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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Congratulations, NASA!

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Planetas telúricos, rochosos e nas zonas habitáveis (Goldilocks zone) de outros sistemas solares: Mais do que a busca pela eternidade, a esperança para a Humanidade de um dia os poder visitar e, cientificamente conquistar, com a nossa simpatia terrestre...!

Muitos Parabéns, NASA!

«Este é o sistema já descoberto com o maior número de planetas tão grandes quanto a Terra, bem como aquele que tem o maior número de mundos que podem ter água líquida. Antes disso, o sistema com mais exoplanetas (já descoberto) tinha apenas três planetas. A descoberta dá-nos uma pista de que encontrar outra Terra não é uma questão de - se ela existe - mas de quando...»
                                   Thomas Zurbuchen - Director da Área de Missões Científicas da NASA

Há uma semana, mais coisa menos coisa, foi anunciado ao mundo que a NASA nos iria brindar com mais uma notícia bombástica (e por certo efusivamente celebrada por toda a comunidade científica mundial) sobre um novo achado estelar. Esperámos. E fizemos bem. Nasceu-nos nos braços mais sete magníficos exoplanetas (fora do nosso sistema solar) em que a sua estrela anã «TRAPPIST-1» se revela um pouco maior do que Júpiter, ou seja, nada tem a ver com o nosso Sol...

Celebremos então. Eu já encomendei o champanhe. E as ostras e o caviar (estou a brincar, são muito caros e eu nem gosto daquilo, por muito sabor a mar que a degustação e o palato se cinjam aos prazeres gustativos da boa gastronomia marítima...) mas aqui vai: Fiquei feliz. Ainda que as ostras, as ovas e os peixes destes exoplanetas (se os houverem) nos sejam disformes, as plantas ou as rochas sejam avermelhadas, ou mesmo pretas, segundo os cientistas que assim o definem na exígua luz desta estrela super-fria que ilumina estes sete exoplanetas. Nada disso obstaculiza o entusiasmo da NASA e com todo o respeito que nos merece, estão de facto de Parabéns!

Cientificamente ficámos a saber que na orla interestelar de todo o nosso conhecimento ou ignorância macaca (perdão, humana) somos um grão finito e de um azul tão desbotado e tão invisível que nem contamos para as estatísticas cósmicas ou interestelares de outros planetas, outras estrelas.

Mas falemos também dos outros seres (os tais seres superiores/alienígenas) que, não os vislumbrando nestas esferas longínquas de 39 anos-luz de distância, nos dá o arrogo ou a devassa louca de nos pormos aos pulos de contentamento, «só» por se ter descoberto mais sete planetas tão distantes quanto inimagináveis se os quiséssemos hoje visitar. Mas a NASA e todos os seus colaboradores pelo globo estão de parabéns e só isso importa!

Será cedo para fazer malas e zarpar, digo-vos eu, mas bem que o desejava ou não fossem aqueles doidos e irreparáveis 44 milhões de anos de viagem a percorrer e, a alcançá-los (mesmo em nave aeroespacial supersónica), e nada me tirava do meu juízo de ser como os meus navegantes quinhentistas de aquém e além-mar e não voltar mais, se é que isso me era possível ainda...                              

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O Sistema Estelar agora descoberto - TRAPPIST-1 - constituído por estes 7 fabulosos planetas terrestres/telúricos ou que se identificam como tal. E, sobre a sua estrela anã, pequena e fria em relação ao nosso Sol.

Os 7 Magníficos! (Os nossos irmãos do outro lado de lá...?)

                              - b - c - d - e - f - g - h -

Estima-se que estes novos planetas ou exoplanetas agora descobertos tenham uma massa semelhante à da Terra ou pouco desta diferindo, segundo os especialistas da NASA.
O Primeiro a contar da sua estrela (b) e o sexto (g) possuem uma massa superior à da Terra em cerca de 10%, podendo ambos serem os mais «anafados» destes irmãos planetários. Já os mais enfezados, o terceiro a contar da estrela (d) e o último deles, (h) são, em estimativa autenticada pelos cientistas de aproximadamente 25% menores que o nosso planeta Terra. Aqui, levamos a melhor...

