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quinta-feira, 31 de março de 2016

A História da Terra


 
Planeta Terra: as etapas de um planeta em vida e história geológicas.

Havendo uma multiplicidade de planetas, estrelas e provavelmente outros sistemas solares no Cosmos, será inevitável a questão se, por hipótese e sugestão, haverá a similitude de vida em história geológica nesses outros pontos do Universo. Mesmo que sob outras formas de vida ou mesmo sobre outros desenvolvimentos e, evolução, poder-se-à consistir que existam outras «Terras», outros planetas, onde este fantástico portento de vida se exiba, ainda que o não saibamos pelas óbvias limitações humanas de não ingressão em viagens interestelares?

Sabendo-se também do processo evolutivo da Terra em geo-estratégia planetária (criada, recriada ou fomentada por impulsão cosmológica, perpetrada ou não por seres inteligentes...) a Terra foi sendo sempre distendida em Sistemas, Eras e Períodos - ou épocas - nos quais, esta se repartiu em natural eclosão das espécies. Do Arcaico até ao recente Período Glaciar (Plistocénio e Holocénico) muito se expandiu no planeta, sabendo-se então da variação e adaptabilidade das espécies ao longo de todas estas épocas. Mesmo nos nossos dias, ainda há certos organismos, microrganismos ou vida bacteriana que se desenvolve sem que o saibamos (ou conheçamos) na sua totalidade.

Sendo tudo isto uma realidade, insurgir-se-à igualmente uma outra questão de índole interplanetária: Seremos nós, seres humanos - e todas as outras espécies na Terra - os únicos seres evolutivos de épocas e períodos diferenciados ou, na mais razoável das probabilidades, poderemos ser o que de mais primitivo se inferiu neste ou noutros iguais planetas, de vida geológica, ecológica e, por lógica e consequência, «naturalmente» a biodiversidade de vida biológica? E, sendo únicos (o que nos perfaz a simbólica condição de raros e específicos seres, como tantas vezes se apregoa de Jardim Zoológico planetário terrestre), que objectivos ou agenda estelares estes outros seres externos à Terra terão para nós, para tal se terem remetido a observar, a prospectar, a monitorizar, ou mesmo a continuar...???


Estromatólitos (vestígios de há 3500 milhões de anos, na Terra).

Histórias Geológicas
O tempo geológico foi repartido numa série de grandes divisões: Sistemas, Eras, Épocas e Períodos. O Sistema Na Terra mais antigo que se conhece é o denominado: Arcaico ou ou Arqueozóico, que engloba o período que começa no nascimento do nosso Sistema Solar, há cerca de 4600 milhões de anos, e termina há aproximadamente 2500 milhões de anos atrás.

Os vestígios da Formação de Montanhas deste período, encontram-se nas rochas da Terra, assim como no vulcanismo e na deposição de sedimentos marinhos. Tal como se vê na imagem acima referida, estes sedimentos são deste modo resultantes da deposição de carbonato de cálcio, implementados em comunidades de cianobactérias (ou da actividade destas cianobactérias filamentosas) originando assim antigos Estromatólitos.
Embora o Arcaico se definisse outrora como o período antes da existência da vida, sabe-se hoje que já existiam formas simples de vida no final deste período.

Ao Arcaico, seguiu-se então o Proterozóico (que significa período da primeira vida), que se estendeu até há cerca de 590 milhões de anos. De novo, períodos de formação de montanhas pontilharam períodos de menos actividade e, durante a última parte do Proterozóico, desenvolveram-se formas mais complexas de vida nos oceanos primordiais. No seu conjunto, estes dois sistemas compreendem o período de tempo chamado: Pré-Câmbrico. Ao longo deste lapso de tempo, a Crusta Continental da Terra nunca teve uma espessura superior a 40 quilómetros - consideravelmente menos que a crusta moderna, que pode inclusive chegar aos 70 quilómetros.


Planeta Marte: cratera Gale - Imagem gentilmente concedida pela NASA (sonda Curiosity Rover), onde se pode observar a referência geológica na provável existência de lagos, ou seja, de água líquida (antes dos bombardeamentos de meteoritos e asteróides).

A Guerra Cósmica
Durante o Arcaico, a crusta da Terra foi repetidamente bombardeada por Meteoritos e Asteróides. O mesmo sucedeu a outros planetas vizinhos, tais como Mercúrio, Lua ou Marte - mas também nos satélites dos planetas exteriores, que estão pejados de crateras.

