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sábado, 13 de maio de 2017

Obrigado, Senhora!

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Nossa Senhora de Fátima: A divina mãe de todos os portugueses; ontem, hoje e sempre!

«Abençoada sejas, Maria. Abençoado seja o fruto do vosso ventre (...)»

Não te cansarei. Não te incomodarei com súplicas, pedidos ou juramentos; Não sou das que pedincham e depois se lastimam da sua má-sorte, da sua desdita - sou das que agradecem!

Bendita sois vós entre as mulheres, na bênção, no colo e conforto de tudo o que nos dás dia-a-dia, sob a luz do Sol ou o crepúsculo da noite.

A quem eu peregrino, Maria...? A ti, Bendita para todo o sempre e não, santinha de uma qualquer prece, de uma qualquer menor referência ou egoísta abjuração que te faça, que te invada esse doce e cândido espírito eterno de nos perdoares a todos nós, pecadores, sob a égide ou clamorosa entidade que jamais entenderemos existir em nós.

Hoje apenas agradeço: o Teres-nos concedido todas as graças, todas as dádivas e todas as honras, em nos Teres visitado uma vez mais neste glorioso 13 de Maio, dia de todas as coisas! Avé Maria!

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Salvador Sobral: o nosso vencedor do Festival Eurovisão da Canção de 2017! Em Kiev, na Ucrânia, fez-se luz sob o doce sorriso de Salvador e a sua original voz numa maravilhosa melodia (em letra e música) que tem como título sagrado: «Amar pelos dois».

Parabéns Salvador!
Ninguém acreditava; ou muito poucos. Depois, foram-se avolumando certezas, empenho e, a coerência própria de toda a incerteza possível tanto das estatísticas do favoritismo (que colocavam esta canção no topo, desde as casas de apostas até à Imprensa Internacional) como das visualizações no Google/Youtube em catadupa que a ostentavam como a preferida.

Como somos portugueses e desconfiados por natureza, aguardámos. E fizemos bem - ainda que o nosso coração nos tivesse saltado pela boca e tivéssemos de sofrer as estopinhas até ao suspiro final de toda aquela inovadora votação imprópria para cardíacos, digo-vos eu (depois da mesma ter sido dada pelo prestigiado júri internacional de todos os países envolvidos do Festival da Eurovisão) e posteriormente a do público (via telefone) em cedência, cadência e bênção máximas de votação cimeira à canção de Portugal.

No final tudo correu bem, por segundos em que não sabíamos se tínhamos perdido ou ganho o púlpito em Kiev; são coisas que acontecem. Mas desta vez nada nos fugiu na bela e choruda pontuação final de:758 pontos.

«Não me acordem se for sonho; mas abanem-me se for verdade». Desta é que foi! Ganhámos o Euro-Festival da Canção, que é como cá em casa se diz à laia do gentio que somos sem grandes salamaleques, pois que desta é que tinha de ser, em reverendíssimo Dia de Nossa Senhora de Fátima, pois então!

E se isto não foi o que foi dito, foi pensado e sentido em muitas famílias, muitos lares portugueses - ainda em descrédito de nos ter sido dado (mas não arregaçado) o primeiro lugar da Canção da Eurovisão que tem a Austrália como convidada e agora já não sai de lá mais não...

Em 50 e tal anos de Festival da Canção Europeia nunca tínhamos molhado a sopa, ou seja, nunca lá tínhamos chegado  nem de perto nem de longe, no que agora a realidade portuguesa se cumpriu em língua natal, simplicidade e toda a vontade do mundo de se nos fazermos ouvir na língua de Camões sem pruridos ou reservas de sermos mais do que uma pequena nação de apenas 10 milhões de habitantes.

Dez milhões, dos quinze espalhados pelo mundo que sofreram (tirando os seis milhões que são adeptos do glorioso por outros que já se encontravam no Marquês a gritar e a festejar o abençoado tetra do Benfica, louvados sejam...)

