497, mais exactamente a 8 de Julho quando zarparam em linha de navegação de Lisboa a Cabo Verde em rumo marítimo que atingiria Calecute (finalmente!) pelo ainda mais belo ano de 1498, a 17 de Maio, onde atracaram na exótica e bela cidade de Kappakadavu, próxima de Calecute, no actual estado indiano de Kerala. Esta a epopeia gloriosa por mares nunca antes navegados mas, e por seres nunca antes vistos ou observados...? E que seres seriam esses, os que Vasco da Gama e toda a sua tripulação pactuaram em divina voluptuosidade de feitos, méritos e consignações além a terra, além o mar, além todas as Coisas...???

Seriam deusas de facto? Seriam seres que, desconhecidos até aí em mistral de encantamento e certa agonia, os marinheiros não souberam franquear, trazer ou sequer roubar como o faziam por tantas terras, tantos mares...? E se deuses e deusas não eram, que criaturas seriam então, para além de todas as vibrações, as energias, os encantamentos e os falecimentos de quem no mar viu a sua fúnebre condição de mortal lhe ser arrevesada?

Terão sabido esses homens que quimera única terão assistido, vivido e até «amado»? Terão sentido quão afortunados foram por tão semelhantes e esbeltas criaturas terem visto e copulado? E se tal não era possível mas em utopia ou transmutada travessia de corpos e mentes tudo se tivesse realçado, então que espécies eram estas, essas Deusas dos Oceanos, que novos sentidos e novos corpos assim deram de si em companhia e, prazenteria, a tão rudes homens de tão pouca cultura mas muitos braços, muitos músculos, de uma só grande vontade de conquistar os mares...?! E se assim não fosse, por que os terão feito sobreviver e não falecer, morrendo às suas mãos, se acaso o destino lhes tivesse sido outro...? Talvez porque os deuses - os do supremo Céu - assim o tenham requerido e, instado, nos bravos e corajosos homens portugueses, que outra cousa lá pudera ser...???


Imagem fabricada de um ser aquático que dá pelo nome de Sereia: Ou, a ténue e elucubrante evidência de uma existência e, vivência marinha mista, que sugere engenharia genética por parte dos deuses - seres estelares - ou apenas e tão só, uma das muitas criaturas na Terra de origem desconhecida... ainda? Mitologia, ou realidade nas profundezas dos nossos oceanos...???

Sereias/Ninfas/ Deusas do Mar e oceanos profundos...
«As Ninfas tinham longos cabelos e caudas de peixe, mui belas e formosas mas carecidas de Alma...» - Terá sido o comentário ouvido e guardado ao longo dos tempos por marinheiros e homens que se deixaram seduzir por tamanhas criaturas do mar...

A Sereia apanhada no lago de Belfast, na Irlanda do Norte, no ano 558 d. C. tinha um passado invulgar. Trezentos anos antes fora uma jovem chamada Liban, cuja família morrera numa inundação. Viveu durante um ano sob as ondas, sendo gradualmente transformada em Sereia.
A Sereia traiu-se finalmente ao cantar debaixo de água. Foi ouvida e, recolhida, pelas redes de um grupo de pescadores que lhe deram o nome de: Murgen, que significa nascida no mar, colocando-a depois num tanque de água para que todos a vissem. recebeu o Baptismo Sagrado e, quando morreu, chamaram-lhe Santa Murgen. Muitos milagres lhe foram então atribuídos.

Em 1403, outro testemunho foi registado, numa outra sereia que ficou presa nuns charcos de lama perto de Edam, na Frísia Ocidental.
Segundo um relato do século XVII, foi salva pelas mulheres da vila que a «limparam» dos limos que a revestiam. Nunca aprendeu a falar, mas viveu ainda durante uns consideráveis 15 anos e, após a sua morte, recebeu uma sepultura cristã no cemitério local.

A Bela Sereia da Ilha Santa de Iona, situada ao largo da Escócia, visitava diariamente um santo desconhecido que ali vivia em reclusão por quem se apaixona e cuja Alma - que as sereias não possuem - ansiosamente pretendia. Talvez para se poder revestir de outras passagens na vida ou de outras reencarnações que jamais viveria se acaso permanecesse na sua condição de criatura desalmada ou mais propriamente desprovida de alma...
O Santo ter-lhe-à dito então que, para obter uma alma, teria de renunciar ao mar! Ante a impossibilidade de concretização, a Sereia partiu (desesperada), e nunca mais foi encontrada. Jamais reapareceu ou deixou vestígios de tal. Contudo, um só pormenor foi eternizado no tempo: as suas lágrimas permaneceram, transformando-se depois nos seixos cinza-esverdeados que só nessa ilha se encontram...


Sereias no alto mar...?

