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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Uma portuguesa na Brexitlandia a pensar no próximo país para emigrar | P3



Opinião de uma portuguesa entre 11 milhões que se questiona para onde emigrarem se o Brexit se alargar à União Europeia



Vejam a crónica aqui:



Uma portuguesa na Brexitlandia a pensar no próximo país para emigrar | P3: Vivo numa zona de boas escolas, de um pub onde há zaragatas todas as semanas e onde os vizinhos me dizem para não ir sob o argumento de que são racistas

terça-feira, 21 de junho de 2016

Europe - The Final Countdown (Official Video)

Europe - The Final Countdown

Eu, Europa!


Imagem de Satélite: Europa (à noite... onde nem todos os gatos são pardos nem as estrelas nos iluminam da mesma forma...).

Ser Europa o que é...? Muito poucos o sabem responder e nem todos o saberão nessa mesma dimensão de uns terem mais sapiência, esperteza saloia ou simplesmente a virtude de irem mais além do que outros; todavia, todos sabemos muito bem o que é ser-se incluso e não omisso, influente e não excedente ou, como diriam alguns, participantes de alguma voz: pouca.

Talvez eu esteja nesse grupo (Portugal). Talvez tenha sido uma mera miragem oásica daquelas que só alguns privilegiados - ou eleitos - assumem nesta vida; não sei. Mas sei o que é ser-se excluído, banido e mesmo ostracizado de tantas e tantas aferições diplomáticas, económicas e de franco desenvolvimento em união e conluio com uma organização que só há pouco deu o ar da sua graça - em conforto e comunhão - sobre todas as coisas dentro do seu, agora, grande seio europeu. Seio este, pouco exposto ou desnudo (tal como a Vénus, de Willendorf, entre outras desavergonhadas estátuas deste nosso mundo das artes e da escultura...) de um aglomerado confuso, anatómica e morfologicamente estapafúrdio de 28 países, todos eles tão diferentes e específicos quanto as estrelas que do Céu nos ponteiam toda a nossa exígua insignificância cósmica.

Mas, sendo Europa (a tal manta de retalhos que tanto os Americanos nos apregoam sermos ou tal evidenciarmos...) somos mais, muito mais do que isso, mesmo que para tal tenhamos de investir mais, consagrar mais ou reestruturar mais do que cerzir, remendar ou revirar do avesso essa dita manta de retalhos destes 28 países que ainda se abrem (ou abrirão em futuro próximo) a outros mais. Somos assim uma espécie de confraria rebordada e remanciada de ouro e de prata humanas em que a platina só brilha ante as altruístas considerações ou pré-anunciadas constatações (vejam o que se passa com os refugiados que pelo mundo que já vão em 65 milhões...) de cimeiras ou pioneiras legislações em que queremos estar sempre mais à frente mas, acabamos sempre, ou quase sempre, um passo mais atrás...

Sou Europa; sou Portugal. Mas sou sobretudo uma grande parva que lá achou que ser Europeia era assim uma coisa tão grande e tão iluminada que em breve seríamos todos condignos - e obsequiados - com idóneas e deíficas taças campeãs de coisa nenhuma (ou medalhas honoríficas que se metem na prateleira de todas as honras e nenhuma utilidade), como o préstimo máximo de seres viventes de uma Comunidade Europeia «avant garde»! E tão à frente, em que uns matam por excrescências mentais de se sentirem ou quererem fazer ser sós de reino seu, e outros o fazem, mais em moléstia do que em morte, por arrasto e por cansaço, sem que tenham na perfeita consciência, o malfazejo acto impuro - e desumano - de se tirar a vida a alguém só por um ideal estúpido, disforme (ou irreal!) e completamente extemporâneo ou maldito, nesta nossa nova era de todas as coisas.

Estamos falidos. E... outras coisas mais (que não verbalizo, pois seria muito mal-educada) mas que lamento. E me envergonha.  Confiámos, e fomos destronados dessa nossa maior alquimia de sentirmos que até poderíamos ser uma grande família, daquelas que sempre se ajudam entre si, para o bem e para o mal, na saúde e na doença, tal como no matrimónio de união em prédica cristã. Ou algo assim. Mas não. Esbofeteamo-nos com luva de pelica nos muitos duelos intermináveis de reuniões ou inócuas convenções de muitas diplomacias - e salamaleques - por entre hipócritas investidas (e outras despidas...) de prerrogativas que há muito se sabem nem saírem das gavetas ministeriais, por outras salivas, outras urgências ou contingências salobras, bolsadas de intenções (algumas boas, outras nem tanto...) que apenas servem para gáudio, empate e embuste - muitas das vezes - dos media ou dos grandes círculos de influências (más!) que simplesmente tendem facciosa e, ardilosamente, para empatar as grandes decisões em fóruns de coisa nenhuma para o «Zé Povo» ver. E, não esquecer; mas também não guardar, por tão efémeras serem ou inúteis se virem a considerar mais tarde, num eterno recuo e não recrudescência como seria de esperar. Uma lástima!

Contudo, eu sou Europa; eu amo a Europa - a das estrelas, muitas, com outras que hão-de vir e com todas aquelas que nos ditam, ainda, que vale a pena acreditar numa Europa unida, coesa e desenvolvida ( e a uma só força, a uma só matriz, assim como uma grande-Mãe que tudo puxa, arca e estipula a seus inúmeros filhos) mas que também ralha, castiga e pune; e só por isso, por muito que eu amue, que eu me revolte ou indigne de tal, acabo por reconhecer que sim, isso é ser progenitor, é ser Mater, é ser tudo o que se deve ser nesta Europa.
Se prevaricámos, pagamos por isso; se não nos portámos bem, temos agora de abarcar - e assumir - com as consequências de prejuízo e resolução, ainda que a curto ou a médio prazo, isso nos venha a ser um castigo duro demais, pesado demais e até, de certa forma, injusto demais. Mas a «Mãe-Europa é assim: Implacável, Inclemente e... Indomável; pelo menos para com os mais fracos, pois que os mais fortes e robustos de economias não solventes, tudo podem fazer, tudo podem ultrapassar em amnistias europeias de uns serem filhos e outros enteados.
Que triste sorte a nossa, o sermos pequeninos, indefesos e mal-amados, pois então, e que nem o Futebol nos dá tréguas ou alegrias de ver um Cristiano Ronaldo mais emproado e, enfatizado, de bola nos pés e penalti certeiro; Que triste fado o nosso!

Mas ser Europa é tanto, mas tanto, que nem o sei dizer; e para isso me basta, os outros tantos e tantos anos de tesouros guardados que se foram (desde o ouro nazi a tantas outras pérolas encafuadas nos cofres portugueses...) que hoje, só o ectoplasma do cheiro ou desse rastilho do pó e do brilho nos ficou em Estado Novo que do velho se fez novo e de novo se fez velho. E, hoje, à luz dos acontecimentos e de todas as actualidades, passeamos nas ruas da amargura sem milagre de Fátima que nos valha - ou outra coisa similar que nos desenvergonhe este triste fado da saudade e da tristeza de sermos sempre, mas sempre, tão infelizes quanto desgraçados nessa torrencial choradeira portuguesa que é mais matreira que verdadeira - perante os auspícios ou augúrios desta nossa ainda tão inocente Europa que acredita que somos, afinal, pouco espertos e pouco audazes, só porque nos não batemos em desfilada mas em retirada, se nos atabafam o crer e amarfanham a alma.
Mas somos valentes. E imortais... como as estrelas que lá do alto nos vêem. E somos a mais iniciadora alma pura em auxílio, confronto e despeito (estivemos sempre presentes nas duas Grandes Guerras, na Europa, lembram-se...?), pois que a tudo vamos com a mesma garra com que colhemos ou semeamos o trigo, fazemos um pão ou lideramos as muitas folhas do Guinness Book, só por termos feito o maior Bolo-Rei do Mundo, nos batemos por acumular feitos e origens sobre o Património Imaterial da Cultura deste mesmo mundo em que nos encontramos, ou ainda, termos (com glória e distinção!) a maior onda marítima deste em Onda da Nazaré que tudo leva, que tudo sufraga, ou que tudo esquece dos males de outros mundos.

Sou Portuguesa! E sou Europeia! E isso, para o bem ou para o mal (ainda que me não tenha visto nascer, esta mesma Europa que agora se engrandece) me verá morrer; assim o espero. Para mim e para outros, pois que o estar só, por muitos males que tenhamos nesta vida, não haverá mal maior do que esse «só», de solidão e isolamento, sem ninguém por perto que nos vigie os desgostos - ou ainda os sonhos - de tal querermos ceder ou inverter em novas realidades ou outras novas verdades. Sou Europa, eu, que não sou ninguém, mas gosto de o ser! E Viva a Europa! Hoje  e sempre! Sempre unidos!!!

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Nibiru Planet X Nemesis in USA today. The best evidence ever!

Planet X, Nibiru,wormwood. New update June 2016

NIBIRU PLANET X AMAZING BREATH TAKING IMAGES 12 MAY 2016

A Grande Trajectória Orbital!


Os Planetas e as suas Órbitas: Rumos astrais naturais ou trajectos para a morte...? E afinal, quem é este Planeta X, Nibiru ou Hercolubus de que tanto se fala???

Havendo mundos extraterrestres sumariamente desconhecidos pelo Homem, haverá indubitável e intransponivelmente também, uma existencial forma planetária de trajecto e, órbita, que vai contra tudo o que poderíamos supor, como é o caso do tão temido (agora) Nibiru.

Desde a civilização da Suméria (Iraque) de tempos idos, que tal se sabe ou estimula por origens afectas a este estranho mas mui complexo planeta, estrela ou corpo celeste - invisível mas intruso, segundo alguns. Como o parar, como o estancar ou como o erradicar de tal invasão, de tal direcção em rota de colisão, (provavelmente...) com a Terra? Será isso possível ou sequer admissível, mesmo para o mundo de Astrónomos, Astrofísicos e demais cientistas que há muito o estudam, ou ficar-se-à pela singela e sufocada impotência científica de nada se poder fazer ante tão gigantesco planeta de destinos tão inevitáveis quanto horrendos, se tivermos em conta o quanto isso nos irá prejudicar...?!

Haverá salvação para a Humanidade se este vier de encontro a todas as nossas piores expectativas numa sua direcção orbital de choque e brutal impacte sobre o nosso planeta...? Poderemos evitá-lo ou simplesmente negá-lo ou ocultá-lo, como sempre fazem as grandes instituições espaciais do globo, para que não haja o pânico generalizado ou a fuga em massa para lado nenhum...? Saberemos interiorizá-lo, na menor estoicidade humana de queremos salvar os nossos mais próximos, quem mais amamos, sabendo de antemão o quanto isso nos é inexequível e mesmo inalterável?

Estaremos então preparados para ver, passo a passo, segundo a segundo, a grande trajectória orbital desse portador da morte sobre a Humanidade??? Penso que não. Mas, fugir disso - dolorosa e subversivamente - não nos é possível. E isso, é talvez a pior fraqueza de todos nós, homens e mulheres deste nosso mundo, comuns cidadãos, que só querem continuar a viver em paz perante a inevitabilidade de vida e morte do Cosmos. Só isso!!!