E, com o credo na boca, o rosário nas mãos e a Senhora envolta numa réstia de vela acesa que sobrou dos festejos de Fátima aquando por lá passou (há poucas horas) o Santo Padre, o nosso mui estimado Papa Francisco, a coisa deu-se: Fomos iluminados!

Quanto a ti, Salvador (em nome e em pátria) os meus sinceros parabéns. A tua canção e o teu porte e apresentação, sem as luzes dos néons, dos brilhos, dos efeitos luminosos e especiais num despojamento quase ascético de apenas se ouvir a tua encorpada voz e, esse teu Coração que Ama pelos dois (mas que bate tão fracamente que tem de ser substituído) aqui nos fica a emoção e, o sentir, que afinal valeu a pena esperar por esta vitória de Portugal!

Mais uma vez para ti e para a mana Luísa (a celebérrima compositora) um abraço fraterno e do tamanho do mundo, desta que não conhecendo mais gorda te estima deveras. Que a tua próxima etapa seja outra consagrada vitória - coroada de êxito e amor - de uma alma que ama por duas num só coração! E Viva Portugal!!!

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Uma Águia que voou mais alto e conseguiu o glorioso Tetra do Benfica (Sport Lisboa Benfica). Hoje, dia 13 de Maio de 2017, o Benfica sagrou-se campeão pela quarta vez; ou seja, finalmente conseguiu o seu Tetra Campeonato.

Parabéns SLB!
Parabéns Benfica, pelo teu 36º título de Futebol. Foi difícil (ou nem tanto, para quem ficou a ser líder ou treinador de bancada sentado confortavelmente no sofá da sala...) dizendo impropérios, amaldiçoando árbitros ou até, a excomungar decisões quase sempre erradas e fora do contexto, aquando se não concordava com as mesmas em adverso desmame do que é ser-se adepto convicto.

Vociferando ou enaltecendo as vitórias que o não foram (pelas vezes em que o título quase nos fugia por entre os dedos aproximando-se dos outros inimigos futebolísticos, mais os do norte do que os da segunda circular...) e tudo reinou em pé de guerra, guerra figadal, pois que já não haviam pulmões para tanta disputa, tanta berro, tanta malfazeja condição de não nos ouvirem por detrás do ecrã ou da terceira bancada central do estádio.

Mas valeu a pena, ai se valeu! E agora, desculpem lá, mas vou para o Marquês de Pombal gritar o que me resta, apitar a buzina até ao limite, e esfolar as solas dos sapatos andando às voltas com a bandeira encarnada do meu coração, que quase não aguentou só de ver a Eurovisão...

Da Luz para o Marquês de Pombal...
O Estádio da Luz foi pequeno para tanta emoção ao fim de 113 anos de jejum sobre um Tetra que não chegava em toda a história do clube; os festejos anteciparam a comoção universal de quem sabe ser do Benfica. E, para enorme surpresa e ainda maior entrega e devoção (repartidas entre um clube e uma canção) fez-se ouvir - em silêncio e no Marquês - a voz de Salvador Sobral em ousadia e sedução de, pela primeira vez em 53 anos, se ter chegado à vitória não da águia mas da sublimação em português! Parabéns a todos!!!

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Foto ampliada dos dois Pastorinhos de Fátima: Francisco e Jacinta Marto. Ambos agora canonizados pelo Papa Francisco, em 13 de Maio de 2017, Fátima viu-se glorificada e, em solo português, na maior bênção para os religiosos, peregrinos ou simples crentes da fé cristã que povoam o mundo.

Fátima: o portal divino!
Já muito se falou de Fátima. Uns acreditam e outros nem tanto. Pouco importa se uns rezam e outros não; se uns se revezam nas orações e outros as perdem ou as simplesmente esquecem ao longo da vida - ou só quando destas necessitam em dó maior de uma agonia pronunciada de dor, sofrimento ou compaixão havida nos últimos momentos de vida...

Ninguém é julgado. Ninguém é esquecido; ninguém é molestado por se não ter encarecido com a fé de alguns, a crença de outros ou o poder agnóstico de outros ainda que nada professam. Não temos de julgar. Só temos de aceitar.