Os Tempos Ancestrais e as Sereias...
As Sereias aparecem nas lendas mais velhas de que há memória (e por vezes alguma documentação!), assim como nalgumas das mais antigas culturas do Mundo!
Os Filisteus e os Babilónios dos tempos bíblicos adoravam deuses com caudas de peixe. Terá sido uma civilização que porventura tocou os solos terrenos em busca de algo...? Não se sabe, mas tenta-se procurar a verdade histórica sobre estas espécimes tão estranhas quanto míticas - ou deambuladas de uma certa nostalgia e endeusamento - que os povos da Terra sempre lhes confinaram.

Aparecem também Sereias em moedas fenícias e coríntias. Dizia-se que Alexandre - O Grande - teve várias e estrondosas aventuras com Belas Sereias quando visitou o fundo do oceano num globo de vidro. Experiência única que provavelmente o terá induzido, instrumentado ou sequer inspirado (ou influenciado) nas suas muitas conquistas terrenas.

O Autor Romano Plínio conta certa vez que um oficial de César Augusto viu numerosas Sereias numa praia da Gália «arremessadas» à costa e, num estado de mediana decomposição (mortas, portanto) mas em que se observava na plenitude os membros superiores (braços) e a cauda de peixe. Ou seja, criaturas de forma mista que se assemelhavam a meio seres humanos e o outro meio... a peixes. Que susto este oficial de César não terá levado consigo ao constatar que, alguns deles, ainda se viam num certo estertor de morte que ninguém poderia salvar... no que nem todos terão perecido de imediato e, por razões que se desconhecem no seu todo.


Espécie desconhecida (vulgo Sereia) ou subespécie que deu à costa já sem vida em 2012 numa praia que se chama Real Sereia mas de localização não especificada, embora referenciada no México.

As Descobertas na Praia...
Podendo ser uma fraude, também poderá eclodir em verdade: só os investigadores e médicos legistas e cientistas nessas áreas (patologistas e outros) poderão dizer com toda a certeza de que se trata afinal esta criatura marinha, (semi-humana?) ou do tipo humanóide como agora se afirma publicamente, mas que é identificável como espécie marinha desconhecida, numa determinada subespécie que se terá desenvolvido em mutação ou alteração genéticas no espaço aquático.
A impressionante beleza desta espécie (a que se pontua aqui) não deixa ninguém indiferente; todavia, haverá sempre que esclarecer se se trata de um ser geneticamente alterado ou «naturalmente» afecto ou vivenciado nos mares da Terra...

Na Tradição Folclórica, as Histórias de Sereias são frequentemente patéticas, ao que na actualidade já não será bem assim. Há imagens, relatos e certos testemunhos muito credíveis que exortam para este facto; só ainda não se sabe da proveniência, localização exacta do seu habitat (talvez seja bem melhor nunca se chegar a saber tal...) ou do efeito-consequência desta anomalia física ou apenas junção de duas espécies, ADN ou criação aquática híbrida que tendo orifícios próprios e supostamente guelras, sobreviverá nos confins dos mares e oceanos. Mas, cientificamente, há cada vez mais uma maior e melhor atitude (e comportamento!) em face a uma mais específica análise forense sobre estas espécies que de longe em longe dão à costa já sem vida.


A outra metade - visualização da cauda em vez de membros inferiores do ser humano.

Criaturas Marinhas ou diversificação genética manipulada...?
Inolvidável esta criatura em ser marinho; contudo, observa-se distintiva e pormenorizadamente (no que nos é dado ver a olho nu) o que parecem ser (também) uns membros inferiores destacados (ainda que juntos) terminando em cauda. A ser objectivamente verdadeira esta foto ou esta exemplar criatura dos mares, será provavelmente um bom exemplo de estudo e análise forense.

Transmutação ou genética alterada...?
As Sereias, que se afirma viverem em reclusão ou solitárias e longe, muito longe dos olhares humanos, assumem ocasionalmente a forma humana (daí a distinção evidente de poder haver dois membros inferiores camuflados pela longa cauda...) em hibridação subsequente de algo que as terá feito transmutar. Mesmo sabendo-se que faz parte do processo lendário de encanto e desencanto de se saber que as Sereias se podem transformar tal como Gata Borralheira em Cinderela por uma só noite (em fidelidade aos contos dos irmãos Grimm), também não se poderá olvidar os muitos testemunhos ancestrais e, medievais, sobre estas tão furtivas Noites de Sereias que, apaixonadas pelos humanos, vêem com estes participar em festejos ou celebrações nas aldeias. Mas isso tinha custos: o não retorno ao mar, por vezes...

