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quarta-feira, 2 de março de 2016

A Revolução Verde III (Efeitos dos Agroquímicos)


Pulverização Agrícola: Aplicação de Agrotóxico em Soja

Há já quem lhe chame de: «A Outra Revolução Verde» (esta, mais tóxica e letal) mais nefasta e indigna de assim ser chamada, pela toxicidade apresentada que acaba por se transmitir de espécie em espécie sobre plantas e animais. Actualmente, os Agroquímicos presentes até na Biosfera, são de muito difícil e lenta decomposição, o que nos leva a interrogar: Serão maiores os benefícios que os malefícios ou, inversamente, estar-se-à a contaminar todas e quaisquer futuras gerações sobre todos os seres vivos da Terra?

Será ignomínia verbal e de leviano pensamento o sugestionar-se que, em breve, nada restará do que os escombros não-orgânicos sobre os solos e todo o território planetário se nada se fizer de contrário ou de menor nocividade sobre o que se ingere ou o que se respira...?

Sabendo-se que os Nitratos são prejudiciais na sua variadíssima forma na implementação de fertilizantes artificiais (como os ingredientes mais comuns manipulados no planeta) - existindo estes em elevados níveis na nossa água potável - que população terrestre e que revolução verde é então esta, que em futuro imediato ou a curto prazo, nos irá fazer receber seres humanos deformados, deficientes e, contaminados, de envenenamento e replicação cancerígena sem que tal se trave?

O «DDT», um dos mais nocivos agroquímicos, inimigo do ambiente e de todo um ecossistema que se desequilibra em resistência feroz de se não conotar biodegradável (como agora se alude em primazia do que é ser mais correcto com o ambiente), sendo insolúvel em água e solúvel nas gorduras, depressa entrou na cadeia alimentar de certas aves de rapina que sofreram dolorosos distúrbios metabólicos.

Tendo sido proibido há algumas décadas, sabe-se ser utilizado no combate à Malária (no controlo do mosquito transmissor desta doença). E há vestígios do mesmo (DDT) até na Antárctida em pinguins. Como se deixou isto ser possível...? E como fazer para que tal não seja irreversível...???


Pulverizador Agrícola: a maquinaria em substituição da mão-de-obra humana.

A Toxicidade dos Agroquímicos
A Utilização de Fertilizantes, Pesticidas e outros produtos agroquímicos aumentou dez vezes entre 1940 e 1990. A produção agrícola aumentou espectacularmente e a incidência de doenças como a Malária diminui à medida que os Pesticidas matavam os insectos que as originavam.
No entanto, o efeito de tanta interferência química não pôde ser circunscrito ao ambiente agrícola.

Em virtude da escala em que são utilizados os Agroquímics em todo o mundo, estão actualmente presentes em toda a Biosfera.
Muitas das antigas gerações de Agroquimicos decompõem-se lentamente, o que lhes permite permanecer muito tempo no ar, na água e no solo, acumulando-se nos tecidos das Plantas e dos Animais. Por este motivo, até mesmo pequenas quantidades destes produtos químicos podem causar danos generalizados a longo prazo.

Os Agroquímicos ais modernos foram concebidos para se decomporem mais rapidamente, mas isso torna-os ainda mais tóxicos para os organismos que os ingerem.
Também significa que têm de ser aplicados como mais frequência, de modo que estão sempre no ambiente, tal como acontecia com os Agroquímicos que se degradavam lentamente e que estes foram concebidos para substituir.


Pulverização agrícola manual. Os riscos nem sempre conscientes de quem utiliza estes métodos...

Nitratos: os invisíveis venenos...
Os Nitratos contam-se entre os ingredientes mais comuns dos Fertilizantes Artificiais. Quer surjam naturalmente no solo quer sejam aplicados com adubos, os Nitratos são essenciais para fornecer o Azoto que é absorvido pelas raízes das plantas e lhes permite crescerem.
No entanto, um Excesso de Nitratos pode acumular-se quando a água escorre de um terreno adubado. Este fenómeno dá origem a um crescimento explosivo das algas na água, que ficam obstruídas e estagnadas.

Os Nitratos na Água combinam-se, muitas vezes, com os Pesticidas (que incluem herbicidas, fungicidas e insecticidas), tornando-os ainda mais mortais!
Os Pesticidas foram concebidos para matar, podendo dessa forma arrastar outras espécies com as Infestantes que pretendem controlar.

Frequentemente os Pesticidas matam os predadores naturais das Infestantes. Como as populações locais de predadores se tornam menos capazes de controlar as pragas por meios naturais, o Equilíbrio do Ecossistema é assim perturbado.