Trajectória de Nibiru ou Planeta X. Algo que a NASA há muito sabe mas esconde de nós...

A Família Solar
A Energia oriunda do Sol, banha a sua família de planetas que descrevem órbitas quase circulares no seu movimento de translação à sua volta. Os planetas brilham à custa de luz reflectida; não geram a luz por meio de reacções nucleares.

A Terra é um dos planetas rochosos do grupo interior, que inclui também Mercúrio, Vénus e Marte. Mais afastados encontram-se quatro corpos bastante maiores, dois dos quais (Júpiter e Saturno) compostos principalmente de gás e dois outros de gelo (Úrano e Neptuno).
Plutão, o nono planeta, compõe-se sobretudo de rochas e de metano gelado (que quando descoberto, o pequeno brilho de Plutão e a falta de um disco resolúvel, causaram dúvidas se este seria ou não o tão comentado planeta X). Actualmente, a maioria dos cientistas concorda que o Planeta X não existe, continuando a ser gerada grande polémica sobre a existência ou desaparecimento sobre o mesmo. Mas, recentemente, as dúvidas instauraram-se...

Pequenos Asteróides Rochosos concentram-se em órbitas situadas entre as de Marte e de Júpiter. Muitos desses corpos esmagaram-se contra as superfícies dos planetas no decurso dos primeiros anos do Sistema Solar, formando assim crateras de impacte e grandes bacias.

A Família Solar completa-se com cometas gelados que tiveram origem nos domínios longínquos do sistema solar e, apresentam sobretudo, Órbitas Parabólicas. Muitos deles aproximam-se da Terra e tornam-se dessa forma, ocasionalmente, corpos espectaculares no céu nocturno.

Os Meteoros são outras partículas pequenas que se aproximam muitas vezes da Terra, mas sem causaram transtorno. Muitos planetas possuem Luas rochosas - e geladas - ou sistemas de anéis em órbita. Embora não seja o maior satélite natural, a Lua é um corpo esplêndido, constituindo indefectivelmente o Primeiro Mundo Extraterrestre visitado por Astronautas, em 1969!


Órbitas dos Corpos Celestes

O Trajecto Orbital dos Planetas
Em 1609, o astrónomo Johannes Kepler, descobriu que os planetas faziam revoluções em torno do Sol em órbitas elípticas - e não circulares - e que o Sol ocupava um dos focos de cada elipse.
Esta descoberta foi então formulada na sua lei do Movimento Planetário. Quando está mais próximo do Sol, diz-se que um corpo se encontra no: Periélio; na sua distância máxima está no Afélio.

A diferença entre estas duas grandezas é a excentricidade - uma medida da Elipsidade da Órbita. Com as excepções de Plutão/Caronte e de Mercúrio, porém, a maioria das órbitas dos planetas é quase circular. A distância mínima ao Sol do planeta mais interior - Mercúrio - é de 45,9 milhões de quilómetros, ao passo que a distância máxima do planeta mais exterior - Plutão - é de 7375 milhões de quilómetros. O raio médio da Órbita da Terra é de 149,6 milhões de quilómetros. Esta distância é muitas vezes utilizada pelos Astrónomos como uma unidade conveniente de medida, a que se dá o nome de: Unidade Astronómica (UA).

Com excepção de Mercúrio, Plutão e Caronte, as órbitas planetárias situam-se todas praticamente no mesmo plano, devido à atracção gravitacional exercida pelo Sol. Como o Sol e os planetas partilham este plano orbital, todos se movem no mesmo pano de fundo de Estrelas - ao longo da mesma trajectória, chamada Eclíptica. Esta passa através das 12 Constelações do Zodíaco.
A matéria que não se aglomerou para formar corpos maiores nem sempre segue este padrão, e muitos Cometas apresentam órbitas altamente inclinadas em relação ao plano da Eclíptica.


Movimentos Planetários do Sistema Solar.

Movimentos de Rotação
Os Planetas, individualmente, executam Movimentos de Rotação em torno dos eixos que apresentam inclinações variadas em relação ao plano da Eclíptica - uma propriedade a que se dá o nome de: Obliquidade. Assim, o Eixo de Rotação da Terra, está inclinado 23,5º e o de Júpiter 3,2º.
O mais estranho de todos, nesta configuração do nosso sistema solar, é Úrano, que está inclinado para um lado e apresenta uma inclinação do seu eixo de rotação de 97,86º.

Estas Obliquidades diferentes podem estar relacionadas com antigas colisões que podem também por sua vez ter afectado as distâncias finais dos Planetas em relação ao Sol.
Na realidade, a Rotação de Vénus, que é invulgar pelo facto de se efectuar em sentido contrário ao da Terra, crê-se que seja devida a um acontecimento desse tipo.

A Inclinação dos Eixos de Rotação dos Planetas não é fixa; alterações a longo prazo dão origem ao fenómeno da Precessão dos Equinócios, ou oscilação dos eixos. Actualmente, por exemplo, o eixo de Marte esta inclinado 24º em relação ao plano da sua Órbita. Mas nem sempre assim sucedeu.
Sabe-se que o eixo de Marte oscila ligeiramente, como um pião, completando um ciclo de 175.000 anos. O Eixo da sua Órbita também vai gradualmente mudando, completando uma Precessão em cada 72.000 anos!


Cálculos recentes revelaram a existência (ou probabilidade disso mesmo) de um nono planeta, no nosso Sistema Solar. Na imagem, a ilustração da provável órbita do Planeta Nove, conforme proposto pela nova simulação das equipas de Michael Brown e Batygin.

A Excentricidade reflectida...
Alterações semelhantes também afectam o nosso planeta Terra. Em ambos os casos, semelhantes mudanças dão origem a Padrões Climáticos em transformação rápida.
Há a acrescentar que, sendo a Excentricidade o grau de desvio de uma Órbita em relação ao círculo, Mercúrio é o mais excêntrico (0,2056) e Vénus o menos excêntrico (0,0067). Os Eixos de Rotação podem assim ser quase perpendiculares ao plano da Órbita ou inclinados em vários ângulos.

Os Planetas Exteriores apresentam períodos orbitais muito mais longos. A Órbita de Plutão é excêntrica e, regularmente, vai dentro da Órbita de Neptuno.
Júpiter tem uma pequena inclinação axial; Saturno e Neptuno estão ligeiramente mais inclinados que a Terra, e o Eixo de Úrano situa-se quase no plano orbital.
A Maioria dos Cometas gira em torno do Sol em órbitas bastante elípticas. Alguns, como o Cometa de Halley, possuem um período suficientemente curto, de modo que podem ser previsíveis; outros completam uma órbita em centenas ou até mesmo milhares de anos!

Quanto às recentes descobertas divulgadas agora, em 2016, sabe-se existirem indícios determinantes que evocam que haja de facto um Planeta X, nos confins do nosso Sistema Solar.
A descoberta do Planeta-anão VP 113 (em 2012), apresentou então à comunidade científica de prestigiados astrónomos, um corpo celeste com uma órbita que só poderia ser explicada com a presença de um outro planeta gigante - calculado em 10 vezes mais a massa da Terra - exactamente a mesma massa já determinada por Percival Lowell, em 1905.


Planeta X/Planeta 9: a mesma incidência planetária que agora alerta os cientistas para a sua efectiva existência deste planeta gigante.

Em busca do Planeta X...
Por meio de uma simulação de computador, já em 2014 dois astrónomos espanhóis propuseram-se a estudar esta vertente planetária numa aprofundada análise científica sobre a órbita do VP 113, descobrindo então há cerca de dois anos, a verdade oculta na existência do Planeta X (assim como de outros corpos celestes; corpos transneptunianos) e mesmo de outro planeta: Planeta Y.

Mais recentemente, outros dois investigadores do Instituto Tecnológico da Califórnia (EUA) que se debruçaram sobre este mesmo tema planetário - e efectuando uma outra simulação - chegaram à mesma conclusão que P. Lowell e a posterior equipa castelhana acerca do VP 113. Daqui surgiria a sugestão efectiva (ainda que não totalmente confirmada) da existência do Planeta X (com a exacta massa de 10 vezes a da Terra), no plausível reconhecimento e capacidade de argumentação (ou explicação) da referenciada estranha órbita dos objectos ou corpos transneptunianos já conhecidos.

Segundo os investigadores norte-americanos, onde se destaca Michael Brown pela sua eloquente afirmação de adorar poder encontrar o tal Planeta X ou Planeta Nove (mas ficando igualmente feliz se outro cientista o encontrasse), reflecte também de que, este planeta ainda não descoberto do Sistema Solar, deve ter uma Órbita Elíptica muito alongada em torno do Sol.
Sendo os dados ainda escassos, os resultados apontam para que um ano do Planeta X/Nove possa apresentar-se (ou evidenciar-se) com a  duração entre 10.000 a 20.000 anos terrestres.

M. Brown legitima ainda: « O máximo que ele se poderá aproximar do Sol, será - ou seria - de 200 UA (unidades astronómicas), que equivalem à distância da Terra ao Sol». Brown afere ainda de que isso o colocaria no seu momento de maior aproximação da nossa estrela, bem além de Plutão, na faixa de pequenos objectos conhecidos como o Cinturão de Kuiper, onde se localiza o corpo celeste ou astro por nós conhecido mais distante do Sistema Solar - provavelmente um planeta anão - chamado provisoriamente de V774104.

Ressaltando que muito ainda há por ser descoberto dentro do nosso sistema solar, ambas as equipas (norte-americana e espanhola) corroboram de que haja procura e, interesse científicos, na busca deste ou de outros planetas desconhecidos, no que todos ganharemos em profusão de conhecimento e divulgação sobre o Cosmos.


Um Pôr-do Sol fantástico que nos recorda a nossa pequenez mas talvez não a insignificância cósmica...

O Sol/Dados Planetários
Visto da Terra, o Sol efectua uma volta completa ao Céu em cada ano, atingindo assim o seu ponto mais setentrional por volta de 22 de Junho (solstício de Verão) e o seu ponto mais meridional por volta de 22 de Dezembro (solstício de Inverno).
Durante o Verão no hemisfério norte, o Pólo Norte está virado para o Sol e as latitudes setentrionais gozam então de temperaturas de Verão, enquanto nas latitudes meridionais é Inverno. O inverso ocorre durante o Inverno, no Norte.

Ao longo ano, o Sol atravessa o equador celeste duas vezes: no Equinócio da Primavera (quando passa pelo ponto vernal, por volta de 21 de Março) e no Equinócio de Outono (por volta de 22 de Setembro). Nessas datas, o dia e a noite são de duração igual nos dois hemisférios.
Em virtude da diferença entre o Periélio e o Afélio da Terra ser de apenas 5 milhões de quilómetros, a influência exercida por estes fenómenos é modesta.

Dados Planetários:

Planeta Mercúrio: Distância média do Sol: 57,91 x 10 (6) km; Diâmetro equatorial: 4878 km; Período sideral: 87,969 dias; Rotação equatorial: 58,65 dias; Massa: 3,303 x 10 (elevado a 23) kg.