Existe nos contos lendários uma aferição insistente e, incisiva, do que certos homens por vezes lhes faziam - fosse por amor e devastada paixão, fosse por pura maldade - onde se regista que lhes tirariam as capas ou acobertados mantos de camuflagem perfeita (ou ainda cintos mágicos, segundo as palavras deixadas em tantos escritos de um passado não tão distante assim) impedindo-as do seu regresso ao mar, o que acarretava frequentemente consequências desastrosas. Muitas não resistiam e morriam inevitavelmente às mãos dos seus carcereiros terrenos de intenções jocosas.


Casamentos entre Seres Humanos e Sereias ou outras espécies...?

Uniões estranhas, complexas e descabidas entre as espécies...?
Não fará parte certamente do mundo científico (a não ser em ficção) que estes seres, estas criaturas do mar, se tenham envolvido de facto com seres humanos. Mas, até ao momento, também nada nos pode fazer instituir essa base como a mais absoluta verdade, uma vez que não se conhecem detalhes, que não sejam através dos tais contos e lendas deixados através do tempo. «A Pequena Sereia» da Disney é bem o exemplo disso. Mas não nos deixemos tentar pela ilusão carinhosa infantil que tanto prazer nos dá em ver a lastimosa sereia perdida de amores por um comum mortal marinheiro...

Nessa longa caminhada mística da existência de Sereias em parceria romântica com os Seres Humanos, conta-se que raramente são felizes, embora alguns povos do litoral, particularmente no Noroeste da Escócia e na Cornualha, tenham afirmado que entre os seus antepassados se contavam... Sereias!? Terá sido mesmo assim...?

Na Idade Média houve distintas famílias francesas que falsificaram as suas árvores genealógicas para poderem afirmar que descendiam da Sereia Melusina, mulher de Raimundo, um parente do Conde de Poitiers. Também esta história de amor teve um final trágico...
Uma das Condições do Casamento estabelecia que Raimundo deveria deixar Melusina só, todos os sábados. Durante muitos anos viveram felizes. Um sábado, porém, induzido pela maledicência da família, Raimundo espreitou a mulher através do buraco da fechadura da casa de banho. Ela estava então sentada no banho parcialmente transformada com a cauda de peixe - em particularidade própria das Sereias. Melusina gritou desesperada (ao ver-se estuprada), lançando-se de imediato pela janela.

Raimundo não voltou a vê-la. Pagou caro a sua intromissão na invasão de privacidade sobre a sua mulher; ou mesmo, a corrosiva coscuvilhice marital para com a companheira de que há já algum tempo suspeitava. Mas, doravante isso, pressentia que ela voltava durante a noite para amamentar os filhos. As Amas descreveram a Raimundo várias vezes o que lhes parecia ser uma figura cintilante com uma cauda azul e branca, inclinada sobre os berços: uma mãe é sempre mãe, seja qual a sua condição ou situação, convenhamos. Foi o que Raimundo considerou, amando-a ainda mais!


As Sereias e os seus encantos. Serão de facto reais ou produtos do imaginário comum...?

A História da Navegação em comum com as Sereias!
No século XV muitos foram os relatos de marinheiros e, navegantes, que tanto alento e continuidade deram a estas histórias de Sereias.
Quando estes regressavam de terras e mares distantes, contavam exuberantemente e, muitas vezes, estes encontros no mar com tão esbeltas criaturas que nadavam ao seu redor.

Uma obra profusamente ilustrada sobre a fauna marítima  dos mares da Índia, publicada em Amesterdão em 1717, já no século XVIII, descrevia pormenorizadamente uma mulher do mar encontrada nas Índias Orientais! Ou seja, talvez seja esta a verdadeira documentação em realidade assumida sobre a Existência de Sereias, se tivermos em conta também (em pormenor, rigor e profusão sobre o que Luís de Camões escreveu nos seus Lusíadas).
Sobre o documento dos países baixos (Holanda) este dita assim:

«Mulher do Mar: um monstro semelhante a uma Sereia, apanhado perto da Ilha de Borne, em Ambione. Tinha cerca de um metro e meio (1,50 m) e a espessura de uma enguia. Viveu em terra, dentro de um recipiente cheio de água, durante 4 dias e 7 horas. De tempos a tempos soltava pequenos gritos, como os esguichos de um rato. Não aceitou qualquer alimento, embora se lhe tivesse oferecido peixe miúdo, caranguejos, lagostas, etc.»

Pobre criatura dizemos nós que por muito pouco talvez tivesse sobrevivido... talvez, se lhe tivessem dado o mar de volta, se lhe tivessem auspiciado uma outra vida que não a morte de dentro de um singelo ou exíguo recipiente, tal como aquário maldito de terras do Homem.


Sereias na actualidade...?

O Poeta e Escritor Português afinal não se enganara...