Os Habitats também podem ser destruídos. Por exemplo, as faixas de terras ao longo das autoestradas dos países industrializados ficaram inutilizadas quando foram pulverizadas com Pesticidas numa tentativa de controlar as ervas daninhas.

As Flores - e outras plantas - também morreram, a par dos animais que suportavam em si. Quando o uso de pesticidas parou, esses ecossistemas recuperaram. Há hoje, assim, uma maior consciência de reequilíbrio do ecossistema terrestre, no que anteriormente - mais displicente e ferozmente - se radicalizava na eliminação total das espécie ou organismos vivos envoltos nesse ecossistema.


Ave de Rapina «Tartaranhão-caçador» no momento feliz da captura de um lagarto. Menos feliz para o lagarto que se viu ser presa incontornável do seu mais ilustre predador. Mas é isto a Natureza também no seu esplendor...

DDT - o mais nocivo agroquímico!
Um dos Agroquímicos mais nocivos ou agressivos para o Ambiente, é o DDT, que foi extensamente (e talvez imprudentemente) utilizado como Insecticida nas décadas de 50 e 60 do século XX.
Não se decompõe rapidamente no ambiente, actuando assim durante bastante tempo e, exigindo menor número de aplicações; é insolúvel em água e solúvel nas gorduras, o que significa que se concentra nos tecidos adiposos dos Animais.

Deste modo, o DDT entrou nas cadeias alimentares. Pequenas quantidades estavam presentes na água e foram absorvidas pelos Produtores Primários. Estes foram comidos pelos Herbívoros, que se alimentaram de grandes quantidades de Plantas, acumulando então potencialmente o DDT.
À medida que os Herbívoros iam sendo comidos pelos Predadores, a concentração dos produtos químicos ia aumentando.


Aves de Portugal: entre elas, o Falcão-peregrino (Falco peregrinus). Uma incomensurável beleza em voo e, deslumbramento, que urge preservar sem venenos nem aditivos tóxicos que eliminam e quase levam à extinção de todas estas espécies; entre outras.

Aves que morrem; espécies que se extinguem...
No Topo da Cadeia Alimentar, as aves de rapina como o Falcão-Peregrino (ou mesmo o Tartaranhão) sofreram de intensos e dolorosos distúrbios metabólicos.
As Fêmeas punham ovos com uma casca fina que se rompia sob o seu peso. Nos períodos de fome, em particular durante os Invernos rigorosos, a gordura do corpo dos animais era consumida, libertando rapidamente grandes quantidades de DDT na circulação sanguínea.
No Invernos inclementes de 1957 e de 1963 (estando estes dados rigorosamente documentados sobre o que se passou então) morreram milhões de aves só na Europa!

O DDT foi por sua vez proibido em quase todo o mundo, mas em alguns países ainda é utilizado como um meio substancialmente mais barato de controlar o mosquito transmissor da Malária.
Vestígios de DDT encontram-se nos corpos da maioria das pessoas por todo o globo terrestre e até nos Pinguins da Antárctida, a milhares de quilómetros de distância de qualquer fonte.

Não se sabe ainda os efeitos (ou sabendo-se tal não se transmite ao grande público para se não gerar pânico entre as populações...) os efeitos que essas pequenas - mas mortíferas ou letais - quantidades podem ter no decurso de uma simples vida humana.


Pinguins na Antárctida: a maravilhosa dança no gelo de quem apenas quer sobreviver aos dislates humanos...

A Premência de se fazer algo...
Estes maravilhosos Pinguins que nesta imagem se vêem, reproduzem a magnificência de resistência e imperativa urgência de colmatar estes danos - que se deseja reversíveis - ante o que já se observa em funesta realidade de efectiva toxicidade, ainda que a muitos milhares de quilómetros de distância.

Além outros males: o da fome, que, apesar da escassez de alimento ou na deflação dos icebergs (em que estes animais chegam a percorrer 60 ou mais quilómetros em busca de alimento) são ainda os sobreviventes natos além todas as nocivas tóxinas que de longe os atinge, sem se saber como e quando se poderá travar tal.

Ainda em relação ás Aves e pequenos outros Mamíferos que são atraídos pelas sementes dos campos de cereais, observa-se uma mortandade que se não deseja perpetuar.
Os Ambientalistas têm-se mostrado deveras preocupados com esta imparável situação sobre estes animais, estas aves, que, quando comem essas sementes, absorvem os tais Resíduos de Pesticidas que foram entretanto pulverizados nas searas. Acumulando-se estes nos seus tecidos, como já se referiu, estes animais são por sua vez comidos e, ingeridos por outros predadores, passando então para estes depois essa concentração tóxica.