Planeta Vénus: Distância. média do. Sol: 108,20; Diâmetro equatorial: 12.012; Período sideral:224,701; Rotação equatorial: 243 dias; Massa: 4,87 x 10 (elevado a 24) kg.

Planeta Terra: Distância média do Sol: 149,60; Diâmetro equatorial: 12.750; Período sideral: 365,256; Rotação equatorial: 23,93 horas; Massa: 5,97 x 10 (24) kg.

Planeta Marte: Distância média do Sol: 227,94; Diâmetro equatorial: 6786; Período sideral: 686,980; Rotação equatorial: 24,62 horas; Massa: 6,42 x 10 (23) kg.

Planeta Júpiter: Distância média do Sol: 778,33; Diâmetro equatorial: 142.984; Período sideral: 4332,71; Rotação equatorial: 9,8 horas; Massa: 1,90 x 10 (27) kg.

Planeta Saturno: Distância média do Sol: 1426,98; Diâmetro equatorial: 120.536; Período sideral: 10.759,50; Rotação equatorial: 10,6 horas; Massa: 5,68 x 10 (26) kg.

Planeta Úrano: Distância média do Sol: 2870,99; Diâmetro equatorial: 51.118; Período sideral: 30.685; Rotação equatorial: 17,9 horas; Massa: 8,684 x 10 (25) kg.

Planeta Neptuno: Distância média do Sol: 4497,07; Diâmetro equatorial: 49.500; Período sideral: 60.190; Rotação equatorial: 19,2 horas; Massa: 1,024 x 10 (26) kg.

Planeta Plutão: Distância média do Sol: 5913,52; Distância equatorial: 2300; Período sideral: 90.800; Rotação equatorial: 6,4 dias; Massa: 1,29 x 10 (22) kg.


Nibiru ou Planeta X, na óptica e visibilidade dos mais específicos telescópios espaciais que assim o detectam perante a inevitabilidade e ocorrência orbital de toda a sua existência.

Órbita de Nibiru
Segundo muitos cientistas, este tão comentado e propagandeado Nibiru, Planeta X ou mesmo Hercolubus, revela-se como uma estrela anã vermelha (ou marrom/castanha) que transporta consigo sete planetas que orbitam em torno de si - um mini Sistema Solar, portanto!
Nibiru (em denominada expressão que entretanto se vulgarizou entre os media), é cinco vezes maior do que o planeta Júpiter, que é, por sua vez, 1300 vezes maior do que o nosso planeta Terra. Ou seja, este gigantesco Nibiru é, por conseguinte, 6500 vezes maior do que a Terra!

Mesmo superando esta dimensão (pois há quem afirme que supera o número de 6,666 vezes dessa medida em relação à Terra) e crie índices ou teorias meramente teológicas sobre as profecias e ditames históricos e religiosos na pretensão existencial deste planeta, há outros, mais cépticos e realistas, que o preferem ver e optimizar como apenas e tão-só mais um planeta a descobrir.

A sua órbita em torno do nosso Sol - anã amarela - é de 3600 anos. É altamente massivo, o que concerne que, quanto mais massivo for, maior é a sua força gravitacional.
O seu Campo Magnético abrange assim 8 UA, ou seja, oito unidades astronómicas de diâmetro, sendo desta forma capaz de influenciar outros planetas e o próprio Sol, gravitacional e magneticamente - mesmo estando distante!

 
Coordenadas do Planeta Nibiru, no Google Earth

Descobertas recentes...
A partir de 2011, quando se aproximou demasiadamente do Sol, passou a influenciá-lo com um portentoso e extraordinário vigor, «puxando» de certa forma, o núcleo do mesmo.
Há que evidenciar que, o Núcleo do Sol, é apenas 65 vezes maior do que Nibiru. E, devido a isso, a actividade solar relativamente às explosões e tempestades solares aumentou tanto (ou assim se fez replicar) que o «Máximo Solar» começou em 2011, até aos actuais registos dias, não parando desde então. Os cientistas atentos, vão tentando encontrar explicações...

As Emissões de Radiação Solar Ultravioleta estão num grau - de 0 a 16 - em quinze (15), sendo que o normal seriam nove (9) ou dez (10) unidades. Existe então a conclusão feita por alguns cientistas de que o Nibiru teve efectivamente influência sobre estes dados e, na aproximação deste gigante, ao Sol.

Contudo, estima-se que o Sol também tenha por sua vez influenciado o Nibiru. Por consistência da Intensidade Magnética e Gravitacional de Nibiru - que por esse meio influenciou o Sol de tal forma que o mesmo iniciou em si a inversão dos Pólos Magnéticos - o mesmo viria a acontecer com a Terra.
Para realizar essa Inversão, são de facto necessárias essas duas forças em acção ou actuando em conjunto: a Gravitacional e Magnética.

Identifica-se que, suposta ou muito provavelmente, Nibiru (atraído pelo Sol e vice-versa), tenha aumentado então a sua velocidade de Translação, sendo posteriormente «catapultado» - com velocidade acelerada - para longe do mesmo. Estima-se assim que esse Impulso adquirido por ele, o tenha projectado para uma distância equivalente à de Neptuno ao Sol, aproximadamente...
Este processo sendo assaz conhecido pela nossa Ciência - Efeito Estilingue - que usa a força gravitacional da Terra, de planetas internos e externos para arremessar naves a velocidades muito maiores, tenta assim conseguir a redução do tempo de percurso em direcção ao seu objectivo.


Ilustração para referência da extraordinária dimensão de Nibiru/Hercolubus em face a Júpiter ou ao nosso planeta Terra. Incomparável, sem dúvida!

O Efeito «Estilingue»
O processo conhecido como «Efeito Estilingue» foi usado pela NASA para arremessar a sonda Galileu, rumo a Júpiter. A sonda passou duas vezes pela órbita da Terra, e de seguida, pela órbita de Vénus. Com uma velocidade significativamente aumentada, ou acelerada, foi finalmente endereçada a Júpiter.

Há quem defenda que, por lógica e acesso a vários conhecimentos dentro desta área, seja quase ou praticamente impossível que um corpo com estas gigantescas dimensões (apenas 200 vezes menor que o Sol e altamente massivo), fizesse o seu contorno ao Sol numa circunferência menor que a órbita de Mercúrio; no entanto, sendo digno de registo não deixará também de ser em parte especulativo que tal possa efectivamente ou não suceder...

Estima-se então que, o Efeito Gravitacional o tenha acelerado tanto, que a sua órbita de contorno ao Sol poderá de facto ser muito mais longa, porém mais rápida também (muito além a simulação que a NASA no momento praticou, divulgando depois). Há quem sugira e ainda vá mais longe neste auspício de tributo a Nibiru, referindo que levará aproximadamente três anos para que se possa atingir uma distância equivalente à distância do Sol a Neptuno, em mais outros três de retorno ao Sol. E que, por esta via, o tenhamos próximo a nós, na Terra, dentro de 2017/2018...

No seu retorno, vindo então Nibiru pelo pólo norte do Sol e da Terra, em visibilidade nítida ou óptica abrangente, amplamente visualizada no Hemisfério Norte, tentar-se-à a todo o custo poder observar este inacreditável fenómeno. A tal suceder, será sem dúvida um dos mais proeminentes espectáculos cósmicos ou estelares que o Homem já presenciou. Mas tal afectar-nos-à...? Não o sabemos com toda a certeza, mesmo que a NASA nos apregoe acalmias e não pânico...


Planeta destruidor ou Anã vermelha que tudo arrasará sem compleição ou piedade...?

Planeta gigante ou anã vermelha...?
Os cientistas não o afirmam; ou seja, não confirmam nem desmentem como tantos políticos da nossa praça o fazem, na suave condição de politicamente correctos em aferição, contenção ou mesmo negação de tais actos de corpos celestes, estrelas doidas ou planetas confusos que se fazem colidir com outros.

Tudo é posto em causa, até mesmo as mais eminentes afirmações da NASA ou de outras entidades espaciais que tal estudam. Não se quer gerar o pânico mas também não se dá maiores armas de arremesso ou de enlevo humanitário para que o resto da população se possa colocar a salvo, caso este Nibiru se venha a concretizar dentro do nosso espaço planetário. Ou seja, fugir para onde, como e porquê...? Ainda que algumas respostas nos sejam dadas, talvez nem valham a pena nem nos sejam dadas a tempo de tal considerar - ou sequer consciencializar - do tanto perigo que neste nosso pequeno ponto azul incorreremos, sem pressas ou vigílias que nos ditem outros destinos...

Possuímos sobre as nossas cabeças humanas e céus a descoberto, uma chama imensa de uma caustica brasa cósmica, e ninguém nos diz porquê. Tudo é «Segredo de Estado», mesmo que os telescópios espaciais o evidenciem e, enalteçam até, sobre o que aí vem que não é de somenos importância ou displicente jactância de planeta, cometa ou calhau de enorme massa sobre o nosso planeta.

Nibiru, essa grande massa informe designada de anã vermelha, uma estrela relativamente pequena e fria que não chegou a se inflamar e que tendo uma longa órbita de aproximadamente 3600 anos em torno do Sol (inclinada de 35º em relação à eclíptica dos planetas), se adensa sobre nós.


Nibiru: Imagem de Junho de 2015, do Google.

O Grande «Cruzador» ou «Intruder» dos céus...?!
Há cerca de 6000 anos, os Sumérios que se miscigenaram com o povo Acádio conheceram um planeta a que deram a denominação de: Nibiru. Esta designação acadiana que significa simplesmente «Cruzador» - ou o que cruza - revela-nos o quanto este fenómeno dos céus é motivador de desconfiança e alguma temeridade.

A Órbita Excêntrica e muito extensa de Nibiru, faz com que o planeta ígneo (produzido pela acção do fogo) passe milénios totalmente invisível à observação. Um ano de Nibiru, corresponde aproximadamente a 3600 anos terrestres.

Em 1992 novas descobertas foram então publicadas sobre um planeta a mais no sistema, denominado: «Intruder», ou Planeta Intruso (no que já se tinha feito em 1983 e 1984, pelo IRAS «Infrared Astronomical Satellite» ou satélite astronómico de infravermelhos que produziu exactamente essa observação sobre um décimo planeta) e que, mais tarde, acrescentaria a confrontação dos cientistas com a realidade há muito propagada por Secharia Sitchin.

Das muitas obras que este estudioso das civilizações antigas abordou, destacar-se-ia em especial a tradução do documento «Enuma Elish», que contém a história da formação deste famoso sistema solar. São anais muito antigos que falam de um planeta do tamanho de Úrano chamado: Tiamat, cuja órbita se situava entre Marte e Júpiter.


Alarmismo ou efectivamente o «Fim dos Tempos» sobre este grande intruso que tudo devassa???

Cinturão de Asteróides e todas as consequências...
O Grande Planeta-estrela Nibiru, Planeta X ou Hercolubus é, antes de mais, o grande transtorno e consequência máxima cósmica de todo o seu destino em órbita e movimentos. Tendo sido capturado pela força gravitacional do Sistema Solar, e na sua entrada nesse conjunto causando indubitáveis anomalias nestes, ou nas Luas dos outros planetas, não terá sido o mais bem considerado corpo celeste, tanto na documentação agora traduzida de antepassados como no aspecto em geral de grande invasor dos céus.