(e, f, g) - Os Três Planetas que podem auspiciar vida em sugestão de água líquida à sua superfície (na zona habitável do sistema, com a probabilidade de existência de oceanos e, com a denominação terrestre de «Goldilocks zone»), uma vez que os três primeiros podem ser muito quentes ou de elevadas temperaturas (à semelhança de Mercúrio e Vénus do nosso sistema solar) em evaporação da água aí existente; e o último deste contexto (h), possa ser gelado como o supomos em Úrano ou Plutão.

Geologicamente os cientistas enaltecem que estes exoplanetas são de composição rochosa, ou seja, muito idênticos - presume-se - à Terra. Novamente a esperança renasce de podermos contar com sete planetas (ou parte deles) com a mesma formação geológica do nosso planeta, mas isso, talvez seja ir longe de mais, não se sabe.

Estando três deles na zona habitável para a condição de vida tal como a conhecemos sobre os parâmetros humanos ou terrestres, os cientistas admitem a existência de água líquida - como se sabe - essencial para a eclosão das espécies ou, dos organismos vivos, microrganismos e toda a sequencial e evolutiva ordem como sucedeu na Terra. E isto, se a temperatura e a atmosfera destes assim possa deixar realizar também em benefício dessa hipótese de vida.

O que a revista Nature nos diz...
As análises feitas e publicadas na Nature, aferem que, pelo menos em seis destes exoplanetas, as temperaturas na superfície devem variar entre 0ºC e 100ºC. Se fizermos a média, talvez não seja completamente incipiente ou desmotivador, uma vez que as temperaturas no Dubai ou em Abu Dhabi (no Médio-Oriente) rondam os 50ºC em época morna... mas não nos entusiasmemos muito, pois nada disto pode ser ainda afirmativo.
Thomas Zurbuchen não manda a toalha ao chão que é como quem diz, não desiste facilmente acentuando:

«Com as condições adequadas da atmosfera, pode existir água em qualquer um desses sete planetas. Principalmente em três deles, que estão em localizações privilegiadas».

Se pensarmos que esturricaríamos em Vénus (em seu completo inferno de 400ºC positivos à superfície) não havendo a mínima possibilidade de vida, além as suas chuvas ácidas e um campo magnético fraco, não será de todo irrelevante que se pense existir esta mesma fornalha nalguns destes exoplanetas agora encontrados. Até mesmo Marte, com os seus -70ºC nocturnos e muita radiação (Marte não possui qualquer campo magnético ou, a existir, localiza-se só em determinados pontos) também não deixa grande criatividade o poder-se por lá andar a passear sem ser devidamente protegido por herméticos fatos espaciais.

Não se poderá negligenciar também em maior profundidade se existem ou não escudos protectores planetários, assim como o tão falado efeito de estufa (em cadência e volume de elementos químicos nocivos) que, se a nós terrestres já nos faz mossa, imaginem o que seria tê-lo em primazia nestes planetas...

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Ilustração da NASA sobre a visão, paisagem e óptica planetárias de um hipotético ser vivo inteligente que habitasse num destes planetas e, se pusesse a contemplar os outros seus irmãos deste sistema estelar, TRAPPIST-1. A imagem espectacular de se poder vislumbrar seis planetas vizinhos dá que pensar...

A Investigação dos Astrofísicos
Sublime, é o mínimo que se pode dizer ou traduzir sobre toda esta pesquisa científica - ou exaustiva investigação de todos os envolvidos da agência espacial norte-americana (NASA) - assim que lhe tomaram o rastilho ou suspeitaram de haver mais, através do fantástico telescópio espacial Spitzer, da NASA, que observou a TRAPPIS-1 por 21 dias em 2016, obtendo desta feita 500 horas de completa absorção e entrega sobre a mesma. Um prodígio!