Deste modo, essa Concentração dos Pesticidas vai aumentando ao longo da cadeia alimentar. Assim, os piores efeitos registam-se no topo da cadeia, como é o caso das aves de rapina, como se mencionou, do Tartaranhão ou do Falcão-peregrino.


Frutas Tropicais e a análise da (FDA - Food and Drug Administration ou em português, Administração de Comida e Remédios).

Pesticidas nas Frutas?
As Frutas Tropicais constituem uma das maiores exportações dos países em vias de desenvolvimento para a América do Norte e grande parte da Europa.
Podem ser pulverizadas no decurso do seu crescimento com Agroquímicos que estão regulamentados ou mesmo proibidos nos países que as importam (embora esses mesmos países sejam, muitas vezes, os principais produtores desses agroquímicos, o que se torna um contra-senso inevitável...)

Somente testes laboratoriais podem revelar se estas foram ou não pulverizadas, sendo totalmente impossível testar todas as importações, como se torna óbvio.
A «Food and Drug Administration» (FDA) dos Estados Unidos da América testa apenas cerca de 12.000 amostras por ano, incluindo os alimentos para consumo doméstico.
As Frutas Importadas não são as únicas que colocam riscos. Culturas vulgares, como a Alface, o Tomate, a Batata e as Uvas (dos países desenvolvidos),também são tipicamente tratadas com doses maciças de Pesticidas. Feliz ou infelizmente.


Pulverização Química: a utilização de pesticidas tóxicos nos solos mas, com o devido equipamento para o efeito sem que possa haver a contaminação no ser humano.

Cuidados a ter...
A Pulverização das Culturas com Pesticidas não afecta apenas o ambiente; as pessoas que manipulam esses produtos químicos, como os trabalhadores agrícolas, também ficam expostas se não  tomarem as devidas precauções de segurança.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que um milhão de pessoas são envenenadas todos os anos, dos quais 20.000 podem eventualmente morrer. Ou, a padecer por esse facto, mesmo em caso de sobrevivência mas com pesadas consequências do foro oncológico e outras.

Muitos destes Agricultores que tal se não permitem de usar equipamento necessário por diversa ordem (que vai desde os poucos recursos económicos ao desconhecimento total por parte dos mesmos da nocividade sobre estes produtos) - os quais pertencem, quase sempre, aos países em vias de desenvolvimento - são os principais prejudicados. Por muitas campanhas publicitárias que se façam, cabe efectivamente às entidades locais de registo oficial das regiões destes países, de se fazerem ouvir e regulamentar, ou muitas mais vidas perecerão, se acaso não se tomarem medidas urgentes nesse sentido.


Pulverização Aérea: uma realidade que muitos já tentam combater devido à extensão tóxica que esta produz nos solos.

Mudar Mentalidades
Talvez não seja fácil mudar mentalidades ou tentar diminuir estes Efeitos dos Agroquímicos. Sabe-se que, hoje, todas ou quase todas as culturas modernas são pulverizadas com uma enormíssima variedade de agroquímicos para maximizar as colheitas.
Alguns Agricultores e Cientistas defendem que os agroquímicos são de facto necessário para se manter os nutrientes do solo e controlar as pragas, desde Insectos a ervas daninhas e fungos.

No entanto, as Infestantes vão criando resistências a produtos químicos específicos, obrigando assim ao maior emprego ou utilização de maiores quantidades (o que aumenta o nível de produtos químicos na Biosfera) ou de substâncias completamente novas. Este facto faz com que,  só no mercado interno dos Estados Unidos, existam 50.000 pesticidas diferentes, que são aplicados a um ritmo de 454.000 toneladas por ano. Imagine-se o que estes solos então comportam...

Nos últimos tempos tem-se acirrado uma luta constante em face ao que estes produtos químicos reflectem nos solos e até nos veios freáticos de águas subterrâneas em escoamento para rios ou mares. Ou seja, está tudo sistematicamente contaminado pela invasão química no ambiente!
No Brasil, esta luta tem sido determinante, pelo que muitos se debatem, inclusive já entidades oficiais e governamentais, que tentam que a lei vingue na proibição desta expansão agrotóxica nos terrenos.

Na Europa, a Pulverização Aérea é ilegal, ou seja, desde 2009 que foi vetada essa prática pelas mais cimeiras instâncias europeias na não-utilização da mesma em sector de punição e rastreio judicial caso se viesse a confirmar algum caso furtivo ou fora da lei. O caso mais premente foi a proibição no uso do agrotóxico: «Neonicotinóide». Entre outros que estão ser estudados.
As doenças daí provenientes (no que se investigou após a administração dessa pulverização aérea) eram, em redor das mesmas, um factor determinante nas patologias ou doenças sofridas por pacientes que demonstravam sinais visíveis de vómitos, dores intensas de cabeça, doenças no sistema nervoso, distúrbios hormonais e mal-formações fetais; lesões hepáticas - e mesmo oncológicas - em variados cancros (ou de incidência tumoral) nestas pessoas.