Segundo lendas históricas atribuídas aos Sumérios e, outras, divulgadas através de ancestrais documentos criteriosamente analisados na era contemporânea, conseguiu-se concluir que Nibiru terá então colidido com Tiamat e que enormes fragmentos terão assim, sequencialmente, entrado na órbita da Terra. O restante destes fragmentos formou então o conhecido «Cinturão de Asteróides», situado numa grande faixa do espaço cósmico entre Marte e Júpiter.

A passagem deste planeta, estrela ou anã vermelha, consoante as determinações científicas de uns e de outros que, a todos une na consequência e alteração planetárias aquando se faz sentir, remete para o mundo da Astronomia e da Astrofísica, a intemporal ideia de cataclismo iminente.
A cada 3600 anos - na proximidade da Terra - este Nibiru causa perturbantes efeitos climáticos, extremamente sensíveis, na realidade, em efeitos catastróficos ambientais; entre outras tantas catástrofes desencadeadas de devastadores resultados.

A Passagem de Nibiru é, possivelmente, a causa de mudança dos pólos da Terra, dos regimes das marés, dos padrões climáticos, dos desvios da órbita e choque com Asteróides, que são arrastados pelo «Intruso». Nibiru pode ter provocado, por exemplo, o Dilúvio de Noé ou o extermínio dos Dinossauros...


O Cosmos/Universo: que mais nos reservará este, a glória ou o fim dos tempos...? Que se diga a verdade, e só esta nos bastará para seguirmos em frente... ou não. Massacre ou libertação, extermínio ou a alteração dos mundos e das almas...? E, sabê-lo-emos enfrentar???

Um Fim que pode ser um Princípio...
Sem querer acabar com o maior dos maiores cataclismos que se possam abater sobre o nosso planeta Terra, há que ter uma palavra de esperança e confiança científica sobre o que estes (cientistas da NASA/ESA) possam saber e, enunciar - ou resguardar em cofre lacrado para si num bloqueio de mais medos ou receios (ou de se evitar o pânico a nível mundial), sobre a extinção planetária que nos acolhe. Ou soçobra, se tal suceder.

Dentro ou fora do planeta Terra que nos ampara, existem reacções e acções temerárias e executivas de tal não nos ser uma pedra tumular; contudo, há sempre que o instar às grandes e cimeiras entidades oficiais e militares, aquando estas questões se remetem para o silêncio das profundezas ou dos grandes bunkers que entretanto se suspeita existirem só para alguns - para os eleitos.

Seja como for, não tendo nós salvação possível para as tantas pragas do Egipto (na época, dez...) ou bóias de protecção e resguardo de morremos afogados nessas outras tantas águas diluvianas que só salvaram umas quantas espécies e a privilegiada família de Noé, não somos nem seremos jamais qualquer dinossauro que se preze para esturricar e se volatilizar ante nenhuma condição humanitária - ou extraterrestre - que nos possa salvar de tal. E, podendo, estima-se que o façam só por pura misericórdia ou simples anuência de considerarem que até valerá a pena continuar a espécie - a humana - vá-se lá saber por quê...

Por mim, falo. Gosto desta vida; e de outras que nem lembro e que, racionalizando ou sobrestimando assim, valorizo acima de todas as coisas; e se só temos uma alma, eterna, que tudo comanda, a minha me dita que vale de facto a pena ter esperança e, acreditar, que superaremos mais esta contingência, mais esta terrível provação das almas, todas, que nenhum buraco ou bunker de luxo poderá salvar, penso eu. E mesmo que a verdade doa, tal como Jesus Cristo um dia o disse, assim o reitero também: « E conhecereis a Verdade, E a Verdade vos libertará!». Só espero que isso seja mesmo verdade para finalmente acreditar que conhecer esta, valerá de facto a pena...! Então que se saiba da Verdade, seja ela qual for...

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Novo videoclip oficial "Vai Portugal!"

O hino nacional cantado por 61 000!

10 de Junho Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

O Dia de Portugal!


Torre de Belém - Lisboa                                                                                            Portugal

«As armas e os barões assinalados
  Que, da Ocidental praia Lusitana,
  Por mares nunca dantes navegados
  Passaram ainda além da Taprobana,
  Em perigos e guerras esforçados
  Mais do que prometia a força humana,
  E entre gente remota edificaram
  Novo Reino, que tanto sublimaram; (...)»

                          - Canto Primeiro de: «Os Lusíadas», de Luís Vaz de Camões -                                  

Somos um povo estranho. Danado para a brincadeira, metediço e folgado, não tanto como outros mas ainda assim comedidos e pouco dados a leviandades. Somos o povo mais triste da Europa e muitos se perguntam de qual a razão desse esmorecer lusitano, desse fado amordaçado de quereres e não quereres que se ficam por cumprir. Somos pobres mas lavadinhos. Somos Portugueses!

Raios partam esta gente que não sabe o que quer, lá dirão na unida ou desunida Europa dos engomados, dos aprumados e dos que nunca cheiraram mal dos sovacos. Da ponta mais ocidental europeia ao mais íngreme calabouço geográfico, a raça dos portugueses é maldita (no bom sentido!) naquele haver e desdizer de tudo e de nada, só porque sim; só porque sabe bem falar de tudo e não saber de nada ou fingir sobre isso mesmo - somos mesmo muito bons na arte da camuflagem artística da pseudo-intelectualidade! Temos Camões (sempre Camões!), temos o Pessoa (o poeta e o cozinheiro, perdão, não quis ofender, o chefe de cozinha candidato a uma estrela Michelin, com o seu restaurante «Alma»!), temos o Saramago, o Lobo Antunes e até o José Rodrigues dos Santos (que ainda está à espera de justiça feita, pois que não é menos, não senhor, do que aquele anglo-saxónico do Código da Vinci) temos afinal tudo para nos governarmos ou desgovernarmos, segundo rezam as crónicas de há 2000 anos por voz de César (aquele, da Roma Antiga) que tal o disse sem romanceados ou estorvo na língua, que somos um povo que não se governa nem se deixa governar... Somos assim uma espécie de tudo e nada bacteriológicos - de lastro e lustro - sem nenhuma de ambas as coisas em refogado queimado e, miscigenado, de povos e lendas, atributos e considerações, almas e corações, e tudo isso numa miscelânea de fado e vinho embutidos numa endémica tristeza que já perdeu o caminho de volta.

Ó bem-aventurados marinheiros, ó imortais poetas da minha terra que tantas palavras e teias enredadas se amnistiaram de outros ensejos, de outros enleios ou de outros trilhos e de outros destinos que não fossem o darmo-nos todos de alma e coração, até para com o inimigo. Metemos a cabeça no cepo, literalmente, e safámo-nos com isso; mostrámos bravura em vez de débil traquejo, mesmo quando as pernas nos bamboleavam, enfraquecidas pelo temor e pelo medo sentidos.
Demos espingardas aos samurais, vinho aos islamitas e sedução lusitana - bravia e máscula - por todo o chão, por todo o céu ou solos por onde passámos e deixámos raízes, onde deixámos filhos e cadilhos; deixámos tudo. E tudo por lá nos ficou...
Somos um raio de um povo que grita por tudo e por nada mas se esbate ante a misericórdia de outros ou a fúria de uns quantos, que nos mitigam o ser à escala reduzida de símios, vulgo macacos sem evolução, segundo Darwin - ou de energúmenos - só pela razão sem razão de sermos brandos, encolhidos, submissos, omissos e até inferiores nas escolhas que fazemos como se não tivéssemos o direito do mesmo espaço partilhar.

«Demos mundos ao Mundo» e só por isso ficámos conhecidos mas não enternecidos com a temporalidade que já não se sente, que já não se efectua sobre o nosso território de feitos e galhardetes que eram grandes, gigantes, maiores do que quando o Homem foi à Lua.
Descobrimos o Brasil, a Índia, Timor e por aí fora e, hoje, até parece que nos envergonhamos de termos sido o primeiro povo que descobriu o medieval Google, na tão aclamada aldeia global - mundial e universal - de todos os direitos e deveres do Homem, na conquista de novas terras, novos conhecimentos. Deixámos mulheres para trás, arqueadas, corcovadas e enrugadas e cheias de filhos, observando um horizonte que  se esboroava nas suas almas de não mais seus homens verem voltar. Ainda se ouvem os choros, os lamentos, e as tantas agonias congeladas no peito de não sentirem mais os seus, os que partiram, os que para trás não olharam nem vivificaram a desgraceira daquela vida carpideira que entretanto não mais abarcaram. Nem as suas mulheres, nem os seus filhos, nem a sua terra, nem o seu Rei, nem nada que já tivesse sido seu, como uma má colheita ou fastio de campo mal semeado, ficámos sem homens; nenhuns. Ou quase nenhuns: Os que ficaram, os muito velhos ou os muito jovens, que em nada edificaram o que seu reino lhes pedia e, remetia, de doença, de fome, no fundo de total miséria e pouco lazer, ainda que certas naus chegassem - de aquém e além-mar - carregadas de belas coisas em aromas e cores, volúpias e sensações na descoberta têxtil de sedas e sentidos que vinham do Oriente para Ocidente. Mas que alegrias não traziam, não às mulheres do povo que o seu homem já não reconheciam (aquando calhava este voltar) e este lhes dizia que para lá voltaria, mas sem ela, sem os filhos, e sem aquele abraço de ambos, aquele arrulhar de corpos e almas de muitos amassos por entre coxas e refegos, gemidos e sustenidos, por entre as eiras e beiras, catres e camas de folhas de milho que nem a coceira e a piolhagem (não dando tréguas) parava; no que o mar, aquele tão grande e extenso mar lhes tirou, e jamais para elas voltou.

Somos um povo ibérico, de Fado, Futebol e Fátima, sim senhor. O fado já foi mais tristonho, agora canta-se em duo ou trio e à desgarrada, e à molhada, e à descarada, com vozes de muitas vozes e mesmo até de outros mundos, pois que isto de ser eclético tem que se lhe diga.
Ah, e o Futebol, pela Santa (qualquer uma) que desta vez tem de ser nosso, o caneco (algo que sempre geneticamente dizemos como se fosse uma anunciação, uma visão espiritual ou uma consideração irrefutável a cada evento europeu de bola nos pés). Não falha! E, falhando, cá estamos nós a apelar ao sacrossanto Eusébio de outros tempos, tempos idos, como os dos navegantes em saudosismo barato mas sempre sofrido de sermos sempre, mas sempre «roubados», pelos inadmissíveis e não impolutos árbitros que nos refreiam os ímpetos de uma ou duas grandes penalidades por marcar ou simplesmente a avença de sermos para aí uns 50 centímetros (na melhor das hipóteses) mais baixos do que os nórdicos. Vai-te a eles, Cristiano, e ganha isso, vá lá... pois que a nós só nos resta propagar a banana da Madeira como o elixir da juventude ou daquela magna força que te fez tão valente, rapaz...! Vai-te a eles e sê o melhor! E que o melhor o seja em equipa também!