Amostras de Rochas Lunares trazidas para a Terra (pelos astronautas das missões Apolo) mostram que a actividade lunar, incluindo o revestimento vulcânico dos mares da Lua, tinha terminado no final dos tempos arcaicos; pode-se então distinguir e, incidir que, o mesmo será - provavelmente e igualmente verdadeiro - no caso do planeta Mercúrio.

Marte e Vénus, em contrapartida, permaneceram geologicamente activos até tempos mais recentes. E, tal como se observa na imagem acima referida sobre Marte (e o robô Curiosity nos revela e os cientistas nos aferem), a sua geologia é extraordinária, reportando que, teoricamente, poderá ter havido a existência de um lago albergando potencial vida biológica. Vida essa, ostensiva de micróbios do tipo «Quimiolitoautotrófico» em habitabilidade e, reprodução, nas suas águas.


Imagem da NASA - «Sirenum Fossae» - cratera em Marte, que revela o impacte recente em termos de escala geológica.

As Revelações de Marte...
Em 2012, o Robô Curiosity (sempre magistral desde aí) mostrou-se revelador numa profusão de conhecimentos geológicos fantásticos. Referente a esta imagem e sobre a cratera Gale, o robô Curiosity dizer-nos-ia que a formação desta cratera tem aproximadamente 150 quilómetros de diâmetro e que, surgiu logo após o impacto de um asteróide, há pelo menos 3,5 biliões de anos...

Segundo a NASA,este extraordinário robô encontrou assim amostras de Rochas Sedimentares que indicam que o lago existiu na cratera por dezenas ou centenas de milhares de anos até ao trágico impacto. Ainda segundo os cientistas que estudaram este registo em Marte, este lago possuiria uma biodiversidade inesgotável de vida microbiológica, ou seja, uma variada gama de Microrganismos Procariontes (organismos maioritariamente unicelulares e que não têm material genético delimitado por membrana).

Micróbios do tipo «Quimiolitoautotrófico» são capazes de desintegrar rochas e outros minerais para obter energia, segundo os cientistas. Aferem ainda que, na Terra, são comummente encontrados em cavernas, por exemplo. O que nos levanta então outras questões: Seremos todos provenientes das mesmas matérias orgânicas, das mesmas essências energéticas cósmicas...? Seria bom que nos debruçássemos sobre isto, pois talvez, em breve, tenhamos essa resposta...

Em 2014 , o Robô/Sonda Curiosity revelava-nos então a existência de Metano, ou seja, detectaria Emissões de Metano no planeta vermelho. Sabe-se desde já que, este gás, pode ser usado para alimentar várias formas de vida orgânica, por muito simples que sejam. Foram encontradas, igualmente, rochas ricas em Sílica (similares às que existem na Terra, em crosta continental mais antiga do nosso planeta).


Imagem da NASA em Marte: a visibilidade de linhas de escorrência, na probabilidade de existência de água em Marte.

Existência de Água: existência de vida...?
A Revista «Science» (2015) refere ainda sobre esta análise geológica sobre Marte de que, foram também identificadas partículas orgânicas que contêm carbono e hidrogénio (numa rocha perfurada pelo robô Curiosity). Essas moléculas são então consideradas a base da vida - tal como a conhecemos - embora também possam existir em ambientes inabitados. Sabendo-se o oxigénio ser essencial para a vida humana, acrescenta-se neste artigo, pode não ser um ingrediente fundamental para a vida alienígena, segundo a afirmação convicta do Astrónomo e Professor, Enos Picazzio, docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (Universidade de São Paulo, Brasil). Há elementos que nos dizem, segundo ainda este mesmo professor de São Paulo, que revelam a existência de organismos subterrâneos (debaixo da terra ou em lugares dominados pela amónia) em sobrevivência e reprodução, o que insta a uma outra ou outras formas de vida que não a terrestre, possivelmente.

Segundo Enos Picazzio, Marte revela-nos que já possuiu em si muita água, retendo ainda actualmente parte dela no subsolo, como o comprovam as evidências relatadas pelas diversas sondas até hoje enviadas a Marte para estudar o planeta. Picazzio afirma:
«A Água, é o solvente orgânico, por isso é importante, ou mesmo fundamental, para a maioria das formas de vida!» Acrescenta ainda: »Mas, por si só, o líquido não é capaz de criar um ambiente propício para a vida. No entanto, a água, é um elemento abundante no Universo e no Sistema Solar».
Em jeito de conclusão, o professor Enos Picazzio comenta que talvez a vida em Marte não tenha sido tão diversificada e, evoluída, como a da Terra; contudo, existirão provavelmente em Marte algumas formas primitivas de vida, sobreviventes a baixas temperaturas e não dependentes de luz.