Lavoura de Soja - Maranhão (Brasil)

Transgénicos e coisas assim...
Em relação aos transgénicos, apesar de haver ainda um largo caminho a percorrer nesse sentido, tem-se tentado evitar que a população não esteja indevidamente informada e, desfocada também, sobre esses mesmos malefícios de produtos alterados e manipulados geneticamente.

Sabe-se que existe uma multipluralidade (divididas ou subdivididas em vários outros sectores) de empresas afectas a estes produtos em venda, comercialização e propagação que até hoje não se tem evitado de parar. Muitas delas, já conotadas com esta disforme circunstância (Monsanto) têm vindo a continuar o seu percurso sem percalços de um quase exo-poder - intocável e incomensurável - no que no Brasil se insta de uma insubstituível norma (em quase total inimputabilidade), pelo que esta e mais empresas proliferam neste mercado brasileiro em produção intensiva de sementes, vendidas a outros países em vias de desenvolvimento, nos quais está inserido o Brasil.


Produção Agrícola nos Açores (Azores) - Portugal

Outros métodos...
Tendo de se colmatar ou tentar minimizar todos estes nocivos efeitos de elevada toxicidade nos solos e nas pessoas que neles habitam ou destes fazem o seu ganha-pão (para além do que já se referiu ser extensível até aos mais inacreditáveis pontos polares do nosso globo terrestre) há que envidar esforços para se mudar de comportamentos e, atitudes, ou em breve morreremos todos!

Sabe-se que, há outros meios, outros métodos mais tradicionais e não tão agressivos ou convencionais de base química que tudo destrói. São eles:
As já denominadas Caldas naturais, extractos de Alho, Fumo, Cavalinha, Pimenta, pó de Rocha, Argila, cinza de Madeira, etc. E isto, segundo os especialistas que nesta matéria se têm desdobrado em análise e, investigação, sobre outros produtos ditos naturais em face à eliminação de pragas nos solos, sem prejudicá-los, obviamente. Ou, erradicar tudo o que mexa, em imperdíveis espécies que na já designada Agroecologia se tenta reproduzir em maior e melhor equilíbrio de todo o ecossistema - e ambiente - sem haver altos índices de ataques de pragas e o ambiente estabilizar assim em mais perfeita harmonia.


Ilha das Flores - Açores (Portugal)

A jóia perdida da Atlântida: (os Açores)...
Há uma célebre frase que eu gosto em particular relacionada com os Açores, que refere que o Homem está sempre ou quase sempre: «Não com a adaptação dos elementos pelo Homem mas pela adaptação do Homem aos elementos». O que quer isto dizer que, nos Açores, é o Homem que se verga à Natureza e aos seus elementos e não o contrário; e assim deve ser!

Tendo uma agricultura de pequenos latifúndios e monocultura de pequenos talhões de terras, os Açores, passando de ciclo em ciclo (do das laranjas ao das vacas, na actualidade) tem sido um maná existencial no meio do Atlântico em ordem, rigor e beleza. Pastagens e Florestas (Eucalipto e Criptoméria), criação de Ananases, ou na já quase ancestral Plantação de Chá (Camellia sinensis), na Ribeira Grande (São Miguel), onde pastagens repletas ou cerceadas de Hortênsias (Hydrangea macrophilla) se fazem eclodir num espectáculo único de maravilhosos campos de árvores de fruto, inhame e vinha (por qualquer ilha ou cercania açoriana por onde nos deixemos passear e embriagar com os ventos e a sublime cor dos verdes prados).

E tudo o Homem continuará, sem ser necessário poluir, remeter em toxicidade, invadir - e contaminar sobre todos os poros planetários da Terra - sem que com isso também pereça ou faça fenecer, em si, a vã esperança de se perpetuar em saúde e vida.
Há que estabelecer regras, prioridades e contingências que não anormais ou voláteis de nos matarem, a todos! Há que ser pleno de consciência, subtil, conciso e sensato, ou nada restará destes longos e globais campos verdes de planícies e enseadas, de tempos idos, de campos e coutadas em franca liberdade das espécies.

E a Humanidade reconhece isso; oxalá o reverta ainda a tempo de se não afundar no seu próprio e destilado veneno que há muito inventou - e na Terra executou - em seu próprio benefício que lhe é hoje o seu armistício. Oxalá ainda se vá a tempo de tudo isso mudar...

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