Temos ondas de arrasar, ali, para os lados da Nazaré, de Peniche e de onde mais Deus quiser que, de furgoneta acelerada dos anos sessenta (na tal revivalista pão-de forma, tão na moda agora) e a tábua de engomar (a prancha de surf) lá vamos nós; uns no mar outros em terra que uns enjoam e outros se ensaboam com a espuma das marés, daquelas mesmas marés que tantos marujos já levaram consigo.
Fica então Fátima, e ai Jesus quem o contradiga, digo-vos eu, que sei do que falo ou penso que sei (sou portuguesa, lembram-se?) e dos nossos três santos pastorinhos que há quem diga que ainda mantêm o terceiro segredo de Fátima bem guardado ou daquela outra, menos santa mas mais prática e resoluta, de seu nome Brites de Almeida, que se aventou a aviar uns quantos à espadeirada, em tipo ponta de lança na área do forno e da farinha (pois era padeira, a nossa famosa Padeira de Aljubarrota) mandando para a sarjeta uns quantos castelhanos e outros que por ali se aventuraram em terras de seu conluio, abastança e reino, pois que não sendo mulher de grandes beldades, também não o seria de fealdade maior que estes pudesse matar com seu buço repicado e voz de entroncado lobo do mar nos seus piores dias; quem o saberá, pois que não há testemunho vivo que o possa dizer.  Com isto quero dizer que, desde tempos idos que somos uma praga; em todo o lado! Mas uma praga boa, acho eu. De emigrantes e imigrados; por assim dizer, revezamo-nos. Globalizámo-nos e... entrosámo-nos. E agora andamos por aí... por todo o lado...

E temos turistas (muitos!) hotéis, hostels ou residenciais já nem tanto (não chegam para as encomendas, valha-nos o santo turismo!) e outras quejandas coisas que, a não haver mais espaço nos espaços que nos faltam para acolher bem os forasteiros, teremos em breve de os receber em nossas casas; pois que venham se vierem por bem, e almocem e jantem connosco umas belas chispalhadas, cozidos à portuguesa, entremeadas e muitas outras coisas que fariam corar de vergonha e humilhação os vegetarianos (que também por cá os há, mas estão em minoria), e bebam do nosso vinho, calcem os nossos sapatos, vistam a roupa dos nossos estilistas, comprem as nossas carteiras de cortiça (o nosso emblema nacional natural que nos sai das árvores e desta forma nos faz ser amigos do ambiente) e vejam lá, se puderem, alvitrar nas vossas terras como é tão bom por cá, depois de uma bela sardinhada regada com uma ainda melhor sangria (tinta ou branca) e refastelarem-se com os nossos pastéis de nata feitos ao momento, ali para os lados de Belém, ou então um arroz doce como o faziam as nossas avós - ou aletria - ou ovos moles de Aveiro, ou a conventual doçaria de Alcobaça, ou dos Dons Rodrigos do Algarve - e é melhor parar por aqui, pois só de o dizer já engordei umas quantas gramas... ou quilos, nem sei...

Ser Português é ter o Fado na Alma; é ter Saudade (só nós sabemos o que isso é, em palavra única no mundo, e que bom que isso é, ainda que se sofra mais do que peru em véspera de Natal...)
Somos a nossa língua: a de Camões. E que bem-aventurado este o foi, nas andanças e desandanças da sua vida em amores e afagos perdidos e outros recolhidos em si. Trouxe consigo o Douro no olhar, o Mondego no coração, o Tejo na alma e, talvez, o Guadiana na afeição de partidas e outras chegadas desses amores que não viveu ou então escondeu... de todos nós. Tal como ele, nós, portugueses, somos assim, deleitosos, absorventes, carinhosos e entregues, mas igualmente carentes, mesmo que não tenhamos o rio Mecão (Mekong) na leva e na perca de todas as nossas lembranças, de todos os nossos segredos. E Goa ali tão perto...
E Samatra, Java, Ternate, Tidore, Bornéu - as ilhas da Malásia, até às ilhas de Banda, Sonda e Timor. Mas, e Lisboa...? A sua outra amada, em cidade de enorme luz. Aí entra em 1570, no fim de uma jornada marítima de saudosa espera, de saudosa feitoria. Dois anos depois emergia a publicação «d`Os Lusíadas» (1572). Uma tença de 15000 réis anuais é-lhe então concedida por El-Rei Dom Sebastião (O Desejado) e, com essa quantia, esse aforro, Luís Vaz de Camões vai-se mantendo até à morte no que a vida lhe dá (mas nunca livre de dificuldades, no que o susteve e reconheceu sempre como livre de espírito mas parco em recursos), até que a morte por fim chega, na leve passagem para uma outra margem de uma outra dimensão, em 10 de Junho de 1580.

«Ou fazendo que, mais que a de Medusa,
  A vista vossa tema o monte Atlante,
  Ou rompendo nos campos de Ampelusa
  Os muros de Marrocos e Trudante.
  A minha já estimada e leda Musa
  Fico que em todo o mundo de vós cante,
  De sorte que Alexandro em vós se veja,
  Sem à dita de Aquiles ter inveja.»
                                                          (156, Canto X - «Os Lusíadas»)

E se Inveja todos temos, no seu último rigor de pena e palavra escrita, Camões nos sugere que nós, Portugueses, tenhamos mais brio e mais sentido do que esta mesma Inveja de ser mais do que o que já fomos, ser menos do que o que consideramos, ser tanto como o poderemos ser, um dia, sem empréstimos, sem rendas ou franquias de sempre, pelo muito que ainda podemos reverter e, ascender. E talvez coalescer, na fé e na esperança de tudo se soerguer, como país à beira-mar plantado (que o mar não leve e o litoral nos encolha) e nos faça ser gente de garra, gente que luta, gente que trabalha, gente que se orgulhe, enfim, gente que é gente de ter um dia só para si.

O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas - 10 de Junho - agora, em 2016, será hoje e sempre a realidade que o seu povo quiser que seja e, o que o voto na urna dita; mesmo que esse voto nem sempre lhes seja condigno ou sobre si se faça representar. Mas há que ter fé, por alguma razão Fátima está sempre presente, mesmo para os mais descrentes ou mais cépticos (eurocépticos e outros...).

Pois Portugal, que sejas sempre Portugal e te faças triunfar, mesmo que para tal te seja tão difícil manteres-te à tona, sem sanções, sem reprimendas ou descidas de rating das grandes agências de classificação de risco, por tanto termos suado e tanto isso nos ter sido desvalorizado, mesmo que tenhamos cometido erros. Que sejas sempre Portugal, mesmo com os teus defeitos, manias, idiossincrasias ou meras idiotices de teus cidadãos (e cidadãs, como agora se diz em junção de género) e te faças Vingar (sempre, mas sempre, no bom sentido da palavra e acção!) E Viva Portugal!

domingo, 5 de junho de 2016

SINAL NO SOL EM FÁTIMA 13-05-2011.mp4

NASA: SOL, 5 ANOS EM 5 MINUTOS

O «Milagre» do Sol!


O Sol: Foto gentilmente cedida pela NASA (captada pelo satélite de observação solar - SDO «Solar Dynamics Observatory, lançado em 2010). Imagem do Sol na combinação de dois espectros de radiação ultravioleta.

Há quem perspective que, um dia, esta maravilhosa fonte de luz e calor sobre o nosso planeta Terra, se vai extinguir; para todo o sempre. Vários cientistas já o determinaram, ainda que tal destino desta bela estrela solar amarela se possa finar só daqui a muitos milhares ou milhões de anos. Todavia, essa infeliz prerrogativa solar acontecer a tão longa distância no tempo, efectiva-se uma mudança que talvez já esteja a suceder. Não sendo inédito (pois existem muitas outras estrelas idênticas no Cosmos), há que o estudar e, vivificar, do que este se induz dentro do nosso sistema solar. Poderemos então afirmar com toda a certeza que nada, absolutamente nada, o fará parar de nos aquecer e dar vida...? Ou tudo se transformará em pó e nada, como todos nós???

Sabendo-se que a Terra está exacta e geo-estrategicamente no sítio correcto para que não gele ou sobreaqueça em repentina era glacial ou quiçá incineração planetária, poder-se-à dormir descansado ao saber-se também das possíveis mudanças dos eixos da Terra, das erupções solares ou outras anomalias entretanto havidas no nosso sistema solar? E o que dizer das constantes protuberâncias deste (Sol), em fluxos ejectados para o Espaço numa nefasta invasão planetária, se o campo magnético da Terra sofrer, entretanto também, alguma outra transformação ou violação disruptiva que o faça «abrir-se», ante uma evasão solar dessas mesmas erupções...? Sobreviveríamos a isso? Teríamos nós, seres humanos, alguma chance ou mínima oportunidade de nos fazermos vencer, de nos fazermos continuar após essa intrusão solar...???


Imagem captada pela sonda SDO mostrando as visíveis erupções solares. Registou-se ainda, segundo a NASA, 10 comprimentos de onda diferentes que compõem diversas cores em temperaturas variadas.

O Sol: essa estrela-mistério ou nem tanto...
Sem a estrela em torno da qual se organiza o nosso sistema solar não haveria vida. Disso ninguém tem dúvida. Existirão outros fora do nosso sistema solar, que porventura se exibirão em semelhança ou diferença, no que actualmente os cientistas se têm debruçado em estudo e análise, do que o Kepler também tem revelado ao mundo sobre essa óptica mais abrangente de estrelas solares brilhantes.

Quanto ao nosso Sol, este tem um diâmetro de 1.392.000 quilómetros - mais de 109 vezes maior do que o diâmetro da Terra. Um colosso!
É uma estrela modesta e brilha com uma luz amarela que nos mostra ser uma estrela estável. A Temperatura no seu Núcleo é de cerca de 15 milhões K, formando um ambiente no qual os núcleos atómicos perdem todos os seus electrões.

A Camada Exterior da Atmosfera do Sol - Fotosfera - é a superfície visível da Terra. A sua temperatura é e cerca de 6000 K.
Observada através de filtros adequados ou pela projecção da imagem do disco solar num cartão branco, a superfície do Sol apresenta variações de brilho, tecnicamente denominadas: Granulação.
As diferenças de brilho reflectem diferenças de temperatura que são causadas pela convecção que ocorre nas camadas exteriores. É muito possível então que o Hidrogénio sofra uma alteração, de completamente ionizado no interior do Sol - para neutro à sua superfície.


O Núcleo do Sol. 1º Núcleo - 2º Zona Radiante (ou de radiação) 3º Zona Convectiva (ou de convecção). Do lado esquerdo: Fotosfera e Cromosfera. Do lado direito: Coroa solar, Erupção (onde se detectam manchas solares) e Protuberância solares.

O Complexo Espectro Solar
A cerca de 500 quilómetros para o exterior da superfície visível, a pressão atmosférica cai rapidamente e a temperatura desce pelo menos 2000 K. O Gás, nesta região, é transparente à maioria dos comprimentos de onda de radiação que escapa da Fotosfera, mas absorve radiação nos comprimentos de onda característicos dos átomos dessa camada. É aqui que se produz o: Complexo Espectro Solar. A análise entretanto efectuada desse Espectro, permitiu assim aos cientistas e Astrónomos em específico, a determinação das abundâncias dos elementos do Sol.