O Milagre aconteceu! O Lucas - um menino de nacionalidade brasileira (o menino-milagre ou miraculado como agora a Igreja lhe chama e os meios de comunicação difundem) - é o mesmo menino que se viu erguer ou soerguer de uma morte anunciada.

O caso ocorreu a 3 de Março de 2013, quando Lucas (na época com apenas 5 anos) caiu de uma altura de aproximadamente 6,5 metros. Tendo batido brutalmente com a cabeça no chão, o menino sofreu um traumatismo craniano grave, com a perda de tecido cerebral. O diagnóstico não podia ser pior nos dias que se seguiram à sua intervenção hospitalar num quadro clínico muito complicado. Em coma muito grave, sofreu ainda duas paragens cardíacas.

A perspectiva de sobrevivência era quase nula ou muito baixa, pelo que os médicos se não encontravam de modo algum optimistas perante este quadro. Mas a comunidade ficou alerta. E rezou. As Irmãs do Carmelo de Campo Mourão (Brasil) prontamente acederam aos pedidos dos pais em orações imediatas a Jesus Cristo e a Nossa Senhora de Fátima na intensa devoção dos pais de Lucas sobre estas divinas entidades cristãs. E assim o milagre aconteceu.

No dia 9 de Março, Lucas acordou e começou a falar. Saiu dos Cuidados Intensivos no dia 11 (onde estivera em rigoroso cumprimento clínico de vigília e cuidados hospitalares) e, no dia 15 desse mesmo mês de Março teve alta, sem plausível explicação científica de tal reanimação; e isto, sem nenhum tipo de sintomatologia associada ou sequela em si pronunciada por tamanho acidente.

Curado milagrosamente por intervenção/intercessão dos Pastorinhos de Fátima (Jacinta e Francisco) a quem as irmãs do Carmelo rezaram, o milagre deu-se. E muito bem, no que a Igreja anunciou depois de muita investigação médico-científica - do relatório ao extracto do caso apresentado de Lucas - na aferição da Igreja (sendo unânime) da admissão de milagre concedido.

E assim, poder-se-à dizer em provérbio português »Ao menino e ao borracho põe Deus a mão por baixo...» ou seja, admite-se com toda a certeza neste âmbito religioso de oração aos pastorinhos, Jacinta e Francisco, na protecção do menino brasileiro, que Lucas foi bafejado com um sopro divino de vida - ou miraculosa anulação de uma morte quase certa ou de graves efeitos colaterais sobre esta tão terrível queda de uma janela.

Parabéns então aos Lucas e a todos os seus que se não dignaram a recorrer à «Santinha» mas, à sua eterna e etérea devoção sobre a Bendita - A Mãe de todos os Portugueses - e, agora, de muitos brasileiros e muitos outros povos do mundo, pois que todos somos iguais na igualdade e na diferença, na beleza ou na fealdade, na riqueza ou na pobreza. Para o Lucas, que viva na contemplação e felicidade do Senhor e da Santa Senhora de Fátima e seus pastorinhos agora canonizados/beatificados para todo o sempre.

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Papa Francisco na capelinha das aparições sob a cumplicidade do olhar da Nossa Senhora de Fátima e a sua peregrina devoção e, oração, que se tornou eclética e mensageira, à semelhança do que em 1917 esta se espalhou pelo mundo nos seus três e imortais Segredos de Fátima...

No centenário das Aparições...
«A Concórdia entre todos os povos» - pedido do Papa Francisco, em Fátima, Portugal.

Um peregrino que veio reforçar a Esperança...
Na Capelinha das Aparições, rezando no Santuário de Fátima, o Papa Francisco (o bispo vestido de branco) pediu a Nossa Senhora para: «No mais íntimo do seu Imaculado Coração, que veja as dores da família humana que geme e chora neste vale de lágrimas». Orou a Nossa Senhora, tendo em conta todas as preocupações relacionadas com os conflitos mundiais.