Luís Vaz de Camões terá passado por mentiroso, vendedor de sonhos, ilusório ou indesmentível imaginativo de muitos dons, de muitas ciências escritas ou linguísticas, que nenhuma tinha ido tão longe quanto o «inventar» de semelhantes criaturas do mar.
Essas Deusas dos Oceanos e dos Mares (terá comentado para si...?) que nessa ilha maravilhosa - a tão bela e afrodisíaca Ilha dos Amores - por onde os marinheiros portugueses puderam encontrar todas as delícias da Natureza e as sedutoras Nereidas - divindades das águas (ou dos deuses...?) -  irmãs de Tétis (Tethys) com quem se podiam alegrar em jogos amorosos, em valsas volúveis de todos os sentidos. Relata Camões que, a Ninfa Sirena, cantou as profecias sobre a gente Lusa (Portugal-antiga Lusitânia) onde se incluía as suas muitas glórias futuras no Oriente. Que profecia foi esta então...? Que Sacerdotisa ou Oráculo marinho foi este por voz da Ninfa Sirena que tudo evocou, tudo ostentou aos garbosos homens lusitanos de então? E como o sabia...? E por que o proferiu?

E Tethys, essa Ninfa, senhora de Todas as Ninfas que vinha a mando da deusa-Vénus, que mostrou do «alto e do divino» a Vasco da Gama (de acordo com a cosmografia geocêntrica de Ptolomeu) a impressionante «Máquina do Mundo» (ou uma espécie de computador visual que tudo vê e tudo sabe...?) para além da fábrica de cristal e ouro (edifícios transparentes, semelhantes aos actuais em materiais só hoje conhecidos e ostentados no mundo contemporâneo?) e à qual só os deuses penetravam... (naves estelares suas...?) em que só «eles», os deuses, tinham acesso e entrada, sendo agora um único privilégio dos Portugueses. Ah, que glória, que assumpção, que feitiço tão ou mais luxuriante do que os prazeres de então na Ilhas dos Amores, não será...?

Tethys - a Grande Tethys (ou a Grande Deusa-Vénus...?) - descreveu a Máquina do Mundo ao descobridor português, predizendo feitos valorosos, prémios, fama  e demais honras ao Povo Português. E que, depois do descanso merecido, zarparam da ilha regressando a Lisboa. Terá sabido Sirena ou a Grande Tethys, o que nos estaria guardado em futuro longo...? Saberiam ambas, quantas e quejandas maleitas, maldades, submissões, fraquezas, injúrias ou impudicícias verdades este meu povo se remeteu ao longo destes últimos séculos, últimas décadas, últimos anos...?


Terá Tethys sido uma Sereia com poderes distintos ou, «apenas» uma deusa de entre outras (a deusa-Vénus) que emergiu dos mares para se fazer ouvir e, comentar além os tempos, sobre a sua presciência e magnânima beleza, cultura e vivência nos mares profundos da Terra...?

Não sei se o terão sabido ou meramente escondido do tão suma-pontífice marítimo que Vasco da Gama era (foi e sempre será!) mesmo que no tempo se tente esquecer ou sequer enganar outros por tão bravo feito o seu, que da Índia trouxe a evasão dos cheiros, das cores e de um feitiço jamais de nós retirado; mas talvez tivesse sido bom que de lá tivesse tirado integridade, legitimidade e autenticidade autónomas e distintamente assumidas por quem de direito, por quem se assume e não rouba tronos de ninguém. Será o caso...? Não me parece.

Talvez Tethys tivesse sabido e guardado para si tão nefanda ocorrência que, à luz dos novos acontecimentos são outras águas, outros mares para se navegar. E todos eles... sem Sereias, e sem essa tão doce magia de um dia se ter descoberto as Senhoras e senhores dos Mares mas acima de tudo, as Grandes Deusas dos Oceanos. Para todas elas - as vivas e não vivas - a minha póstuma homenagem, pois que a Humanidade esquecendo-se delas, em breve penará por delas precisar sobre mares e oceanos jamais purificados (mas impiedosamente desventrados) por negros crudes, excrescentes tóxicos malditos ou toda uma consubstancial verdade não tão mágica assim, de estarmos a um passo de tudo matarmos... de tudo dissecarmos em vicissitudes de nada nem de ninguém!

Terá Tethys ocultado de propósito tão obscuros destinos assim na Terra...? E por que o fez...? Para nos deixar mais uma vez à tona dos acontecimentos e de Todos os Sofrimentos por uma Terra que cairá por terra, por uma mar que secará em si, por oceanos que se extinguirão após erosão, colisão e devastação planetárias sobre Todas as Coisas...? Oxalá que não, e a Humanidade ainda vá a tempo de fazer mudar o Oráculo de Sirena e a impenetrabilidade de Tethys, que tanto nos concedeu em tempos passados sobre tão pouco estóico futuro... no que o Futuro o julgará!!!

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