Há que referir que, o Núcleo denso e quente do Sol, estende-se por cerca de 175.000 quilómetros a partir do centro. Está envolvido por uma Camada Radiante, a que se segue uma Camada Convectiva que transporta matéria para a superfície.
A Camada Visível - ou Fotosfera - tem apenas 400 quilómetros de espessura. Acima desta situa-se a Cromosfera - uma zona ténue na qual se geram as linhas de absorção do Espectro Solar. No exterior desta camada situa-se a Coroa Solar, bastante rarefeita, que se funde imperceptivelmente no Espaço.

 
Língua de uma protuberância Solar

Jactos que se elevam...
A zona fria, muitas vezes denominada por camada inversa, situa-se no final de uma camada a que se dá o nome de Cromosfera, com uma espessura de vários quilómetros e que envolve a Fotosfera.
Na direcção do exterior, a Cromosfera dá lugar à Coroa Solar, que se funde com o espaço interplanetário e com o Vento Solar.

A Cromosfera é visível opticamente, mas apenas antes e depois de um Eclipse total. Apresenta uma cor avermelhada devido à Emissão de Hidrogénio.
O Estudo desta Região Exterior com instrumentos especiais revela que existem redes de picos na forma de jactos que se elevam a partir da Cromosfera.
Protuberâncias Espectaculares - enormes jactos de gás incandescente - sobem nas regiões da Coroa, formando por vezes arcos e anéis intrincados à medida que interagem com as linhas de força do Campo Magnético do Sol.

A Língua de uma Protuberância Solar (como na imagem acima referida) e, parecida com uma chama, estende-se na direcção do Espaço a partir das camadas exteriores do Sol. Como se disse, as protuberâncias são densas nuvens de gás associadas aos campos magnéticos que ligam grupos de Manchas Solares. O gás é mais frio mas também mais denso do que a matéria solar que o rodeia.
Se o Campo Magnético se distorcer de repente, o gás é então projectado no Espaço.
As Pequenas Protuberâncias podem permanecer suspensas na Coroa Solar durante meses (ou ainda mais tempo); enquanto as Protuberâncias Violentas, mais passageiras, se podem prolongar por 100.000 quilómetros no Espaço!

 
O Sol: e a sua Coroa Solar em constante movimento...

Vento Solar
A Coroa Solar está em movimento constante, como se sabe; movimento este, activado pelas ondas de choque enviadas da Fotosfera para a Cromosfera.
A Expansão da Coroa no Espaço dá então origem ao chamado Vento Solar - uma mistura de Electrões, Protões, Núcleos e outros Iões em movimento rápido - que se estende por todo o nosso Sistema Solar; e mesmo para além deste!

Este Vento Solar pode assim atingir a Terra a velocidades próximas dos 500 quilómetros por segundo, após o que interage fortemente com o Campo Magnético Terrestre.
A Radiação X e a ultravioleta que chegam à Terra, ionizam as camadas altas da Atmosfera produzindo a Ionosfera.

Em relação ainda às regiões de Manchas Solares (da superfície do Sol), há a registar que estas podem ser 2000 K mais frias do que a Fotosfera circundante. São geralmente de curta duração e surgem em grupos numa faixa com 60 graus de largura de ambos os lados do equador do Sol.
Estão associadas a potentes Campos Magnéticos em áreas da Cromosfera. As Manchas Solares tendem a surgir em ciclos que se repetem aproximadamente de 11 em 11 anos.


Nascimento e morte do Sol: um início e um fim que se aproximam...

Nascimento e Morte
Há 4600 milhões de anos, no lugar onde agora nós - terrestres - estamos, havia uma densa e gigantesca nuvem de gás que rodopiava em círculos tentaculares (em rotação)  com os restos da explosão do Big Bang que ocorreu há aproximadamente 9130 milhões de anos. Da potente explosão de Supernova ou da igualmente estrondosa colisão estelar que gerou uma forte onda de choque, derivou o aumento - em momento angular - da gigantesca nuvem de forma importante. À medida que aumentava a rotação e a inércia da nuvem, esta aplanou-se, criando um disco proto-planetário que forçou a maior parte da massa a acumular-se, aquecendo-a.
Uma grande energia cinética no centro do disco (em moléculas que chocavam ou colidiam entre si frequentemente) fez assim aumentar ainda mais a temperatura, criando uma proto-estrela quente e densa no centro.

Há cerca de 100 milhões de anos a pressão e a temperatura no núcleo desta proto-estrela se concretizou tão grande que o hidrogénio começou então a funcionar, segundo os créditos de uma fonte de energia interna, oposta à força de Contracção Gravitacional. Ambas as forças se contrariaram (ou antagonizaram), até alcançar um equilíbrio hidrostático. Assim nasceu uma Nova Estrela - o Sol - com 40% do seu brilho actual!


Superfície Solar, onde se detectam manchas solares. Imagem do telescópio solar sueco 1-M.

O Sol, sua génese...
Sendo o Sol uma estrela do tipo G (em sequência principal muito estável), o Sol vai aumentando o seu brilho em 10% a cada 1000 milhões de anos. Isto é devido à pressão sentida no interior do Sol que vai aumentando para ir compensando também a gradual exaustão do hidrogénio. Este incremento de luminosidade é totalmente invertível a curto e médio prazo, pois estima-se que só 1% da variação do brilho solar poderá fazer com que a temperatura média da Terra suba 1 ou 2ºC em estimativa de média. Como a mudança foi sendo de certa forma lenta, o planeta Terra foi-se adaptando gradual e paulatinamente até agora.

Não obstante, chegará o dia em que o Brilho Solar rompa com o nosso ciclo atmosférico e altere gravemente o clima da Terra. Com 10% mais de brilho (dentro de mais de 1000 milhões de anos) os Oceanos começarão inevitavelmente a evaporar-se dentro de aproximadamente 3500 milhões de anos em que provavelmente também a superfície da Terra se assemelhará à do planeta Vénus, sem possibilidade alguma de vida...!
Curiosamente, este aumento do Brilho do Sol, poderia fazer com que Marte recuperasse a sua atmosfera perdida quando o dióxido de carbono congelado e o vapor de água da sua superfície começarem a sublimar.


Eclipse Solar: o grande mistério de outrora que hoje nos reporta a beleza científica do que se passa nos astros...

Morte fatal do Sol...
Na imagem acima referida, vê-se um maravilhoso Eclipse Solar, em que a Lua passa exactamente em frente do Sol, impedindo que a sua luz chegue a determinada região da Terra. Isso oferece uma oportunidade única de observar a Coroa (as cores em volta do bordo solar evidenciam a Coroa). Apesar de muito quente (2 milhões K) e muito extensa (estende-se no espaço por vários raios solares), ela é geralmente demasiado ténue para se poder ver sem instrumentos especiais. A luz branca corresponde assim à Fotosfera e indica que o Eclipse vai em breve terminar.

Não sendo de todo uma morte solar, um Eclipse é por assim dizer um fenómeno natural do Cosmos e muito longe mesmo das antigas profecias que o reiteravam como mau olhado ou mau destino a cumprir-se, na Terra. Mas falando de morte, o Sol não está imune disso.
Dentro de aproximadamente 5500 milhões de anos, o Sol esgotará todas as suas reservas de Hidrogénio do seu Núcleo (transformado em Hélio), empenhando-se a consumir as suas camadas menos densas e superiores.

O Excesso de Energia produzido fará com que essas camadas exteriores esfriem e se expandam convertendo o Sol numa Gigante Vermelha. Este processo que durará cerca de uns 600 milhões de anos fará com que o Sol se compense - ou se revele então - em dimensão e capacidade de 260 vezes maior e, 2700 vezes mais luminoso. Nada o poderá contrariar então e a Terra será impiedosamente engolida! Provavelmente cairá ou será sugada em espiral (da Terra ao Sol), numa dimensão temporal que durará cerca (ou num máximo) de 200 anos, no qual o nosso planeta perderá toda a atmosfera devido aos abruptos ventos solares e, com toda a certeza porém, de que todo o manto terrestre se evaporará. Um cataclismo planetário, sem dúvida!

Há que afirmar, tristemente é certo, que toda a Terra (no que em acordo global os cientistas arrogam) todos os nossos átomos incluídos serão nesse futuro distante ainda, um singelo mas muito factual contributo no Sol para aumentar este em cerca de 0,01 de sua metalicidade. Ou seja, pouco ou nenhum contributo eficaz para tanta destruição planetária...!


Dois ou mais Sóis: a grande revelação dos exo-planetas!

Estrelas que brilham mais que o Sol...
Recentemente, cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, identificaram um grupo de 9 estrelas, trinta vezes mais brilhantes do que o Sol!
Uma eminente equipa de Astrónomos identificou um grupo de nove estrelas (30 milhões de vezes mais brilhantes do que o Sol), sendo a maior amostra de estrelas até agora conhecida de Supermassivas, revelou um estudo publicado pela revista científica: «Royal Astronomical Society».

Os Cientistas da Universidade de Sheffield socorreram-se de imagens do Telescópio Espacial Hubble para detectar o referenciado grupo de estrelas a uma distância de 170 mil anos-luz, da Terra.
O aglomerado estelar em causa - R136 - está então localizado na Nebulosa da Tarântula, na região da Grande Nuvem de Magalhães - uma galáxia-anã em torno da Via Láctea, berço da nossa amada Terra.


Halo Solar visível a 13 de Maio de 2012, no Santuário de Fátima, em Leiria, Portugal (tendo já sucedido igual fenómeno no anterior ano de 2011); algo que se viria a repetir no presente ano, em 2016, segundo alguns anónimos mas testemunhas oculares do que então presenciaram...

Ciência ou presença divina...?
A auréola em volta do Sol que então se fez sentir em presença de muitas centenas ou até milhares de fiéis no Santuário de Fátima, em Portugal (Península Ibérica) no ano de 2012, por altura da tão aclamada e mui religiosa procissão da Senhora de Fátima, em solo português, a todos cativou e, maravilhou, em êxtase puro de mais uma representação divina.

A Ciência Meteorológica explicou então o dito fenómeno de massas (pois todos quanto assistiram asseveraram ser algo de muito profusamente lúcido, brilhante e de grande impacto), em reportagem que se aventou desde logo não omissa sobre aquela luminosidade estranha. Referiram então tratar-se de uma ocorrência natural em refracção dos raios solares em partículas de gelo, das nuvens. Está explicado. Estará...?

As celebrações deste ano de 2012, compuseram a bonita performance de mais de 300 mil peregrinos que a tudo assistiram, uns rezando, outros implorando a Deus e à Senhora, e outros ainda, os mais cépticos, esquivando-se de arcar com alguma opinião mais afoita ou cirúrgica no mundo científico.
A mobilização que sustentou esta manifestação cristã em quase 150 profissionais da comunicação social de onze países talvez tenha então corroborado do mesmo (ou não) deixando para os especialistas a emulsão enfática de tão esquisito fenómeno dos céus.


O Sol irradia... estranhamente, ante a expectativa popular que dos céus desça algo que nos surpreenda...