«Percorreremos, assim, todas as rotas, seremos peregrinos de todos os caminhos, derrubaremos todos os muros e venceremos todas as fronteiras, saindo em direcção a todas as periferias, aí revelando a justiça e a paz de Deus».

«Seremos, na alegria do Evangelho, a Igreja vestida de branco, da alvura branqueada no sangue do Cordeiro derramado ainda em todas as guerras que destroem o mundo em que vivemos».

Contudo, o Papa Francisco foi mais longe na sua homilia papal: «Maria não é uma "Santinha" a quem se recorre para obter favores».

Concordo. Como disse de início, pedinchice e charlatanice são duas coisas altamente burlescas e perdulárias que nem uma nem outra se devem de cruzar - ou entrecruzar - nas orações à Senhora de Fátima, também ela de branco e de mundo nas mãos...!

Francisco é o quarto Papa a visitar Portugal. De todos tenho a leve recordação - esbatida ou esboroada no tempo do que me viu ser menina - o Papa Paulo VI, após o que vi com mais agrado e entrega na devoção e apelo em solo português e em nome de uma Nossa Senhora de Fátima que o salvou da morte física mas não das dores do mundo (piores que as físicas, aquando o atentado de 13 de Maio de 1981 na Praça de São Pedro), o Papa João Paulo II, além o Papa Bento XVI que se retirou, e o agora Papa do Povo: Francisco.

Já são muitos papas. Oxalá não pare por aqui e continuem a divulgar a querida e eterna mensagem de Fátima de Paz ao Mundo!

Neste fulgurante, festivo, esfuziante e sei lá que mais deste maravilhoso e mui português 13 de Maio de 2017 em que não houve Milagre do Sol (igual ou diferente do sucedido em 1917, ou replicado e enfaticamente observado nestes últimos anos em que o Sol se plasmou diferente, reluzente e encantador mas não totalmente avassalador para se ter em margem ou em dúvida que milagre comporia), eu só vejo milagres; outros milagres.

A Senhora de Fátima em aparição ou visão (não física mas divina) ainda hoje se sente, na propagação da mensagem de união e paz entre os povos, de darmos as mãos, rezarmos e sermos um só, em caridade e solidariedade entre nós. Se tal se cumprirá, é um cargo ou tarefa que nos cabe a todos encaminhar...

O Culto Mariano de devoção a Maria, ascende no seu início a partir de 28 de Abril de 1142, do século XII, por entrega e devoção do fundador do reino e nosso primeiro Rei de Portugal (Afonso Henriques) que colocou o país sob protecção de Nossa Senhora por meio de uma promessa solene (assinada na catedral de Lamego), sendo esta data considerada como a do baptismo de Portugal. Assim ficou a denominação de «Terra de Santa Maria».

Quanto a Portugal e à Nossa (e do mundo) Senhora de Fátima, um muito obrigado por não Te esqueceres de nós, como Bendita ou santinha, tanto faz, desde que sejamos honestos e crentes e tenhamos uma fé maior do que o mundo, bem dentro de nós. «Avé Maria cheia de graça». Hoje e sempre serás nossa, serás Portuguesa; tal como os Pastorinhos hoje canonizados, o meu Benfica tetracampeão ou o Salvador Sobral vencedor da Eurovisão.

Perdoa-me o povoar desta brejeirice de felicidade e beleza da vida de, me saber em solo abençoado e com a alma enlevada por hoje, dia 13 de Maio, nos teres consagrado um coração maior que «Ama pelos dois», um clube que voa mais alto e tem febre guerreira de campo e de bola em cor vermelha (Benfica) e uma visita papal (Papa Francisco) em bênção global na canonização dos meus pastorinhos, mas também, de exortação à necessidade dos católicos serem mais misericordiosos:

« Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus, será sempre feito à luz da sua misericórdia», segundo palavras de Francisco.

Acredito nisso. E vou tentar respeitá-lo. Por ora, Portugal está respeitosamente também nas bocas do mundo, só se podendo orgulhar de si mesmo pelos valores que tem e, talvez, pela misericórdia que irradia através da sua, nossa e do mundo: Senhora de Fátima. Amén!

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