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segunda-feira, 22 de maio de 2017

De novo, o Terror!

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Mais uma vez somos pequenos para tanta maldade humana, para tanta e horrífica atrocidade de uns quantos que, da morte, semeiam as almas que colhem; quase sempre inocentes e sem o acervo do negrume, do ódio e da loucura que é observar-se o medo à distância...

22h 35 m (TMG): De novo, o terror...
Não há palavras que contem, que resumam, ou que deslacem mais uma tragédia como esta - sempre igual, sempre funesta, dolorosa e consequente, omnipotente por quem faz do terror uma bandeja, um arco e uma fronteira - ao longe - na perspectiva cobarde e desalmada de ser um fiel seguidor de coisa nenhuma.

Que palavras se podem dizer ás famílias, às vítimas que sofrem (mais de 50 feridos para já) e 19 almas que imediatamente sucumbiram num solo e numa praça, de seu nome, Arena, em Manchester, (Inglaterra), onde a alegria era festa e os cânticos o máximo prazer de quem é feliz e está de bem com a vida. Jovens, menos jovens e as suas famílias, amigos e gente afecta ao enorme e esfuziante espectáculo de cor, som e muita juventude aos gritos; menos os esperados, os nunca desejados, de se verem trespassados pelo impacte brutal da explosão e do pânico da multidão querendo dali fugir.

(Os números oficiais da polícia britânica no momento foram de 19 vítimas mortais, ascendendo no princípio da manhã do dia seguinte para 22, acrescidos da lista dos feridos em maior rigor no número de 59, na confirmação - e consternação global - de mais um vil ataque de um bombista suicida que morreu no local).

Desta vez não foi no Bataclan, em Paris; foi em Manchester, na Inglaterra (e no ainda completo Reino Unido) - no concerto de Ariana Grande, na grande sala do Arena Manchester. E está tudo dito, pois que pouco mais há para dizer, ante o terror de novo implantado pelos que defendem a morte em vez da vida, no pesadelo distópico - totalitário e abjecto - de uma radicalização islâmica que ninguém compreende; talvez nem mesmo os próprios...

Ariana Grande está bem (a assessoria da cantora pop, assim o garantiu) mas o seu coração não, supõe-se; estando em digressão pela Europa, Ariana Grande sofre este revés, pequeno, muito pequeno comparado com as 22 vítimas mortais que já não a ouvem cantar nem dançar - nem sequer para si olhar. Estão frias, mortas, e jazem no além das coisas que já não voltam...

Vinte mil pessoas acompanhavam o show e nada fazia prever mais um desenlace destes; um novo deslace, uma nova mortandade. Como sempre, sangue e lágrimas, muitas lágrimas, depois de se ter assistido - ao longe também - ao matrimónio da Pippa Middeton - a irmã mais nova da Princesa Kate que é casada com o príncipe William, a quem a mãe também deixou em trágico acidente de viação, segundo continuam a afirmar.

Depois de se ver tamanha felicidade, não dá para acreditar poder-se cair do sonho ou das escadas de uma qualquer princesa, de um qualquer conto de fadas, sem ter de se chorar depois em nova rebocada do Oriente (ou dos ventos que daí vêm) de um anjo caído que continua a ceifar almas; a amortalhar quem a tudo isto assiste e nada pode fazer.

Como disse de início, poucas podiam ser as palavras. Desculpem se me alonguei, não foi por mal; por mal é e será, sempre, quem destas festas faz uma arena de sangue e morte sem pena ou compaixão pelos inocentes, em espectáculo (sempre degradante também), coberto da nossa total impotência ocidental ou, da excruciante dor católica, que nos faz dar a outra face e não uma cabeçada ou pagar na mesma moeda sobre tanto terror, tanto horror e tanta maldade.

Os meus sinceros pêsames às famílias enlutadas e que o Bem vença o Mal; e este se perca na miragem do horizonte ou na espuma dos dias e das noites como esta...

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