«Não devemos ter medo de sujar as mãos, ajudando os miseráveis da Terra: Para que servirá ter as mãos limpas, se as temos no bolso?»
                   - Homilia professada e presidida pelo Cardeal Italiano, Gianfranco Ravasi -

Foi assim que, 265 Padres e 22 Bispos - para além de toda uma comitiva associada - se arrogou ao silêncio das hostes climáticas ou, do fenómeno inusitado que, vindo dos céus, nada lhes dizia; nem sequer a circunstância de se estar a viver um raro período quase das trevas em recessão económica europeia; em particular, em Portugal. E ainda longe iam os tempos dos refugiados do Médio Oriente...

Sem me querer alongar na heresia ou profecia celestial com que fomos brindados em 2012 por um Sol deveras atípico e profundamente anómalo (mesmo para os não-leigos ou conhecedores da matéria), há que sublinhar, alinhavar e reconsiderar que, a continuarmos assim, em Portugal, talvez seja o dia de Todas as Coisas - o Dia da Verdade - ou daquele sumo-pontífice divinal que Tudo nos dita, que Tudo nos pede e Tudo nos ensina de que devemos ser humildes e, gratos, perante a desgraça alheia dos mais desfavorecidos; além o Sol que quando nasce é ou deverá ser para Todos...! Ainda que nem Todos o vejam ou observem com os mesmos olhos da única verdade possível: O Sol ficou esquisito! Em 2016, também. Ocorrência natural ou divina - ou estelar - o certo é que ele lá está, ainda, para todos nós.

O meu Milagre do Sol é saber que este brilha para mim e para todos nós, sem contenção, refracção ou sequer ablação (ou usurpação!) de quem o Universo comanda e estipula que todos lá teremos direito a um Sol que seja...! E que brilhe para sempre!!!

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A Strange Woman Walking On Mars

Aliens Walking On The Moon, The Truth Exposed, Apollo 8

Valdi Sabev - Endless Sky

A Experiência VII: A Evasão!


Entre a ironia e a fantasia - ou irreversível realidade - de se percorrerem mundos inatingíveis...

"Mais do que a evasão de um solo ou de um Céu, é a Evasão dos Sentidos, que me leva a querer respirar de novo numa outra atmosfera, numa outra realidade".

"Não sei bem para onde vou ou como vou, mas sei que vou... para lá de tudo o que é admirável, inumerável ou mesmo intocável em reconhecimento ou consciência colectiva por parte dos meus, dos que eram ou já foram meus iguais - o ser humano. «Emigrando» para o desconhecido, lanço-me no Espaço sem regras ou princípios que até aqui me definiram como aquilo sou... ou era, já nem sei.
Vou para lá do inimaginável, do impronunciável ou da reverencial acreção dos mundos, dos discos galácticos ou dos ventos cósmicos que me sopram de toda a minha insignificância. Sou apenas um grão, um pequeno grão, mas Sou! E só isso importa! Com Blue do meu lado...".

Da Lua para o profundo desconhecido...
Nada é tão explícito quanto as nossas emoções à flor da pele, se tivermos em conta toda a evolução por que passamos sem fronteiras ou amarras que nos detenham ou nos gritem que somos fracos, que somos inaptos ou simplesmente impotentes para lidar ou confrontar outras dores, outros sentimentos e outras agonizantes aventuras de alegrias e tristezas por que nos regemos.
Ser-se humano, é ser- se tudo isto. É ser forte e fraco simultaneamente; é ser-se «naturalmente» indefensável mas também assaz combatível, se nos molestam ou segregam direitos que desde que nascemos até à morte advogamos como basilares mandamentos humanos que, criteriosamente, tentamos cumprir. Mas, quando se está no espaço de um outro espaço que não é nosso e num tempo que ultrapassa tudo o que até aqui considerámos compreender, tudo é súbita e intrinsecamente posto à prova, como se nada do que aprendemos fosse agora útil ou voraz de continuarmos a persistir nessa mentira. Ou na verdade em que acreditávamos...

Blue sabe-o. Sente-o. E disse-mo, um dia. Um dia que já não lembro mas que antagonicamente jamais esquecerei na essência ou pronúncia de tal, ante a sua irrefutável verdade de um conhecimento para lá de tudo o que pudemos supor, nós, comuns seres humanos de uma Terra que não é nossa, que nunca o foi e nunca o será; por muito que o combatamos ou nos iludamos como a mais pura das inverdades - ou obscuras verdades que muitos ainda querem esconder.
Choro e rio, grito e gesticulo como uma louca em libertino surto psicótico na luta e confronto com todas as forças do mal que me queiram prender. Que evasão poderei arcar sobre mim, se nada me diz que daqui posso fugir...? Para quando a explosão de ideias, de mentes sãs e não dementes - libertas de tudo ir à procura, de tudo ir em busca, de tudo aventar por mundos de outros mundos que tanto quero conhecer... para quando?»

Houve palavras que não memorizei, desejos que não registei, mas sobretudo houve a certeza de que aquela minha espera não era em vão. Não o foi. Sentindo o meu filho - ser gestacional - revelar-se ou revoltar-se em mim, senti que tinha de ser mais, pensar mais e, cobrar inclusive mais espaços e mais tempo, àquele que de mim fugia em gravidez avolumada de tantas outras esperanças - que não quebrantos - de estar a gerar uma «coisa», um bicho, e não um ser humano. Tive medo, por Cristo, quanto medo de tal! Mas voltar atrás não sendo possível, também não o era em contingência do tempo parar, do tempo recuar, ou os meus sentimentos extirpar de tudo o que então já tinha vivido com Blue, esse outro tão grande e misterioso ser azul de origem desconhecida de mundos desconhecidos. Como eu era tão ignorante... Santo Deus!

E pensar que, por séculos e séculos ou milénios de confianças e desconfianças, sabedorias genéticas e contraceptivas, a Cleópatra e outras suas servas, usando fezes de crocodilos e elefantes (e mel) numa estranha e quase pútrida mistura que interinamente colocava na sua vagina (numa acção deveras íntima e oclusa aos homens de então) na módica situação de se evitar gravidezes indesejadas. Mesmo havendo quem o desdiga, por nada haver assinalado em documentação escrita, há quem refira que não seria este o método usado por tão bela ícone egípcia, usando apenas e só vinagre, depois do acto sexual em limpeza e quase esterilização de espermatozóides, assim que o coito acabava. Seja como for - ou tenha sido o método aplicado e cingido a esta bela e mui inteligente mulher de há 2000 anos na Terra (69 - 30 a. C.) - lá teria sido eficaz, tanto nos meios de contracepção utilizados como na beleza que expunha em banhos de leite de burra, como é do conhecimento geral pelo meu povo terrestre. E se Cleópatra se preocupava com a prole de nascituros indevidos, os homens também - por outros métodos - estes de utilização exclusiva masculina de tripas de carneiro em meandros ancestrais que se assemelhariam aos contraceptivos actuais. E tudo isto para eu apenas rematar que, mulher moderna destes tempos que parecem já nem serem os meus, deixei-me entusiasmar, sem método, sem consciência, sem nada, em avença hormonal ou de implante, de pílulas ou métodos subcutâneos (a última revolução contraceptiva terrestre de quando eu deixei a Terra!) que, aqui, pensando eu ser a máxima experiência de inoculação e infertilização geral ou generalizada em mim, tal nunca me haveria de suceder... (sem contar ou sequer verbalizar o que seria efectivamente a desgraça humana de ter, na pior das hipóteses, contraído uma doença sexualmente transmissível estelar...).

Devaneios de fêmea desgovernada, eu sei. Mas no melhor pano cai a nódoa e, neste caso, foi errado o cálculo, a sentença e a sintomatologia científica que me dava como ser inócuo - e estéril - de corpo e de mente, de quereres e saberes, de ânimos e freios; e tudo «eles» erraram, o que prova que, nada é 100% fiável ou credível; pelo menos na esfera humana. Talvez tenham ainda muito que aprender sobre nós, mesmo que se arroguem a cumular-nos de experimentações e evoluções constantes sobre o que a Humanidade ainda lhes poderá ser servil ou surpreendentemente um mistério - um outro grande e inolvidável mistério, mas isto sou eu a falar que já perdi a memória do que sabia da Terra...
Esperei tanto! Tanto, que a minha pele me deu a sensação de ficar da cor da cal, daquelas brancas paredes das casas do sul do meu país; país que já nem sei se existe...
E as saudades, por Deus! Tantas! Do meu Blue, do que vivêramos, do que almejáramos para nós, fosse em que reino fosse; fosse em que planeta ou leito conjugal fossem. Para quem tinha vivido na plenitude agreste e inóspita de Marte, tudo o que depois viria seria bom, sei que pensei, menos a prisão, aquela prisão lunar em que me vi destituída de tudo, até da vontade de viver. E o mister-T, que seria dele e da sua Lilly? Que saudades eu tinha daqueles dois seres esquisitos, orgânica e doidamente em redor de mim, como se eu fosse a única presença viva em todo o Universo; onde estariam, que fariam agora, estariam presos como eu...? Tantas perguntas sem resposta...

Mas as portas prisioneiras abriram-se. Inesperadamente. Lembro-me de que o meu coração me batia no peito em loucas arritmias de descompensação cardíaca por tudo o que tentei ausentar em mim, de dor e de sofrimento em solidão latente. Não queria acreditar que Blue me tinha abandonado ou teria sido de mim levado como Romeu da Julieta (na peça teatral de W. Shakespeare), Simão de Teresa (dos textos camilianos em desditoso e contrariado amor pela família de ambos) ou de Inês de Castro, a nossa tão amada Rainha já morta - Dona Inês - apartada de seu Rei e Senhor, Dom Pedro, o meu distinto e depois cruel Rei de Portugal, Dom Pedro I, que fez justiça por próprias mãos arrancando o coração dos carrascos de Inês. Também não era preciso tanto, asseverei para mim, até porque, nem sei se «eles» têm coração... (admiti, tristemente).

Mas ele veio. Blue voltou para mim. Apressado mas não fugidio, que o tempo escasseava, grassando uma temeridade no ar - confrangente e não solvente - de tudo por que este teria longe de mim passado. Como na primeira vez em que me deu a sua azul mão e na minha agarrou...
Não foi de muitas palavras, muitos sentidos, mas deu para entender em perceptibilidade não audível de que me vinha «salvar», de que me vinha buscar sobre mágicas aeronáuticas emprestadas (em gigantesco dorso metálico de propulsão electromagnética - ou outra qualquer mítica propulsão supersónica de nave espacial, que eu jamais vira na minha vida) e que outros, mais benevolentes e amistosos, os seres inteligentes sitiados na Lua, lhe tinham concedido em comutação de pena ou livre trânsito de jurisdição galáctica de um Alto Comissariado Estelar. Acatei. Muda e queda, pois que o tempo não era de grandes perguntas ou sequer dúvidas para tal o fazer (ou sujeitar a uma espera inusitada) não o demovendo de me enlaçar para o seu mundo, aquele mágico mundo que eu iria encontrar... a seu lado, ao lado de quem eu mais amava, além aquele outro que no meu ventre já refilava de dali se apartar. E isso, foi o suficiente para nos seus braços azuis me vergar e deixar embalar, tal como aquela primeira vez em que por fluídos, trocas e experiência sexual a dois, me vi trasladar para mundos que não sei descrever nem sequer relatar...