Em Setembro de 2015, cientistas da NASA anunciaram a descoberta de córregos, ou seja, Linhas de Escorrência Recorrentes (dados recolhidos pela Mars Reconnaissence Orbiter, que orbita Marte desde 2006) onde foram encontrados sais hidratados que têm moléculas de água na sua composição. Há então a possibilidade de se confirmar a existência de água em estado líquido na superfície do planeta vermelho!


Planetas do nosso Sistema Solar

Multiplicação/Diversificação
A Vida na Terra começou então a multiplicar-se e, a diversificar-se, no começo do Câmbrico (há 590-505 milhões de anos) - o primeiro de uma série de períodos geológicos que fazem parte do Fanerozóico (Era da Vida).

Nos Tempos Câmbricos, parece que o vulcanismo em Marte tinha já passado o seu ponto máximo; no entanto, a renovação da superfície de Vénus pela actividade vulcânica parece ter então continuado para lá desse ponto e, possivelmente, continuou até ao presente, como já até foi referido.

Embora o Universo seja tão grande (sem contudo se acrescentar ainda mais outros tantos, na teorização da existência de outros Universos, segundo o estimam alguns cientistas), o número elevado de estrelas semelhantes ao nosso Sol, ser de facto uma realidade (no que muitos cientistas consideram também elevada a probabilidade de as condições para a vida terem surgido noutros planetas, noutros locais do Universo). E que, tendo sido descobertos outros planetas idênticos à Terra, não se descobriram contudo, sinais de vida nestes, uma vez que a nossa tecnologia terrestre nos não permite tal. O que não quer dizer que não existam.

Para já, existem dúvidas na existência de vida dentro do nosso sistema solar mas, nada sendo tão taxativo ou objectivo assim, uma vez que se especula essa mesma realidade (por evidências de fenómenos ocorridos em observação nos céus de naves estelares e objectos voadores que parecem edificar diversas ou inúmeras viagens interestelares) se denote haver, efectivamente, muito mais do que à priori nos é dado a conhecer. Mesmo dentro do nosso sistema solar...


Ilustração ou Concepção artística fornecida pelo Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, comparando a Terra ao planeta recém-descoberto Kepler 78b.

Retornando à Terra...
Há que registar que, os Primeiros Mamíferos surgiram há mais de 200 milhões de anos, mas para o seu domínio da Terra, pode ter contribuído uma uma colisão entre um Asteróide e o nosso planeta há cerca de 65 milhões de anos, segundo o afirmam alguns dos mais eminentes investigadores, historiadores e demais cientistas nestas áreas na procura da nossa verdade planetária.

Há 65 milhões de anos que a vida pululava na Terra mas, como se insta agora, esta se exterminou na sua grande parte devido então a um ou mais factores externos ao planeta de carisma catastrófico em fenómeno devastador, provocando a extinção dos Dinossauros; e que até aí, dominavam com imenso êxito, supõe-se. Se nada disto tivesse ocorrido, a Humanidade poderia não se encontrar na sua posição privilegiada: os antepassados mais antigos da espécie/civilização humana só surgiram, provavelmente, na África Oriental, no Plicocénico, há não mais do que 4 ou 5 milhões de anos!

Os Continentes formaram-se em diferentes regiões do globo durante as Eras Pré-Câmbrica e Câmbrica, andando assim à deriva até se reunirem na forma do «Supercontinente» da Pangeia há 250 milhões de anos. Este dividiu-se entre a Gonduana e a Laurásia há cerca de 200 milhões de anos e depois na sua forma actual.


Visão ou imagem via satélite (NASA) sobre a Terra.

A Escala Geológica
Por conclusão final, regista-se então que, A Escala Geológica de Tempo baseia-se em mudanças óbvias no tipo de rochas - ou grupos de fósseis - de um período para o seguinte. As divisões maiores são os Sistemas, que se dividem em Eras, e estes subdividem-se em Períodos e, na Era mais recente, que cobre os últimos 65 milhões de anos, em Épocas. A Era Pré-Câmbrica engloba então quatro quintos da totalidade da História da Terra.

O Final da Era Pré-Câmbrica foi marcada pelo aparecimento dos primeiros fósseis. Formas principais de vida desenvolveram-se ao longo dos períodos principais, começando no Câmbrico; os Peixes sem mandíbulas surgiram assim no Ordovício (há 505-438 milhões de anos); as primeiras Plantas encontraram-se no Silúrico há 439-408 milhões de anos) e os primeiros Anfíbios durante o Devónico (há 408-360 milhões de anos). Os Primeiros Mamíferos apareceram no Triássico (há 248-213 milhões de anos). O recente Período Glaciar ocorreu então no Plistocénio e no Holocénico.