Em relação ao que se empreendeu a partir da Terra, a pesquisa usou as observações colhidas do Instituto STAR, da Universidade de Liége, na Bélgica, (UE), o telescópio de Liverpool, da responsabilidade do Instituto de Pesquisa de Astrofísica da Universidade de John Moores, em Inglaterra (Reino Unido, por enquanto...) e, do Very Large Telescope, do ESO, no Chile, na América do Sul.

Astrónomos, Astrofísicos e demais cientistas nas mais diversas áreas focalizadas para o efeito (onde esteve prioritariamente envolvido Michael Gillon e a sua prestigiada equipa desde Maio de 2016, quando então encontraram - em observação - 3 exoplanetas rodando em torno de uma estrela-anã, na constelação de Aquário), no que se associaram desde logo numa tarefa incomensurável na busca de mais informação sobre os mesmos.

A partir do nosso planeta Terra e do Espaço, tudo se tornou mais passível de conclusões acertadas - e corroboradas por todos - de que, analisando as variações no brilho da estrela e, anotando de quanto em quanto tempo havia uma sombra (geralmente o protocolo de estudo que habitualmente se faz nestes casos na detecção dos exoplanetas), registaram o momento em que esse exoplaneta estava a passar pela estrela-anã.

Os cientistas admitem agora com mais segurança (após esses dados recolhidos), ter sido possível saber o Tempo de Translação, a Distância da Estrela, a Massa e o Diâmetro de alguns dos sete exoplanetas agora em exibição também ao nosso mundo (mais que não seja em maravilhosas ilustrações que nos põem a imaginar como será e quem será que os habita...).

Há necessidade de maior estudo e intervenção científica sobre estes sete magníficos em informação adicional para que se caracterize então e, com mais detalhe ou mais em pormenor, tudo o que os constitui em si. Os investigadores não sabem ainda (de acordo com a pesquisa feita até ao momento) se os exoplanetas têm luas ou não, na influência que exerceriam como satélites naturais sobre eles, como sucede na Terra, com a «nossa» Lua.

Os Astrofísicos acreditam que de futuro é preciso maior empenho e particular aferição sobre o sétimo e último exoplaneta (h), que se prevê que seja gelado - por, efectivamente, se encontrar mais distante da sua estrela. O telescópio espacial Spitzer tendo-o registado uma só vez, não permitiu aos cientistas descobrir o seu período orbital ou, a sua interacção com os outros exoplanetas.

Poderão ser mundos voláteis, mutáveis ou tão iguais à Terra como a Lua do Sol... não se sabe ainda de tudo nem tal poderia ser; apenas se especula ou, especifica, consoante os dados científicos se vão avolumando e rectificando. Todavia, será sempre um sonho para a Humanidade poder senti-lo in loco, pois que levará milhares de anos ainda e até que essa quimera estelar se cumpra.

Fazer viagens interplanetárias/interestelares não é de todo uma ilusão; não para «eles», se «eles» existirem mesmo. E possivelmente existirão. Mas talvez não queiram partilhar da nossa ambição de esventre e colaboração nessas trocas através do Cosmos, se lhes formos tão inúteis quanto obsoletos na pré-histórica tecnologia terrestre que nunca lhes fará frente.

Em apenas dias, passeiam-se entre si, entre todos eles, os sete; e nós, humanos, nem sequer os contemplamos. Uns orbitam e fazem o mesmo que a Terra (em 365 dias) e outros, estáticos, tal como a Lua, estarão sempre virados na mesma face para a sua estrela em fenómeno surpreendente, designado: («tidal locking»). O primeiro dos exoplanetas (b) demora um dia e meio a fazer a sua órbita e o último (h), possivelmente, só 20 dias.

Afinal, tão diferentes, ou talvez e apenas tão individuais e idiossincráticos que nem sequer nos habilitamos a identificá-los segundo os nossos próprios conhecimentos. Haverá mais a saber certamente; haverá mais a realizar, a estudar e a acreditar que, afinal, também somos tantos e tão poderosos - ou insignificantes - quanto o poder que detenhamos em saber reconhecer-nos na diferença do espaço e do tempo que jamais viveremos; não, dentro dos próximos séculos, mas para lá caminhamos... para lá sonhamos um dia acordar...

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