Lamechice, não é? Talvez. Mas foi o que senti. A minha prisão sufocava-me; o não saber de Blue, ainda mais. Mas tudo estacou, fazendo ricochete em mim como bala maluca à solta do que ainda estaria para vir em anunciação ectoplásmica - divina ou estelar, espiritual ou residual - do que me aguardava. Plasmado (mas não pasmado!) no meu cérebro, como fogo de artifício em noite global de passagem de ano, sorvi aquele êxtase de salvamento e glória, missão e evasão, como um dos momentos mais marcantes da minha vida no melhor dos sentidos; o inverso do que sentira, na Terra, aquando perdi toda a noção de equilíbrio e de fulgor pela morte rasante de toda a minha família terrestre. Nem o Bob escapou - o nosso fantástico cão da raça Labrador que até na morte os meus filhos seguiu, e que também desse modo sucumbiu no trágico acidente de viação anos atrás. Talvez por isso me tenha apegado tanto ao mister-T e depois à sua bonita tardígrada Lilly. Daí a minha alegria ao vê-los sãos e bem, rodopiando entre si, no enfoque de registarem a sua presença e a sua bonomia de voltarmos a estar juntos; iam abanando a cauda e o dorso conjuntos em sinal de uma sua festividade furtiva, sobre um esbatido de «latidos» ou guinchos há muito por mim conhecidos do ênfase e, felicidade, de se verem também eles em liberdade.

Fomos soltos - todos! Que boa ventura, que alegria, mas ao mesmo tempo que estranheza e que irreflectida condição a minha, de me ver ser içada de um negro mundo lunar para outros que jamais pensaria visitar. Ou, observar. Ainda antes de nos termos enfiado nas cápsulas e câmaras hiperbáricas (uma vez que os nossos corpos o não sustentavam fora destas em grande parte da viagem interestelar) e que, tanto mister-T como Lilly desta vez sem amuos ou simulações gástricas rapidamente aí se introduziram, deu para percorrer o meu mundo, a minha terra na Terra. E tudo eu vi, e tudo eu assisti, em pranto lacrimal (quase sacrificial) e, numa confusão tal, que nem Blue me o pôde estancar. Não mais voltaria, não mais àquela Terra eu retornaria e, isso, deu-me tanta tristeza quanto ensejos de sentir que ser humano, afinal, é tão-só ser-se feliz e infeliz ao mesmo tempo, e tudo isso, numa miscelânea de sentimentos difusos, intrusos e muito, mas muito abstrusos, como se dizia na Terra. Os meus filhos falecidos, enterrados ou desencarnados, o meu primeiro e único marido e pai dos meus dois agora desaparecidos filhos, e toda uma restante família, amigos e situações ou vivências que jamais voltaria a ver, a observar, ou sequer a recordar... Que estranho que isto era para mim... ou não, pois Blue afiançou-me de que, um dia, estaria com todos eles, mas não naquela igual ou idêntica retórica Cristã - e mesmo Hindu - da salvação das almas, da ressurreição e da reencarnação ou do nosso abeirar para com todos, não nessa óptica, mas numa outra que ainda não compreendia mas Blue me reiterara já eu ir entender em breve, muito em breve. Fiquei expectante e nervosa, mas confiei. Como não confiar em Blue, aquele que já me salvara um punhado de vezes sem que eu lhe restituísse o mesmo em devido tempo e, espaço, sem espaço para nada mais que não fosse o dizer-lhe com os meus olhos, com os olhos de Deus (segundo o título de um fado ou canção de uma fadista portuguesa; sim, sempre soube as novidades sobre a minha terra, mesmo que de longe...) - com os Olhos de Deus - com os olhos da alma, que o amava eterna e incondicionalmente...?!

«Le Grand Finale!»
Blue era meu, seria sempre meu! Soube-o no primeiro instante, no primeiro momento em que arrombando as esferas e os obstáculos galácticos de regras e normas interestelares, me veio salvar, me veio consignar a uma outra estirpe (que não maligna ou ramificada de um qualquer carcinoma estelar) de um concílio seu - híbrido sim - mas afectuoso e prestimoso sobre a minha pessoa.
De início, tudo me pareceu muito esquisito, ainda que o tivesse aceite por estar desmemoriada e completamente desenraizada desta minha Terra que já não é mais minha. Depois, sendo e sentindo-me desfalcada e absolutamente desnorteada com a falta e subsequente ablação da minha alma - devido à abrupta morte de quem eu mais amava de filhos e esposo num núcleo familiar até aí completamente normal - nada eu poderia adivinhar (nem telepaticamente!) sobre toda a corrente caminhada marciana e, depois lunar, em respectiva vicissitude estelar de uma anormal reversibilidade desta minha parca vida. Não fora Blue ter lá estado, sempre, e eu seria agora um mero esterco cósmico deambulando por entre a escória galáctica de muitas outras almas sem vida, tais espectros mórbidos, funestos e tétricos, a quem nada ou ninguém dá mais espaço ou oportunidade de se fazer vencer. Disso, eu estava certa!
Mais do que gratidão, é veemência e amor, um grande e inextinguível amor que lhe tenho, a Blue, por me ter salvo de mim própria. Devo-lhe a minha vida; devo-lhe a minha alma!



Quando se arromba a porta do desconhecido, encontra-se sempre inúmeras janelas de ensinamentos, novas filosofias ou ideias já pré-definidas - ou em nós consumadas - que também sobre nós se fazem pertencer em preconceito, agonia e convenção, ou simplesmente como estrada a cumprir.
Se houver uma primeira vez, uma fresta, uma nesga de brilho, corrente desagrilhoada de tudo isso ou vórtice alado que nos transporte para outra dimensão, para outra excepção que não ilusão, tendo nós, seres humanos essa certeza, essa abertura de alma, é talvez estabelecer ou considerar no espaço e no tempo, o milagre da replicação e da continuação. Quem isso alcançar (abrindo assim a verdadeira Caixa de Pandora), reconhecerá a alegria da Eternidade! E esta, reportada e revelada através da sua imortal inferência do além-físico, do além-comportável do que hoje se conhece, trazer-nos-à então a magistralidade de todas as almas, de todas as experiências físicas, mentais ou cognitivas, que o Homem nem supõe existirem!

Somos todos seres imortais; só não o sabemos. Não o entendemos nem concebemos em nós ante a vagante e estúpida incoerência (que nos é relatada do nascimento à morte física) de sermos simples e efémeros passageiros de uma só vida. Nada assim é. E tudo pode ser, desde que celebremos a nossa alma na mais bela descoberta universal de corpos e mentes: Somos todos Deuses! Somos todos a luz do Universo e só por isso vale a pena esperar; vale a pena correr esta longa maratona não finita de se aprender com os erros, as falhas, os fracassos, mas também com as alegrias, a esperança e a boa-ventura ou alegoria de termos sido seres inteligentes. E mesmo aqueles que sentem que tudo é vácuo (nos longos e escabrosos enganos da vida...) e, desacreditados com a não-esperança, no mais negro dos dias ou das noites ou ainda das suas perdidas almas, possuir a breve, exígua ou esfíngica luz em si, para acreditar também ainda de que tudo tem uma finalidade ou sublimes objectivos seguros. E se o contrariarmos, se o negarmos ou renegarmos de tal, que lamento será, que tristeza sobre nós se abaterá, por tão enganados estarmos... por tanto assim pensarmos e assim nos determinarmos na vida... e que perca de tempo isso é!
Quão distantes estaremos então, se nessa inverdade ou subversiva maldade de pensamento e nenhuns sentimentos análogos conquistarmos, não cobrarmos, redobrarmos ou exequivelmente descobrirmos os nossos sentidos de alma...

Hoje encontrei essa porta - essa grande janela de luz. Hoje, estou certa de que já não há retorno, retrocesso ou regressão dos sentidos para tal ofuscar ou sonegar de mim. Há muralhas que caem por elas. Há fortalezas que se esboroam por entre as nuvens do tempo ou dos raios que nelas se entrelaçam, fazendo-nos ver a Verdade.
Hoje e Sempre - eu serei eterna, como eternas serão as minhas leis vigentes desta nova vida que aqui, no Cosmos, encontrei. Com Blue e com os nossos filhos. Com tudo o que esta osmose íntegra e interestelar tem para me oferecer. Irei para o seu mundo, para KIC (e aquele extenso código binário quase intraduzível) de plausível virtude e por certo amplitude de novos conhecimentos, novas ansiedades, receios, medos, mas também diversidade e ostensiva nova realidade.
Com esta nova família em KIC (além mister-T e a sua companheira Lilly, numa agora nova versão familiar tardígrada gigante radicada em KIC, pois Lilly está prenhe, conceptualizando e multiplicando assim uma nova espécie «animal» neste planeta) eu irei encontrar ou reencontrar a paz perdida, a alegria e o amor, muito amor, e toda a esperança desse outro novo mundo que irei albergar e tomar como meu, a partir daqui. E terei um futuro. Um futuro que se prolongará no espaço e no tempo que todos nós lhe concedermos (pois que a imortalidade já existe mas numa outra concepção que não a humanamente realizada entre nós, terrestres).
Tendo sido Lilly a fundadora de uma nova espécie em KIC, eu também não fujo muito à regra, em circunstância e alquimia terrestres de uma estranha hibridação que gerei e fiz proliferar num mundo que não era o meu, mas no qual fui muito bem recebida e enfaticamente acolhida em seu seio planetário. Seria assim na Terra...? Penso que não.

Hoje é o primeiro dia de toda a minha vida. Sendo esta uma frase cliché, é talvez o mais belo e promissor pronúncio de toda uma estadia interestelar que tenho de aprender a saber viver.
Hoje, é o primeiro dia de um efusivo, estonteante e quiçá maravilhoso (para além de longo, muito longo...) percurso de vida; da minha vida, e que eu e Blue vamos cumprir ou simplesmente inaugurar - em deferência mas paralela similitude -  de um outro caminho assaz liberto, audaz e fulgurante regência conjugal, sob o olhar de um outro Deus, de um outro enigma. E esse Uno ou Deus do Universo que tudo vê - e sente - abraça-nos e glorifica-nos, na abençoada plenitude quântica de nos saber a seus pés, seguidores e merecedores deste outro mundo que Ele nos consignou há muito! Talvez estivesse escrito nas estrelas que tal sucederia... E, estando, a nós só nos competiu cumprir essa missão. E fazê-lo em multiplicação e, disseminação de almas, por todo este belo planeta de muitas estrelas que agora também brilham para mim, pois nelas vejo e revejo toda a minha vida passada e presente com um futuro em frente que eu própria ditarei e construirei, com Blue do meu lado. E de todos os filhos que dele me vierem. E que o Uno me irá bafejar em sorte e destino, ainda que de pele azul, olhos profundos cor do Céu e, uma inteligência rara - superior e incomensurável - ante os ditames da Terra; terra que jamais esquecerei mas para sempre abençoarei em almas que não vendo, as sinto, por ali ter pertencido. Hoje, é o primeiro dia em que vou voltar a ser feliz...