Escala Geológica:
1 - Organismos com Concha (há 590 milhões de anos). Período/Época Pré-Câmbrico.
2 - Primeiros Peixes sem Mandíbulas (há 590-505 milhões de anos). Período Câmbrico.
3 - Fetos Arbóreos; Cavalinhas (há 505-438 milhões de anos). Período Ordovício.
4 - Peixes que Respiram Ar (há 438-408 milhões de anos). Período Silúrico.
5 - Grandes Anfíbios (há 408-360 milhões de anos). Período Devónico.
6 - Primeiros Répteis (há 360-286 milhões de anos). Período Carbónico (Pensilvaniano/Mississipiano).
7 - «Ginkgos»; Coníferas (há 286-248 milhões de anos). Período Pérmico.
8 - Primeiros Mamíferos (há 248-213 milhões de anos). Período Triássico.
9 - Primeiras Aves (há 213-144 milhões de anos). Período Jurássico.
10 - Plantas Floríferas (há 144-65 milhões de anos). Período Cretácico.
11 - Últimos Dinossauros (há 65-55 milhões de anos). Período Paleocénico.
12 - Primeiros Primatas (há 55-38 milhões de anos). Período Eocénico.
13 - Primeiros Cavalos (há 38-25/5 milhões de anos). Períodos Oligocénico/Miocénico.
14 - Humanidade Moderna (há 5 milhões de anos).


Imagem da Terra sob a sua estrela maior (anã amarela): o Sol. Um dia depois do outro...

A Evolução da Humanidade
A pergunta para um milhão de dólares como é por hábito referir-se à sempre eterna e grande questão de qual o caminho evolutivo ou recessivo (em ascendente progressão ou inversamente em regressão, o que se não deseja, como é evidente...) que a Humanidade se reproduzirá em vias de novos entendimentos, raciocínios, conhecimentos e inteligências alcançadas - dentro ou fora dos seus limites planetários - é sempre dúbia. Para não dizer mais.

Sabe-se que tudo explodiu em matéria e energia numa gigantesca produção de intensa ou coesa sopa cósmica através do tal suposto Big Bang e que, por imposta subsequência - ou advertência de um Deus qualquer em sumidade e supra-omnipotência - tudo originou em nascimento, crescimento e evolução/adaptação de algo; ou de todas as coisas. Aparte as questões filosóficas, teológicas ou outras ainda de cariz dogmático mas não profiláctico, pois que nestas coisas o que não cura também mal não fará, acrescenta-se, há que sublevar a ideia de se estar mais consciente do que nos rodeia hoje, além a Terra, além os Astros.

A História da Terra não pára aqui; nem pode parar nunca! Há que encimar que, desde há 4500 milhões de anos em que este planeta se formou, tudo tem evoluído constante e normalmente, sem que haja a deficiência ou iniquidade de se pensar que tudo estará para breve em terrífico desfecho e não, como o deverá ser, em homilia de se acreditar que a Terra, nosso planeta-berço, é um dos muitos que contribuem para essa grande massa cosmológica que faz e compõe todo um Universo. Ou outros.

A Humanidade, não sendo eventualmente a única civilização que se fez vencer num pequeno planeta como o é, incontestavelmente esta nossa Terra, também não será de somenos importância se adquirirmos a lucidez e a confrontação necessárias para enfrentar novos desafios, novas ideias, novas fronteiras e quiçá até novos ideais, pois que há mundos que esperam por nós, como houveram povos e terras deste mesmo mundo que fomos descobrindo amiudada mas ousadamente há quinhentos anos atrás. Há que ter a noção de se estar perante a iminência de novos saberes, de novos seres e mesmo até de novas vidas em tributo quântico de novas dimensões.

Nada é mais apenas e só um mundo de ficção; abrem-se-nos hoje novas portas, novas janelas para o mundo: a Internet é prova disso mesmo. Agora, só há que o receber de braços abertos e sentir que mais virá; e nós, seres humanos, cá estaremos para o receber. Oxalá nos não hostilizem ou quebrem esses nossos tão idílicos sonhos, pois que é tudo o que nos resta, confinados que estamos a apenas este ou a poucos outros planetas do nosso sistema solar. Miragem não será, o acreditar-se que o futuro é já hoje e, melhor, é feito por todos nós, homens e mulheres deste planeta Terra. O dia virá em que outra história nos será contada, a Verdadeira História da Terra, mas isso será para um outro dia... naquele alumiado ou iluminado dia em que tudo se abrirá...

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